segunda-feira, 14 de novembro de 2016

"Maioria silenciosa" parece que preferiu Trump


É impressionante.
Cerca de uma semana depois da vitória de Donald, o Trump, é mais quem procura cavucar à procura de teses que possam explicar por que motivo as pesquisas não conseguiram detectar, por mais remotamente que fosse, a vitória do republicano, enquanto pintavam Hillary Clinton como a virtual vencedora.
Uma das teorias é a de que manifestar o voto em Trump soava vergonhoso para milhares de eleitores, que teriam preferido, portanto, silenciar, esconder sua opinião. Cada um, como se diz, preferiu ficar na sua, enquanto os simpatizantes de Hillary se esmeravam em berrar sua preferência pela democrata.
É a tal "maioria silenciosa", assim identificados os trumpistas envergonhados, mas que foram às urnas e acabaram por eleger o magnata.
A propósito, leiam o artigo abaixo, de Leandro Colon, publicado na edição de sábado (12), da "Folha de S.Paulo", sob o título "A espiral silenciosa nos EUA".

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Desde quarta (9), sobram teorias para decifrar a vitória de Donald Trump, classificada de "surpreendente" pela mídia e por especialistas em eleições dos EUA.
Para o professor de ciências sociais Thomas Roulet, do King's College de Londres, a surpresa decorre do fenômeno da "espiral do silêncio".
Em artigo publicado no britânico "The Telegraph" cinco dias antes das eleições americanas, ele alertara que, apesar das previsões a favor de Hillary Clinton, a ideia de que ela teria a maioria poderia ser falsa.
A tese da espiral foi apresentada em meados dos anos 70 pela cientista política alemã Elisabeth Noelle-Neumann. Basicamente, seu trabalho apontou a tendência de um grupo em optar pelo silêncio sobre determinado tema por acreditar que tem opinião polêmica e oposta à da maioria e de grande parte da mídia.
A espiral então força essa parcela da população a não se manifestar por temer isolamento em razão de uma posição, em tese, controversa.
Conversei com o professor Roulet após a eleição de Trump. Ele destaca que a "espiral do silêncio" também deve ter influenciado o Brexit, quando os britânicos derrubaram prognósticos ao votar pelo fim da aliança com os vizinhos da União Europeia.
"Esse silêncio majoritário não está no radar porque representa uma voz controversa. Quando há apenas duas opções, como no plebiscito britânico e na eleição americana, é difícil apurar com precisão sua presença", diz.
Segundo ele, os partidários de Trump, do Brexit e de outras posições supostamente impopulares são demonizados e apresentados como uma minoria. "E eles acreditam que são mesmo", explica o pesquisador.
"Isso faz com que provavelmente expressem menos suas opiniões, inclusive para os institutos de pesquisa", afirma. Os eleitores de Trump ficaram "invisíveis" ao mesmo tempo em que os simpatizantes de Hillary tinham voz. "Mas o apoio a Trump era muito mais amplo do que o esperado", conclui o professor.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Ouçam essas narrações. E digam se o rádio não é incomparável.


Meus caros, vamos combinar.
O rádio é incomparável.
Não sei se já disse alguma vez pra vocês, mas não desgrudo de rádios.
Às vezes, para acompanhar futebol, baixo o volume da TV (sobretudo quando não temos outra opção, a não ser Galvão Bueno) e fico ouvindo o jogo pelo rádio, enquanto vejo as imagens.
Porque o rádio transmite emoção genuína.
Se vocês não acreditam, cliquem aqui para conferir a narração de Daniel Mollo, da Rádio Cooperativa AM 770, da Argentina, dos três gols da vitória do Brasil sobre os hermanos, na noite desta quinta-feira (10).
"Que pedaço de gol acaba de fazer esse boneco. Que pedaço de gol acaba de fazer esse boneco!", diz ele sobre o primeiro, de Phillippe Coutinho.
"Ganhou a bola o Brasil, com a bola Coutinho, Coutinho para Neymaaaaaarrrrrr... Neymaaaaaaarrrrr.... Me f.... Sinto palpitações no coração. Não dá, o Brasil é o melhor time da América do Sul, amigos. Gol do Brasil, marcou Neymar, ganha por 2 a 0 o Brasil", conta o locutor sobre o segundo gol brasileiro.
"Ai! Aaai! Aaai! Ai, é como ir ao proctologista, 3 a 0 vence o Brasil, marcou Paulinho", desabafa Daniel Mollo no último.
Sensacional.
Fora de brincadeira, é a narração de gols do ano.

Contribua com a luta estudantil. Mande absorventes para a UFPA.



A parada é a seguinte, meus caros.
Se você quiser contribuir para a luta estudantil no País, se você estiver interessado em ingresso no seleto rol dos bastiões da benemerência em prol da ocupação de estudantes da Reitoria da UFPA, então passe mão em absorventes higiênicos, ponha tudo num saco e deixe lá do campus do Guamá!
Mas não só absorventes, é claro.
Você também pode contribuir com produtos que vão de feijão a pano de chão, passando por panelas e gás de cozinha.
Olhem só essa lista que circula aí pelos Zaps da vida e que chegou até o Espaço Aberto.
Pela relação, a moçada está disposta a só sair de lá quando Trump, o Donald, conseguir domar seu topete e desistir de assumir a presidência dos Estados Unidos.
Leiam, a seguir, o teor do pedido de contribuição.
E contribuam, não esqueçam!

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BOM DIA

Ajude a ocupação da UFPA e de quebra contribua pra luta estudantil do país!
Estamos recebendo as doações no Hall da Reitoria :)

COM O QUE POSSO CONTRIBUIR?

ALIMENTAÇÃO
Arroz
Macarrão
Feijão
Alho
Cebola
Carne
Legumes,verduras
Batata doce
Pão
Bolacha
Leite
Café
Achocolatado
Açúcar
Soja

LOUÇAS PARA COZINHAR
Panelas grandes
Colheres grandes
Garrafa térmica
Gás de cozinha

SAÚDE
Soro
Algodão
Gaze
Álcool 70%
Band-aid
Dorflex
Atroveran
Plazil
Imosec
Absorvente
Tesoura
Repelente

LIMPEZA
Sacola Plástica
Desinfetante
Vassoura
Balde
Pano de chão
Papel higiênico
Ki boa
Sabonete
Papel toalha

ESPAÇO

Lençol
Travesseiro
Colchonete/Colchão inflável/Rede/Saco de dormir

Se Bush não é conservador, Bolsonaro é esquerdista raivoso. É isso?


De um leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Contexto em que se processou a vitória de Trump é assustador:

Acho que o blogueiro precisa, respeitosamente, se atualizar. Bush não é conservador e nem os republicanos, pelo menos grande parte. Para quem acompanha os EUA, o último presidente conservador de fato foi Reagan. Bush pai se considera uma espécie de pai de Clinton e Bush filho uma espécie de irmão. Eles se aconselhavam entre eles.
E seria ótimo que Trump nomeasse juízes conservadores para a Corte, o que eu não tenho certeza, porque ele mesmo não é conservador, tanto que se divorciou duas vezes. A propósito, faz muito tempo, muito mesmo, que ser republicano era sinônimo de conservadorismo, pelo menos uns 30 anos.

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Hehe.
Meu caro, com todo o respeito.
Mas se você não considera George W. Bush conservador, vai ver que, pra você, Jair Bolsonaro (essa criança que aparece na imagem) deve ser um esquerdista alucinado, desses que precisa tomar vacina pra latir em decibéis suportáveis. É isso?
Com todo o respeito. Sinceramente!

Preserve essa maravilha. O apelo é do rio Tapajós.



"Eu sempre proporcionei a vocês um momento muito especial".
"Quando estou calmo é que os melhores momentos são registrados".
"Fui compartilhado e elogiado pelo mundo".
"Agora, preciso de você. Não deixe que me destruam".
É o Tapajós falando, meus caros.
É o Tapajós clamando para que preservem suas belezas, seus encantos, seus esplendor e sua amplidão.
Como assistir a esse vídeo e não atender ao apelo do mais lindo rio do mundo?

Simpsons e a vitória de Trump: a vida imitou a brincadeira



Pois é.
Parece até brincadeira.
E realmente era uma brincadeira.
Mas virou verdade.
Há 16 anos, os Simpsons predisseram a vitória de Donald Trump.
A vida imitou a arte.
Ou melhor: imitou a brincadeira.

Empresários apresentam em Brasília projeto de siderúrgica em Marabá

Após várias reuniões e avanços com as equipes do Governo do Pará, empresários da Cevital se reuniram nesta terça-feira, 8, com o presidente da República, Michel Temer, em Brasília, para apresentar o projeto de implantação de uma indústria siderúrgica na cidade de Marabá, sudeste paraense.
O encontro foi destaque em sites de notícias nacionais. Em entrevista ao Portal Planalto, o diretor executivo da Cevital, Issad Rebrab, ressaltou que nenhum país da América Latina possui uma produção dessa especificidade. "Nós pretendemos fazer uma transferência de tecnologia para a produção em Marabá, no Brasil”. O investimento estimado é R$ 4,5 bilhões.
Há meses, Governo e Cevital negociam a implantação dessa siderúrgica em Marabá. Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, avalia que cada passo é importante no processo e tem articulado o esforço coletivo do Estado como contrapartida ao interesse da Cevital em construir e gerir o funcionamento do empreendimento.
O Estado tem mostrado ampla transparência no processo, e há meses já vem trabalhando paa criar um ambiente favorável à chegada do empreendimento argelino.
Em março deste ano, o Estado firmou um protocolo de intenções com a Vale, em que a empresa se comprometeu com iniciativas como fornecer o minério de ferro, com preços competitivos, a fim de contribuir para a construção de um Complexo Industrial Siderúrgico no sudeste paraense.
Atualmente, o Executivo paraense se empenha em viabilizar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Marabá; analisa incentivos fiscais; licenciamentos ambientais e a resolução judicial das áreas disponíveis para o empreendimento.
“O papel do Estado é criar as condições físicas, jurídicas e de logística para que haja atratividade da região de Marabá para a implantação da indústria, pois a empresa deverá ter competitividade para fazer frente junto às siderúrgicas chinesas’’, frisou.
Demachki ainda observou que não só a região de Marabá, mas todo o Pará poderá ganhar com a chegada da usina, caso o projeto tenha êxito. “Estamos nos comprometendo, mais uma vez, com as demandas que nos exigem tempo, energia, dinheiro e muito diálogo, entre nós da administração pública e até com outras esferas administrativas”, acrescentou Adnan.
O complexo siderúrgico destinará a produção de trilhos para a América Latina, além de outros produtos derivados do aço, que serão enviados aos mercados europeu e africano por meio de unidades do grupo na Itália e na Argélia.
O projeto apresentado ao presidente Temer prevê a geração de 20 mil empregos durante a construção da fábrica. A partir do momento que estiver pronta e funcionando, seriam 2,6 mil empregos diretos e milhares de empregos indiretos na região de Marabá.
A presença dos representantes da Cevital em Brasília mostra o interesse do Grupo na busca de apoio das autoridades federais ao projeto. A Cevital, gigante do agronegócio na Argélia, já possui uma siderúrgica na região da Toscana, na Itália.
Em maio de 2015, o governador Simão Jatene na companhia de Adnan Demachki e outros secretários estaduais visitaram o Complexo Agroindustrial da Cevital, em Bejaia, na Argélia, ocasião em que Jatene convidou a empresa a se implantar em Marabá, a partir de sua experiência bem-sucedida na Itália.


Fonte: Ascom/Sedeme

Sílvio Kanner é reeleito para o terceiro mandato na Aeba

A Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (Aeba) realizou nesta quarta-feira (10) a eleição para a escolha da sua nova diretoria plena para o próximo triênio 2017/2019. Associados, empregados do Banco da Amazônia de todo o país tiveram que escolher entre três chapas concorrentes.
Os eleitores iniciaram a votação em suas localidades das 8h. Em obediência aos horários locais, os mapas de apuração foram encaminhados à Aeba até as 18h. Já na Região Metropolitana de Belém, as urnas com as cédulas de votação foram encaminhadas à associação para contagem.
O trabalho da Comissão Eleitoral para a contagem dos votos começou às 20h e foi acompanhado por representantes das três chapas concorrentes. A apuração transcorreu tranquilamente e, por volta das 0h30 desta quinta-feira (10), foi anunciada a vitória da Chapa 1 “Pra Seguir Na Luta”, que tem como presidente o engenheiro agrônomo Sílvio Kanner, que conquistou seu terceiro mandato à frente da Associação com larga vantagem à frente dos demais adversários.

Foram ao todo 1.645 votos válidos distribuídos da seguinte forma:
Chapa 1: 1.120 votos = 66,87%
Chapa 2: 410 votos = 24,48%
Chapa 3: 145 votos = 8,66%

Votos brancos e nulos: 41. 


Fonte: Assessoria de Imprensa

O que ele disse


"Este encontro deveria durar dez minutos, nós estamos nos conhecendo. Jamais havíamos nos encontrado antes, tenho grande respeito. A reunião acabou durando quase uma hora e meia e por mim poderia ter continuado muito mais"

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, após seu primeiro encontro como o presidente Barack Obama, na Casa Branca.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Donald Trump presidente dos EUA. Você acredita?


Este repórter varou a madrugada de terça para quarta-feira acompanhando a apuração das eleições nos EUA.
E qualquer um que o tenha feito, deve ter experimentado a sensação - incômoda, sem dúvida - de constatar, com os próprios olhos, se o inimaginável realmente iria acontecer.
De manhã, ainda nocauteado pela surpresa, encontrei três amigos.
- Tu viste? - eles perguntaram.
Eu tinha visto. Mas não acreditava.
Eles disseram que também não. E contaram ter ouvido a mesma coisa de outros conhecidos deles.
"Eu não acredito" continua a ser - e ainda será por muito tempo - a expressão de espanto diante dessa parada.
E por que insistimos em expressar nossa descrença?
Porque fomos e somos reféns de conceitos da política tradicional, convencional.
Esquecemo-nos que Donald Trump chegou para, como se diz por aí, quebrar paradigmas, como sói acontecer com os outsiders que não estão nem aí para os convencionalismos da política.
Na campanha, Trump protagonizou tudo o que é desaconselhável nos manuais da política.
Foi rejeitado por sua própria legenda, o Partido Republicano.
Foi alvo de denúncias - algumas implausíveis, outras nem tanto - de assédio sexual.
Fez declarações menosprezo às mulheres.
Quebrou um costume de séculos, em que candidatos à presidência da República franqueiam sua declaração de Imposto de Renda, negando-se a mostrar a sua sob a justificativa de que está sob auditoria.
Demonstrou impulsos xenófobos repugnantes.
Confessou que, caso perdesse, não reconheceria o resultado, o que é uma conduta das mais graves numa democracia em que todos os derrotados - como fez Hillary Clinton emseu primeiro discurso após as eleições - não apenas reconhecem o resultado das ruas como prometem somar forças às do vencedores, respeitadas, é claro, as diferenças de posicionamento entre eles.
Trump foi tudo isso.
Qualquer outro candidato perderia de lavada.
Mas ele ganhou.
E ganhou contraas previsões de todas as pesquisas de opinião pública, à exceção da feita pelo jornal "Los Angeles Times".

Por tudo isso, sinceramente, quem acreditaria, ou melhor, quem acredita que esse cara tornou-se presidente dos Estados Unidos?

Trump presidente. Essas caras são a nossa cara.






Contexto em que se processou a vitória de Trump é assustador


Não sei não.
Mas a vitória em si de Donald Trump é mais assustadora se considerado o contexto em que se processou.
Primeiro, em relação à sua própria legenda, o Partido Republicano.
Segundo, quando se considera a nova composição do Congresso (na foto).
Trump chegou ao final da campanha praticamente sem qualquer apoio de seu partido.
O ex-presidente George W. Bush, por exemplo, que muitos consideram a quintessência do conservadorismo republicano, disse que não votariam em Trump.
Candidatos republicanos houve que fizeram campanha, abertamente, contra Donald Trump. Vários, inclusive, se elegeram.
O que isso significa? Quem Trump, agora, pode estufar o peito e moldar o Partido Republicano ao seu perfil e ao seu estilo.
Em relação ao Congresso, o Partido Republicano, que já era maioria na Câmara, agora também conquistou o Senado.
Há uma possibilidade muito maior do que parte do prometido por Trump durante a campanha seja cumprida com menores dificuldades do que as enfrentadas por Barack Obama, por exemplo, sobretudo em seu segundo mandato.
E mais: Trump ainda vai moldar a Suprema Corte ao perfil conservador, porque vai indicar de um a três juízes, que julgarão casos como aborto e casamento de homossexuais.
Não é assustador um contexto como esse?

Depois do Trump deles, fiquemos de olho no nosso Trump


Leiam com atenção o artigo abaixo.
É assinado por Ranier Bragon e está publicado na "Folha de S.Paulo", edição desta quinta-feira (10), sob o título "E agora?"
E não encarem o tema em debate como brincadeira.
Porque, se Donald Trump venceu lá, por que Bolsonaro, o nosso Trump, não pode vencer aqui?

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Permita-me não falar de Trump. Eram 11h45 desta quarta (9) quando encontrei o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), 61, em uma das entradas do Congresso. Como de hábito, cercado por transeuntes e suas maquininhas de fazer selfie.
Após atendê-los, saiu rua afora para pegar um caminho alternativo para o seu gabinete. Apesar de adotar passos de Usain Bolt nos cerca de 100 metros percorridos, foi parado seis vezes por admiradores e uma sétima por um homem que de dentro do carro gritou: "Vamos para os Estados Unidos, Bolsonaro"!
"Hahaha, se o Trump convidar..."
Entre uma foto e outra, Bolsonaro comentou a vitória do republicano. "Tem muita coisa em comum comigo, ele foi massacrado pela mídia de lá como eu sou massacrado pela daqui, não esquece esse detalhe."
E listou medidas de Trump que, justiça seja feita, ele prega há anos.
Para começar, críticas aos médicos cubanos e à imigração venezuelana, o que remete ao muro antimexicano de Trump. "Muro é força de expressão dele, mas não pode entrar no nosso país qualquer um."
Bolsonaro, que considera Ustra (símbolo da repressão durante a ditadura) um herói nacional, quer que todo cidadão de bem tenha uma arma. Para fazendeiros ele acha melhor um fuzil. "Porque a propriedade é privada. Se é privada, é sagrada."
A entrada do seu gabinete é decorada por um "mural da vergonha" com informes sobre o "kit gay" e a questão LGBTT. Mas ele diz não ser homofóbico. Teve até funcionário gay. "No momento não sei, aaacho que não tenho [enfatiza o 'acho']." Ele afirma que evoluiu no tema. No "linguajar", melhor dizendo. "Antes o calibre era muito pesado, mas continuo atirando na mesma direção."
Ao se acomodar no espaço reservado do pequeno gabinete, resumiu o estado de espírito: "Estou muito feliz". Na mesa, um jornal com a manchete: "Deu Trump. E agora?"
Bolsonaro quer presidir o Brasil. Na última pesquisa do Datafolha já chegava a 8% das intenções de voto. 

MPF cobra estrutura mínima para tratamento do autismo no Pará

O Ministério Público Federal (MPF) entrou na Justiça nesta segunda-feira, 7 de novembro, com ação em que pede decisão urgente para obrigar a União, o Estado do Pará e o município de Belém a oferecerem estrutura mínima para o atendimento a pessoas com autismo, distúrbio do desenvolvimento que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir.

O MPF aponta que o atendimento a esses pacientes no Estado é bastante precário, mesmo após quatro anos da publicação da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, dois anos da publicação do decreto que a regulamenta e dois anos da divulgação dos resultados de duas auditorias do Ministério da Saúde com quase 30 recomendações para a regularização do serviço no Pará.

Com base nas auditorias do Ministério da Saúde, em depoimentos de familiares de autistas e em outras fontes de dados, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF que atua pelo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados aos cidadãos pela Constituição, informou à Justiça que no Pará faltam planejamento, regulamentação, capacitação de profissionais, medicamentos, equipamentos, assistência e outros itens básicos para garantir atendimento digno aos autistas crianças e adultos.

Não existem estatística oficial sobre o número de casos e faltam protocolos de atendimento, processo regulatório para acesso aos serviços, previsões de ações no Plano Estadual de Saúde, no Plano de Saúde de Belém e na programação anual desses planos. Também não há capacitação de profissionais da área, medicamentos, materiais didáticos, garantia de atendimento na rede de assistência e comprovação da aplicação dos recursos no setor.

“Pseudoprestação” do serviço - Enquanto isso, há demanda reprimida para o diagnóstico e tratamento do distúrbio e os estabelecimentos de saúde integrantes da rede assistencial apresentam limitações na assistência, com falta de profissionais e de capacitação e carência de material pedagógico e equipamentos para desenvolvimento das atividades.

“Não se pode aceitar uma 'pseudoprestação' do serviço, tal como vem acontecendo”, critica na ação a Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, Melina Tostes Haber.

No início deste ano, o MPF questionou a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém sobre quais foram as providências adotadas em relação às recomendações feitas pelas auditorias do Ministério da Saúde, de 2014.

Só a Sesma apresentou resposta, em que prestou esclarecimentos sobre alguns procedimentos para atendimento a autistas e afirmou que não estava pronto o Plano Municipal de Saúde da Pessoa Com Deficiência e nem formado o Grupo Condutor da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, além de informar que estava em trâmite a aquisição de um medicamento.

“A política de tratamento ao portador de Tratamento do Espectro Autista está muito aquém do mínimo razoável, eis que não há atenção específica a esses pacientes, estando, o serviço ofertado, em total desacordo com a legislação, somando-se a isso a omissão do ente federal, que, por sua vez, atesta a calamidade por meio de auditorias, porém, em contrapartida, não adota quaisquer providências aptas a modificar a realidade posta, desprezando suas funções de apoio e monitoramento da rede”, destaca a procuradora da República.

Processo nº 0030705-91.2016.4.01.3900– 5ª Vara da Justiça Federal em Belém (PA)

Íntegra da ação
Acompanhamento processual

Charge - Aroeira


O que eles disseram


"Eu prometo a cada cidadão de nossa terra que eu vou ser presidente para todos os americanos, e isso é tão importante para mim. Para aqueles que optaram por não me apoiar no passado, dos quais havia poucas pessoas, irei atrás de sua orientação e sua ajuda para que possamos trabalhar juntos e unificar nosso grande país."
[...]
"Acabei de receber um telefonema da secretária [Hillary] Clinton. Ela nos cumprimentou. [Falou] sobre nós, sobre a nossa vitória, e eu a felicitei e a sua família pela campanha muito, muito dura. Quero dizer, ela lutou muito. Hillary trabalhou muito e durante um longo período de tempo, e nós lhe devemos uma grande dívida de gratidão por seu serviço ao nosso país."
Donald Trump, logo depois de confirmada sua eleição como 45º presidente dos Estados Unidos.


"Ontem à noite, eu parabenizei Trump pela sua vitória e me ofereci para trabalhar com ele em nome do nosso país. Espero que ele seja um bom presidente pra todos os americanos."
[...]
"Eu sei que vocês estão desapontados, porque eu também estou, assim como milhões de americanos. É doloroso. E continuará a ser por algum tempo. Mas Trump será o nosso presidente. E devemos a ele uma mente aberta e uma chance de guiar.(...) A eleição mostrou que os EUA estão mais divididos do que pensávamos. (...) Devemos defender os valores do nosso país."
Hillary Clinton, no primeiro discurso após consumar-se sua derrota para Donald Trump.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Bill Clinton vota sob os holofotes. Às favas o sigilo.


Hehe.
Que sigilo de voto que nada, hein, gente?
Olhem aí Bill Clinton votando nesta manhã.
Olhem quantas pessoas em torno dele, munidas de celulares e posicionadas em ângulos de onde facilmente poderiam quebrar o sigilo do voto.
Aliás, em quem ele deve ter votado, hein?
Hehe.

FHC como presidente da transição? Contem outra.


Meus caros.
Eu confesso: não estou entendendo absolutamente nada. E por isso peço a vocês, leitores do Espaço Aberto, que me ajudem a entender, se forem capazes:
É o seguinte.
Diante da possibilidade - cada vez menos remota - de que Temer não conclua seu mandato, o que ocorrerá se a chapa dele e de Dilma for cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nome de Fernando Henrique Cardoso começa a despontar como uma espécie de salvador da Pátria, que seria eleito soberanamente pelo Congresso Nacional para cumprir o final de mandato.
Mamãããããããããeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee - começam a berrar os que, como o repórter aqui, não estão entendendo absolutamente nada
Presume-se que FHC seja o nome mais indicado - senão o único - na face do Planeta para comandar a transição, porque teria um perfil talhado para aplacar ódios, oposições desvairadas e resistências sem fim, conduzindo o País em harmonia até as eleições de 2018.
E isso?
Mas já combinaram com os russos?
Já combinaram com russos que enxergam, entreveem, vislumbram e personificam em FHC o repositório incomparável do que haveria de mais abominável na política brasileira?
Entre os russos, estão petistas que pensam assim e sentem-se nauseados apenas de ouvir falar em FHC. Como também toda a esquerda, que dificilmente se une para alguma coisa, como vocês sabem, mas talvez unisse seus discursos e suas práticas para barrar a mais remota possibilidade de FHC voltar a ser presidente, mesmo numa situação excepcional, como a que seria sua eleição indireta pelo Congresso Nacional.
Ontem mesmo, na página 3 de seu primeira caderno, uma das mais nobres do jornal, a "Folha de S.Paulo" traz artigo assinado por Xico Graziano, que foi deputado federal (PSDB) e chefe de gabinete da Presidência da República no governo FHC.
De saída, reconheça-se um notável mérito no articulista: ele confessa que é parcial, porque amigo, seguidor, admirador e liderado de FHC.
Diz Graziano:

Mantenho atualmente com ele as melhores relações de amizade, respeito e admiração. Auxilio-o defendendo seu legado nas redes sociais.
Sigo sua liderança e me espelho no exemplo do homem que tem sido capaz de se reinventar a cada instante, tendo se tornado o ponto de equilíbrio dessa nação esfacelada pela crise econômica, social e política.

Acrescenta ainda:

FHC representa a decência na vida pública. Esse é o maior desejo do brasileiro. Viver num país com civilidade, honestidade, princípios. Um país que ofereça oportunidades, gere bem-estar, dê segurança. Um país tolerante, respeitoso, diverso, unido na defesa da cidadania.
[...]
Sejamos realistas: ou surge um oportunista de última hora, um salvador da pátria, um vendedor de ilusões, ou corremos o risco de ficar na pasmaceira da política tradicional.
Fernando Henrique é o amálgama do dilema brasileiro. Está velho demais, pode-se argumentar. Bobagem. É o mais espairecido dos velhos políticos. Malgrado sua idade, não perde sua inventividade. É o cara.
Volta, FHC.

Hehe.
Vejam só: o blog não está fazendo o mínimo juízode valor sobre o caráter de FHC e sua trajetória na vida, incluindo os dois mandatos presidenciais.
O Espaço Aberto está apenas querendo compreender como se pode cogitar um nome que desperta radicalismos e repulsas em amplos segmentos.
Mas, pelo que estão falando, parece até que FHC já assume na próxima semana.
Mas o que dizem os russos?

Agora vocês entendem porque o repórter não está entendendo nada?

EUA não merecem Hillary. Mas Trump personifica a tragédia.


A parada é a seguinte, meus caros.
Roberto Izurieta, um respeitado analista político e professor da Universidade George Washington, foi quem resumiu perfeitamente o confronto final de hoje, entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton.
"Hillary Clinton não ganhará a eleição. Trump é que perderá", escreveu o professor num excelente artigo que pode ser lido na íntegra aqui.
É exatamente isso.
Se a democrata ganhar, e tudo indica que isso vai acontecer, ainda que por margem apertada de votos, não tomemos essa vitória pelos méritos dela, mas pelo demérito de seu adversário.
Clinton é uma espécie de Éder Mauro americano: só domina mais ou menos temas relacionados à economia, assim como o nosso deputado federal só domina questões ligadas à violência, daí não ter logrado o êxito que almejava na recente campanha eleitoral para prefeito de Belém.
Mas Trump é um imbecil no resto.
Ele, que fala tanto em segurança interna e combate ao terrorismo, não saberia localizar no mapa uma cidade como Mossul, reduto último do Estado Islâmico. E se vocês bobearem, ainda será capaz de confundir a Síria com a Tasmânia.
Mas a questão essencial não é o seu desconhecimento sobre questões que, nos Estados Unidos, têm uma enorme relevância, como a política externa.
O essencial é que ele é um completo desequilibrado - como também preconceituoso, homofóbico, xenófobo e outros fobos.
Com um personagem como Trump, o único risco é que ele, por alguns momentos, esteja lúcido. Do contrário, é falar é complicar-se; é falar e proclamar alguma pérola que o desgastará; é falar e criar uma polêmica destrutiva à sua própria imagem.
Hillary, reconheça-se, soube explorar muito bem esse, digamos assim, jeito Trump de ser.
Mas não que ela seja uma presidente que a maior democracia do mundo mereça.
Sinceramente que não.
Mas torçamos por ela.
Porque deixar os Estados Unidos nas mãos de Trump será mais de meio caminho andado para a tragédia.

Selvagens do volante continuam aterrorizando em Belém


Acreditem.
Em terras como Belém, onde muitos - muitos mesmo - selvagens exibicionistas aboletam-se atrás do volante de um carro e saem por aí fazendo e acontecendo, nada é capaz de reprimir a falta de educação e a ousadia que os acometem.
Até mesmo quando correm o risco de ser punidos no bolso, os selvagens exibicionistas de Belém fazem de conta que não é com eles.
Querem um exemplo?
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamentou a multa por causa de som alto dentro do carro por meio da Resolução nº 624. Até então, o artigo 228 do Código Brasileiro de Trânsito estabelecia um limite aceitável de até 80 decibéis a uma distância de 7 metros, e de 98 decibéis, a apenas 1 metro.
Por isso, as multas dependiam de um equipamento chamado decibelímetro, certificado pelo Inmetro. Com a nova resolução, a autuação agora pode ser feita, "independente do volume ou frequência".
A infração continua considerada grave (5 pontos), com penalidade de R$ 195,23, em vigor desde a última terça-feira, 1º de novembro), além de retenção do veículo.
E aí?
E aí que tudo continua como sempre foi e sempre esteve.
No bairro de Nazaré, o silêncio das madrugadas continua sendo rompido por sons que são emitidos de dentro de veículos e fazem tremer as vidraças de apartamentos situados até acima do quinto andar.
Vocês imaginam, então, o barulho ouvido por moradores de andares mais abaixo.
Por que fazem isso os selvagens exibicionistas? Porque sabem que dificilmente serão flagrados às 2h, 3h da madrugada.

E assim seguimos na base do tudo como dantes nos quartéis d'Abrantes.

Velhas práticas afugentam turistas


Do jornalista Francisco Sidou, por e-mail, para o Espaço Aberto:

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O jovem prefeito de Salinas foi reeleito com louvor, pois, além de ser filho da terra, vem fazendo um bom trabalho. A cidade está limpa, as ruas com asfalto novo, os bairros da periferia também estão recebendo melhorias como saneamento e água encanada. Mercados abastecidos com peixe à vontade e preços justos. O lixo está sendo recolhido com regularidade e presteza. Não se vê lixo nas ruas ou calçadas.
Mas, como é jovem, está faltando um pouco mais de ousadia ao gestor Paulo Henrique. Por exemplo: recorrer a parcerias com grandes empresas (Vale, Banco da Amazônia, Banco do Brasil entre outras) para dar uma "repaginada" nas praias do Atalaia, Corvinas e Farol Velho, com a adoção de novo modelo de barracas de praia (com lixeiras em cestinhas e contêineres na barraca mãe ) que poderiam ser ofertadas, sem ônus para os barraqueiros e prefeitura.
As coberturas dessas barracas abrigariam painéis publicitários com a logomarca das empresas, com mensagens de seu engajamento na defesa ambiental. Seria num retorno fantástico porque Salinas se transforma no veraneio de julho e nos feriadões na maior vitrine turística do Pará, com visibilidade nacional em matérias jornalísticas de redes nacionais de televisão.
De quebra, a Prefeitura de Salinas poderia, em parceria com o Detran, disciplinar o trânsito na praia, melhorar o transporte coletivo da cidade, com a aquisição de uns cinco ônibus jardineira, próprio para o turismo receptivo e city tour. São muitos os turistas que ficam em hotéis na cidade sem ter nem como alugar um carro, porque em Salinas não existem locadoras nem de jipes. Mas também precisam ser treinados com lições práticas sobre turismo receptivo os amigos barraqueiros e seus colaboradores, os garçons de praia.
Refeições na praia com preços escorchantes; cobrança de pedágio em forma de consumação mínima de R$-50; grosseria com os que argumentam contra essa exploração  - são práticas que em nada contribuem para o incentivo ao turismo em Salinas. Ao contrário, apenas afugentam os turistas.
No último final de semana passamos por constrangimentos na bela praia do Farol Velho (na foto) , outrora um recanto paradisíaco, diante da intransigência de um garçom de praia, que só aceitava a ocupação da barraca com o "compromisso" de um consumo mínimo de R$ 50,00. Ora, tínhamos acabado de fazer a primeira refeição, o café da manhã. De nada adiantaram os argumentos de que no decorrer do dia iríamos consumir algum produto, menos as refeições, claro, diante do cardápio com preços mais salgados que a água do mar que banha a bela Salinas. Preferimos ir para a beira do mar, onde ainda não se paga pedágio e também podemos exercer o livre arbítrio de consumir uma água de coco ou um picolé de açaí da Cairu, sem ninguém para nos vigiar ou cobrar.
Vamos ousar, senhor prefeito Paulo Henrique? Procure um secretário de turismo que goste de Salinas e também dos turistas. Renovar velhacas práticas dos barraqueiros privatistas da praia também é preciso. O revéillon está chegando e o veraneio de julho também.
Salinas merece práticas melhores de um turismo moderno, onde todos ganham com mais emprego e renda, turistas satisfeitos que voltam e ainda trazem seus familiares e amigos.

O que ela disse


"Imagine um presidente que rebaixe as mulheres, zombe dos deficientes, insulte os latinos, afroamericanos, muçulmanos, prisioneiros de guerra, que coloca as pessoas umas contra as outras, em vez de uni-las."
[...]
"Imagine um presidente que tem prometido ter uma grande máquina de deportação, para acuar milhões de imigrantes, e expulsá-los sabendo que famílias vão ser divididas mas que também a nossa economia vai ser afetada."
[...]
"Algumas pessoas dizem que o que eles querem é mudança. Bem, deixem eu dizer uma coisa: a mudança é certa, nós teremos mudança. A questão é que tipo de mudança teremos."

Hillary Clinton, candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, traçando um cenário de fim do mundo se o seu adversário, o republicano Donald Trump, ganhar as eleições da próxima terça-feira. E sabem que talvez ela esteja certa?

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Há fundamentos legais para cassar a candidatura de Zenaldo Coutinho?



O Espaço Aberto fez essa pergunta às assessorias jurídicas de Zenaldo Coutinho (PSDB), reeleito no último domingo, e de seu adversário no segundo turno, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL).
Até o início da madrugada desta terça-feira (01), a assessoria do tucano ainda não havia remetido o áudio solicitado.
Mas a de Edmilson mandou.
Quem se pronunciou foi o advogado Egydio Salles Filho.
Ouçam o áudio - na íntegra e sem edição.
A referência à "nova versão", feita por Egydio no início, é porque o primeiro áudio ficou truncado, obrigando-se o remeter este, que você poderá ouvir.

Zenaldo ganhou por 35,3 mil, ou melhor, por 3,5 milhões de votos


Entre alguns assessores do prefeito reeleito do PSDB, Zenaldo Coutinho (na foto, extraída de seu perfil de campanha no Facebook), os 35,3 mil votos de diferença na vitória sobre Edmilson Rodrigues (PSOL) têm um sabor de 350 mil votos. Senão de 3,5 milhões.
É que, até as vésperas de começar a campanha, Zenaldo tinha uma rejeição verdadeiramente astronômica, na casa dos 70%.
Muitos, até então, não acreditavam que o tucano fosse capaz sequer de chegar ao segundo turno. Mas achavam que, se chegasse, dificilmente teria condições de superar o deputado federal Edmilson Rodrigues, então favoritíssimo em todos os cenários projetados.
Eis que o mar virou sertão - ou o sertão virou mar.
No final da campanha, já em segundo turno, Zenaldo conseguiu reduzir sua rejeição para algo um pouco abaixo dos 40%.
E acabou ganhando a eleição.
Por 35,3 mil votos.
Mas que têm o sabor de 3,5 milhões para os que inicialmente sequer cogitavam, por mais remotamente que fosse, nessa possibilidade.

Em imagem, o fenômeno nas eleições do Rio


Leiam aqui: https://goo.gl/Q6UiBR.
Observem que o blog, no dia 27 deste mês, já indagava se o fenômeno era Marcelo Crivella ou o eleitorado do Rio de Janeiro (RJ).
Agora, vejam a imagem acima, no infográfico publicado na edição da Folha de S.Paulo desta segunda-feira.
Vejam a extensão da vitória de Crivella, apesar de sua vida pregressa marcada por várias condutas que ele jamais explicou de forma convincente, inclusive o caso de sua prisão e de músicas que compôs, ofensivas a religiões que não a sua.
E não explicou porque, em várias oportunidades, simplesmente se recusou a participar de debates.
Crivella pôs-se na contramão de tudo o que marketing político aponta como essencial para projetar candidaturas.
Mesmo assim, foi eleito de forma esmagadora.
Por isso é que o blog continua, sinceramente, sem saber quem é o fenômeno: se Crivella ou o eleitorado do segundo maior colégio eleitoral do País, em tese, portanto, um dos mais politizados.

Agende-se para o Se Rasgum

"Todas as instituições do Estado estão apodrecidas", diz leitor


De um leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Renan Calheiros assusta pelo deboche e desconhecimento:

Ingênuos aqueles que pensam que toda podridão está no sistema político ou apenas nos agentes políticos e partidários. Todas as instituições do Estado estão apodrecidas. Se na política, nós, simples cidadãos, podemos (ou pelo menos podíamos, antes do golpe de Estado) interferir, punindo o agente corrupto negando-lhe o voto e a reeleição, o mesmo não podemos fazer em relação à casta jurídica (a mais cara, ineficiente e corrupta do mundo).
O que me impressiona é ver a maior parte dos INCLAMEs (boa parte deles analfabetos políticos com diploma universitário e títulos acadêmicos) idolatrar a meritocracia dos concurseiros, como se a aprovação num concurso público (por mais difícil e concorrido que seja) significasse retidão de caráter e espírito público ou qualquer tipo de superioridade ética e moral.
Esses INCLAMEs, assim como os que integram a Fraude a Jato, massacram e torturam os fatos e a realidade, enfiando a marteladas (como diz o Luís Nassif) argumentos na tese, numa tentativa de tornar verossímil e crível a falsa narrativa, que sabemos ser o aniquilamento da esquerda e do PT ou a justificativa/manutenção de privilégios de nascimento e de classe.

Belém nos tempos

Quanto melhor para o povo, melhor para a estabilidade


STAEL SENA

"A Constituição ainda vale."
Lenio  Luiz Streck

Gostaria de acreditar de olhos vendados na afirmação conforme a qual quanto melhor para o povo, melhor para a estabilidade política, social, econômica e jurídica. Pois quando olho para a nossa Constituição de 5 de outubro de 1988, completou 28 anos de vigência neste ano do golpe (2016), nutro dúvidas sobre a eficácia dela sobre a conduta dos poderes públicos, supostamente  independentes e harmônicos, para cumprir e fazer cumprir a obrigação suprema de garantir a realização do bem de todos.
Inicialmente, destaco o que consta no artigo 1º da Soberana Carta, onde repousa três fundamentos de nossa combalida República, ao lado de dois outros, que são: a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e o pluralismo político, arrematando no seu parágrafo único, que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos nela expressos. Com base no exposto, em conjuntura pós impeachment por óbvio, surge a indagação lógica: os eleitos, grande parte notoriamente golpistas, estão exercendo o poder de forma mais favorável para a realização do bem estar dos representados e das futuras gerações?
Se a resposta for negativa - estão agindo em prejuízo - talvez porque o povo não promova jantares para convencer suas Excelências com mimos e privilégios de origem desconhecida, por que mantê-los nos cargos se estão a trair o povo e a Constituição sem o menor pudor, ao vivo e em cores? Como todos sabem, recentemente, os deputados federais aprovaram a PEC 241, projeto de emenda à Constituição, também denominada PEC do teto para eles e PEC da morte para a maioria da população.
A péssima PEC 241 não corta e nem inibe a corrupção entre o setor público e o privado, causa número um da crise interna que vivemos, mas corta insensatamente investimentos na saúde, educação e assistência social entre outros direitos, fato que por si só já é um absurdo, pois torna insustentável o desenvolvimento econômico e a estabilidade social e política, colocando o Brasil na contra-mão dos avanços gozados pelas democracias contemporâneas.
Acho que suas Excelências continuarão a agir desse modo como se tivessem recebido um cheque em branco, assinado pelo voto do eleitor. Isso acontece porque deixamos acontecer. Somos todos responsáveis por isso!
A Constituição de 1988 não diz em nenhuma de suas linhas que o povo tenha que esperar a próxima eleição, para destituir políticos traidores dos fundamentos e objetivos nela contidos, nosso contrato social contemporâneo. Os deputados juraram cumpri-la. Se eles a desrespeitam e com isso o próprio povo que os elegeu, devem ser destituídos por violação grave ao Estado Democrático de Direito. Isso é razoável.
A Carta Mãe afirma triunfalmente no artigo 2º que são objetivos da República construir uma sociedade livre, justa e solidária,  garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, além de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Excelente. Mas, indaga-se mais uma vez: a chamada independência e harmonia entre os poderes vai adiar todas essas finalidades por 20 anos, conforme expresso na PEC 241? Ou, indagado de outro modo, a harmonia e independência unirá os poderes contra o povo? Os três poderes versus povo?
Com a máxima preocupação, acho melhor o povo tirar a venda dos olhos e exercer o poder diretamente. Caso contrário, os abusos continuarão a ocorrer. Visto que, quanto pior para o povo, pior para todos  e para a estabilidade. Lembrete final: o ódio e a intolerância pré impeachment tornaram-se amigos íntimos da instabilidade política que vivemos atualmente com um governo de sofrível legitimidade e que só se sustentará pela repressão ao povo.
Diretas já!

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STAEL SENA é pós-graduado em Direito (UFPA)

O que ele disse



“Nós não podemos, jamais, cair na armadilha da praga maldita da vingança. O processo eleitoral termina aqui. Acabou. Nós não temos memórias para injúrias, para calúnias, para infâmias. Vocação da política é olhar para a frente. Nós vamos centrar todas as nossas energias para realizar o projeto que propusemos ao povo, que é cuidar das pessoas”.
Marcelo Crivella, prefeito eleito do Rio de Janeiro (RJ), em acenos de paz depois das eleições.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Por que votar em Zenaldo Coutinho (PSDB)

Quem responde ao questionamento do Espaço Aberto é o leitor José Roberto Nogueira, 64 anos.
Áudio na íntegra, sem edição do blog.

Por que votar em Edmilson Rodrigues (PSOL)

O advogado Paulo André Nassar justifica sua preferência pela candidatura do deputado federal Edmilson Rodrigues a prefeito de Belém, nas eleições em segundo turno marcadas para este domingo.
Áudios na íntegra, sem edição do Espaço Aberto.

Na TV, Zenaldo e Edmilson em reta final de campanha

O que estão dizendo os candidatos Zenaldo Coutinho e Edmilson Rodrigues, a dois dias das eleições que vão apontar o novo prefeito de Belém.







Empate até entre o andar de cima e o andar de baixo

Espiem só como está o clima para as eleições de domingo, em Belém.
Olhem esta tuitada de Cesar Paes Barreto.

Torcedores selvagens precisam ser tratados como criminosos


Pavoroso, não é?
Quem viu jamais vai esquecer as cenas (vejam na imagem) de domingo passado, no Maracanã, em que torcedores do Corinthians agridem policiais militares, que revidam a cassetetadas.
Quem pensa que isso tudo não passa de apenas mais um caso de vandalismo está banalizando práticas criminosas de consequências terríveis.
Porque crianças e idosos, entre tantos outros, ainda se aventuram a frequentar estádios de futebol no Brasil.
E porque se aventuram?
Porque adoram futebol - e o futebol é mesmo adorável.
O problema é convivermos com o banditismo, com a barbárie, com a selvageria, tudo isso disfarçado de paixão clubística.
Isso é um desprezo à nossa inteligência.
Paixões clubísticas não justificam nada disso.
O problema, meus caros, é que temos uma engrenagem extensa para acobertar esses palhaços perigosos que integram o que se convencionou chamar de torcidas organizadas.
E a engrenagem começa nos clubes, que acobertam, patrocinam, ajudam e se deixam manipular por essas hordas que protagonizam espetáculos horrorosos como a pancadaria no Maracanã.

A quem recorrer?