sábado, 30 de setembro de 2017
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
Vandalismo ataca na Praça da República
Cuidar de Belém com selvagens sempre à espreita
não é brinquedo, não.
Cuidar de Belém ao mesmo tempo em que o
vandalismo grassa é uma parada.
A Prefeitura de Belém informa, na manhã desta
sexta-feira (20), que na reta final das obras de revitalização da Praça da
República, foram furtados nada menos de 16 projetores LED subaquático, que iluminavam a Fonte
das Sereias, na praça da Sereia, concluída e entregue no primeiro semestre. A iluminação, que ganhou projeto exclusivo, para
dar maior destaque ao monumento, custou cerca de R$ 20 mil.
Recentemente, como
vocês se lembram e o blog publicou, a Guarda Municipal prendeu, em flagrante, uma mulher que pichava os coretosrecém-reformados da Praça da República.
É mole?
Petistas já nem creem mais que Lula possa se candidatar
Petistas paraenses já não têm muita certeza se o
ex-presidente Lula consegue emplacar um terceiro mandato. E menos certos ainda
estão se haverá condições objetivas de ele se lançar à disputa presidencial no
ano que vem.
É que, depois
depoimentos devastadores do ex-ministro Antônio Palocci, acrescentados
de uma carta
não menos arrasadora em que ele pede sua desfiliação do PT, petistas
admitem três coisas:
1. É bem possível que Lula seja alvo de uma
segunda condenação, desta vez no caso do sítio de Atibaia (SP).
2. A possibilidade é enorme de que seja
condenado em segunda instância pelo TRF4 até o início do próximo ano, caso em
que ficaria impedido de se candidatar e ficaria até mesmo sujeito a ser preso.
3.
Ainda que consiga concorrer à presidência da República em 2018, Lula enfrentará
enormes dificuldades para negar de forma convincente muitas denúncias. Entre
elas, o caso de dois
recibos com datas inexistentes apresentados por sua defesa.
Palocci, Lula, Batman, Robin e os vilões
Vamos combinar?
Assistir, como todos temos assistido, ao embate
entre Lula e Palocci, um embate em que um expende sobre o outro conceitos que
atiram a si mesmos para a beira do precipício de crimes horrendos, é tão
implausível como se víssemos Batman e Robin desfilando pela avenida Presidente
Vargas, em Belém, em pleno meio-dia, tendo ao lado deles, como se amigos
fossem, os mesmo vilões monstruosos que já enfrentaram em tempos idos.
Nesse sentido é que a carta de Palocci (leia aqui
a íntegra), pedindo a sua desfiliação do PT, não é propriamente uma carta. É um
libelo – contra o partido e contra Lula.
Os trechos abaixo confirmam isso.
Trogloditas ao volante fecham rua no Umarizal
Espiem.
Essa parada, exibidas em imagens feitas por
leitor do blog, ocorre num final de tarde na Rua Domingos Marreiros com a Travessa
14 de Março, no Umarizal.
Parece que o problema, como ele mesmo observa,
não tem solução.
“Primeiro, porque os motoristas não têm educação
de trânsito. Segundo, porque a Semob está ausente em 99,99999% dos lugares”,
acrescenta.
Maluf só exagera no 1%
"Eu tenho 101% de certeza de que ele é
honesto. Ele é correto, decente e honesto".
Esse é Paulo Maluf (cujo sobrenome virou um
verbo, malufar, que dispensa maiores explicações), falando sobre o presidente
Temer.
Maluf só exagerou, acho, no 1 dos 101%. No mais,
ele está certíssimo.
Céus!O que ele disse
“Acreditavam que o meu caso seria o princípio, o
fim e o meio. Ledo engano! O pesadelo estava apenas começando!”
Delcídio
do Amaral, ex-senador (sem partido-MS), que teve o pedido
de prisão confirmado pelo plenário do Senado, sobre a decisão do Supremo de
afastar do mandato o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e determinar que ele se
recolha à noite.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Assaltantes no caminho das paradas de ônibus
Moradores do bairro Aurá, em Ananindeua, já não
sabem mais o que fazer contra o banditismo que infesta a área em toda a Grande
Belém.
Ultimamente, diz leitora do Espaço Aberto, as pessoas estão sendo atacadas por bandidos não
propriamente nas paradas de ônibus, mas quando estão se dirigindo às paradas.
Pegar um coletivo nesse bairro, entre 6h e 7h, é
ficar à mercê dos assaltantes, que normalmente – e pra variar – estão montados
em motos.
E puliça
que é bom, nada!
Não mesmo? Depende.
Depende.
Tudo depende.
Se a democracia comportar campanhas bilionárias,
com candidatos sob suspeitas, com as porteiras abertas para o caixa dois e com
abuso de poder escancarado e criminoso, então, Excelência, aí R$ 2 bilhões
representam um valor enorme, imenso, desmedido e inaceitável.
Como todo o respeito.
O que ele disse
"Afinal, somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?"
Antônio Palloci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, na carta em que se desfilia do PT.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Um tapinha nas costas de Gilmar Mendes. E daí?
Imaginem só.
Em artigo que assina em “Veja” desta semana,
Roberto Pompeu de Toledo lembra episódio recente em que emissoras de TV
flagaram imagens de convescote na casa do presidente da Câmara, o deputado
Rodrigo Maia (DEM-RJ), em que Sua Excelência despede-se do também Excelência
ministro do Supremo, Gilmar Mendes, dando um tapinha nas costas.
E pergunta Toledo: “Pode um ministro da Suprema
Corte permitir um tapinha do presidente da Câmara? O colunista, que é ingênuo,
acham que não.”
Este repórter também acha que não.
Mas, afinal, por que a estupefação de Toledo
(com todo o respeito)?
Gilmar Mendes já funcionou como uma espécie de
conselheiro ad hoc do presidente
Temer. Nessa condição, foi flagrado duas ou três vezes entrando no Palácio doJaburu, para conversas, como se diz, fora da agenda.
Depois, Gilmar disse que foi tratar de temas
institucionais com o presidente.
Mais recentemente, Gilmar Mendes esteve no
centro de outra grande e inacreditável polêmica, ao mandar relaxar a prisão de Jacob Barata, barão dos transportes coletivos no Rio, ainda que ele, Gilmar, tenha sido padrinho de casamento de um filha do
acusado, que casou com um sobrinho da mulher do ministro (mamãããããeeeeee!).
E Gilmar disse não ter visto nenhum impedimento
ético-processual para continuar no caso.
Então, caro Toledo, diante de ocorrências que tais, não será café pequeno
despedir-se do presidente da Câmara recebendo um tapinha nas costas?
Delação de Funaro parece estar cheia de disse-me-disse.
Com todo o respeito – todo o mesmo – aos que
reconhecem na delação premiada um eficaz instrumento para descobrir artimanhas
processadas nos porões onde criminosos, com e sem colarinho branco, se conluiam
para surrupiar os dinheiros públicos.
Mas a delação de Lúcio Funaro, tido como o
operador do PMDB na Lava Jato, está cheio de ele me disse, de ouvir dizer,
de ele teria recebido e expressões do
gênero.
E mais: um dos que mais disseram a Funaro é Eduardo Cunha, que está preso e sabe de muita
coisa, é óbvio, mas cuja credibilidade não vale zero vezes 1 milhão de zeros.
Não vale nada, em suma.
Se não podemos acreditar no que um Eduardo Cunha
diz, podemos acreditar no que ele disse a Funaro?
É só uma pergunta, gente.
Imagem Peregrina visita a Justiça Federal pelo 9º ano
A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré visitará a Justiça Federal nesta segunda-feira (25), durante missa que será celebrada no auditório do edifício-sede da Seccional, a partir das 12h, com a presença de magistrados e servidores, seus familiares e terceirizados.
O celebrante será o padre Eloi Wath, que comanda a Amidfae, associação sem fins lucrativos, mais conhecida como "Casa da Sopa". Situada no bairro do Guamá, um dos mais populosos de Belém e com maior número de famílias carentes, a entidade distribui gratuitamente mais de 2 mil pratos de sopas por dia, na hora do almoço, além de cestas básicas, e oferece tratamento médico e odontológico, dentre outros serviços.
No ano passado, durante a visita da Imagem Peregrina à Justiça Federal, no dia 28 de outubro, foram arrecadados cerca de 300 quilos de alimentos não-perecíveis destinados à Amidfae. Este ano, a Comissão Organizadora pediu a colaboração de servidores e magistrados, para que contribuam com fraldas geriátricas, a serem doadas ao Asilo São Vicente de Paulo, e alimentos não-perecíveis para a Casa da Sopa. Os produtos poderão ser entregues no balcão de atendimento da 12ª Vara Federal, no segundo andar do edifício-sede da Seção Judiciária, até o dia 25 de setembro, às 11h.
A juíza federal Carina Senna, diretora do Foro em exercício, ressaltou que a visitação da Imagem Peregrina à Justiça Federal já está se tornando uma tradição que se repete há nove anos e marca um momento especial de fraternidade. “O Círio de Nazaré desponta como um evento único, singular, seja por sua indiscutível dimensão cultural, seja pela devoção entre os que são movidos essencialmente pelo espírito religioso. Nesse sentido, acho que receber a Imagem Peregrina da Virgem de Nazaré na Justiça Federal é uma expressão de fé e um momento de comunhão entre magistrados, servidores, terceirizados e jurisdicionados”, ressaltou a magistrada.
Patrimônio cultural - Realizado pela primeira vez no ano de 1793, o Círio aconteceu no segundo domingo de outubro e tem reunido nos últimos anos mais de 1,5 milhão de pessoas, conforme levantamentos que têm sido feitos pelo Departamento Sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA). Além de seu significado religioso, a procissão também reúne elementos que já se inscreveram entre algumas das maiores manifestações culturais do Estado e do País.
Em setembro de 2004, o Círio de Nazaré foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural de natureza imaterial. Em dezembro de 2013, a romaria foi incluída na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), conforme decisão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial.
Leilão de arte ajudará obras sociais da Basílica
Anotem.
Nesta quarta-feira (27), a Arquidiocese de Belém, a Basílica Santuário de Nazaré e s Diretoria da Festa de Nazaré, com apoio da Fiepa, do Sesi e da Vila Container, promovem leilão de obras de arte de artistas como Luiz Braga, Jorge Eiró, Alberto Bitar, Berna Reale e Dina Oliveira, entre outros.
O leilão ocorrerá na sede da Fiepa, a partir das 19h30. A renda será destinada à manutenção e obras de expansão do Cantinho de São Rafael, que pertence às ações sociais da Paróquia de Nazaré. É um espaço de acolhimento de crianças e jovens que fazem parte de um projeto social muito importante.
Cliquem aqui para ter acesso às obras do leilão, que tem como colaboradores os executivos José Conrado Santos, José Olímpio Bastos e Almir Trindade Neto.
O faroeste e a devastação na Amazônia
SERGIO BARRA
Faz muito tempo e acredito que lá pelo no início
dos anos 1960, quando o cinema Nazaré exibia – durante uma quinzena –os grandes
Westerns, exatamente na época do Círio, vindos dos grandes estúdios da terra de
Tio Sam,tive o prazer de ver a culminância do faroeste americano ao assistir o
filme chamado Shane. Esse maravilhoso
clássico de George Stevens, de 1953, que no Brasil foi afligido pelo medonho
título de Os Brutos Também Amam. Agora, pense em Shane, instala-se na
intimidade do pequeno universo de uma família rancheira – pai, mãe, filho – que
acreditou no chamamento democrático da corrida para o Oeste. Uma pequena
propriedade, que digamos, poderia se chamar de uma pequena chácara, onde
praticam a arte modesta da autossuficiência, requinte daquele individualismo
incrustado na alma dos norte- americanos
Essa vivência pacífica, nesse microuniverso
idealizado, pastoril, de agreste simplicidade, é severamente ameaçada, porém,
pelo mundo em seu entorno. São estancieiros de muitas terras e muito gado que
cobiçam e querem anexar o pequeno oásis dos Starrets e, obviamente, estão
dispostos a usar, nesse sentido, o argumento persuasivo dos pistoleiros de
aluguel. Aquele velho esquema de livre iniciativa versus latifúndio – essas
umas das mais repetidas chaves simbólicas do western de Hollywood.
Aí, como que enviado pelos céus, surge Shane,
cavaleiro de passado obscuro, mas disposto a trocar o ofício das pistolas por
um trabalho pacífico e uma refeição conveniente. Acolhido pela família e, em
especial, pela curiosidade infantil de Joey, Shane esconde suas pistolas. A
Joey, que quer aprender a atirar, diz: “A pistola não é boa e nem má. Bom ou
mau é o homem que a empunha”. Shane faz o tipo caladão, ele é o típico
justiceiro da pradaria, ele percorre a trilha problemática de herói fora de
lugar, pária involuntário, um aventureiro perseguido pelos tormentos de sua
inadaptação social.
Contudo, a bancada ruralista não lhe dará
trégua. Todos sabem, o oeste é bravio, assustador, palco de uma terra sem lei,
os inimigos não iam lhe dar sossego, são muito poderosos e insaciáveis – com
certeza, os mais fortes e menos escrupulosos acabarão por açambarcar a
soberania de todo o território. Quem viu o filme, percebe quando a câmara
tensiona a ação ao se posicionar na altura do garoto Joey. O pai e o hóspede se
engalfinham antes que Shane, de novo investido de seu inescapável desígnio de
pistoleiro, vá desafiar as forças da ganância – ou seria melhor escrever, “do
mercado”.
Podemos até dizer que já vimos este filme. O que
o western clássico pode nos alertar sobre a devastação na Amazônia?Revista de
circulação nacional, informa que o problema atual é real, os 4 milhões de
hectares da chamada Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), que o
governo Temer pretende retirar do patrimônio da União para serem entregues ao
portfólio da devastação na Amazônia, são territórios pretensamente dedicado à
exploração de minérios e foi por isso o que os beneficiários do governo
anunciaram, no exterior, com antecedência de meses, aos supostos interessados
nas várias unidades de conservação localizadas na fronteira entre o Pará e o
Amapá.
Mas, um esperto estalido se fez ouvir no Jaburu
e, um recuo preciso tornou-se indispensável – sem juízo definitivo, o decreto
deve ser revogado – mas, termine como terminar essa novela, o pêndulo não
esconde que a intenção é liberar a Amazônia para interesses estranhos. O
professor Daniel Chaves, da Universidade Federal do Amapá, diz: “A privatização
da reserva Renca produz outros riscos temerários, ambiental e socialmente para
a região do vale do Jari e Noroeste do Pará”. Na verdade, a defesa dos
indefesos é um tema recorrente. Já ideias políticas complexas, não – elas não
cabem nas sagas relativamente simples dos caubóis.
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SERGIO BARRA é médico e professor
O que ele disse
“Não bastava à organização criminosa em questão
receber muitos milhões em propinas. Havia a necessidade de dissimular a
ilegalidade de tais recursos, conferindo aos mesmos uma aparência de
legalidade, e essa era exatamente a função assumida pela condenada Adriana
Ancelmo na estrutura da Orcrim [organização criminosa].”
[...]
“Seu comportamento vergonhoso tem ainda o
potencial de macular a imagem da advocacia nacional, posto que sua atividade e
sua estrutura e sua estrutura profissional foram utilizadas nesta prática
criminosa.”
Marcelo Bretas, juiz federal do Rio, na sentença em que destaca a participação de Adriana Ancelmo, advogado e mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, na
Orcrim que devastou o Rio de Janeiro.
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Áudio falso de Lula confirma a era das “fake news”
Leitores que se manifestaram sobre a postagem A
era da desinformação, das “fake news”, do repassando lembram outro fato
recentíssimo, que reforça a ideia de como o uso de redes sociais virou um
instrumento reles, vil, repulsivo de manipulação e de mentiras que se expandem
em progressão geométrica no universo da internet.
Trata-se de um áudio que mostraria suposto
diálogo entre Lula e o ex-dirigente do PT Rui Falcão, logo depois do depoimento
em que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci comprometeu
seriamente o ex-presidente petista, apontando-o como envolvido em atos
de corrupção.
O áudio era uma imitação grosseira, horrível,
ridícula da voz de Lula.
Mas, acreditem, não está no gibi a quantidade de
gente que este repórter ouviu dizendo desconfiar
que o áudio fosse de fato autêntico.
E nessa, digamos assim, meia crença, a mentirada, a empulhação, a desinformação
e a manipulação de informações vão se processando incontrolavelmente.
Criminosamente, ardilosamente, de forme infame.
Temer faz de conta que denúncia não é com ele. Ou contra ele.
Então, é assim: de novo, a Câmara
precisará deliberar sobre se aceita a segunda denúncia contra o presidente
Temer oferecida por Rodrigo Janot, agora ex-procurador-geral da
República.
Quem é Janot?
É aquele que, ao deixar a PGR na semana passada,
ainda teve tempo de mandar a procuradores uma carta afirmando, sem meias
palavras, que “larápios
egoístas e escroques ousados [...] ainda ocupam vistosos cargos em
nossa República."
Quem é esse pessoal?
Sei lá.
Se Janot não disse, o blog não ser arvora a dizer.
Mas sabe quem é – ou quem são – os larápios e escroques encarapitados nos altos
escalões da República.
E não são poucos, vale acrescentar. Não são
poucos.
A Câmara acolherá essa segunda denúncia?
Nesta quarta-feira (20), Temer afirmou: "Eu
volto a dizer: estas coisas tem que ser apuradas, e eu não me preocupo
minimamente com isso."
"Eu acho que [os ilícitos] devem ser
apurados porque, apurados até o seu final, verificar-se-á quem são
evidentemente os praticantes de ilícitos e quem não são os praticantes
ilícitos. [...] Eu acho que a Justiça tem que continuar funcionando como
funciona no Brasil", acrescentou o presidente.
Hehe.
Temer disse isso em Nova York.
Deixem ele voltar que vocês vão ver como fará
1,5 milhão de reuniões para tentar rearticular sua base e derrubar essa segunda
denúncia.
Esperem só.
A Lava Jato em números
No Twitter do procurador da República Alan Mansur, os números dizem tudo.
#LavaJato: Resultados da operação no STF. 35 denúncias, 185 buscas e apreensões, 35 sequestros de bens e valores, 603 investigados. pic.twitter.com/YZiQ6BXm98— Alan Mansur (@AlanMansur) 21 de setembro de 2017
Ações nos JEFs, a partir de outubro, só com agendamento prévio
O Juizado Especial Federal Cível, atualmente com
quatro varas funcionando em Belém, passará a adotar, a partir de 1º de outubro
deste ano, o agendamento prévio para as novas ações por jurisdicionados que não
tiverem advogado público ou particular, de acordo com a Portaria 003-COJEF-PA
(veja aqui a
íntegra).
Competente para apreciar causas de até 60
salários-mínimos (R$ 56.200,00), os Juizados possuem um setor chamado de
Atermação (na foto), onde são atendidas pessoas que, mesmo sem advogado,
podem ajuizar ações que posteriormente serão distribuídas eletronicamente para
a 8ª, 10ª, 11ª e 12ª Varas, especializadas em JEFs, onde tramitam atualmente
cerca de 190 mil processos.
Assinada pela a juíza federal Carina Senna,
coordenadora do Juizado Especial Federal Cível da Seção Judiciária do Pará, a
portaria determina que os cidadãos interessados em ajuizar ações nos JEFs
poderão fazer o agendamento pessoalmente, comparecendo ao setor de Atermação (situado
no térreo do edifício-sede da Justiça Federal, na Rua Domingos Marreiros nº
598, bairro do Umarizal), ou na forma remota.
Inicialmente, para o agendamento remoto, será
disponibilizado o telefone (91) 3299-6140, de segunda a sexta feira, no horário
de 15h às 18h, devendo o jurisdicionado informar nome completo, CPF, telefone
para contato e objeto da demanda. No agendamento presencial, o cidadão deverá
comparecer à Atermação no horário de atendimento ao público em geral (09h às
18h), de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados.
Documentos - A portaria ressalta ainda que,
no dia agendado para o atendimento, o jurisdicionado será orientado a trazer
consigo documentos indispensáveis para comprovar sua pretensão, tais como:
atestados e laudos médicos, CTPS, comprovante de prévio requerimento
administrativo (quando necessário), boletos de pagamento, extrato de inscrição
do nome em cadastro do SPC/Serasa, cartas de cobrança, contracheques, fichas
financeiras, boletim de ocorrência policial e demais elementos de provas hábeis
a comprovar suas alegações.
A Cojef fundamenta, na portaria, que o
agendamento prévio é necessário diante do “quadro insuficiente de servidores
lotados no Núcleo de Apoio dos Juizados Especiais Federais para atender
efetivamente à crescente demanda de litígios atermados. Menciona ainda a
dificuldade de deslocamento e estadia dos jurisdicionados atendidos na
Atermação, sobretudo os residentes na Ilha do Marajó e outros municípios mais
distantes de Belém.
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
A NET, essa porcaria, atrapalha a atualização do blog
Meus caros, vocês merecem uma explicação.
Nos últimos dias, o blog não foi atualizado. E não foi por falta de vontade do repórter. Nem por falta de notícias. Nem por falta de assuntos pra comentar.
Foi por culpa exclusiva da NET, essa porcaria, uma verdadeira e rematada porcaria, que vai, como se diz, mal a piau.
Não sei mais, sinceramente, o que fazer. Minha prioridade, no momento, é amainar o ódio no coração, mas também não estou conseguindo, porque a NET, quando pensamos que chegou ao limite da ineficiência e do desrespeito aos nossos direitos de consumidor, aí mesmo é que protagoniza o feito de superar-se.
Enfim, vamos tocando o barco, apesar da NET.
Nos últimos dias, o blog não foi atualizado. E não foi por falta de vontade do repórter. Nem por falta de notícias. Nem por falta de assuntos pra comentar.
Foi por culpa exclusiva da NET, essa porcaria, uma verdadeira e rematada porcaria, que vai, como se diz, mal a piau.
Não sei mais, sinceramente, o que fazer. Minha prioridade, no momento, é amainar o ódio no coração, mas também não estou conseguindo, porque a NET, quando pensamos que chegou ao limite da ineficiência e do desrespeito aos nossos direitos de consumidor, aí mesmo é que protagoniza o feito de superar-se.
Enfim, vamos tocando o barco, apesar da NET.
A era da desinformação, das "fake news", do "repassando"
Com todo o respeito aos que entendem o contrário, mas não, decididamente não vivemos a era da informação.
Vivemos, sim, a era da desinformação, da confusão, do repassando.
Vivemos a era das fake news, assim chamadas, em português de Portugal, as mentiras, a mentirada, a invencionice, a maluquice sem fim que se dissemina pelo WhatsApp e pelas redes sociais de um modo geral.
Nos últimos dias, circulou por uma infinidades de grupos no Zap postagem informando (mamããããããeeeeee!) que um bairro de Belém estava sendo dominado por arrastões de bandidos que, ousadamente, davam mostras da disposição de ampliar suas ações delituosas por vários outros bairros da cidade.
Em grupos dos quais faço parte, fiquei estupefato ao receber essa mensagem de manhã bem cedo, em vários períodos da tarde e à noite, tudo no mesmo dia.
Em resumo, e pela lógica da maluquice que impera nas redes sociais, o arrastão começou de manhã, prosseguiu à tarde e entrou pela noite. Continuamente. Continuadamente. Sem parar. Sem interrupção. Numa escala crescente.
E haja mandarem o mesmo zap com aquele odioso verbo ao final: repassando...
Tem sentido isso? Não tem, por óbvio.
Mas ninguém, quase ninguém raciocina mais.
Ninguém, ao receber essas mensagens imbecis, idiotas e implausíveis, para por um segundo sequer para concluir que são mentirosas.
Mas as repassam automaticamente. E ao final, registram: repassando.
E assim a desinformação se dissemina em progressão geométrica e incontrolável.
E vocês ainda querem que eu acredite que esta é a era da informação?
Não.
Repito: vivemos, sim, a era da desinformação, da confusão, do repassando imbecilidades e idiotices sem fim.
Na posse de Raquel Dodge, o retrato da nossa República
Espiem.
A foto foi publicada na primeira de O Globo desta terça-feira (19).
É um flagrante da posse de Raquel Dodge, a primeira mulher a assumir a Procuradoria-Geral da República.
A seu lado, e ao lado de Cármen Lúcia, ministra-presidente do Supremo, estão, da esquerda para a direita, Eunício Oliveira, presidente do Senado; o presidente da República, Michel Temer; e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no momento o primeiro na linha sucessória, já que não temos a figura do vice-presidente.
Os três são investigados por grossa - para não dizer grossíssima - corrupção.
Esta é a nossa República, meus caros.
É a nossa República!
Com seis palavras, Jô encerraria polêmica do gol de braço
Vocês acompanha essa polêmica sobre o gol de braço do Jô, na vitória do Corinthians sobre o Vasco por 1 a 0, no último domingo?
Mesmo os que não gostam de futebol deviam acompanhar. Porque as consequências dessa parada estimulam muitos debates, inclusive e sobretudo sobre a ética no esporte.
Os fatos são simples.
Jô fez um gol com o braço direito.
Todo o Itaquerão viu. Todo o Brasil viu. O mundo inteiro viu.
Quem não viu?
O Jô.
Ele, só ele e apenas ele disse não ter visto que fez o gol com o braço.
Logo depois da partida, afirmou que fez o gol com o peito (hehe).
Agora, disseram ao Jô pra dizer isso que está aí embaixo.
E a emenda ficou pior que o soneto.
A suposta admissão forçada de Jô ficou pior.
Porque, afinal de contas, ninguém está interessado - pelo menos eu não - em saber qual a intenção do Jô quando fez o gol com a mão - se foi trapacear, se foi pra homenagear a namorada, se foi pra testar a competência do árbitro, se pra aumentar sua marca na artilharia.
Ninguém, assim, está preocupado com sua intenção - se foi nobre, edificante ou rasteira.
Estamos interessados apenas em que Jô diga assim, claramente: Fiz o gol com o braço.
Só isso.
Uma frase com seis palavras poderia resolver um milhão de explicações e justificativas.
Mas Jô ainda fica nessa de que só viu pela TV.
E quer que a gente acredite nisso.
Aí já é demais.
Fora de brincadeira.
Mesmo os que não gostam de futebol deviam acompanhar. Porque as consequências dessa parada estimulam muitos debates, inclusive e sobretudo sobre a ética no esporte.
Os fatos são simples.
Jô fez um gol com o braço direito.
Todo o Itaquerão viu. Todo o Brasil viu. O mundo inteiro viu.
Quem não viu?
O Jô.
Ele, só ele e apenas ele disse não ter visto que fez o gol com o braço.
Logo depois da partida, afirmou que fez o gol com o peito (hehe).
Agora, disseram ao Jô pra dizer isso que está aí embaixo.
E a emenda ficou pior que o soneto.
A suposta admissão forçada de Jô ficou pior.
Porque, afinal de contas, ninguém está interessado - pelo menos eu não - em saber qual a intenção do Jô quando fez o gol com a mão - se foi trapacear, se foi pra homenagear a namorada, se foi pra testar a competência do árbitro, se pra aumentar sua marca na artilharia.
Ninguém, assim, está preocupado com sua intenção - se foi nobre, edificante ou rasteira.
Estamos interessados apenas em que Jô diga assim, claramente: Fiz o gol com o braço.
Só isso.
Uma frase com seis palavras poderia resolver um milhão de explicações e justificativas.
Mas Jô ainda fica nessa de que só viu pela TV.
E quer que a gente acredite nisso.
Aí já é demais.
Fora de brincadeira.
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Juizado Especial Federal altera valor de honorários de peritos
A Coordenação do Juizado Especial Federal (Cojef) Cível da Seção Judiciária do Pará emitiu portaria que fixa novos valores de honorários dos peritos médicos em várias especialidades e assistentes sociais. O último reajuste ocorreu em fevereiro de 2015 e em junho de 2016 para os peritos com especialidade em neurologia.
Na Portaria 002-COJEF-PA (veja aqui a íntegra), a juíza federal Carina Senna, coordenadora da Cojef, ressalta a dificuldade na contratação e manutenção de peritos médicos, “inclusive em razão do atraso no pagamento dos honorários periciais, desestimulando os profissionais a continuarem fazendo perícias no âmbito dos JEFs”.
A magistrada considera ainda, como fundamentos que justificam os novos valores, a escassez de peritos psiquiátricos, oftalmologistas, otorrinolaringologistas e neurologistas a aceitarem o encargo no âmbito da Seção do Pará e o elevado custo com o uso de transporte rodoviário e fluvial obrigatório para a realização de perícias socioeconômicas na maioria dos municípios que abrangem a Ilha do Marajó.
A partir de agora, de acordo com a portaria, o valor dos honorários dos peritos médicos, abrangendo as especialidades cardiologia, ortopedia, clínica geral, medicina do trabalho e perícia médica, será de R$ 240. Para os peritos em oftalmologia, psiquiatria, otorrinolaringologia e neurologia, os honorários são de R$ 290.
No caso das perícias socioeconômicas realizadas nos municípios de Afuá, Anajás, Breves, Bagre, Curralinho, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel e São Sebastião da Boa Vista, os honorários foram fixados em R$ 400, e de R$ 300,00 no caso de perícias em Salvaterra, Soure e Cachoeira do Arari. Em todos esses municípios, os assistentes sociais serão remunerados com R$ 240.
Fonte: Justiça Federal - Seção Judiciária do Pará
Na Portaria 002-COJEF-PA (veja aqui a íntegra), a juíza federal Carina Senna, coordenadora da Cojef, ressalta a dificuldade na contratação e manutenção de peritos médicos, “inclusive em razão do atraso no pagamento dos honorários periciais, desestimulando os profissionais a continuarem fazendo perícias no âmbito dos JEFs”.
A magistrada considera ainda, como fundamentos que justificam os novos valores, a escassez de peritos psiquiátricos, oftalmologistas, otorrinolaringologistas e neurologistas a aceitarem o encargo no âmbito da Seção do Pará e o elevado custo com o uso de transporte rodoviário e fluvial obrigatório para a realização de perícias socioeconômicas na maioria dos municípios que abrangem a Ilha do Marajó.
A partir de agora, de acordo com a portaria, o valor dos honorários dos peritos médicos, abrangendo as especialidades cardiologia, ortopedia, clínica geral, medicina do trabalho e perícia médica, será de R$ 240. Para os peritos em oftalmologia, psiquiatria, otorrinolaringologia e neurologia, os honorários são de R$ 290.
No caso das perícias socioeconômicas realizadas nos municípios de Afuá, Anajás, Breves, Bagre, Curralinho, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel e São Sebastião da Boa Vista, os honorários foram fixados em R$ 400, e de R$ 300,00 no caso de perícias em Salvaterra, Soure e Cachoeira do Arari. Em todos esses municípios, os assistentes sociais serão remunerados com R$ 240.
Fonte: Justiça Federal - Seção Judiciária do Pará
O que ele disse
"Precisamos acreditar nessa ideia e trabalhar incessantemente para retomar os rumos deste país, colocando-o a serviço de todos os brasileiros, e não apenas da parcela de larápios egoístas e escroques ousados que, infelizmente, ainda ocupam vistosos cargos em nossa República."
Rodrigo Janot, na carta em que se despediu do cargo de procurador-geral da República.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Partidos viram balcão de negócios. Quem dá mais?
Independentemente dessa reforma política que, mais uma vez, não deve sair mesmo, o submundo da política transformou-se, como sói acontecer em períodos pré-eleitorais, em um verdadeiro balcão de negócios.
O que há de emissários de partidos - vários, vale dizer - sendo procurados para acolher novos integrantes não está no gibi.
E vocês acham que essas negociações, digamos assim, subterrâneas se processam republicanamente?
Se vocês acham que sim, são ingênuos.
Muito ingênuos.
Com todo o respeito.
O que há de emissários de partidos - vários, vale dizer - sendo procurados para acolher novos integrantes não está no gibi.
E vocês acham que essas negociações, digamos assim, subterrâneas se processam republicanamente?
Se vocês acham que sim, são ingênuos.
Muito ingênuos.
Com todo o respeito.
Farmácia tem mais regalia que órgão público e hospital
Espiem só a situação.
Em suas andanças por aí, leitor do blog fotografou esse absurdo: uma farmácia de manipulação na Bernal do Couto, entre Dom Romualdo de Seixas e Generalíssimo Deodoro, tem na frente um ponto para somente embarques e desembarques.
É muito, mas muito provável que não tenha obtido autorização para isso. Mas se teve, repita-se, é um absurdo!
Nesse mesmo quarteirão, há um órgão público federal e um hospital, que não têm, vale disse, a mesma regalia que a farmácia.
Em suas andanças por aí, leitor do blog fotografou esse absurdo: uma farmácia de manipulação na Bernal do Couto, entre Dom Romualdo de Seixas e Generalíssimo Deodoro, tem na frente um ponto para somente embarques e desembarques.
É muito, mas muito provável que não tenha obtido autorização para isso. Mas se teve, repita-se, é um absurdo!
Nesse mesmo quarteirão, há um órgão público federal e um hospital, que não têm, vale disse, a mesma regalia que a farmácia.
Quem vigia o Ministério Público?
Por Maílson da Nóbrega
A OPERAÇÃO Lava-Jato, conduzida pelo Ministério Público com a participação da Polícia Federal, é o mais bem-sucedido esforço de combate à corrupção e à impunidade no Brasil. Ela tem permitido o que parecia impossível, isto é, a condenação de grandes empresários, políticos influentes, ex-ministros e até de um ex-presidente da República.
A operação beneficiou-se de novas realidades. No país, surgiram aprimoramentos para a detecção de movimentações financeiras suspeitas e a regulação da colaboração premiada. Ao mesmo tempo, a tecnologia digital facilitou o acesso a imagens e o registro, inclusive por smartphones, da prática de corrupção.
No exterior, pressões de nações ricas levaram países antes avessos à abertura do sigilo bancário a fornecer valiosas informações. A cooperação com autoridades americanas parece ter sido igualmente fundamental para o trabalho dos procuradores.
Relevante foi também a autonomia concedida pela Constituição de 1988 ao MP. Antes vinculado ao Executivo, como em outros países democráticos, o MP conquistou capítulo especial na nova Carta. Ganhou inédita independência administrativa e financeira. Submete ao Congresso o seu orçamento e salários, o que gerou privilégios.
O MP tornou-se na prática um quarto poder. Não se subordina ao Legislativo, nem ao Executivo nem ao Judiciário. Passou a dispor de discricionariedade incomum a atores não eleitos. Transformou-se em organização incomum na democracia.
Essa inovação não foi acompanhada, entretanto, de vigilância adequada. O MP não é monitorado. O controle é exercido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, presidido pelo procurador-geral da República e composto basicamente de procuradores, ou seja, dos próprios pares. Isso é inusitado.
Some-se a isso o processo sem paralelo no mundo para a escolha de seu líder. Procuradores elegem três nomes e esperam que o chefe do governo indique um deles ao Senado. A escolha deveria caber exclusivamente a quem detém mandato eleitoral, o presidente. É assim na indicação de ministros do Supremo Tribunal Federal, da diretoria do Banco Central e de outras agências.
O MP parece ter assumido a missão de promover uma “reforma moral” para “salvar” o país de vícios do sistema político. Isso é autoritário e perigoso, além de trazer “marcas de golpismo em vários procedimentos dos procuradores”, que julgam possuir “a certeza trazida pela boa-fé subjetiva”, como disse o professor Roberto Romano em junho passado no jornal O Estado de S. Paulo.
O MP corre riscos. O prestígio advindo dos avanços da Lava-Jato tem instigado procuradores a agir como se detivessem o monopólio de uma ação transformadora que nos salvará da corrupção. Essa percepção arrogante e distorcida pode acarretar efeitos contraproducentes, entre eles a erosão de sua autoridade.
Há que criar mecanismos de controle do MP que evitem o seu repúdio pela sociedade e o esgotamento de tão nobres funções.
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Artigo disponível na edição deste semana da revista "Veja"
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Advogado acusa deputado Wladimir Costa de extorsão
Vejam aí.
Neste final de semana, o advogado socioambiental
Ismael Moraes gravou o vídeo acima e escreveu o artigo abaixo, sob o título “Mais
uma extorsão do Wlad”, referência ao conhecido deputado federal Wladimir Costa
(SD-PA), protagonista de excentricidades, digamos assim, como
a de mandar tatuar o nome de Michel Temer num dos ombros e depois dizer
que era
só de mentirinha.
Abaixo, o artigo.
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Sou advogado militante, e só vivo da advocacia
privada.
Prestando serviço profissional, representei dois
empresários na compra de um terreno, cujo vendedor é um cidadão titular de uma
Carta de Adjudicação da 5ª Vara Cível de Belém que lhe confere a propriedade
desse bem. Após analisar minuciosamente o processo e não encontrar qualquer
vício, orientei pela compra, e assumi a finalização do negócio, por meio de
procuração.
O imóvel é um terreno baldio, com muito lixo.
Com a transferência para o nome do cliente, a Prefeitura poderia multá-lo. A
limpeza necessária iria começar no dia 7 de setembro. Mas nessa manhã o
nacional Pedro Jorge da Costa Lima (o baixinho careca muito presente na
filmagem), assessor do deputado Wladimir Costa, abordou o encarregado do
serviço e disse que tudo deveria parar até falar com o patrão dele. Foi
atendido, e, utilizando o celular do encarregado, disse, sem meias palavras,
que o deputado Wladimir Costa queria aquele terreno, e que uma família iria
“documentar” para ele. Finalizou afirmando: para que permitisse a limpeza e a
posse, meu cliente deveria pagar ao deputado Wladimir Costa o valor de R$
500.000,00. O cliente, assustado, respondeu que iria falar com o advogado, mas
não retornou a chamada, após eu afirmar que jamais deveria ceder àquilo.
No dia seguinte, logo cedo pela manhã, fui ao
terreno, encontrando um senhor de idade (justamente o que o deputado usa no
teatro) e mais uns homens e uma mulher. Mostrei-lhes os documentos e então
todos decidimos ir para a DIOE, delegacia especializada em conflitos
possessórios. Estando ali eu, os pretensos donos acompanhados de 2 (dois)
advogados e a Autoridade Policial, Delegado de Polícia Civil Neyvaldo Costa,
chegou-se ao entendimento que a limpeza seria feita, e que, após vistoria de
agentes daquela especializada, em havendo alguém morando num barraco que se
encontra lá, ele não seria removido, até que a Autoridade Judicial acerca dele
se pronunciasse. Então, após nos cumprimentarmos civilizadamente, todos nos
deslocamos para o local, cada qual no seu carro, e os agentes da DIOE no
automóvel oficial da delegacia.
Esperava a chegada do veículo policial, até ver
o advogado da parte contrária, quando sai do meu carro e o convidei para nos
dirigirmos ao barraco e logo verificarmos se lá havia alguém. Após andar uns 40
metros, fui cercado pelo deputado federal Wladimir Costa e por vários outros
elementos, bem coordenados, alguns bloqueando minha passagem e outros
posicionando uns 3 (três) celulares para filmarem todos os ângulos em que eu
estava. Enquanto a filmagem não começava, fui ameaçado de espancamento ao mesmo
tempo em que diziam: “É isso é o que acontece quando não se paga o Wlad!”.
Nisso, tentei retornar imediatamente para o carro, sempre com o bloqueio
daquele assessor que fez a extorsão e do próprio deputado federal Wladimir
Costa, que passou a desferir uma gritaria tresloucada, acusando-me de querer
“roubar” a propriedade de um velho, desafiando-me a “debater” questões
jurídicas com ele, mas criando um grave constrangimento pessoal.
Fiquei sabendo depois que boa parte dos
delinquentes que me cercava ou filmava, como o referido assessor Pedro Jorge da
Costa Lima, participa dos crimes do deputado federal Wladimir Costa, e responde
na Justiça a diversas acusações de desvio de recursos públicos destinados à
educação e à saúde do povo paraense.
Apesar de não ter conta no Facebook, fiquei
sabendo da grande quantidade de montagens ofensivas que o deputado federal fez
em cima de fotos e filmagens sobre mim.
Quando fui de tarde contar ao diretor da DIOE o
que aconteceu, ele enviou-me as fotografias tomadas pelos agentes policiais que
foram ao terreno baldio, mostrando o barraco sub-humano e a senhora miserável
mantida ali em condições análogas a de escravo, talvez por ordem do próprio
deputado federal Wladimir Costa, que quer ser o dono do terreno ou apenas está
tentando aproveitar mais uma oportunidade para extorquir.
Além das ações indenizatórias, darei especial
atenção às medidas criminais para tentar extirpar da vida pública esse tumor
canceroso, imundo, corrupto, debochado e que é a quintessência de todo o mal
que existe na vida política brasileira.
A fotografia feita pela Polícia das condições
miseráveis da idosa refletem a degradação a que grande parte do povo brasileiro
chegou por obra das extorsões e dos desvios que imundícies como o deputado federal
Wladimir Costa praticam a toda hora.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Não choremos por André. Porque a vida continua.
Nós, seus amigos mais chegados das redações de O LIBERAL/Amazônia, o chamávamos de Equipe.
Sim, Equipe.
Porque trabalhava muito.
Trabalhava por vários.
Trabalhava rápido.
E trabalhava bem. Muito bem.
Tantos vezes o vimos dar umas cochiladas - dessas bem rápidas.
Eram cochiladas, sim, que traíam seu cansaço, acumulado de outra jornada que começara cedo, naquele dia e em todos os dias. Mas o cochilo lhe era, ao que parece, inspirador. E o mantinha sempre alerta, aplicado e preciso no que fazia.
Tão preciso, tão cioso do que fazia, com um perfil tão perfeccionista, ele era capaz de incomodar-se com indisfarçável irritação pelo fio - jargão jornalístico para um traço - que ficou 1 centímetro aquém ou além do devido.
Não falava muito, mas um risinho seu era uma sentença - condenatória ou absolutória.
"Esse risinho é um discurso", eu lhe dizia.
E era mesmo.
André Ribeiro.
André, apenas 38 anos.
Um trabalhador, na verdadeira acepção do termo.
Um amigo.
Irmão.
Um grande cara.
"Um cara do bem", como me disse um amigo comum, há pouco.
Pois é.
A morte, vamos falar claro, é uma coisa horrível.
E sempre nos deixa a sensação de que só apanha - às vezes traiçoeiramente, outras não - os que são do bem.
Com Andrezinho, ela foi traiçoeira.
Há uma semana, ele sofreu um AVC, aos 38 anos.
Há uma semana, estava praticamente em coma.
Na tarde desta quinta-feira (07), não resistiu.
E desfalcou-nos de seus bons exemplos - de seu apuro profissional, de sua amizade, das nossas brincadeiras.
Mas não choremos por André.
Não choremos.
Antes, exaltemos sua vida.
Que continua invisível aos nossos olhos, mas não aos nossos corações.
Uma vida que continua plena.
Plenamente plena.
Sim, Equipe.
Porque trabalhava muito.
Trabalhava por vários.
Trabalhava rápido.
E trabalhava bem. Muito bem.
Tantos vezes o vimos dar umas cochiladas - dessas bem rápidas.
Eram cochiladas, sim, que traíam seu cansaço, acumulado de outra jornada que começara cedo, naquele dia e em todos os dias. Mas o cochilo lhe era, ao que parece, inspirador. E o mantinha sempre alerta, aplicado e preciso no que fazia.
Tão preciso, tão cioso do que fazia, com um perfil tão perfeccionista, ele era capaz de incomodar-se com indisfarçável irritação pelo fio - jargão jornalístico para um traço - que ficou 1 centímetro aquém ou além do devido.
Não falava muito, mas um risinho seu era uma sentença - condenatória ou absolutória.
"Esse risinho é um discurso", eu lhe dizia.
E era mesmo.
André Ribeiro.
André, apenas 38 anos.
Um trabalhador, na verdadeira acepção do termo.
Um amigo.
Irmão.
Um grande cara.
"Um cara do bem", como me disse um amigo comum, há pouco.
Pois é.
A morte, vamos falar claro, é uma coisa horrível.
E sempre nos deixa a sensação de que só apanha - às vezes traiçoeiramente, outras não - os que são do bem.
Com Andrezinho, ela foi traiçoeira.
Há uma semana, ele sofreu um AVC, aos 38 anos.
Há uma semana, estava praticamente em coma.
Na tarde desta quinta-feira (07), não resistiu.
E desfalcou-nos de seus bons exemplos - de seu apuro profissional, de sua amizade, das nossas brincadeiras.
Mas não choremos por André.
Não choremos.
Antes, exaltemos sua vida.
Que continua invisível aos nossos olhos, mas não aos nossos corações.
Uma vida que continua plena.
Plenamente plena.
A dramaticidade argentina na voz de um narrador. Imperdível.
Olhem, que os hermanos são dramáticos, todos sabemos.
Mas a dramaticidade que marca a alma argentina foi levada ao limite dos limites com a narração de locutor da Rádio Mitre, de Buenos Aires, ao descrever - sentimentalmente, irresignadamente, apaixonadamente - o empate por 1 a 1 entre a seleção da Argentina e a lanterna Venezuela, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Relevem os palavrões.
Sobrelevem a emoção à flor da pele do narrador.
Cliquem aqui e confiram.
Mas a dramaticidade que marca a alma argentina foi levada ao limite dos limites com a narração de locutor da Rádio Mitre, de Buenos Aires, ao descrever - sentimentalmente, irresignadamente, apaixonadamente - o empate por 1 a 1 entre a seleção da Argentina e a lanterna Venezuela, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Relevem os palavrões.
Sobrelevem a emoção à flor da pele do narrador.
Cliquem aqui e confiram.
Mostre as mazelas da Praça Batista Campos. Pelo bem dela.
Confiram só.
Está no ar, no Facebook, a página #SOS Praça Batista Campos.
O próprio nome da página diz tudo.
É um ambiente pode divulgar à vontade suas fotos sobre os problemas que você, cidadão, encontra numa das praças mais bonitas de Belém, mas também uma das mais castigadas.
Divulgando-as, você contribui com a gestão municipal para melhorar esse logradouro e disponibilizá-lo para o uso pleno da população.
E não esqueça de usar sempre as hashtags #SOSPraçaBatistaCampos #SOSBelém.
A iniciativa é da Associação dos Amigos da Praça.
Vejam, abaixo, um painel de parte das mais de 300 fotos que estão lá.
E curta, comente e compartilhe à vontade.
Belém agradece.
Confira algumas postagem do blog sobre a praça:
Buracos de novo em Batista Campos. Chamem o "calafetador".
Um assalto em plena praça. Com revólver e tudo.
Praça Batista Campos virou um covil de bandidos
Fui assaltado. Mas sou grato - muito - à Segurança Pública.
Está no ar, no Facebook, a página #SOS Praça Batista Campos.
O próprio nome da página diz tudo.
É um ambiente pode divulgar à vontade suas fotos sobre os problemas que você, cidadão, encontra numa das praças mais bonitas de Belém, mas também uma das mais castigadas.
Divulgando-as, você contribui com a gestão municipal para melhorar esse logradouro e disponibilizá-lo para o uso pleno da população.
E não esqueça de usar sempre as hashtags #SOSPraçaBatistaCampos #SOSBelém.
A iniciativa é da Associação dos Amigos da Praça.
Vejam, abaixo, um painel de parte das mais de 300 fotos que estão lá.
E curta, comente e compartilhe à vontade.
Belém agradece.
Confira algumas postagem do blog sobre a praça:
Buracos de novo em Batista Campos. Chamem o "calafetador".
Um assalto em plena praça. Com revólver e tudo.
Praça Batista Campos virou um covil de bandidos
Fui assaltado. Mas sou grato - muito - à Segurança Pública.
O que ele disse
"Na verdade, o que eu tenho é medo. E o
medo nos faz alerta. E medo do quê? Medo de errar muito e decepcionar minha
instituição. E todas as questões que eu enfrentei, eu enfrentei muito mais por
medo, medo de errar, medo de me omitir."
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, na
última
reunião como presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal.
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
A realidade da corrupção imita a piada de salão
Sabem de uma coisa?
No Brasil, a realidade da corrupção imita a piada implausível.
Ou vice-versa.
Leitor antigo do Espaço Aberto contou ao repórter, há vários anos, a história de que político do Pará tinha roubado tanto, mas tanto, que comprou um apartamento inteirinho, aqui em Belém, só pra guardar o dinheiro desviado.
E dizia-se que o apartamento estava tão entupido de dinheiro que a porta de entrada tinha mola. É que o sujeito empurrava a porta com toda a força pra dentro, arrastando caixas e caixas de dinheiro, e ela se fechava sozinha, mas a pancada era contida pela mola.
Sempre ouvi essa história e ri dela como se tivessem me contado uma piada de salão.
Porque é implausível, vocês hão de convir, que um corrupto - inteligente e esperto, como sói acontecer com todos os corruptos - fosse dar tanta bandeira assim, guardando enorme quantidade de dinheiro em espécie em apartamento em pleno centro da cidade.
Mas olhem, acabou a brincadeira, meus caros.
Depois que a PF apreendeu mais de R$ 40 milhões em espécie em imóvel usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), em Salvador (BA), já não está mais aqui quem ria da narração do leitor do blog, tomando-a por piada de salão.
E a propósito, esse meme lá do alto, verdadeiramente impagável, corre solto pelas redes sociais desde a tarde desta terça-feira (05).
Repita-se, pois, o que já se disse: no Brasil, a realidade da corrupção imita a piada implausível.
A isso se chama corrupção
E por falar em corrupção, veja aí esse tuíte dos mais relevantes que o procurador da República Alan Mansur postou no Twitter:
É exatamente assim.
É exatamente assim.
Impacto da #corrupção na vida dos brasileiros. Para onde foi o dinheiro?— Alan Mansur (@AlanMansur) 6 de setembro de 2017
Imagem da @contas_abertas pic.twitter.com/playYl9dw7
Na canção-protesto, sobrou pro Temer. Bem-feito!
Espiem só.
A trapalhada do governo Temer, de extinguir a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), abrindo margem para que a desinformação prolifere e engorde o número de likes colhidos por celebridades desinformadas, acabou inspirando músicos de várias partes da Amazônia.
Eles escreveram e gravaram uma música-protesto contra o decreto do governo. E sobrou pra quem?
Pro Temer, é claro.
Os compositores são Val Milhomem, Enrico di Miceli e Joãozinho Gomes.
Quem canta: Amadeu Cavalcante, Ariel, Brenda Melo, Enrico di Miceli, João Amorim, Joãozinho Gomes, Oneide Bastos, Silmara Lobato e Val Milhomem.
Quem toca: Alan Gomes, Jeffrey Redig, Fabinho Costa, Huan Moreira e Hian Moreira.
O título da música é "Temer sai, a Amazônia fica". Um dos versos diz assim:
Todos pela Amazônia
Selva amada, mata rica
Fora Temer, fora Temer
Nossa Amazônia fica
Toma-te!
Assistam no vídeo.
Fotógrafo que não distingue bola de pé de alface vai ao futebol
Você não suportar futebol é compreensível. Plenamente compreensível.
Mas para tudo tem limites, né?
Fotógrafo dos bons, que não suporta futebol e muito menos entende - já que não consegue distinguir uma bola de um pé de alface -, resolveu bater uns retratos do jogo entre Remo 1 x 2 Sampaio Corrêa-MA, sábado passado, no Mangueirão.
Pra começar, não sabia nem onde se posicionar direito nas laterais do gramado, porque não tinha a menor ideia de quem atacava para que lado do campo.
E lá pelas tantas, uma colega fotógrafa perguntou-lhe:
- Quem foi substituído agora?
- Pôxa, amiga, me desculpa. Não sei, porque estava no celular.
Mentira dele. Não estava, não. É que ele não sabia sequer distinguir quem era jogador e quem era torcedor durante o jogo.
Enfim, terminada a partida e de volta pra casa, o cara pergunta pra mulher:
- Amor, quem estava jogando mesmo? Era Remo e quem? Porque eu só vi Remo x Sam no placar.
Hehe.
Como diria Ancelmo Gois, "há testemunhas" dessa história.
Uma história inacreditável, convenhamos.
Ah, sim.
O mesmo cara tem no currículo o feito de atribuir a denominação de Botafogo normal para se referir ao Botafogo-RJ, quando queria distingui-lo de outros Botafogos, como o da Paraíba e o de Ribeirão Preto, por exemplo.
E também tem - ou tinha - o costume de se referir ao XV de Piracicaba não como Quinze de Piracicaba, mas Décimo-Quinto de Piracicaba.
Mamãããããããããeeeeeeeeeeeeeee!
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