segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ana Carolina - A Canção Tocou na Hora Errada


Um olhar pela lente

Robert Cohen, uma da partes do processo contra John Demjanjuk, mostra tatuagem em seu braço que ele recebeu no campo de Auschwitz, onde foi prisioneiro dos nazistas durante a Segunda Guerra.
A foto é da Reuters.

O “jeitinho brasileiro” sempre arraigado

De um Anônimo, sobre a postagem Um comércio imoral nas universidades:

Infelizmente, essa situação faz parte do arraigado jeitinho brasileiro.
Universidades e outras instituições de ensino superior, que deveriam ser centros de criação e difusão do saber, de forma alguma podem ser coniventes e devem expressamente proibir e punir essas atitudes (mesmo que seja difícil de ser feito), assim como treinar seu pessoal para identificar, censurar e punir tais fatos, tanto do seu corpo discente quanto docente.

Charge - Humberto


Rádio e internet são aliados na liderança da credibilidade

Do Comunique-se

Pesquisa divulgada no começo deste mês mostra que o rádio e a internet lideram em credibilidade, na frente da TV, jornais impressos, revistas. Para especialistas nas duas mídias, o amadurecimento do público da web, a modernização e integração entre os dois meios são responsáveis pelo resultado.
O estudo Vox Populi, encomendado pela Máquina da Notícia, apontou que, em uma escala de 1 a 10, o rádio lidera em credibilidade com nota (8,21), quase empatado com a internet (8,20), seguidos por TV (8,12), jornal (7,99), revista (7,79) e redes sociais (7,74).
De acordo com o jornalista Alvaro Bufarah, pesquisador e coordenador do curso de pós-graduação em Produção e Gestão Executiva de Rádio da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), outra pesquisa do Instituto Marplan revela que o rádio se integra muito bem à internet. “O rádio é o meio que melhor se adapta às novas mídias, porque é um meio de companhia, que as pessoas usam pra se informar e entreter. A internet e o rádio se somam de forma ímpar. O rádio se potencializa ainda mais com a internet”, explica.
Pollyana Ferrari, especialista em mídias digitais, autora do livro “Jornalismo Digital”, concorda com Bufarah, e acredita no poder da integração das mídias. “O caso mais recente é o do apagão. O Twitter e o rádio que deram suporte o tempo inteiro, porque os brasileiros gostam de compartilhar e trocar informações, e isso atinge todas as classes. Esse é um case muito interessante”, destacou.
Para Bufarah, o uso de Twitter, torpedos SMS e blogs mostra que o rádio está se modernizando na interação com os ouvintes, mas ainda existe um problema de gestão em algumas emissoras, que nesse caso pode transformar a internet em concorrente. “A internet é uma gigantesca aliada, mas poucos empresários estão atentos a essa transformação. Há emissoras que não investem, têm sites ruins, aí a internet passar a ser um veículo de competição”.
Outro problema, segundo ele, é a administração das emissoras, que por serem muito tradicionais, acabam deixando de pensar como empresas, restringindo investimento em comunicação interna, planejamentos de marketing e carreira.
O especialista também acredita que a modernização do rádio abre espaço para a segmentação, com a criação de diferentes canais no rádio e na internet, o que permite acompanhar o perfil de cada público pela web e traz novas possibilidades para que o mercado publicitário invista nas rádios.

A confiança na internet
De mídia altamente criticada pela instantaneidade e pelo aspecto factual das notícias, a internet passou a encabeçar a lista de credibilidade dos meios de comunicação. Para Pollyana, três fatores explicam essa mudança de cenário. “De 2000 até hoje tivemos um amadurecimento do perfil do usuário, o crescimento da banda larga e o aprimoramento do jornalismo multimídia, que desde 2005 tem feito um trabalho muito interessante nos portais”, afirma.
Pollyana lembra que a web já foi muito criticada como meio de informação. “Sofremos durante muito tempo por criticarem o conteúdo dos meios online, mas agora os leitores perceberam que existe muita coisa boa nos portais". Com o avanço das novas mídias, a especialista aposta e defende o uso de outras plataformas pelas empresas, até mesmo na cobrança de conteúdo nas redes e mobile. “Poderia se fechar anúncios pelo Twitter e cobrar pelo pagamento de conteúdo diferenciado, mobile, um conteúdo diferente do impresso e dos sites. Eu pagaria por um conteúdo exclusivo”, conclui.

Reverter o caos é missão tardia, mas não impossível

Do leitor Madison Paz, sobre a postagem É do Pará, isso?, artigo do jornalista Francisco Sidou:

A matéria do renomado jornalista (e atual 1º vice-presidente da Academia Paraense de Jornalismo) Francisco Sidou oferece a oportunidade para que a minoria dos políticos capacitados para gerenciar os cargos públicos arregacem as mangas, para tentarem mudar o lastimável cenário de submissão do Pará, em termos conceituais, ao vizinho Amazonas.
A denúncia do nobre jornalista retrata um achincalhe abominável que não pode mais continuar evoluindo nesse ritmo galopante já sobejamente demonstrado. Dos poucos políticos sérios, sabemos, quase nada se pode esperar, quão difícil é a missão prévia que teriam que desencadear ou seja: contaminar seus pares para que, tomando vergonha na cara, deixem de sobrepor seus interesses pessoais (ou de grupos predadores do interesse público) àqueles que são lídimos anseios da sociedade. Um crime contra o Estado De Direito Democrático com que sempre sonhamos e que, ingenuamente, n’algumas vezes acreditamos estar vivendo.
A bem da verdade, há que se dizer que o Pará é vítima não apenas dos seus maus políticos como também da ignorância dos nossos irmãos sulistas que, neófitos no domínio do conhecimento sobre a geografia brasileira, confundem, grosseiramente, a Amazônia (cobiça mundial) com o Amazonas (Estado que, pelas mazelas em foco, acabará, quem sabe, em curto espaço de tempo, quase que duplicando a sua extensão territorial).
Que tal criarmos uma entidade civil, sem fins lucrativos (de verdade) que possa se mobilizar em defesa das nossas riquezas, em todas as suas vertentes, corajosa e destemida demande contra os maus políticos e gestores públicos, nos fóruns possíveis? Qual o apoio que poderíamos esperar do Judiciário e dos homens de bem que ainda restam nesta terra, em busca de uma tardia mas não impossível reversão desse caótico cenário descrito pelo 1º vice-presidente da Academia Paraense de Jornalismo?

O desembarque anunciado

Lembram-se daquela postagem sobre o desembarque lento, gradual e seguro do PMDB do governo Ana Júlia?
Pois então.
Foi na quarta-feira passada.
Se vocês leram a matéria da repórter Rita Soares, no Diário de ontem, terão ficado com a certeza de que é isto mesmo:o desembarque lento, gradual e seguro do PMDB do governo já começou desde que a Sespa foi entregue. Começou aí.
Depois vieram o Ophir Loyola, o Detran e a Paratur.
Faltam ainda a Jucepa, a Secretaria de Obras e a Cosanpa.
Mas tudo virá a seu tempo.
A seu tempo, tudo virá.
Porque é certo que não há mais clima para a continuidade desta aliança.
É mais interessante, tanto para Jader como para Ana Júlia, não se aliançarem – para usar este verbo inventado por profissionais da política.
Jader e seu PMDB não são tratados como gostariam. Preferem, então, ter um palanque próprio, que será também o palanque de Dilma Rousseff.
Ana Júlia e seu PT não gostariam de submeter às exigências do PMDB, um partido que, segundo os próprios petistas, não passa de um coadjuvante, um mero coadjuvante nesta aliança. Ana Júlia e o PT, portanto, preferem ter um palanque sem o PMDB, mas que será, apesar disso, um palanque para Dilma Rousseff.
Pronto.
E assim é melhor – ou menos pior – para todos: Ana Júlia, Jader, PT, PMDB e Dilma.

Charge - J.Bosco

Acesse o Lápis de Memória

Nada como um jogo depois do outro

Nada como um jogo depois do outro para desmentir certas, digamos, especulações maldosas.
Vocês viram ontem?
O Goiás meteu 4 a 2 no São Paulo e ajudou o Flamengo, que, reconheça-se, fez sua parte ao ganhar do Corinthians.
Tudo muito bom, tudo muito bem.
Mas o Goiás que meteu 4 a 2 no São Paulo e ajudou o Flamengo a ficar na condição de líder isolado e em condições excepcionais de ser o campeão brasileiro de 2009, esse mesmo Goiás, portanto, é o Goiás que endureceu a parada contra o mesmo Flamengo e foi acusado, vejam só, de pegar dinheiro do São Paulo.
Quem fez a acusação? Quem lançou a suspeita.
Ronaldo Angelim, zagueiro do Flamengo.
Que Flamengo?
O que ontem foi ajudado pelo Goiás.
Nada como um jogo depois do outro.
Nada...

“Esquecer do Homem, jamais!”

De um Anônimo, sobre a postagem Animais escravos, artigo do pasto e escrito Rui Raiol:

Peço licença para fazer um comentário sobre o artigo, iniciando com algumas indagações.
Alguém parou para examinar as razões pelas quais o homem bateu no animal?
Alguém parou para oferecer ao homem um alívio para curar os infortúnios que a vida lhe reservou?
Quais os verdadeiros motivos que o fizeram tratar o aninal da maneira como descrita no artigo?
Não? Então por que compadecer-se apenas do animal, esquecendo-se do ser humano, o carroceiro?
Será que somos egoístas em pensar que há quem deseje sustentar a si e a sua família com esse trabalho, sem que antes a necessidade tenha batido sua porta?
Ou será que teria prazer em bater no animal que lhe dá o próprio sustento? Não! Faz isso por ignorância (no bom sentido da palavra, é claro).
Dia desses vi uma carroça sendo puxada por um cavalo velho e dirigida por um senhor idoso e ao seu lado, uma criança. Fiquei, sinceramente, compadecido. Senti que ali estavam um homem e uma criança sofredoras. Também percebi que ali poderiam estar eu e meu neto; afinal, não sabemos o que a vida nos reserva, não é mesmo?
É triste, muito triste mesmo, saber que existem pessoas que precisam sobreviver puxando carroça.
O artigo está certo quando diz que a lei precisa amparar os animais, mas eu não estou errado quando indago o porquê do compadecimento apenas do animal, esquecendo-se do ser humano. O artigo nesse ponto está, no mínimo, incompleto.
Maltratar animais, nunca!
Esquecer do Homem, jamais!
Afirmo que esse homem foi abandonado pela sociedade, cujo fato o fez bater no animal em nome da sobrevivência. Agiu, pois, em estado de necessidade e de erro causado pela ignorância.
Pensando mais: faz com o animal o que a sociedade faz com ele.
De qualquer modo, como haverá quem discorde disso, faço a seguinte indagação, ainda que para alguns metajurídica: será que o Todo Poderoso nos julgará pelas nossas ações ou pelas nossas intenções?
Espero que seja pelas intenções.
Todavia, quem sabe algum vereador, deputado ou governante local leia o artigo e o comentário e decida por criar um projeto social que motive essas pessoas a aprender a ler, a dirigir e a lhes fornecer um veículo para que continuem fazendo seus fretes de maneira menos humilhante. Tomara!

PT contesta denúncias de compra de votos

Em nota assinada por seu presidente regional, João Batista da Silva, e todos os deputados federais, estaduais e vereadores do partido, o PT contesta os termos de matéria divulgada pelo Diário do Pará deste domingo (29), sobre assalto que teria ocorrido na sede da Democracia Socialista (DS) e supostas irregularidades nas últimas eleições internas na agremiação.
“Faz parte da história de vida e lutas do PT o repúdio a qualquer tentativa de fraude e compra de votos. Sempre rechaçamos essa prática, como também sempre rechaçamos qualquer tipo de violência à vida e à democracia. Esses são valores intrínsecos ao PT. Qualquer denúncia é apurada nas instâncias partidárias e com ampla chance de defesa de todos os envolvidos. Mas neste caso, não há denúncia, repetimos”, dizem os subscritores da nota.
Como o Espaço Aberto repercutiu a reportagem publicada no Diário, ainda que com alguns questionamentos, sente-se na obrigação de divulgar a nota na íntegra, o que faz abaixo:

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1. Sobre a manchete do Diário do Pará deste domingo "Compra de votos agita eleições no PT", o Partido dos Trabalhadores informa aos leitores do Diário e à sociedade em geral que não existe qualquer denúncia formalizada no PT sobre compra de votos na eleição do PED - Processo de Eleições Diretas, método pelo qual a militância elege seus dirigentes em todo o país, de forma livre, democrática e direta. Por sinal, o PT é o único partido brasileiro que adota esse mecanismo de eleição direta.
2. O PED - Processo de Eleições Diretas no PT é um dos momentos mais ricos e participativos de toda a militância. Algo único na política brasileira. Em todo o país, participaram do PED quase meio milhão de filiados e, no Pará, 25 mil, sendo que, desses, 2 mil filiados e filiadas estiveram diretamente envolvidos, ou como candidatos ou integrantes de chapas, reforçando a democracia interna do PT.
3. Faz parte da história de vida e lutas do PT o repúdio a qualquer tentativa de fraude e compra de votos. Sempre rechaçamos essa prática, como também sempre rechaçamos qualquer tipo de violência à vida e à democracia. Esses são valores intrínsecos ao PT. Qualquer denúncia é apurada nas instâncias partidárias e com ampla chance de defesa de todos os envolvidos. Mas neste caso, não há denúncia, repetimos.
4. A democracia do nosso Partido incomoda muita gente, acostumada com a paz dos cemitérios, onde o dono do partido manda e o resto obedece. Ou então as bases de seus partidos apenas acompanham, pela mídia, as disputas viscerais de suas lideranças que lutam para serem ungidas como candidatos aos cargos majoritários e proporcionais, proporcionando um espetáculo, onde a criatura se volta contra o criador e vice-versa.
5. É da história do PT ter responsabilidade com a informação, ao transmiti-la à militância petista e à sociedade em geral. Assim, estranhamos que a direção do PT não tenha sido previamente procurada pela redação do Diário do Pará para checar se procedem tais informações estampadas no jornal como se fossem verdadeiras.
Ao adotar tal procedimento, o Diário do Pará incorre em grave atentado contra a ética e a democracia: primeiro atira e depois pergunta do que se trata, quando poderia ouvir a direção do PT para checar a veracidade das informações e também dar a oportunidade ética e democrática ao Partido de se posicionar antes que apenas uma versão, anônima, chegasse aos leitores.
6. Uma nota de coluna, com o DNA de uma fonte ressentida, virou manchete da edição de domingo, talvez com o propósito de dificultar a política de alianças do PT.
A quem serve isso?
Aos conservadores e seus novos aliados, que priorizam apenas obras físicas e estão incomodados com o nosso governo, tanto no plano federal como estadual, que investem fortemente na área social, criando uma rede de proteção social aos que mais precisam, aos que sempre foram desprotegidos.
7. Em nome da ética, da democracia e da transparência a direção do PT e suas lideranças esperam que o jornal dê o mesmo tratamento editorial a esta nota, com manchete da primeira página, charge e espaço na página 3. Solicitamos o direito de resposta em respeito aos leitores do Diário do Pará.
E que, doravante, quando chegarem denúncias que envolvam o Partido dos Trabalhadores, a direção desse Partido seja previamente ouvida, a fim de se garantir o equilíbrio da informação, o respeito à pluralidade de opiniões.

Atenciosamente,
João Batista Barbosa da Silva - Presidente estadual do PT
Adalberto Aguiar - Presidente do Diretório Municipal de Belém
Regina Barata - Líder da bancada estadual do PT
Airton Faleiro - Líder do Governo na Assembléia do PT
Carlos Martins - Deputado estadual do PT
Miriquinho - Deputado estadual do PT
Bordalo - Deputado estadual do PT
Bernadete ten Caten - Deputada estadual do PT
Beto Faro - Deputado federal do PT
Zé Geraldo - Deputado federal do PT
Paulo Rocha - Deputado federal do PT
Amaury Souza Filho - Líder do PT na Câmara Municipal de Belém
Alfredo Costa - Vereador da Câmara Municipal de Belém
Otávio Pinheiro - Vereador da Câmara Municipal de Belém
Marquinho do PT - Vereador da Câmara Municipal de Belém

Apolônio é favorito para levar no segundo turno

Pode até ser que não.
Mas tudo indica que sim.
Tudo indica que Apolônio Brasileiro (na foto, pinçada do blog Artban), da tendência PT Pra Valer, é o grande favorito para levar o segundo turno e ganhar a eleição para o PT Belém. Ele terá como adversária a secretária de Desenvolvimento Urbano, Suely Oliveira, da Democracia Socialista (DS).
O pleito está marcado para o próximo domingo.
O fiel da balança, conforme o blog já adiantou, será Almir Trindade, o quarto colocado.
Como Adalberto Aguiar, o terceiro, já fechou com Apolônio, é quase certo que Almir, bandeando-se para a candidatura de Apolônio, vai reduzir amplamente as possibilidades de Suely eleger-se.
Trindade, desde o final da semana passada, está em articulações. Mas petistas ligados a ele garantem que sua propensão é também aderir à candidatura de Apolônio.
Militante do PT desde 1988, Apolônio Brasileiro começou sua caminhada petista no movimento estudantil.
Na eleição para o PT Nacional, quem ganhou foi a tendência CNB (Construindo um Novo Brasil), o grupo político que, no Pará, reúne os deputados federais Paulo Rocha, Zé Geraldo e Beto Faro e os estaduais Bordalo, Carlos Martins, Airton Faleiro, Bernadete e Miriquinho. E o deputado licenciado, Valdir Ganzer, que é uma das grandes lideranças do PT Pra Valer, de Apolônio.
Da mesma forma que em Belém, em Ananindeua também terá o segundo turno e a disputa é entre dois grupos do CNB. A proximidade das duas cidades exigirá muita habilidade para que uma eleição não repercuta na outra.

Depois dos dólares na cueca, os reais nas meias



Vocês não se lembram do caso dos dólares escondidos na cueca?
Pois é.
Agora temos reais escondidos na meia.
Imagens que teriam sido gravadas em 2006 mostram o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), recebendo dinheiro do então presidente da Codeplan (empresa do DF), Durval Barbosa.
As imagens mostram o próprio Barbosa, que até sexta-feira era secretário de Relações Institucionais do governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), entregando dinheiro a Prudente. Na sequência, o presidente da Câmara aparece guardando as cédulas nos bolsos do paletó e nas meias.
Tudo grife do DEM.

Tapar vazamento com peneira não é o melhor negócio

Do leitor Luiz Otávio Braga, sobre a sua postagem Forro do Shopping Boulevard desaba:

Tapar o vazamento com peneira deu nisso!
Estive no shopping na sexta e pude perceber ao vivo a cascata. Até pensei que era um efeito especial!
Ouvi que algumas lojas foram afetadas. Aproveito para chamar atenção para o perigo que representa o desnível do piso próximo aos parapeitos de vidro que fazem com que os incautos tropecem e no mínimo levem um baita susto. Não vi sentido nesse desnível e já que está assim que seja sinalizado.
Aviso a quem tem crianças que as mantenha na mão.

Pacientes ficam na calçada

No AMAZÔNIA:

O jovem Jeová Souza Nunes perdeu dois dedos em um acidente em Vigia, tentou atendimento no Pronto-Socorro Municipal (HPSM) do Guamá, mas foi mandado embora para o município de origem sem nenhum atendimento básico. Teve que ir, numa Kombi, apenas sob o efeito do remédio que lhe aplicaram antes de vir para Belém. E esse foi apenas um dos diversos atendimentos recusados pelo HPSM ontem à noite por causa da falta de médicos, anestesia e até álcool, segundo informações repassadas por uma enfermeira aos familiares dos pacientes.
Jeová Nunes, de 20 anos, sofreu um acidente de moto. Dentro de uma Kombi que o trouxe junto com outro cidadão de Vigia, ele mostrou, conformado, as ataduras envolvendo os pés, mãos e joelhos machucados. Sujas de sangue, as ataduras escondiam a perda de um dedo da mão e um do pé. Apenas uma injeção foi aplicada nele antes de vir para Belém. 'Tem que aguentar. Não dá pra ficar. Eles não vão atender', disse em resposta ao questionamento sobre a volta para Viseu naquela situação.
A Kombi também levou de volta Osmarino Monteiro. Ele quebrou a clavícula, tirou uma radiografia em Viseu, mas no PSM ouviu desaforos de funcionários ao tentar saber ao menos o que o exame mostrava. O atendimento foi o mesmo recebido por Hebert Pantoja, ao tentar saber o porquê do tio, Eurico Batista, não ter sido atendido, apesar das dores no corpo provocada pela queda do terceiro andar de um imóvel.
Jeová, Osmarino, Eurico e outros, como a filha de Kátia Dias, de 12 anos de idade, ficaram na calçada do PSM e contaram que outros pacientes foram embora antes da chegada da reportagem. Três macas com pacientes ficaram por alguns momentos na calçada à espera de uma solução.
A informação repetida por todos os pacientes foi de que não havia médico que os atendesse. O tio de Hebert precisava de um neurologista, mas a informação repassada a ele na triagem foi de que o plantonista da tarde não atenderia mais e o da noite, contactado depois de uma hora de atraso, disse que não iria trabalhar.
Hebert se exaltou, reclamou e a única resposta que obteve foi de que deveria ler o artigo 331 de lei que considera crime o desacato ao servidor enquanto ele estiver trabalhando. A cópia do artigo está pregada na porta da sala de triagem. Mais informações no local, ninguém deu.

Fé católica se manifesta

No AMAZÔNIA:

Mais de 10 mil pessoas participaram, na manhã de ontem, em São Miguel do Guamá, da romaria em homenagem a nossa Senhora de Nazaré. A caminhada de fé deste ano teve como tema 'Contigo, ó Rainha da Amazônia, Queremos Justiça e Paz'. 'Nesse momento de fé manifestada nessa grandiosa romaria, estamos orando para que cesse essa onda de violência e insegurança generalizada, e que acabem os problemas sociais que provocam essa situação de desemprego, de crise familiar', afirmou o padre Acir Conceição, pároco da igreja de São Miguel Arcanjo.
As preces do religioso estavam de acordo com o sentimento das pessoas que participaram da procissão, que percorreu cerca de três quilômetros daquela cidade, incluindo uma passagem pela pista da BR-316. Este ano o percurso usado pelo fiéis foi todo molhado por bombeiros do 2º Grupamento de Bombeiros Militares, para não agredir os pés dos que caminhavam descalços.
Cada uma das pessoas ouvidas pela reportagem confirmava que, em São Miguel do Guamá, a violência está acentuada, com vários casos de assassinatos, assaltos praticados na maioria por jovens, consumo de drogas e casos de menores de idade se prostituindo ao longo das rodovias, nos postos de combustíveis. 'Estamos tentando diminuir essa situação indo nas casas das pessoas carentes, que tiveram parentes ou que foram autores dessa violência que campeia na cidade. Estamos indo de encontro ao povo', completou padre Acir.
A procissão teve início por volta das 8h30, depois de ter sido celebrada uma missa em frente à igreja de São Miguel Arcanjo, que é o padroeiro de São Miguel do Guamá. A berlinda na qual foi colocada a imagem da Santa é uma das mais antigas usadas nos círios realizados no Pará, e já participou do círio de Belém. Por quase três horas, os peregrinos enfrentaram o sol forte que fazia no nordeste paraense.
História - A romaria em São Miguel do Guamá teve início por iniciativa de algumas mulheres que, como forma de agradecimento, varriam todos os sábados o chão da igreja da Matriz. Em 1948, elas pediram ao padre da época que organizasse uma procissão em louvor a Nossa Senhora de Nazaré. Pedido atendido, a procissão acabou se tornando o ponto mais alto do calendário religioso da paróquia de São Miguel.

Seis mil em romaria na Vila de Americano

No AMAZÔNIA:

Na centenária Vila de Americano, em Santa Izabel do Pará, os católicos do lugar reverenciaram, na manhã de ontem, Nossa Senhora da Conceição. Pelo menos seis mil pessoas participaram da romaria, que teve início por volta das 8h, e percorreu mais de quatro quilômetros em pouco mais de três horas. A caminhada saiu da capela de São Sebastião, que fica no km-60 da BR-316, e encerrou na igreja de Nossa Senhora da Conceição, depois de percorrer as principais ruas daquela vila, responsável pela produção de grande parte da farinha de tapioca consumida pelos paraenses.
Segundo um dos organizadores da procissão de Americano, Raimundo Brandão Pinto, a manifestação religiosa teve início há 66 anos, por iniciativa de pessoas de origens espanhola e nordestina, que se uniram para fazer uma procissão levando a imagem de Nossa Senhora da Conceição, trazida da Espanha por Manoel Campos de Lafuente.

Senhora da Conceição recebe homenagens de mais de 25 mil

No AMAZÔNIA:

A cidade de Ponta de Pedras, no Marajó, parou ontem para homenagear sua padroeira, Nossa Senhora da Conceição, em mais um círio. Mais de 20 mil fiéis participaram da grande festa de fé, que contou ainda com atrações como os cantores Nilson Chaves e Lucinha Bastos, além de apresentações de corais infantis e cantores em frente à antiga prefeitura. Durante toda a procissão, que este ano teve como tema 'Com Maria Celebramos 30 anos de Caminhada Como Igreja Diocesana', a imagem Santíssima recebeu várias homenagens. As ruas do percurso foram decoradas e fogos de artifício saudavam a rainha dos marajoaras. Incluindo a procissão fluvial, rodoviária e a romaria do círio foram percorridos, no total, cerca de 30km durante a festividade.
A procissão de ontem teve algumas paradas. Um delas foi em frente ao cemitério municipal, para prestar homenagens aos entes queridos. Na frente ao hospital municipal, que ainda não foi concluído, foram feitas orações para os doentes.
Às 10h30, a romaria chegou à Igreja Matriz. Durante a celebração da Santa Missa, dom Alessio Sacardo fez prece para que Nossa Senhora faça com que a palavra de Deus seja compreendida. Ele destacou ainda a influência das drogas, que destrói a juventude, as famílias que são desestruturadas e os governantes que não praticam a justiça social, deixando os pobres desamparados.
A programação continua até o dia 8 de dezembro, encerrando com o recírio. A Barraca da Santa abre todas as noites com atrações culturais e shows com bandas locais. Uma das atrações será a Banda Maíra.
Abaetetuba - Cerca de cinco mil pessoas percorreram ontem as principais ruas de Abaetetuba em mais um Círio de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município. A romaria saiu às 8 horas da Igreja Nossa Senhora de Nazaré, após a missa solene celebrada pelo padre Reinilson, pároco da Igreja. Em seguida, foram percorridos três quilômetros pelas ruas Magno de Araújo, D. Pedro I, São Paulo, D. Pedro II, Pedro Rodrigues, Barão do Rio Branco, até a Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, onde uma missa campal, celebrada pelo dom Flávio Giovenalle, às 11 horas, encerrou a procissão. Durante todo o trajeto era possível ver casas enfeitadas e muitas homenagens, vindas, principalmente, das escolas do município. 'A participação dos fiéis foi muito boa. Tinha gente de todas as idades', comemora dom Flávio Giovenalle.
A festividade de Nossa Senhora da Conceição vai até o dia 8 de dezembro, com a celebração de uma missa, às 10 horas, na paróquia do município, e a realização da procissão de encerramento, às 17 horas. Até o final da festividade, haverá missa e novena na Igreja Matriz do município, todos os dias, sempre às 18 e 19 horas.

Mulher mata o companheiro

No AMAZÔNIA:

Um relacionamento amoroso terminou em tragédia ontem de manhã, na passagem Brasília, bairro da Terra Firme. Sabrina Abreu Soares, 26 anos, matou o companheiro com uma facada no coração após uma discussão. Ele chegou a ser encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal do Guamá, mas não resistiu ao ferimento. Alciclei Lima Rodrigues, 31 anos, tinha um relacionamento conturbado com Sabrina há pouco mais de um ano.
Segundo testemunhas, pouco antes do crime a vítima bebia com os amigos em um bar próximo à sua residência. Ao voltar para casa, ele e a mulher começaram a discutir. Ele decidiu sair e, no meio da rua, ela o atingiu com uma facada no coração. Desesperada, Sabrina jogou a faca utilizada para matar o companheiro em uma vala e tentou fugir com o filho, nascido em outro casamento. Alciclei ficou alguns minutos agonizando no chão e, logo em seguida, foi levado para o PSM, onde faleceu. Sabrina foi presa em flagrante e encaminhada para a Seccional do Guamá provisioriamente. De acordo com o delegado Jaime Mercês, ela vai ficar à disposição da Justiça no Centro de Recuperação Feminino do Coqueiro.
Algemada e chorando muito, Sabrina disse que foi agredida pelo marido antes dela aplicar o golpe que tirou a vida do companheiro. 'Eu estava deitada, quando ele deu um empurrão no meu filho, depois me deu um soco e veio para cima de mim com uma faca. Ele estava bêbado, mas sabia o que estava fazendo. Se não me atingisse, a faca ia acertar o meu filho', explicou.
Ela disse ainda que já tinha apanhado várias vezes do companheiro e aguentava as agressões porque gostava muito dele. 'Ele sempre dizia que ia mudar esse jeito violento', disse, desesperada.
A mãe de Alciclei, Isabel de Lira, deu outra versão sobre o crime. E disse que as brigas do casal eram por causa do filho de Sabrina, que não o respeitava. E lembrou, inclusive, ela já ameaçara matar o companheiro. 'Ela planejou fazer isso com meu filho. É muito fria uma pessoa que faz um negócio desses. Além de jogar a faca na vala, ela ainda pegou todo o dinheiro dele e fugiu', denuncia.

Folia em noite de consagração

No AMAZÔNIA:

Uma despedida em grande estilo, com o melhor que um festival de axé pode oferecer: Jammil, Chiclete com Banana e a banda 5%, a revelação baiana de 2009 e que promete sacudir o carnaval de Salvador em 2010.
A primeira atração da última noite do Parafolia 2009, a banda Jammil apresentou ao público o show 'Três', lançado no início do ano. O grupo cantou sucessos como 'Mila' e 'Sou Praieiro', mas também fez a galera delirar com 'País Tropical', de Jorge Ben, e 'Chora e Me Liga', sucesso do forró. Mas ainda assim não faltaram os sucessos que marcaram a carreira do grupo. E o público vibrou com cada acorde no último e mais emocionante dia de folia. A torcida do Flamengo aproveitou para comemorar a condição de líder do Brasileirão durante o show.
O novo CD de Jammil tem 22 faixas e chegou junto com o terceiro DVD do grupo. Nele há participações de Caetano Veloso e Biquíni Cavadão. O trabalho reflete, disse a banda, o amadurecimento musical com arranjos de tirar o fôlego.
O show 'Flutuar', da banda Chiclete com Banana, sacudiu os chicleteiros ao som de novas e velhas composições. O vocalista Bel fez o que um bom líder de banda de axé pode fazer: botou a multidão para tirar o pé do chão. Do palco central, os sete integrantes do Chiclete com Banana tiveram mais liberdade para mostrar porque estão juntos há 26 anos.
O vocalista Bel Marques disse que a banda se sente honrada em participar dos 15 anos do Parafolia, já com o formato de festival. Segundo ele, o modelo de palco é uma tendência nacional em que dá um novo fôlego às micaretas país afora. 'A música ganha porque, a partir de um festival, é possível inserir outros gêneros também e não só o axé', comentou.
Bel destacou que o Parafolia é um evento consagrado nacionalmente e participar do festival é o desejo de toda banda de música popular brasileira. 'Qualquer artista do mundo gostaria de estar aqui, de participar do Parafolia', realçou.
Os irmãos Wilson, Wadinho e Bel Marques, Reinaldo Gramacho, o Rey, Adenilson Cirne, chamado de Deny, Waltinho e Lelo também comemoraram em pleno Parafolia - 15 anos, o Festival, o sucesso do novo CD, que deve conquistar o disco de platina. 'Estamos aqui porque 15 anos é a comprovação de que o Parafolia está entre os grandes eventos brasileiros', atestou.
Atualmente, disse Bel Marques, o Chiclete com Banana vive um momento de estabilidade musical. No entanto, não é nada fácil manter a relação com os fãs assim tão estável. São 130 shows, em média, durante o ano.
Nos camarotes, a animação foi tão grande que nem parecia a última noite do festival. A paraense Eneida, participante do reality show 'No Limite', da Globo, declarou que costuma participar de todas as edições do evento.

Leão azul escapa de derrota

No AMAZÔNIA:

Por muito pouco o Clube do Remo não perdeu a invencibilidade nessa fase de jogos amistosos. Ontem à tarde, jogando em Breves contra a seleção local, o time azulino conseguiu empatar por 2 a 2 com um gol já nos descontos. A partida marcou a estreia dos novos contratados - Diego Amaral, Rennan, Danilo Mendes, Fabrício Carvalho e Samir -, que, com exceção do goleiro, sentiram a falta de ritmo de jogo e o condicionamento físico. A equipe remista volta a campo no próximo domingo, dia seis de dezembro, para enfrentar a seleção de Concórdia do Pará.
Enquanto uns jogavam no interior, outro chegava à capital. O zagueiro gaúcho Leandro Cassel , 26 anos, mais recente contratação do clube, chegou às 15h30 de ontem. Ex-Brasil de Pelotas-RS, o jogador começa hoje a fazer exames médicos e se tudo correr bem já amanhã inicia os treinamentos em campo.
'É um jogador que estava em atividade e vem para reforçar o grupo para fazer frente aos nossos compromissos ano que vem', afirmou o técnico Sinomar Naves sobre o novo comandado. Como Cassel ainda não assinou, não concedeu entrevista. A diretoria ainda deve trazer mais um zagueiro,um meia e de um a dois atacantes.
Em Breves, o Remo dava a impressão que venceria com certa facilidade. O Leão abriu o placar logo aos 40 segundos através de Marlon, aproveitando um rebote do goleiro Ronaldo. Mas daí em diante o que se viu foi a seleção de Breves mais organizada, mais forte e correndo bem mais que o adversário. O time azulino ainda conseguiu segurar a vantagem durante o restante da etapa inicial.
Logo no começo do segundo tempo o atacante Juça, um dos melhores de Breves, fez grande jogada individual, invadiu a área e foi derrubado quando ia chutar a gol. Pênalti que o meia Jedilson - irmão de Juça - cobrou bem para empatar, aos nove minutos. O time da casa continuou melhor, pressionando o visitante. Foi então que aos 22 a dupla Jedilson e Juça tabelou numa jogada rápida e o atacante invadiu a área para tocar na saída do goleiro para ampliar.
Foi só aí que o Remo acordou. Mesmo assim foi um processo de longo despertar. Tanto que o empate veio somente nos descontos. Já se contavam 49 minutos do segundo tempo quando o atacante Héliton invadiu a área e chutou no canto do goleiro para empatar e fechar o placar.
O empate nos descontos não foi bem assimilado pelo time da casa e a torcida local. Após o gol os jogadores e alguns torcedores foram para cima do trio de arbitragem. Depois de tentar expulsar alguns jogadores e sofrer empurrões e ameaças de agressão, o árbitro Toni Souza Carvalho fez uso do apito pela última vez e terminou a partida.

Contratações na “agulha”

No AMAZÔNIA:

O Paysandu pode apresentar hoje os mais novos reforços da 'Era Nasareno Silva'. A diretoria do clube admitiu que o clube deve apresentar de três a quatro jogadores até amanhã e o único nome confirmado foi o do meia Zeziel, campeão paraense deste ano pelo próprio Papão. O diretor de futebol Antônio Cláudio da Costa, o Louro, confirmou no meio da semana passada o acerto com o jogador.
'Esperamos receber o Zeziel na próxima segunda-feira (hoje) para fazer exames médicos e assinar contrato. Se tudo der certo, ele estará treinando com o grupo na terça-feira (amanhã)', informou Louro, que está no Rio de Janeiro, ao lado do supervisor de futebol Charles Guerreiro, prospectando outras possíveis contratações.
O dirigente afirmou ainda que os jogadores que devem chegar entre hoje e amanhã não são do Pará e sim de outros estados. Ele, porém, não revelou os nomes dos atletas que virão. Chegou-se a especular que um dos contratados seria o meia-atacante Flamel, ex-Águia de Marabá.
Zeziel disputou a temporada 2009 pelo Paysandu e, apesar de não ter sido brilhante, foi um dos principais nomes da equipe comandada pelo técnico Edson Gaúcho na campanha do título estadual. Sabendo disso, o empresário Anderson Nassrala ainda tentou conseguir um aumento salarial para o jogador, mas a diretoria bicolor já havia se antecipado e assinado um pré-contrato.
O dirigente bicolor falou um pouco das características de um dos prováveis contratados e explicou o segredo para o sucesso na negociação. 'Um deles é um lateral-direito experiente e com muita velocidade. Estamos conseguindo trazê-lo para cá graças ao sigilo no negócio', explicou o dirigente.
A diretoria alviceleste dispensou o lateral-direito Denílson na semana passada. O defensor maranhense foi um dos atletas trazidos por recomendação no técnico Nasareno Silva. Não agradou e acabou entrando na lista dos atletas que não serão aproveitados para o Campeonato Paraense 2010.

Novo órgão da OAB investiga seus filiados

Na FOLHA DE S.PAULO:

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) federal criou, no mês passado, uma corregedoria para fiscalizar a atuação das seções estaduais nos casos de denúncias contra inscritos.
O Conselho Federal da OAB percebeu que o número de queixas cresceu significativamente nos últimos anos, mas a quantidade de julgamentos de advogados acusados de práticas como enganar os clientes não acompanhou essa elevação. A intenção é impedir que o corporativismo prevaleça.
"Com a massificação da profissão dos advogados, decorrente da proliferação de faculdades, o número de infrações disciplinares cresce assustadoramente", afirma o criminalista Alberto Zacharias Toron, escolhido pela entidade para ser o primeiro corregedor-geral.
Segundo Toron, "contribui para esse quadro também a árida realidade socioeconômica". "Alguns agem por desespero mesmo. Faltam clientes, sobram profissionais e os honorários são minguados."
A inspiração para a criação da corregedoria da OAB veio do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão responsável pelo controle administrativo e disciplinar do Poder Judiciário, afirma o criminalista.
A corregedoria do CNJ tem agido com rigor nos casos em que os Judiciários dos Estados permitem morosidade e até impunidade nos processos disciplinares contra juízes.
Toron afirma que algumas medidas preventivas, como formalização da contratação dos defensores, por escrito, podem facilitar o sucesso dos clientes nas ações contra advogados.
As punições previstas pelo Estatuto da Advocacia são de censura, multa, suspensão e exclusão dos quadros da OAB.
Um procedimento contra um advogado começa com uma denúncia ao TED (Tribunal de Ética e Disciplina) das seções estaduais da OAB. Após o recebimento da acusação, é indicado um conselheiro da instituição para ser o relator do caso.
Uma decisão final só ocorre após a passagem por três instâncias, duas nas OABs estaduais e uma no Conselho Federal. De acordo com Toron, a duração total dos procedimentos, até a última instância, deveria ser de no máximo dois anos.
Para acelerar as ações, o advogado diz que serão adotadas medidas como a informatização de todo o trâmite. Denúncias podem ser encaminhadas por e-mail para corregedoria geral@oab.org.br.

domingo, 29 de novembro de 2009

Quem de nós dois - Ana Carolina


Um olhar pela lente

O primeiro vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Rahimi (de costas), recebe visita do primeiro-ministro do Kwait. E ambos trocam uma bitoca.
A foto é da Reuters.

MPF reúne populações atingidas para debater Belo Monte

O Ministério Público Federal promove nesta segunda-feira (01.12), uma audiência pública em Brasília, no prédio da Procuradoria Geral da República, para debater o polêmico projeto do Governo Federal de fazer aproveitamento hidrelétrico no rio Xingu, no Pará. Além de autoridades governamentais e do próprio MPF, são esperados representantes das comunidades indígenas e ribeirinhas que vivem no raio de impacto da usina e cientistas que analisaram as consequências da obra.
Entre as maiores preocupações do MPF está justamente a falta de audiências públicas com todos os atingidos pelo projeto: dos 11 municípios que serão diretamente impactados, apenas 4 sediaram audiências promovidas pelo Ibama. O tema é objeto de uma ação civil pública, uma das sete que tramitam no judiciário federal tratando de problemas com o empreendimento Belo Monte (veja tabela abaixo com todos os processos sobre o assunto).

As informações são da Assessoria de Imprensa do MPF

“É proibido fazer a população brasileira de boba”



Olhem aqui, e com todo o respeito.
Neste Brasil de tantas leis, o que custava ter mais uma?
Diria apenas:

Art. 1º - É proibido fazer a população brasileira de boba.
Pena – 1 ano de reclusão.


Pronto.
Só isso.
Mas a pena poderia, se houvesse agravantes, chegar a dois anos, três anos, sei lá...
E seria aplicável em casos como este que envolve Sua Excelência o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM, o novo aderente à prática do mensalinho.
Vocês viram o Jornal Nacional de ontem.
Mostra Arruda e seus assessores recebendo pacotes de dinheiro.
Sabem pra quê, o dinheiro?
Para comprar panetones para a população carente do Distrito Federal.
Quem o disse?
O advogado José Gerardo Grossi.
Doutor Grossi, “é proibido fazer a população brasileira de boba”.
Ah, se tivesse essa lei.
Ah, se tivesse!

Em Salinas, um governo sem plano

De um Anônimo, sobre a postagem Salinas também remove outdoors:

Só para refrescar a nossa memória: já se passou quase um ano, e nada. Nenhuma das formidáveis promessas do nosso clarividente prefeito de Salinópolis foi cumprida. É um governo sem plano. Aliás, parece que o plano dele é não ter plano mesmo. É um governo sem obra. Acho engraçadíssimo ouvir o mineiro Vagner Curi dizer que em 11 meses fez mais que o ex em oito anos. Ele só não coloca isso em números. Fala por falar. Assim, fácil! Mas vamos ao que interessa. Algumas das promessas:
1. Vila Olímpica no trevo do Atalaia;
2. Polo Industrial;
3. Merenda escolar com açaí, iogurte e frango;
4. Orçamento participativo (não só o orçamento seria participativo, tudo, absolutamente tudo, seria decidido pela população);
5. UTI neonatal (5 leitos) e UTI adulta (20 leitos);
6. Hospital Pediátrico no Terminal Rodoviário;
7. Bloquete em todas (TODAS!) as ruas da cidade;
8. Trinta médicos (com diferentes especialidades) permanentemente na cidade (essa até eu acreditei);
9. Dez ônibus novos com passagem a 30 centavos (pai d’égua!!);
10. Universidade municipal pública e gratuita;
11. Casas populares, no total de 1.500, já estariam garantidas. Mas, nosso esforçado prefeito ainda iria tentar conseguir mais 1.000 casas.
Perdão se não lembro de todas as promessas.

Para Almir, é o governo do Estado ou nada

Almir senador?
Almir deputado federal?
Almir deputado estadual?
Todos apostam, todos especulam, todos formulam hipóteses sobre o destino político do ex-governador Almir Gabriel, caso ele não venha mesmo a ser o candidato do PSDB na eleição para o governo do Estado, em 2010.
Se todos têm direito de dar o seu pitaco, por que não o pessoal aqui da redação?
Pois olhem, a percepção aqui é uma só: se Almir não ganhar a queda de braço com Simão Jatene, o inimigo dos inimigos que ele escolheu para chamar de seu (até rimou, mas isso, claro, não é uma solução), Almir não será candidato a coisa nenhuma; nem a vereador de Bertioga, com todo o respeito, é claro, aos vereadores de Bertioga.
Almir, ele mesmo, disse em entrevista à repórter Rita Soares, tem perfil de executivo.
Ele gostar de mandar.
E gosta de mandar autoritariamente – atestam os que já trabalharam com ele.
No Legislativo, Almir divide poderes com os demais.
No Legislativo, ele conviveria com iguais.
No Legislativo, seria “um a mais”.
E o doutor Almir, repita-se, gostar mesmo é de concentrar o poder, gosta ele mesmo de ser o poder.
Está apostado.
É tudo ou nada.
Ou o governo do Estado ou nada.
Ou Almir sai candidato ao governo do Estado ou então não sai candidato a nada.
Aliás, sendo candidato a nada, talvez ele saia é do PSDB.
Ele pode dizer, é claro, que não cogita isso.
Mas cogita, sim.

Charge - Ique


“O discurso dos direitos humanos serve à hipocrisia”

Do leitor Guilherme Scalzilli, sobre a postagem Ahmadinejad, um genocida em potencial:

A camada mais visível das críticas à visita do presidente iraniano remonta à política de “fatos consumados” financiada por Israel junto aos meios de comunicação internacionais. Resumindo, trata-se de utilizar o Holocausto como salvo-conduto para as pretensões expansionistas do governo israelense.
No substrato dessa novela muito reprisada, esconde-se o atribulado contexto geopolítico americano, talvez no momento mais delicado desde as redemocratizações nacionais. Não há qualquer coincidência, muito menos condenação possível, no fato de os interesses estadunidenses serem contrariados quando o governo Obama permite um golpe de Estado no continente e instala bases militares para policiá-lo.
O discurso dos direitos humanos serve a conveniências hipócritas. Se observado o sofrimento das minorias e de inocentes, nenhum governante do planeta seria recebido em qualquer país. Transformar diplomacia em panfletagem étnica esconde interesses que, estes sim, podem levar a consequências muito desastrosas.

A pergunta que não quer calar

No blog Ananindeua Debates, sob o título “Deputado Zenaldo Coutinho, e o nosso massacre?

O deputado Zenaldo Coutinho participou de um ato na Câmara Federal contra o presidente do Irã, Ahmadinejad com uma faixa com os dizeres: “Holocausto nunca mais”. O líder iraniano, segundo a imprensa, nega o Holoucasto que dizimou a vida de milhares de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra mundial. A democracia é para isso: não deixar que atos como este sejam esquecidos. Voltando à terrinha, fazemos uma pergunta ao deputado: por que ele não estendeu uma faixa de protesto contra o assassinato dos 19 sem-terras mortos na curva do S, na época do governo tucano de Almir Gabriel?

Revelação de assalto à sede da DS alvoroça os petistas

Petistas – de todas as tendências, de todos os matizes, de todas as cores, inclusive o vermelho do PT – ingressaram na noite deste sábado (28) em alvoroço.
Em completo alvoroço.
O motivo: a manchete do Diário do Pará da edição deste domingo que começou a circular ainda no finalzinho da tarde de ontem.
A manchete, “Compra de votos agita eleições no PT”, remetia à matéria que está na página 3 do primeiro caderno do jornal.
É assinada por dois experientes repórteres: Carlos Mendes e Euclides Farias.
A reportagem informa, em resumo, que 20 dias antes das eleições do PT, realizadas na domingo passado, dois homens chegaram numa moto à sede da DS (Democracia Socialista), na travessa Mauriti, no justo momento em que lá se encontrava Birá.
Espécie de eminência das sombras do PT, ele é desconhecido do distinto público, mas muito – e ponha muito nisso – conhecido por dez entre dez petistas.
Birá, cujo nome é Jax Nildo Aragão Pinto, já foi devidamente apresentado aqui no blog.
Conheça-o um pouco.
Pois os dois homens chegaram à casa onde estava Birá e a invadiram anunciando um assalto.
Birá, segundo a matéria, estava no andar de cima, acompanhado de mais três pessoas e desceu com R$ 18 nas mãos, valor que supostamente foi obrigado a entregar aos bandidos.
Diz a reportagem que “os motoqueiros deixaram no ar a certeza de que a missão não era apenas desfalcar o caixa da DS, mas interromper uma fraude eleitoral”. A “fraude eleitoral” a que se referem os repórteres consistia, entre outras coisas, na compra de votos, quitação em massa de inadimplentes e filiação em massa de eleitores, confirmando denúncias publicamente feitas aqui no blog, na quinta-feira passada, por Almir Trindade, quarto colocado na eleição do PT para o Diretório de Belém.

PT Regional desconhece fraudes
O Espaço Aberto falou no início da noite deste sábado com o presidente reeleito do Diretório Estadual do PT, João Batista da Silva.
Ele acabara de ler a matéria quando falou por telefone com o repórter.
Assegurou que não tomou conhecimento do assalto.
Revelou, sim, ter tomado conhecimento, “por alto”, que um computador do vereador Marquinhos do PT – integrante da DS que tem seu escritório no mesmo imóvel onde teria ocorrido o assalto – sumira pouco antes das eleições. João Batista disse, entretanto, não ver qualquer vinculação entre esse fato e o assalto informado na matéria do Diário.
O presidente estadual garantiu que, no âmbito do Diretório Regional do partido, não existe qualquer recurso ou qualquer informação relacionada a qualquer suspeita de fraude ou cooptação de eleitores eventualmente ocorridos na eleição do PT Belém. Mas quando informado pelo blog que o candidato Almir Trindade protocolou formalmente um recurso relatando diversas irregularidades, João Batista da Silva admitiu que tal recurso poderá ainda estar tramitando no âmbito do Diretório Municipal, devendo posteriormente, se for o caso, subir à apreciação do Diretório Regional.
O presidente do PT, pelo menos até o início da noite de ontem, procurava contactar com o vereador Marquinhos do PT para buscar maiores informações e, conforme avaliações posteriores, divulgar uma nota esclarecendo a posição do Diretório Regional em relação à matéria divulgada pelo Diário.
O blog tentou várias vezes entrar em contato com o vereador Marquinhos do PT, mas não conseguiu.
O blog também tentou, em vão, falar com o vereador Adalberto Aguiar, presidente municipal do PT e terceiro colocado nas eleições de domingo passado.

Há perguntas que não querem calar
O Espaço Aberto apurou junto a algumas fontes – quatro, pelo menos – e obteve, de todas elas, a confirmação de que ouviram falar da ocorrência do assalto. E as fontes consultadas, sem exceção, asseguraram ter tomado conhecimento do assunto apenas na semana passada, depois, portanto, das eleições de domingo e muito depois do roubo dos R$ 18 mil, que teria sido consumado 20 dias antes do pleito, conforme menciona a reportagem.
Nenhuma das fontes soube acrescentar mais detalhes além daqueles mencionados na matéria assinada por Euclides Farias e Carlos Mendes. Confirmaram, todavia, o que os mais escolados em PT já sabem: que Birá é uma das eminências da DS que trabalham nos últimos tempos na Casa Civil do governo Ana Júlia.
Aliás, figuram entre os integrantes da DS tanto a governadora como seu chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, que é pré-candidato a uma vaga de deputado federal na eleição do próximo ano.
As fontes ouvidas pelo blog também foram unânimes em fazer alguns questionamentos:
1 – De onde, afinal, provieram os R$ 18 mil que estariam em poder da DS?
2 – Em quê, afinal, seriam empregados os R$ 18 mil?
3 – Por que não foi feita nenhuma ocorrência policial?
4 – Como explicar o fato de dois motoqueiros, os supostos assaltantes, terem chegado à casa justamente no momento em que lá se encontrava Birá com os R$ 18 mil que seriam entreguem à dupla de bandidos?
São respostas que não querem calar.
Mas apenas a DS pode responder.
Irá respondê-las?

Estamos diante de um "assalto do bem"?
A reportagem assinada por Euclides Farias e Carlos Mendes contém um trecho que chama atenção.
O trecho se refere ao fato de que “os motoqueiros deixaram no ar a certeza de que a missão não era apenas desfalcar o caixa da DS, mas interromper uma fraude eleitoral”.
Seria, digamos, uma espécie de “assalto do bem”; ou “para o bem”.
Isso porque, se a motivação do crime incluía “interromper uma fraude eleitoral”, estamos diante de uma motivação claramente política.
Aliás, a reportagem tem como antetítulo “Watergate Paraense”, menção ao Caso Watergate, ocorrido na década de 70 do século passado, nos Estados Unidos, e que resultou na queda, por renúncia, do presidente republicano Richard Nixon.
Pois a motivação política, se realmente existiu, implicaria fatalmente outras tendências petistas adversárias da DS no pleito.
Isso é uma inferência lógica, uma vez que só teria interesse em evitar a continuidade de uma suposta fraude os prejudicados diretos, no caso, as tendências que tinham candidatos disputando com a candidata da DS, a secretária da Sedurb, Suely Oliveira.
Ou será que estariam interessadom em “interromper a fraudes eleitoral” no PT Belém gente como Ronaldo Fenômeno, Adriano Imperador (do Flamengo), o presidente do Íbis (o pior time do mundo) ou mesmo Fernandinho Beira-Mar?
Claro que não.
De outro lado, se fosse um crime comum, por que não foi registrado formalmente na polícia? Não se abre mão de R$ 18 mil assim de forma tão banal, tão natural. Sobretudo se os R$ 18 provieram de fonte lícita e à custa de muito esforço.
São perguntas, são indagações, são detalhes que precisam ser esclarecidos.
Somente a DS poderá fazê-lo.
Mas não se conseguiu, pelo menos até agora, falar com ninguém da DS.
Nem mesmo – e sobretudo – o Diário do Pará.

“Eleitoralismo” dominou o PED
O blog também conversou com dois petistas, ambos históricos e muito ponderados e francos em suas avaliações.
Os dois mostraram-se desolados com as práticas observadas no pleito do PT, que o partido denomina de Processo de Eleição Direta (PED).
Reconheceram que o “eleitoralismo”, configurado em práticas as mais espúrias, passou a dominar o processo de renovação dos comandos petistas nos Estados e municípios.
Admitiram que o PED é uma experiência válida e única entre os partidos brasileiros, mas precisa ser reexaminada, rediscutida e reavaliada criticamente, para que seja expurgada de vícios que rebaixam a disputa eleitoral interna ao rés do chão – bem ao rés mesmo.
Afirmaram que nestas últimas eleições para o Diretório do PT Belém todos os candidatos – uns mais, outros menos - incorreram em práticas incondizentes com os princípios éticos que o PT sempre defendeu.
E observaram que a DS, por sua natural proximidade com o poder, passa por um processo de inchamento, que acaba sendo decorrência de adesões em massa. E adesistas em massa, concordaram os dois petistas, não passam mesmo de meros adesistas, muitos deles carreiristas, arrivistas, gente que só quer se “dar bem”, ao contrário dos verdadeiros militantes, que dão organicidade a qualquer agremiação política.

Calabar, leal à própria liberdade


Ao longo dos tempos, os homens travaram muitas guerras. E não foi diferente no início do século 17, entre holandeses e portugueses, que se enfrentaram pelo controle do Nordeste brasileiro. A colônia era um importante campo de batalha na guerra dos batavos contra o Império Espanhol.
Em 1632, o Nordeste brasileiro parece até inusitado. Era uma das frentes de batalha da "Primeira Guerra Mundial da história", segundo o historiador inglês C. R. Boxer definiu a Guerra dos 30 anos. A Holanda e a Espanha, que então controlava o Brasil através de seu domínio sobre Portugal, havia dois anos disputavam a riqueza do açúcar produzido na colônia em combates ao longo do litoral nordestino.
A luta pelas riquezas de além-mar opunha os espanhóis aos holandeses, franceses e ingleses, que defendiam a liberdade absoluta do comércio nos oceanos e não reconheciam o Tratado de Tordesilhas. O conflito era comercial e religioso. A pergunta que se faz: por que os países reformistas acatariam a decisão unilateral do bispo (o papa), o maior líder católico que não reconheciam?
Entre 1632 e 1635, com reforços vindos da Europa e a ajuda de moradores da terra, os holandeses conquistaram pontos decisivos como a Ilha de Itamaracá, a Paraíba, o Rio Grande do Norte e, por fim, o Arraial de Bom Jesus, consolidando a ocupação de Pernambuco.
Na história, dentre os colaboradores dos holandeses, destacou-se a figura de Domingos Fernandes, conhecido como Calabar, iria definir o rumo desse conflito. Integrante inicialmente das forças que tentavam impedir a conquista do território pernambucano, acabou tornando-se um eficaz colaborador dos holandeses. Seu nome passou a ser associado à traição.
Calabar foi um vil traidor da pátria, ou um patriota que via um futuro promissor na dominação holandesa? Se traidor, de quem? Dos portugueses, dos espanhóis, dos latifundiários luso-brasileiros da época? Da religião católica? Afinal, não havia como ser traidor de um Brasil que não existia.

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“Desde os bancos de escola, nos ensinam que Calabar foi um traidor. Será? Isto diz nossa história oficial que defende a colônia portuguesa. Para os holandeses, Calabar foi um herói.”
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Calabar nasceu em Porto Calvo, Alagoas, na primeira década do século 17, filho de pai português desconhecido e de mãe indígena ou mameluca, Ângela Álvares, que sempre escondeu do filho a identidade de seu progenitor. Desenvolveu em consequência seu primeiro complexo de inferioridade: ele detestava o pai, que deixou a mãe em dificuldades.
O primeiro ato de "traição" de Calabar foi o ao ataque a Igaraçu, importante povoação de Pernambuco na época, para onde os lusos levaram parte de seus pertences. O saque foi terrível, e quem conduziu os batavos pelos melhores acessos foi Calabar. A estocada feriu profundamente o governador Matias de Albuquerque, seu antigo chefe, que, no entanto, resolveu tentar recuperá-lo e reconquistá-lo para a causa dos portugueses, oferecendo-lhe o perdão, honrarias e vantagens pecuniárias. Não conseguiu nada. A traição estava consumada.
Com a importante ajuda de Calabar, os batavos fizeram muitas incursões pela vizinhança, causando tremendos estragos aos portugueses. Correu muito sangue por culpa de Calabar. Em 1633, conduziu os holandeses para conquistar Filipéia (atual João Pessoa) e o forte de Santa Catarina, chegando até o forte dos Reis Mago, ao lado de Natal, Rio Grande do Norte. Depois atacaram o Sul sempre com ajuda de Calabar, Chegando até Santo Agostinho, que oferecia um porto protegido aos portugueses para receberem reforços e enviar açúcar para Portugal. E muitas outras conquistas.
O domínio holandês no Nordeste brasileiro durou 24 anos (1630-1654), e Calabar participou apenas da primeira fase de implantação (1632-35), durante a qual ele ajudou a consolidar o poder dos holandeses, até ser preso, submetido a um tribunal militar e condenado a ser enforcado e esquartejado, o que aconteceu no dia 22 de julho de l635.
Dizem que traição é uma atitude cotidiana, aliás, implícita na própria colocação do problema: defender Portugal ou defender a Holanda significava uma traição a um país que não existia (era colônia). De toda essa desordem, restou um bode expiatório: Calabar. Desde os bancos de escola, nos ensinam que Calabar foi um traidor. Será? Isto diz nossa história oficial que defende a colônia portuguesa. Para os holandeses, Calabar foi um herói. Na verdade, ao contrário de muitos delatores ou mercenários, Calabar fez uma opção.
A história desse personagem foi retratada na peça "Calabar: o elogio da traição", de Chico Buarque e Rui Guerra: uma nova leitura do mito traidor, feita para contestar a ditadura em 1973, e que acabou censurada pelo regime militar, no triste período dos anos de chumbo.

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SERGIO BARRA é médico e professor
sergiobarra9@gmail.com

Despedida em grande estilo

No AMAZÔNIA:

A despedida do Parafolia neste domingo, 29, será em grande estilo. Vai contar com a presença de dois gigantes do axé music, a banda Chiclete com Banana e Jammil e com a mais recente revelação da música baiana, a Banda 5%. Jammil vem com o show 'Três', lançado no início do ano. No repertório, uma combinação de sucessos antigos que prometem aquecer o público para o carnaval 2010. A segunda atração da noite será um dos maiores fenômenos do axé music, a banda liderada pelo cantor Bel, que traz o show 'Flutuar'. Lançado em CD e DVD este ano, traz antigos sucessos e novas composições que já caíram no gosto dos foliões. A última atração da noite de hoje do Parafolia será a Banda 5%, que vai tocar hits de artistas da Bahia, e promete inovar com versões em axé de sucessos da música sertaneja.
Depois de uma longa temporada sem lançar um novo álbum, a Banda Chiclete com Banana traz para o Parafolia os sucessos de 'Flutuar', novo show do grupo. Como não poderia deixar de ser, o novo trabalho foi lançado oficialmente durante o carnaval de 2009, em cima do trio elétrico, em Salvador. No repertório, a música de trabalho 'Flutuar' é uma daquelas canções contagiantes, típicas dos grandes hits da banda. Não foi por acaso que virou sensação do carnaval 2009 em Salvador. O show traz ainda outras músicas como 'Colar do oriente', 'Canto do Aledé', 'Beijo cigano', 'É difícil', todas cheias de swing.
Com 25 discos na discografia, prêmios pelo Brasil e exterior, média de 130 shows por ano, 15 discos de ouro, 10 discos de platina e 1 DVD de platina, suas músicas se transformam em grandes sucessos nas rádios de todo Brasil e se imortalizam na voz de uma legião de fiéis seguidores que se denominam 'chicleteiros', e também vão animar os foliões na Cidade Folia.
O tamanho do sucesso reflete na agenda da banda, que anda lotada por causa da divulgação de 'Flutuar'. Com uma média já elevada de 130 apresentações por ano, o Chiclete causou grande alvoroço entre os chicleteiros quando anunciou o lançamento do novo trabalho. E com razão. O último CD lançado pelo grupo havia sido 'Tabuleiro musical', de 2007.

Banda tem 26 anos de estrada e continua com perfil jovem

No AMAZÔNIA:

Com mais de duas décadas de estrada, período em que lançou 25 CDs, duas coletâneas e fez muita gente dançar com o famoso grito 'tirar o pé do chão', o Chiclete faz shows pelo Brasil o ano inteiro e se apresenta também no exterior. Ano passado, o grupo tocou nas cidades de Newark, Miami e Boston, nos EUA. Eles têm um fã clube nos Emirados Árabes, o Flachiclete, e outro na Espanha, batizado de Maluquete Chicleteiros Fan Clube Sur Europa.
Em cima do trio elétrico, os sete integrantes do Chiclete parecem garotos. Como também os chicleteiros que seguem o trio. A banda, que iniciou a carreira com o nome Scorpius, está junta há 26 anos e passou por influências das mais diversificadas, de Luiz Gonzaga e Moraes Moreira a Beatles e Rolling Stones. Com a força do ritmo baiano, fizeram uma mistura de tudo e o resultado é o sucesso espalhado pelo Brasil e pelo exterior.
O grupo é formado pelos irmãos Wilson, Wadinho e Bel Marques, além de Reinaldo Gramacho, o ‘Rey’, Adenilson Cirne, o ‘Deny’, Waltinho, que antes de entrar para a banda era jogador de futebol em Salvador, e Lelo. Bel é o carismático líder e vocalista do Chiclete, sempre com suas inseparáveis guitarras. Mas Wilson é considerado o 'coração eletrizante' da banda.

Romantismo bem natalino

No AMAZÔNIA:

Uma das mais conhecidas obras do balé, habitualmente apresentada na época do Natal, sobe ao palco do Teatro da Paz com os bailarinos da Cia de Dança Ana Unger e alunas do Centro de Dança, com a participação especial de André Teixeira, primeiro bailarino da New Jersey Company, dos Estados Unidos, e do cenógrafo Carlos Dalarmelino. Considerada obra-prima de Tchaikovsky e do coreógrafo M. Petipa, 'O Quebra-Nozes' é um conto de Natal que tem como protagonista um quebra-nozes de aparência humana, vestido de soldado e com pernas e cabeça de tamanho desmesurado. O brinquedo chama a atenção da 'heroína' Clara, que deseja ganhá-lo de presente.
Na sinopse, Clara fica entusiasmada com o brinquedo que recebe e adormece. A menina é transportada para um reino de fantasia onde o seu quebra-nozes se transforma num soldado real que acompanhará a menina numa batalha mágica contra exércitos de ratazanas. Ao longo de dois atos, a obra, que estreou em 1892, em São Petersburgo, desenvolve-se em cenários que levam os protagonistas até o Reino das Neves ou o Reino dos Doces, refletindo a fantasia característica do romantismo.
A montagem vai contar ainda com a participação do bailarino paraense Ronilson Cruz, que reveza com André Teixeira no papel principal. Entre os solistas da Cia de Dança Ana Unger estão Débora Cardoso, Daniele Cardoso, Marven dos Anjos, Luan Oliveira, Jean Gama, Marcela Guimarães, além da participação de 700 alunas e 140 pessoas envolvidas na produção.
Segundo a diretora do espetáculo, a bailarina Ana Unger, a participação do bailarino André Teixeira foi uma aclamação do público e dos integrantes da montagem. 'Na verdade fizemos uma espécie de pesquisa entre as pessoas para ver quem deveria fazer o papel de Quebra-Nozes e o André foi escolhido quase que por unanimidade', revela.
André Teixeira começou sua carreira como bailarino aos 13 anos na cidade de Divinópolis, Minas Gerais. Em 2000, integrou a Companhia Sesiminas de Dança. Logo assumiu o posto de primeiro bailarino, onde permaneceu até 2005. Neste mesmo ano, foi finalista do New York Internacional Ballet Competition. Na ocasião, foi convidado para fazer parte da Company North Caroline of Dance Theater, dos Estados Unidos, onde permaneceu até o ano passado, antes de ser convidado para fazer parte da New Jersey Ballet Company. 'Recebi uma proposta da New Jersey e resolvi aceitar, porque é bem diferente do que estava fazendo. Na Company North Caroline, dançava muito bailanchin e contemporânea. Agora, estou mais focado no balé de repertório, como Giselle e Quebra-Nozes, que me identifico bastante', contou.
Em seu repertório estão incluídos apresentações de grandes espetáculos como 'Dom Quixote', 'O Corsário', 'Paquita', 'Copélia', 'O lago dos Cisnes', 'Majíssimo', entre outros. O bailarino já participou por quatro vezes do Encontro Internacional de Dança do Pará (Eidap). Ano passado, fez parte do espetáculo 'A bela adormecida' e teve como parceira a bailarina Juliana Leonel, com a princesa Aurora. Este ano, participou da suíte do balé 'Raymonda', juntamente com a Companhia Brasileira de Danças Clássicas, de São Paulo. 'É sempre um prazer muito grande estar em Belém. As pessoas aqui são muito receptivas. Aqui me sinto em casa', ressaltou.

Um comércio imoral nas universidades

Por AVELINA CASTRO, do AMAZÔNIA:

Um estudante universitário de 20 anos de idade, de uma faculdade particular de Belém, pagou R$ 180,00 pela compra de um trabalho acadêmico, na última semana. A prática dele não se trata de um fato isolado, mas de uma constante nas instituições de ensino superior de Belém, que dispõem de uma espécie de 'mercado clandestino' de venda de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC’s), monografias e trabalhos acadêmicos de rotina. Os preços variam muito e chama a atenção, entre outras coisas, o fato de que professores ofertem o serviço. 'Estava sem tempo, com vários trabalhos para entregar e prazos apertados. Então, eu e os outros três integrantes do meu grupo soubemos que uma professora universitária, de outra instituição, fazia o serviço e a acionamos', disse o estudante, que conseguiu a média máxima pelo trabalho (5,0).
Uma estudante, de 19 anos, contou que já ofereceu um trabalho pesquisado por ela a um colega pelo valor de R$ 100,00. 'Meu colega achou caro porque na minha faculdade a média de preços de trabalho é de R$ 30,00 e, por isso, não aceitou fazer o negócio, mas eu venderia tranquilamente se ele tivesse aceitado o preço', disse a universitária, acrescentando que se tivesse 'fechado o negócio' teria feito outra pesquisa para ela. 'Tem muita gente lá na faculdade que faz esse tipo de serviço. Tem até professores que falam na sala de aula que se nós precisarmos é só falar com eles que eles fazem', acrescentou a aluna, que assim como todos os estudantes entrevistados pediram para ter a identidade preservada na reportagem. Nenhum deles fez qualquer denúncia do esquema porque de alguma forma já utilizaram o 'serviço' ou possuem amigos que fizeram uso.
Uma outra universitária conta que já cobrou R$ 20,00 de um colega para colocar o nome dele na equipe. 'Eu já tinha feito vários trabalhos sozinha, sem nenhuma participação dele. Aí da última vez eu disse a ele que se quisesse seu nome no trabalho teria que pagar e ele aceitou', disse a estudante. A jovem de 20 anos revela que não acha certo que o colega não estude e não participe das pesquisas, mas admite que não questionou a postura dele e nem tentou fazê-lo participar do trabalho. 'Nós marcávamos encontros para reunir a equipe e ele nunca ia. Essa foi uma forma de ele colaborar pelo menos com alguns custos operacionais do trabalho', complementou a aluna.
Nos classificados dos jornais locais é possível ver vários anúncios, ofertando a produção de TCCs, monografias, pré-projetos e artigos dentro do padrão exigido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os preços variam entre R$ 500,00 e R$ 700,00.
O advogado criminalista Paulo Barradas esclarece, no entanto, que quem faz o trabalho e vende não está cometendo um crime autônomo, mas está participando do crime de quem compra e apresenta o trabalho como sendo de sua autoria. 'O aluno que usa esse serviço e engana a instituição está incorrendo no crime de estelionato porque está usando da fraude para obter vantagem ilícita', disse o advogado.

TCC não pode surgir 'como mágica', alerta supervisora da unama

No AMAZÔNIA:

A supervisora de projetos experimentais da Unama, Ivana Oliveira, revela que utiliza ferramentas para barrar o plágio e fraudes na elaboração de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs). Ela conta que possui um software de busca que ao jogar frases usadas nos trabalhos localiza outros trabalhos com a mesma escrita, só que feitos por outras pessoas. 'Além disso, desenvolvemos uma metodologia na qual o aluno tem encontros semanais com os orientadores e vai apresentando seu trabalho aos poucos. Cada etapa vai sendo discutida e avaliada à medida que vai sendo concluído. Essa é uma forma de barrar a possibilidade de plágio ou fraude', disse.
Ivana destaca também que os estudantes assinam um termo de responsabilidade quando entregam o trabalho, assegurando que o TCC é de autoria deles. 'Já aconteceu do aluno confessar, no momento da assinatura, que não fez o trabalho de forma correta ou que plagiou', disse a supervisora. Porém, Ivana destaca que em todas as vezes a detecção do plágio ocorreu antes dos trabalhos serem levados à banca examinadora. E em todos eles, Ivana conversou com os alunos e os fez estudar e refazer os trabalhos de forma correta. 'A internet nos obrigou a questionar os direitos autorais porque os alunos estão ligados direto na internet e lá eles têm acesso a todo tipo de informação. Ficamos sabendo da existência de denúncias de plágios e fraudes até em teses de Mestrado', disse.
Para a supervisora e professora do curso de Jornalismo da Unama a melhor forma de combater essa prática é o professor acompanhar e controlar bem o desenvolvimento dos TCCs, passo a passo. 'O aluno não pode sumir e depois aparecer no final do semestre com o TCC pronto, como uma espécie de mágica', disse Ivana, que acompanha e supervisiona cerca de 35 TCCs por semestre. 'Eu lembro de uma vez em que fui convidada por outra instituição para compor a banca examinadora de TCC e detectei num deles 28 trechos de plágio. Informei o problema para a instituição para que eles tomassem as providências cabíveis', lembrou.

Leão volta aos gramados

No AMAZÔNIA:

Depois de quase dois meses o Clube do Remo volta a campo hoje para mais um amistoso nessa fase sem jogos oficiais. Às 15 horas o Leão Azul joga em Breves contra a seleção local. Será o 15º amistoso do time azulino, que venceu sete e empatou sete vezes. O longo intervalo desde o dia sete de outubro no empate em 2 a 2 com o Gavião Kyikatejê faz com que a partida de logo mais ganhe ares de recomeço. De lá para cá time, comissão técnica e diretoria sofreram uma saraivada de críticas por conta do empate. O resultado disso foi a contratação de seis jogadores, quatro dos quais começam como titulares logo mais.
O goleiro Diego Amaral, os volantes Danilo Mendes e Fabrício Carvalho e o meia-atacante Samir serão as caras novas na equipe remista contra Breves. O também volante Rennan começa no banco de reservas e o lateral-esquerdo Paulinho só deve assinar contrato amanhã. A equipe deve começar com Diego Amaral no gol; Levy, Raul, Pedro Paulo e Edinaldo na defesa; Marlon, Danilo Mendes, Fabrício Carvalho e Samir no meio-de-campo; Alessandro e Héliton no ataque.

Luiz Omar quer peitar a CBF

No AMAZÔNIA:

Acostumado a tomar decisões repentinas e a falar o que bem entende, sendo muitas vezes forçado a retificar alguns de seus posicionamentos, o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, está prestes a se meter em mais uma grande polêmica. Isso porque o dirigente pretende iniciar em breve uma briga com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) caso a organização responsável pelo esporte no país mantenha a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol em 2010.
A comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em estádios de futebol no Brasil estão proibidas desde abril de 2008, por uma decisão da CBF, que assinou um protocolo de intenções com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União.
'Essa proibição (de venda de bebidas alcoólicas) é uma norma criada pela CBF, mas não tem força de lei. Por isso, o Paysandu, o Remo e outras equipes vão tentar rever essa determinação aqui no Pará. Ao contrário das questões que envolvem a estrutura dos estádios, que estão no Estatuto do Torcedores e que agora fazem parte da lei, essa ‘lei seca’ não é uma lei do governo brasileiro', argumenta Luiz Omar.
Segundo o mandatário bicolor, a medida tem causado diversos prejuízos ao clube, tanto em termos de presença de torcedores nas arquibancadas quanto nas fontes secundárias de renda durante as partidas realizadas na Curuzu.
O dirigente aponta que a suspensão da venda de bebidas alcoólicas tem proporcionado evasão de renda, pois diminui consideravelmente o número de torcedores nos estádios. O prejuízo para o Paysandu é ainda maior, uma vez que o clube tem participação na venda das bebidas nos dias dos jogos em seu estádio particular.
'Todos notaram uma grande queda no número de torcedores nos estádios paraenses durante este ano. E não foi só a transmissão de alguns jogos pela TV que afastou o público. Muita gente deixou de ir aos jogos porque não podia beber sua cerveja, como sempre fez a vida toda', avalia Luiz Omar, que também contesta o fato da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, ter como um de seus principais patrocinadores uma cervejaria de nível mundial. 'Se a Fifa, que é a entidade que comanda o futebol internacional, tem uma cervejaria patrocinando a Copa do Mundo, acho que é uma contradição muito grande a CBF proibir a venda de cerveja nos estádios.'
Nos próximos dias, o Paysandu vai pedir um posicionamento oficial da Federação Paraense de Futebol (FPF) em relação à solicitação. De acordo com Luiz Omar, uma consulta também será encaminhada à CBF. Caso a resposta seja negativa, o Paysandu se prepara para o caso de ser necessário ingressar na Justiça para garantir o direito da comercialização de bebidas alcoólicas no interior dos estádios paraenses.
O que Luiz Omar e outros dirigentes do futebol regional talvez não estejam considerando é que, caso insistão nessa questão, também estarão comprando uma briga com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União. Foi dessa entidade que partiu a ideia de vetar as bebidas alcoólicas nas praças esportivas como uma maneira de diminuir a violência nos estádios brasileiros.

Deputados usam verba da Câmara em "festa de Natal"

Na FOLHA DE S.PAULO:

O deputado gaúcho Paulo Roberto Pereira (PTB) passou o Natal de 2008 em um dos principais pontos turísticos do Centro-Oeste, a cidade histórica de Pirenópolis (GO). Escolheu um pacote de quatro dias -23 a 26 de dezembro- na Pousada Cavaleiro dos Pirineus, que anuncia chalés de alto padrão, heliponto, spa, trilha ecológica, ceia natalina e café da manhã com 40 itens.
A conta ficou em R$ 2.320, relativa ao aluguel de dois apartamentos, mas esse dinheiro desfalcou por pouco tempo o bolso do deputado. Sob o argumento de que o gasto foi relacionado à atividade parlamentar, ele foi ressarcido integralmente pela Câmara.
A história é aferível nos documentos secretos obtidos pela Folha por via judicial sobre o uso pelos deputados em 2008 da chamada verba indenizatória, adicional que lhes destina R$ 15 mil ao mês para auxiliá-los nas tarefas legislativas.
Além do pacote natalino de Paulo Roberto, o dinheiro público serviu para bancar despesas irregulares em festas, restaurantes, confraternizações de fim de ano e gastos em lojas especializadas em vinhos, cestas de Natal e chocolates.
O deputado Takayama (PSC-PR) realizou no seu Estado uma festa de fim de ano que teve a organização da Porcheta Calda Buffet & Eventos. A conta, de R$ 1.400, também foi parar na Câmara. Procurado pela Folha, o deputado afirmou que desconhecia o fato de que a nota havia sido apresentada e que irá devolver o dinheiro.
Quem também usou a verba para confraternização de fim de ano foi José Mentor (PT-SP), que cobrou da Câmara nota de R$ 1.100 de uma churrascaria de São Paulo, onde disse ter se reunido com assessores e colaboradores. "Eu acho que o gasto era compatível [com a atividade parlamentar] porque é o pessoal que trabalhou com você no ano inteiro", disse.
Além do desvio de finalidade, as regras da verba indenizatória em vigor eram claras em proibir o reembolso de gastos de terceiros. Segundo o artigo 4º da portaria que regulamentou o uso da verba, de 2003, a Câmara só poderia custear a "alimentação do parlamentar". A restrição, que continua em vigor, foi confirmada pelos órgãos técnicos da Câmara.
Mas o lote de documentos ao qual a Folha teve acesso mostra que a regra era letra morta na maioria dos casos, já que havia prática comum de o deputado bancar toda a conta dos restaurantes e depois cobrar reembolso da Câmara, não importando qual fosse o motivo do encontro ou quais pessoas dele participassem.
De acordo com técnicos da Câmara, isso ocorria porque as notas traziam, geralmente, apenas o nome do deputado e discriminações genéricas como "despesas" ou "refeição".
Augusto Farias (PTB-AL), por exemplo, cobrou R$ 842 de reembolso de conta do restaurante de comida peruana Wanchako, em Maceió, no dia 29 de dezembro, sete dias depois de o Congresso ter entrado oficialmente em recesso. "Se a Câmara pagou, eu não tenho que lhe dar satisfação", disse Farias.
João Carlos Bacelar (PR-BA) e Jofran Frejat (PR-DF) fizeram uso da verba na Scotch House, uma loja de Brasília especializada em vinhos, outras bebidas e cestas de Natal.
Bacelar obteve reembolso de R$ 5.500 por duas notas do dia 23 de dezembro. Ele afirma que a loja forneceu o bufê para uma confraternização com prefeitos eleitos de seu partido. Não informou o endereço da festa, limitando-se a dizer que foi em uma "casa privada". A loja diz não ter serviço de bufê: "Aqui é uma loja de bebidas, senhor", disse a atendente.
Frejat apresentou à Câmara nota de R$ 144 da Scotch House, com data de 26 de dezembro. Também foi reembolsado por gastos de R$ 600 na Casa de Biscoitos Mineiros, de doces e salgados, em 27 de dezembro.
Já o gabinete de Valdir Colatto (PMDB-SC) cobrou da Câmara reembolso de R$ 1.200 em dezembro por despesas na loja de chocolates Cacau Show.
O deputado Pedro Novais (PMDB), do Maranhão, apresentou notas de gastos no Rio entre os dias 24 e 30 de dezembro em estabelecimentos como Joana e Quitéria Delicatessen (R$ 52), Restaurante Gero (R$ 655) e Wine Ipanema (R$ 236).
Em reportagens publicadas nos últimos dias, a Folha já mostrou que o uso da verba indenizatória pelos deputados em 2008 envolveu empresas com endereços fantasmas e teve destinação eleitoral e para empresas dos próprios parlamentares ou de seus familiares.

sábado, 28 de novembro de 2009

ABBA - Thank You for the Music

Um olhar pela lente


Sabem daquela história, daquele hábito do cara – ou da cara, como queiram – que vai adiando o conserto de qualquer coisa e acaba tendo que improvisar?
Pois é.
Vejam as fotos acima.
São engraçadíssimas.
Foram mandadas por leitora do blog que está em Belo Horizonte.
Ela sabe bem o que é isso.
Quebrou, tem que mandar logo consertar.
Se é um duplo interruptor, por exemplo, é um deles dá defeito, convém não deixar o defeituoso de lado e ficar usando apenas o que está bom, que vai acabar pifando também.
Recomenda-se mandar corrigir logo o defeito.
Para que não sejam necessárias improvisações.

AFBEPA pede reunião com secretário de Segurança

A AFBEPA (Associação dos Funcionários do Banpará) enviou na tarde de ontem, ao secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo, ofício solicitando a convocação de uma reunião com urgência para tratar da insegurança bancária que ameaça bancários, clientes e o patrimônio do Banpará, especialmente nos dias de pagamento dos salários do funcionalismo estadual.
“Não podemos mais continuar vivendo sob o terror cotidiano da ameaça de assaltos. Precisamos de proteção e prevenção, de segurança não só para nós, bancários, mas para nossos familiares que estão sob risco constante de seqüestros, para os clientes e para o patrimônio do banco”, diz no ofício a presidente a Associação, Kátia Furtado.
Abaixo, a íntegra do expediente.

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Ofício nº 395/2009
Belém (PA), 27 de novembro de 2009.

Exmo. Sr. Secretário,

A violência é um fenômeno revelador da crescente miséria social e causa profundas e terríveis deformações no conjunto das relações sociais. Rapidamente as cidades vêm se transformando em um cenário de guerra urbana onde todos somos perdedores.
Neste contexto, os bancários e bancárias, que, por dever de ofício trabalham com altos valores, muitas vezes transportando grandes somas em dinheiro sem a devida segurança, são alvos fáceis das quadrilhas de assaltantes. Se é assim na região metropolitana, onde a presença da segurança pública é maior, pior é o quadro no interior do estado.
A AFBEPA, infelizmente, não pode deixar de afirmar que ser bancário é profissão de risco. E não apenas os bancários, mas também seus familiares estão sob foco de assaltantes que esquadrinham a rotina de toda a família do bancário ou bancária para realizar ações planejadas como os seqüestros relâmpagos, por exemplo.
Recentemente, várias agências e postos de atendimento do Banpará como: PAB Anapu, PAB PM, Ag. D. Eliseu, Ag. Concórdia, PAB Primavera, Ag. Viseu, PAB ALEPA e Ag. Maracanã sofreram violentos assaltos, que deixaram um saldo desumano com bancários e familiares feridos, reféns e até um pai de estagiário morto, dessas violências perpetradas por meliantes, nascem seqüelas profundas que custam a cicatrizar e em alguns casos jamais cicatrizam.
Não por acaso os assaltos, cercados de brutal violência, ocorrem no período de pagamento dos salários dos funcionários públicos. Fica evidente que as quadrilhas agem de forma planejada. Em Maracanã, ainda hoje pela manhã, os assaltantes usavam uma viatura da polícia.
Internamente, o setor de segurança do Banpará, tem feito um excelente trabalho articulado com os setores de inteligência da segurança pública estadual, da polícia federal, da polícia rodoviária federal e dos bancos públicos e privados, mas precisa de maior apoio e investimento financeiro do banco para efetivar os projetos voltados à defesa da segurança, da vida e do patrimônio.
Não podemos mais continuar vivendo sob o terror cotidiano da ameaça de assaltos. Precisamos de proteção e prevenção, de segurança não só para nós, bancários, mas para nossos familiares que estão sob risco constante de seqüestros, para os clientes e para o patrimônio do banco.
Através deste ofício, Senhor Secretário, solicitamos, em caráter de urgência, que seja realizada uma reunião convocada por essa Secretaria de Segurança Pública para debater alternativas de caráter emergencial, e a longo prazo, para que se trace alternativas que ajudem a resolver os impasses referentes à in-segurança bancária.
Dentre as alternativas, nos parece que um caminho seria a colocação de mais efetivos de segurança pública a proteger a sociedade, dia e noite, no entorno das agências e PABs do Banpará quando em período de pagamento dos funcionários públicos, principalmente agora, onde o Banpará está a pagar os salários e 13º salário desse funcionalismo.
Solicitamos ainda que para esta reunião sejam convidados, além desta AFBEPA, a direção e o setor de segurança do Banpará, o Sindicato dos Bancários, a Comissão de Direitos Humanos da OAB, a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, a SPDDH e demais entidades que lhe pareçam identificadas com o tema.
Agradecemos a atenção dispensada e aguardamos breve e positivo retorno.

Atenciosamente,
Kátia Furtado
Presidenta AFBEPA

Charge - Amorim


Que brincadeira, hein, doutor Belluzzo?

Esse Belluzzo, o Luiz Gonzaga Belluzzo (na foto), presidente do Palmeiras, ainda vai acabar se complicando e, mais do que isso, complicando o Palmeiras.
Belluzzo, vocês sabem, é aquele que prometeu sair no braço com o juiz Carlos Eugênio Simon, a quem ofendeu de tal forma que o ofendido já entrou com uma interpelação judicial para possivelmente processa-lo por crime contra a honra.
Pois Belluzzo está de volta.
E o que faz?
Ele aparece num vídeo que está no YouTube, gritando palavras irônicas e agressivas em referência ao São Paulo.
Foi numa festa em 17 de outubro.
Belluzzo sobe ao palco e grita pelo menos duas vezes “Vamos matar os bambi (sic)! Eles já morreram hoje”, supostamente com o sentido de eliminar o São Paulo da disputa pelo título do Campeonato Brasileiro.
Agora,ele diz que tudo não passou de uma brincadeira!
Mas que brincadeira, hein?