Foi civilizada, mas não propriamente cordial a renúncia da professora Ana Célia Bahia Silva ao cargo de reitora da Universidade da Amazônia (Unama), formalizada em carta remetida à presidente em exercício da Unespa (a entidade mantenedora), Etiane Arruda.
Ana Célia, pelo andar normal da carruagem, deveria permanecer na reitoria da Unama até dezembro, quando então assumiria um outro reitor já indicado pelo Grupo SER, que recentemente consumou todo o complexo processo de compra da instituição.
Mas a saída de Ana Célia foi abreviada por divergências imprevistas - e nada amistosas - com o novo dono da instituição, o empresário Janguiê Diniz. A prova são os trechos de carta-renúncia que estava sendo distribuída nesta terça-feira, nos dois campi da instituição, o da avenida Alcindo Cacela, no bairro da Pedreira, e o da BR.
Ela explica que decidiu antecipar sua saída por entender que a Unama tomou "outros rumos, os quais parecem não se coadunar com tudo o que aprendi nesses 35 anos de vida profissional e acadêmica nessa instituição". E complementa que renunciar "em respeito aos princípios consagrados em seu Estatuto, em especial quanto à autonomia didático-científica".
A linguagem serena, porém firme, que se extrai do teor da carta é resultado de uma conversa, digamos assim, áspera que ela teve há poucos dias com o empresário da educação.
Abaixo, a íntegra da carta da professora Ana Célia.
2 comentários:
Carta de lamento.
A competência não é privilégio só de um (uma no caso!). Sempre haverá quem seja melhor.
O que não se pode é querer que o dono do estabelecimento engula na direção quem não lhe seja adequado ao cargo. E isso é assim em qualquer lugar no mundo, salvo se se for fazer concluso público.
35 anos de experiência e não aprendeu isso?!
Vingaram Edson Franco?
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