segunda-feira, 31 de março de 2008
Moderação durante a noite
É preciso olhar com cuidado e ponderar bem sobre as manifestações de muitores leitores. O tom tem subido demais. E em certas ocasiões aquilo que é uma réplica ou até uma tréplica pode sobressair como acerto de contas político. E o blog, inclusive nas suas caixinhas, não pode ser o local apropriado para um tipo de linguagem que vai resvalando para o chulo e nem tampouco pode abrigar acusações e ofensas que extrapolam qualquer alcance de tolerância.
Toda essa avaliação o poster precisa fazer hoje à noite, com mais calma.
O Espaço Aberto espera a compreensão dos leitores.
Mãe, capitã, madrinha e agora "presidente". Por enquanto.
A mãe do PAC, capitã do time e madrinha de dossiê é agora "presidente". "Presidente Dilma".
Façam suas apostas: amanhã, ela será o quê?
O melhor do BBB são as revelações depois do BBB
A ex-BBB Juliana Góes, 22, afirmou que a edição do reality show do qual participou contribuiu para dar a imagem de um romance entre ela e o vencedor da oitava edição do "Big Brother Brasil", Rafinha Ribeiro em entrevista à revista "VIP". Juliana estampa a capa da publicação do mês de abril.
"São vinte e quatro horas que eles editam em 20 minutos. Aparecia muito mais os momentos em que a gente surgia se abraçando, e não conversando como amigos. Não rolava malícia, maldade. Ele vivia dizendo que eu era a irmãzinha dele", afirmou a patinadora.
Ela também comentou sobre as festas do programas como uma forma de incitar ações no confinamento. "Você fica longe da família e dos amigos, é complicado. As festas estão lá pra gente não ficar doido... as brigas aconteciam depois das festas. É um tempero para o programa", disse Juliana.
Ela comentou sobre a carência na casa e que namora o ex-participante Alexandre. "Ele saiu um dia antes de nós completarmos uma semana. Todo mundo fica carente. Ou você se mata na academia para jogar energia fora ou se entope de chocolate (risos)", disse Juliana.
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Propaganda antecipada na internet pode gerar cassação
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, disse nesta segunda-feira (31) que os candidatos que usarem a internet para fazer propaganda antes de 6 de julho prazo previsto pela legislação eleitoral estão sujeitos à cassação do registro.
"Que se faça propaganda a partir de 6 de julho, mesmo assim com cuidado, pois o uso abusivo dos meios de comunicação e a internet é um meio de comunicação - pode implicar a cassação do registro e do próprio candidato", disse o ministro, ao chegar à sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), do qual também faz parte.
Marco Aurélio informou que o TSE baixou uma resolução limitando esse tipo de propaganda à página do candidato, que deve ser registrada na Justiça Eleitoral. As sanções para quem desrespeitar a legislação, segundo ele, são o pagamento de multa e a retirada da propaganda. Mas o ministro lembrou que, segundo a Lei Complementar 64/90, o candidato pode ter o registro cassado se ficar comprovado que houve abuso do uso de meios de comunicação.
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Resoluções do PSOL farão aumentar pressões sobre Edmilson
As resoluções aprovadas pelo PSOL
Vejam aqui o que diz um trecho do texto aprovado: "O PSOL deve ter como política lançar candidaturas próprias com nosso programa em todas as cidades, discutindo as exceções na direção nacional."
Tem mais. Vejam aqui um dos critérios definidores para a formação de alianças: "Avançar na consolidação da oposição de esquerda e programática ao governo Lula, demarcando também com a 'oposição' da velha direita, o que significa também oposição aos governos estaduais que encarnam este projeto. Assim, o PSOL não faz alianças com PSDB, DEM, PMDB, PT e os partidos mensaleiros."
Tradução: o PSOL deve concorrer em Belém com candidato próprio e até agora Edmilson é o único à vista em condições de vencer e não cogita, por mais remotamente que seja, de fazer aliança inclusive com o PT, matriz de vários de seus quadros, de vários integrantes do partido da ex-senadora Heloísa Helena, que no Pará tem José Nery como representante no Senado.
Trocadinho não
Aí embaixo, onde se lê trocadinho, leia-se trocadilho.
Trocadinho foi o que a Clap não deu aos que compraram cerveja e voltaram a seco para casa. Ou foram em direção a outros bares, para molhar a garganta.
Quiosques quebrados no Hangar após show de Lulu Santos
O tempo fechou - e fechou feio - na madrugada de sábado para domingo, no Hangar Centro de Convenções. Foi ao final do show de Lulu Santos, organizado pela Clap Produções.
Apenas três caixas vendiam fichas para a compra de cerveja e refrigerante. Em conseqüência, filas imensas se formaram. Por causa disso, os mais precavidos que eram muitos - compravam vários tíquetes de cerveja antecipadamente, para não precisarem enfrentar novamente a fila.
O show de Lulu Santos, que começou pouco depois da zero hora, terminou por volta de 1h50min. Os que já tinham tíquetes em mãos começaram então a procurar por cerveja. Mas ficaram a ver navios ou melhor, a ver cerveja, que àquela altura já tinha acabado.
O pior é que não aparecia ninguém da Clap Produções ninguém para oferecer uma explicação aos inconformados e, o que é mais importante, para devolver o dinheiro. Resultado: dezenas de pessoas, revoltadas, começaram a quebrar os quiosques e a levar os refrigerantes e a água mineral que estavam dentro dos freezers, ainda bem frios, bem geladinhos.
A Clap, com o perdão do trocadinho, entrou numa fria.
Almir ainda na UTI do Hospital do Coração
Patrões e empregados de supermercados não fazem acordo
O juiz titular da 10ª Vara do Trabalho de Belém, Carlos Zahlouth Júnior, publicará na sexta-feira (04), a sentença que prolatou na ação civil pública movida pelo Sindicato dos Trabalhadores de Supermercados contra o Sindicato das Empresas do Comércio de Supermercados e Auto-Serviços do Estado do Pará.
A data da publicação foi decidida nesta segunda-feira, durante audiência que julgou a ação. Esta foi a primeira vez que as partes se encontraram com o juiz numa audiência para tentar entrar em um acordo.
Elas recusaram, no entanto, as duas propostas de conciliação apresentadas pelo magistrado. Ficará, então, a cargo do juiz deferir ou não a ação civil pública que pede a proibição do expediente nos supermercados nos domingos e feriados, enquanto não existir um acordo coletivo entre os sindicatos. Após a decisão do juiz, as partes terão um prazo de oito dias para entrar com recurso.
Estavam presentes ao julgamento o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Supermercados, Antônio Caetano de Souza Filho, com seus advogados; o presidente do sindicato patronal, Fernando Fontes de Brito, com seu advogado; os advogados dos supermercados Líder, Nazaré e Formosa; além da procuradora do trabalho, Rita Moita Pinto da Costa, representando o Ministério Público do Trabalho.
Almir já está fora da UTI, mas permanecerá hospitalizado
O ex-governador Almir Gabriel já está fora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração, em São Paulo, para onde foi levado depois de apresentar um quadro de alta de pressão e insuficiência respiratória (veja post aí por baixo).
Ele já se encontra num apartamento e a partir de agora será submetido a uma bateria de exames complementares. Mas já existem duas certezas: uma, a de que Almir não sofreu infarto ou outro problema cardíaco qualquer; a outra: o quadro de insuficiência respiratória foi decorrente da alta súbita de pressão. Mas o que motivou a alta de pressão será definido apenas pela bateria de exames a que o ex-governador ainda deverá se submeter.
O blog conversou há pouco com um dos mais íntimos amigos do ex-governador. Ele confirmou que Almir fuma, contadas, cinco carteiras de cigarros por dia. "E faz isso há décadas", complementa o amigo do ex-governador.
Além da idade avançada, 76 anos, do fato de ser fumante inveterado há décadas e de levar uma vida sedentária, há um fato a se considerar no estado geral do ex-governador tucano.
"O dr. Almir é um estressado. Ele dissimula o estresse, mas é estressado. Você imagina um homem que passou quatro décadas na vida pública e se vê, de uma hora para outra, na contingência de arrancar-se de suas raízes, longe dos amigos e da política. Imagine um homem que sempre teve uma vida ativa e agora vê-se na condição de um exilado político, o que de fato ele é. Tudo isso fere a alma", diz o amigo do ex-governador.
“Se a governadora tivesse um filho dedicado à sociedade...”
Li seus posts posteriores ao meu comentário e depois de um almoço de domingo em família, resolvi vir aqui fazer novo protesto...
Meu amado filho, bem como os filhos de muitas mães foi designado para ir para uma operação ainda esta semana, vão substituir outros filhos de outras mães que já estão viajando há muitos dias, aliás viajaram antes da semana santa, detalhe, até hoje não receberam diárias.
O que meu filho me contou é simplesmente abominável e neste momento tento externar minha revolta como mãe, mas palavras são poucas para retratar tudo o que eles têm passado.
É bom que se ressalte que a situação de caos em que se encontra a PM está intimamente ligada com o aumento desordenado da violência no Pará, de tantos pais chorando pela perda de seus filhos, como hoje tenho medo de chorar pelo meu.
Meu filho hoje me disse que os policiais que estão retornando esta semana foram salvos pelo "gongo", pois receberam seus salários na sexta e assim vão conseguir pagar suas respectivas dívidas com alimentação e alojamento, pois não ficaram alojados no quartel e bancaram todas as suas despesas para garantir a segurança no Município até agora, sem qualquer resposta do Governo ou do Comando Geral sobre o assunto, e aí podemos usar a máxima: "Quem cala, consente", que serve tanto para a o Comando da PM quanto para seus comandados, os motivos são bem diferentes, porém a atitude é a mesma, o silêncio.
Porém eu, mãe que criou um filho com tanto carinho, investiu o pouco que pode em seus estudos, não deseja que ele passe pelo mesmo sofrimento que hoje outros filhos de outras mães estão passando.
Não posso me calar na iminência de meu filho viajar, se expor a todo o tipo de perigo e ainda ter que sacrificar financeiramente sua pequena família - mulher e filho. Aliás, meu neto está doente, com dengue para variar, estamos gastando o que não temos e a notícia de que meu filho foi designado caiu como uma bomba neste momento em nossa família, mas não posso fazer nada, não posso recolocá-lo em meu ventre e protegê-lo dessa exploração diária, como tanto desejo. Só me resta rezar muito e ter muita fé em Deus, pois o caos na Segurança Pública reflete diretamente em minha casa, em minha família... O amor que tenho pelo meu filho não admite estes riscos desmedidos, com armas enguiçadas, exigência de dinheiro no bolso para bancar operações desastradas, sem garantia de saúde, sem alimentação...
Enfim, cada vez que falo sobre isso, ainda que anonimamente, para não prejudicar meu filho, me sinto aliviada, pois sei que alguém vai ler e entender meu sofrimento.
Talvez a Governadora se tivesse um filho dedicado à sociedade, veria com outros olhos e com maior sensibilidade os integrantes da PM. Não cuidaria apenas de sua segurança pessoal, feita por eles.
Não tenho esperança de melhora, acredito que as denúncias ao Promotor de Justiça serão esquecidas, se é que já não foram, a nós mães resta a angústia, o choro contido, a tragédia já anunciada...
Só posso dizer uma coisa, se algo de mal acontecer com meu filho em função de todas estas mazelas impostas a ele, não ficará assim, pois ninguém tem o direito de humilhar um filho de uma mãe que o criou com tanto amor.
Obrigada pelo espaço e desculpe o desabafo meio desordenado de um coração que hoje é só revolta e dor!
Para eles, tudo de primeira. Para nós, o refugo.
Leitor do blog, que não larga sua digital nem quando sai nos seus passeios de final de semana pela orla da Pérola do Tapajós, não resistiu ao clic quando viu esse carregamento de madeira que aparece aí em cima, prontíssimo para ser enviado ao a países de Primeiro Mundo. “É madeira de primeiríssima qualidade. Fica aqui [em Santarém], para consumo interno, apenas o refugo”, diz o leitor.
Deputado diz que MP facilita o trabalho escravo
A MP permite que o produtor rural pessoa física contrate mão-de-obra por até dois meses dentro do período de um ano. Também dispensa a contratação com carteira de trabalho e a inclusão do nome do trabalhador temporário no livro ou ficha de Registro de Empregados. A MP exige apenas que o produtor rural assine um contrato de trabalho com o empregado temporário, para servir de comprovação nos órgãos de fiscalização trabalhista.
O deputado considera que a medida provisória poderá contribuir para o aumento dos casos de trabalho escravo no país, agravando ainda mais as péssimas condições que imperam no interior do Brasil. “O governo Lula cede à pressão da bancada ruralista, que através de um forte lobby impõe ao governo um retrocesso em suas ações de combate ao trabalho escravo”, garante o deputado.
Ex-prefeito de Moju é processado pela quinta vez
Na ação é citado o relatório da Controladoria Geral da União (CGU) sobre a aplicação de recursos encaminhados ao município pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Os recursos foram repassados diretamente à prefeitura, em um total de R$ 1.421.632,00 nos exercícios de 2000 a 2002 e de R$ 500.760,00 em 2003. As irregularidades catalogadas pela CGU indicam má administração das verbas e fracionamento e simulação de licitações para aquisição dos alimentos.
Além de ter comprovado que a prefeitura escolhia modalidades erradas para as licitações, a CGU descobriu a ausência de pareceres jurídicos nos procedimentos licitatórios, dispensas ou inexigibilidades. Segundo a ação, os registros em atas, relatórios e deliberações da comissão julgadora dos certames eram omissos, confusos e insuficientes.
Outra irregularidade apontada pelo MPF com base na fiscalização da CGU foi o descaso com que os alimentos eram estocados. O depósito está localizado em área da garagem e detrás dele ficam empilhados pedaços de latarias de carros e lixo de diversas origens, fazendo com que haja facilidade de proliferação de ratos, baratas, etc, informa o relatório citado na ação.
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PM do Pará só perde em remuneração para mais duas
Engraçado, em vez de pagar esse valor para quem não tem qualificação, porque ela [a governadora Ana Júlia Carepa] não paga para os soldados que ganham apenas R$850,00 reais?
Acho que essa PM maluca deve ser composta pela família e pelos amigos dela, só pode ser... Para ela tudo, para a segurança pública e a Polícia Militar, leia-se os linha de frente, os que pagam para trabalhar, os que arriscam sua vida, os que vão para a rua e se expõe a todo o tipo de perigo em detrimentos de uns poucos que continuam nos gabinetes e ganham muito por isso...
A governadora não ia exonerar os policiais de gabinete para acabar com esse tipo e das e aumentar, ENFIM, o salário da polícia tão mal remunerada?
A polícia daqui só perde em remuneração para a polícia do RJ e de Alagoas, eles já estão se revoltando, o filme Tropa de Elite bem retrata o cotidiano dos caras que vão para a guerra para salvar vidas, sou policial militar e posso falar isso.
Almir Gabriel está numa UTI em São Paulo
Ele sentiu-se mal ontem à noite, em Bertioga (SP), e foi logo transferido para a capital paulista, não se sabe ainda se por medida de precaução ou porque seu estado de saúde realmente o exige.
ATUALIZAÇÃO ÀS 09H34:
Almir, 76 anos de idade, não está no Incor, mas no Hospital do Coração. Sentiu-se mal por volta das 22h de ontem. Apresentava dificuldades para respirar e a pressão estava muito alta. Uma de suas filhas o levou para os primeiros socorros médicos ainda em Bertioga. Diante do quadro que se esboçava, da idade do ex-governador e de sua condição de fumante, recomendou-se que fosse levado logo para a Capital. Socorro Gabriel, sua mulher, encontrava-se em Brasília quando o marido se sentiu mal, mas ficou de se deslocar hoje de manhã para São Paulo.
ATUALIZAÇÃO ÀS 11H58:
O Hospital do Coração ficou de divulgar ainda hoje um boletim médico sobre o quadro de saúde do ex-governador Almir Gabriel. Pelos sintomas que ele apresentou, e que o levaram a ser internado, dificilmente terá sido infarto, segundo fonte ouvida há pouco pelo blog. É mais provável que o problema tenha decorrido de deficiência respiratória, cujo motivo ainda não se sabe. Almir, como é do conhecimento geral, é fumante inveterado. E fuma há décadas. Sempre resistiu em deixar o cigarro. Aos amigos e familiares, alega sempre o que hábito nunca lhe fez mal.
PMDB aguarda em silêncio que o PT obedeça a Lula
E não é qualquer silêncio. É daquele silêncio tipo obsequioso, como aquele que a Santa Sé impõe a religiosos que, no seu entendimento, excedem-se na divulgação de opiniões pessoais sobre questões doutrinárias, seja através de declarações ou da publicação de livros e artigos.
Os peemedebistas estão em silêncio porque ainda avaliam quais serão as repercussões internas, no âmbito do PT do Pará, aos apelos do presidente, que, segundo as últimas versões, tem usado de veemência crescente para lembrar aos petistas que, politicamente, ainda não se desobrigaram junto ao PMDB do deputado federal Jader Barbalho.
A última manifestação de Lula foi na semana passada, quando o presidente, ao receber em seu gabinete a governadora Ana Júlia, que lá teria ido pedir-lhe apoio à pré-candidatura da deputada estadual Regina Barata, teria ouvido “consternada” o presidente lembrar-lhe das dívidas remanescentes do petistas para com o PMDB. É o que conta o Informe JB de ontem, que abre a coluna com um comentário a que deu o título de Lula chuta Carepa para escanteio.
No caso, entretanto, o silêncio obsequioso que os peemedebistas guardam nada tem a ver com questões doutrinárias, opiniões pessoais ou coisas do gênero. O que está em jogo são mais ou menos as seguintes questões:
1 - o PT vai ou não se insurgir contra a orientação do presidente Lula, de quem os peemedebistas cobram a dívida por terem aderido à candidatura de Ana Júlia Carepa em 2006, quando Priante a apoiou na disputa que ela travou com o tucano Almir Gabriel para o governo do Estado?
2 – Hoje, final de março, quem está resistindo a esse apoio: a governadora Ana Júlia ou segmentos do PT?
3 – E se o PT não fechar com Priante, ele fará o quê?
O blog manteve contato, ontem à noite, com peemedebista muito próximo à direção do partido e fez-lhe exatamente essas três indagações básicas. E o que ouviu dessa fonte - ela mesma não obrigada, mas contaminada pelo silêncio que os cardeais do partido se auto-impuseram -, oferece alguma pista sobre os próximos passos da costura entre PMDB e PT para as eleições municipais de outubro em Belém.
Priante será mesmo candidato
A fonte peemedebista começou logo pela resposta à última indagação: “O Priante não abre mão de sua candidatura a prefeito de Belém. Ele vai disputar. Tem certeza de que sabe que Ana Júlia e os segmentos majoritários do PT estão conscientes de que a derrota de um será a derrota de todos, e a vitória também. A alternativa que restará a Priante se ele não tiver o apoio do PT será iniciar uma cruzada no interior, apoiando os candidatos do PMDB a prefeituras para fortalecer o partido para o pleito de 2010”, explicou ao blog o peemedebista.
Priante, segundo diz a fonte, já deixou claro ao PT que Ana Júlia deve levar em conta que as eleições de outubro não se esgotam nos limites da Região Metropolitana de Belém. Ao contrário, serão uma prévia para 2010, quando ela estará certamente disputando a reeleição para o governo do Estado.
Quanto à primeira questão, se o PT vai insurgir-se contra os apelos de Lula, o peemedebista próximo à direção partidária diz estar convicto de que, no momento, a resistência maior ao apoio petista à almejada candidatura de Priante se concentraria na deputada estadual Regina Barata. E aqui se responde também à segunda questão proposta ao peemedebista com quem o blog conversou.
Menciona a fonte, por exemplo, que outras tendências do partido, como as que são integradas por lideranças do partido, como o deputado federal Paulo Rocha e o secretário de Transportes, Waldir Ganzer, manifestam simpatia à idéia de cumprir o acordo nascido em 2006 e que implicaria a adesão do PT à candidatura de Priante a prefeito de Belém.
Duciomar é carta fora do baralho
O peemedebista tendente ao silêncio obsequioso não quis nem ouvir a possibilidade de uma aliança que envolvesse o prefeito Duciomar Costa: “Ele já demonstrou que não cumpre acordos. O destino dele será disputar a reeleição tendo como vice alguém do PSDB. Conosco, do PMDB, não existe a menor possibilidade de fechar uma aliança com o Duciomar”, garantiu o peemedebista.
E o DEM? - indagou o blog. O peemedebista respondeu em cima da bucha: “Deve concorrer isolado. Deve concorrer sozinho. Talvez se alie ao PSDB, mas o papel do [ex-governador Simão] Jatene, no momento, é juntar os cacos do que sobrou do PSDB para trabalhar em favor do fortalecimento da candidatura do Serra. É a saída que o partido tem para tentar reafirmar-se no Estado”, especulou o peemedebista.
E o PSOL, qual o peso na balança? – voltou o blog. O ex-prefeito Edmilson Rodrigues, segundo o peemedebista, dificilmente sairá candidato, até porque já está com sua vida pessoalmente bem resolvida em São Paulo (SP), onde se encontra desde que deixou o governo, em 2004. “No mais, a orientação partidária é de que o PSOL só se coligue com o PCB e com o PSTU, que terá o Atnágoras como candidato a prefeito”, lembrou o peemedebista.
Enquanto isso, o PMDB espera em silêncio. E espera, é claro, que o PT obedeça ao presidente Lula.
Grupos se engalfinham em torno da indicação de pro tempore
"A comunidade acadêmica da Uepa repele fortemente tentativas espúrias de intervenção e responsabiliza aqueles que premeditam o golpe por quaisquer graves acontecimentos extemporâneos que venham a ocorrer como resposta a medidas discricionárias."
Agora, dêem uma olhadinha aqui:
"Repudiamos todas as atitudes e iniciativas de opressão, medo, uso indevido do nome de pessoas, chantagens e assédio moral que ainda permanecem de modo velado e declarado, em vários de nossos espaços, na capital e no interior do Estado."
Quem escreveu?
O primeiro trecho é da lavra de grupo que se intitula "Movimento Ronaldo Vive" - homenagem a um servidor falecido no último Domingo de Páscoa - que se opõe à indicação de um pro tempore para a Uepa pela governadora Ana Júlia Carepa.
O segundo trecho tem como origem um grupo que se intitula "Movimento Autonomia, Ética e Transparência na Uepa", favorável à indicação de um pro tempore como a alternativa adequada para superar o impasse em que se encontra o processo de escolhe do reitor, paralisado desde janeiro deste ano por meio de liminar judicial.
A linguagem, vocês viram, é virulenta, cheia de ameaças veladas. É uma linguagem cifrada, mais perceptível, no seu sentido, no seu alcance e nos seus propósitos, por quem a utiliza. E quem a utiliza sabe que as palavras, quando mal colocadas, atiçam o fogo das paixões e podem levar a conseqüências imprevisíveis, eis que o clima de hostilidade, quando crescentemente incontrolável, desconhece limites.
E hostilidade entre os partidários das candidaturas dos professores Sílvio Gusmão, o primeiro colocado na eleição para reitor, e Bira Rodrigues, o segundo colocado, ou por outra, a hostilidade entre os partidários da nomeação de um pro tempore e dos que consideram tal providência um golpe avanço dos 40 para os 100 graus nas últimas 72 horas.
No último final de semana, o blog foi obrigado a recusar a publicação, nas caixinhas, de comentários os mais agressivos, ofensivos e desrespeitosos que os partidários de uma e outra candidaturas dirigiam-se uns aos outros.
E o clima pode ficar ainda mais pesado se a moderação não preponderar a partir das 10h desta segunda-feira, quando haverá no prédio da Reitoria da Universidade do Estado do Pará uma audiência pública "em favor da Autonomia da Uepa", segundo a convocação do "Movimento Ronaldo Vive".
Para vocês sentirem e avaliarem a quantas arde a fogueira das paixões na Uepa e sobre as razões de cada um, o blog publica as mensagens de cada grupo - a favor e contra Sílvio Gusmão, a favor e contra a indicação de um pro tempore. Confira aí embaixo:
"Movimento Ronaldo Vive"
A Universidade do Estado do Pará/Uepa vive um momento extremo na sua jovem história. A comunidade acadêmica foi surpreendida por uma declaração tendenciosa do Sr. Charles Alcântara (Chefe da Casa Civil do Governo do Estado), publicada no Jornal Diário do Pará, do último dia 27, que revela o interesse de promover um golpe na Uepa, com a nomeação de interventores para as funções de Reitor e Vice-Reitor.
Repudiamos publicamente tal intenção, que historicamente só ocorreu no regime de exceção, durante a ditadura militar.
Esclarece-se que a Uepa tem seus próprios instrumentos para resolver suas questões acadêmico-administrativas, amparadas legalmente em seus Regimento Geral e Estatuto.
O Conselho Universitário da Instituição (Consun) é que detém a prerrogativa em caso de vacância dos cargos de Reitor e Vice-Reitor, indicar dentre os seus pares os nomes para serem nomeados pela governadora.
Portanto, a comunidade acadêmica da Uepa repele fortemente tentativas espúrias de intervenção e, responsabiliza aqueles que premeditam o golpe, por quaisquer graves acontecimentos extemporâneos que venham a ocorrer como resposta a medidas discricionárias.
Por amor e respeito à Uepa e pela autonomia universitária:
Não à intervenção!
Não a gestores biônicos!
“Movimento Autonomia, Ética e Transparência na Uepa”
Nós, do Movimento Autonomia, Ética e Transparência Na Uepa, que representamos diretores de centros, coordenadores de cursos, chefes de departamentos, alunos e técnico-administrativos, preocupados com o futuro desta Universidade, vimos de público comunicar a comunidade em geral que estamos de pleno acordo com a prerrogativa legal da Excelentíssima Governadora do Estado do Pará Ana Júlia Carepa em indicar uma Reitora Pro Tempore para a Universidade do Estado do Pará.
Compreendemos que tal atitude não se trata de intervenção, uma vez que o fim de mandato do atual Reitor e impedimento judicial da governadora em nomear o futuro Reitor, não tem uma solução prevista norteada pelo Regimento da UEPA. Esta nomeação não fere de modo algum a autonomia universitária e a representatividade do Conselho Superior Universitário.
Reconhecemos que os interesses da Universidade são maiores do que qualquer outra situação e a Excelentíssima Governadora não pode se omitir e deixar a Uepa sem um gestor máximo interino, e por isso escolheu uma docente de carreira, da própria Uepa, de reconhecido valor acadêmico, para dar esta contribuição.
A Universidade precisa deste momento para organizar suas atividades de gestão com moralidade e ética, em curto espaço de tempo, garantindo aos seus alunos a qualidade na formação e aos seus professores e funcionários a tranqüilidade necessária ao desempenho de suas funções.
Repudiamos todas as atitudes e iniciativas de opressão, medo, uso indevido do nome de pessoas, chantagens e assédio moral, que ainda permanecem de modo velado e declarado, em vários de nossos espaços, na capital e no interior do Estado.
É preciso que toda a Sociedade Paraense esteja esclarecida sobre estes fatos, tendo o discernimento de não se deixar confundir pelas inverdades lançadas por interesses particulares; é necessário que cada cidadão deste estado lute por uma UEPA mais transparente e aberta a comunidade. Assim, todos compreenderão porque alguns de seus membros tentam se manter donos da Uepa, tumultuando os fatos para que não se compreenda os reais motivos da ganância de poder.
À sociedade cabem as perguntas: Por que qualquer um dos professores não pode saber o que se passa na gestão da Uepa? Por que os escolhidos têm que ser sempre os mesmos? Por que só pessoas do mesmo grupo se mantêm há tantos anos nos cargos? O que tem para se esconder na gestão da Uepa?
A Uepa pede uma chance. Queremos liberdade na Universidade do Estado do Pará. A excelentíssima governadora conta com o apoio da maioria na comunidade da Uepa. Estamos em contagem regressiva para as mudanças.
Conclamamos todos a unirem-se a esta causa maior que é a Universidade do Estado do Pará. Junte-se a nós!
BR-163 inteditada deixa Rurópolis isolada
Com o inverno amazônico, as chuvas são intensas provocando enchentes nos rios e a destruição das rodovias que ligam a região ao Mato Grosso e o Centro-oeste do país. Rodovia Transamazônica (BR-230) e Santarém Cuiabá (BR-163) e Transgarimpeira.
Em toda a extensão da rodovia BR-163 há mais de 100 pontos críticos que com as chuvas formam grandes atoleiros, impedindo o tráfego na rodovia. Na madrugada de sexta-feira (28) uma ponte caiu no trecho entre Santarém e Rurópolis deixando a cidade de Rurópolis isolada e a informação do 8º BEC é que "a rodovia será liberada" nesta segunda-feira.
As empresas de ônibus que fazem a linha desses municípios para Itaituba e Santarém decidiram suspender o transporte de passageiros até que cesse as chuvas e os locais considerados de risco sejam "arrumados".
Segundo um dos proprietários, "Além do preço abusivo para atravessar os atoleiros, os passageiros sofrem muito durante a viagem". "E quando não há trator para puxar os veículos a gente tem aguardar até que alguém venha nos socorrer e esse transtorno torna a viagem muito cansativa, tanto para os passageiros, quanto para os motoristas".
De acordo com o prefeito Ademar Baú, do município de Trairão, 50% da população do município está isolada devido às condições das estradas e vicinais.
Os deputados José Megale e Alexandre Von fizeram esta semana uma viagem ao longo de 180 quilômetros, onde foi possível ver filas com dezenas de veículos próximos aos atoleiros aguardando a liberação da pista, o que ocorre somente depois que todos os veículos arrastados por tratores nos locais de risco.
O deputado Alexandre Von, demonstrando revolta com a situação do povo e das estradas, disparou. "O ministro dos Transportes deveria sair do gabinete e fazer uma viagem pelas rodovias da região em seu automóvel para comprovar o sofrimento e dor deste povo. Nossa região não pode continuar abandonada, vamos nos unir a esses prefeitos, aos vereadores, ao povo, convocar os deputados federais e senadores do Pará e fazer uma marcha a Brasília em busca de solução".
Segundo os moradores das comunidades Caracol e Jamaxinzinho, existe uma empresa oriunda do Rio Grande do que ganhou a concorrência para recuperar aquele trecho da BR-163, mas nesse período os funcionários da empresa desaparecem.
Globo vai mudar votação dos próximos BBBs
A Globo deve adotar novo critério para votações nos paredões do reality show "Big Brother Brasil". A emissora tende a abandonar o sistema atual, em que votos por telefone fixo, SMS e internet têm pesos diferentes, e passar a considerar cada voto um voto, independentemente do meio utilizado.
A mudança está sendo estimulada pela polêmica gerada na final de "BBB 8", em que o campeão, Rafinha, superou a vice, Gyselle, por apenas 0,3 ponto percentual. O resultado gerou protestos de deputados do Piauí, Estado de Gyselle.
A disputa foi equilibradíssima. Dois minutos antes do encerramento da votação, cada um tinha 50,00%. No final, Rafinha venceu com 50,15%.
A diferença foi apertada por causa do critério de pesos. De acordo com Boninho, Rafinha teve 2 milhões a mais de votos do que Gyselle, e não 226.912 (0,3% de 75.637.402 do total do paredão, recorde mundial).
Gyselle teve percentual maior porque recebeu mais votos por telefone, que valem mais do que os pela internet, meio em que Rafinha se saiu melhor. Se voto pela internet valesse tanto quanto por telefone, o placar seria quase 53%.
A complexa fórmula usada pela Globo leva em consideração o total de proprietários de telefones fixos, celulares e usuários de internet no país. Horários em que são dados os votos também influenciam (SMS vale mais de dia).
Cherokee bate em poste, e luz apaga na Pedro Álvares Cabral
O motorista sofreu lesões sobretudo no rosto. E sua acompanhante sofreu fratura nos membros inferiores e precisou ser removida para um hospital. O carro ficou imprestável, sobretudo a parte dianteira.
A pancada foi tão forte que o poste foi parcialmente removido da base, e o carro foi parar sobre o canteiro de um edifício que fica bem na esquina. Por algum tempo, faltou energia elétrica em toda a extensão da Pedro Álvares Cabral, desde a avenida Visconde de Souza Franco, a Duque, até a Rodovia Athur Bernardes.
Romance novo
Pato no tucupi
A governadora do Pará, Ana Julia Carepa (PT), que coleciona ex-namorados (e manicure e parentes e aderentes) em seu governo, já está de romance novo - o quarto, desde que assumiu o cargo.
O que ele disse
Gilmar Mendes, ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), fustigando o governo depois da revelação de que ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mandou elaborar dossiê para chantagear os membros da oposição que integram a Comissão Paralmentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos.
Papão vira presa
Águia está na decisão
A história do futebol é repleta de episódios onde equipes de menor porte suplantam as de maior projeção. São momentos épicos que ficam na lembrança. Quando a vitória tem contornos de dramaticidade, com o gol salvador vindo nos descontos, melhor ainda. Guardadas as devidas proporções, a população de Marabá tem mais é que comemorar o feito do Águia de ontem à tarde, no Mangueirão. Contrariando todas as projeções a equipe venceu de virada o Paysandu por 2 a 1 e está classificado para decidir o primeiro turno do Campeonato Paraense.
Mais do que isso, o Águia saiu de quarto melhor time da fase semifinal para ser o melhor da decisão. Ele empatou em pontos com o Ananindeua e ambos têm a mesma campanha, com vantagem para o time marabaense no saldo de gols. Domingo a vantagem do empate é dele.
Após o apito final a torcida do Papão parecia atônita com o acontecido. A ficha nem havia caído e da arquibancada mal se ouviam protestos quando os jogadores reclamavam acintosamente com o árbitro. Somente depois é que a arquibancada acordou. Primeiro para protestar contra seus jogadores e, inclusive, contra o técnico Givanildo Oliveira. Depois para aplaudir os atletas do Águia, numa demosntração de grandeza.
Quanto às reclamações aos árbitros, de fato Olivaldo da Silva Moares foi um dos piores em campo - sendo que a concorrência foi grande - ao inverter ou inventar faltas. De fato, também, a maior parte dos erros prejudicaram o Papão, mas foram erros pequenos, que em nada atrapalharam o andamento da partida e tampouco influenciaram em qualquer um dos gols. Se a reclamação tinha como motivo os cinco minutos de descontos, aí mesmo é que ela foi infundada, já que cada segundo descontado foi até pouco para a quantidade de interrupções.
Pelo lado do Paysandu o insucesso no confronto de ontem tem que ser olhado por vários ângulos. O primeiro é que um trabalho que vem sendo feito desde o começo do ano não pode ser jogado fora depois de uma derrota. É bom lembrar que no começo de 2008 as perspectivas na Curuzu eram das piores e, hoje, pelo menos há um time. Mas, em contrapartida os defeitos não podem ser ignorados. O Papão venceu muitos dos seus jogos sem convencer e isso é algo que precisa ser bem avaliado. Givanildo Oliveira pede há tempos pelos três últimos reforços e por um diretor de futebol para trabalhar diretamente com o elenco. Talvez agora, depois da casa arrombada, os cadeados sejam comprados.
Pelo lado do Águia fica a premiação por uma recuperação estupenda nas últimas cionco rodadas. Depois de perder em casa para o Ananindeua por 1 a 0 ninguém mais dava nada pela equipe. De lá para cá foram cinco partidas e cinco vitórias, sendo que três contra Clube do Remo, Tuna Luso e Paysandu, culminando na moral elevada na fase decisiva. Agora, pela primeira vez terão a vantagem ao lado.
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Dados de cartões complicam ministros de Lula e FHC
O Palácio do Planalto começa a enviar nesta semana os primeiros lotes da “carreta” de papéis pedidos pela CPI dos Cartões Corporativos. Em entrevista ao Estado, Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressalta que o envio de documentos de ministros atuais ou do governo passado para o Congresso não é uma “conspiração” ou “estratégia” do Planalto contra a oposição, mas uma determinação da CPI. Diz que eventuais atingidos pelos documentos devem arcar com suas “responsabilidades”. “É muito provável que apareça coisa errada. O instrumento é falho e isto é do ser humano”, avisa ele.
Confira toda a trajetória da crise
“Não é tão extraordinário que erros administrativos sejam agora identificados.” Carvalho defende serenidade nas investigações. Ele relata que no governo há um esforço para atender aos pedidos da CPI e responder, com respeito, as acusações da oposição. O assessor do Planalto avalia que a análise dos dados deve ser feita com seriedade, sem animosidade de qualquer lado, para não prejudicar o País. “Assim como aconteceu com o Orlando (Silva, dos Esportes) e a Matilde (Ribeiro, da Igualdade Racial), é possível que haja problemas com ministros atuais e passados”, diz.
A existência de um dossiê sobre os gastos no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi divulgada pela revista Veja, no último dia 22 . No final da semana passada, o quadro agravou-se com a notícia de que os detalhes das despesas de FHC e da ex-primeira dama Ruth Cardoso partiram de dentro da Casa Civil, numa decisão de governo. A secretária-executiva e braço direito da ministra Dilma Rousseff, Erenice Guerra, é suspeita de articular a produção dos papéis .
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Presidente do CNJ condena dossiê
O ministro Gilmar Mendes, presidente eleito do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ontem, em Curitiba, durante homenagem e lançamento do livro Curso de Direito Constitucional, em que é co-autor, que lamenta a atual situação política em que está a Casa Civil, com a ministra Dilma Rousseff envolvida em denúncias de vazamento de dados sigilosos sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo ele, essa prática não pode acontecer de maneira alguma, seja em forma de dossiê ou vazamento de informações por meio de banco de dados. “Não tenho dados específicos sobre o assunto, mas se de fato alguém pratica esta política de levantamento de dados para vazar com o intuito de formar dossiê, é lamentável. Se isso se pratica no âmbito do governo é lamentável, acho que até não é uma prática condizente com o estado de direito democrático”, afirmou. O ministro, que é presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), toma posse na presidência do STF no dia 23 de abril.
Nesta semana, a oposição - PSDB e DEM - também deve provocar a Procuradoria Geral da República. Eles querem que o procurador, Antonio Fernando de Souza, analise a sistemática do levantamento que o governo chama de banco de dados.
Na análise dos partidos de oposição, a produção de um banco de dados pressupõe uma específica . Para eles, o material levantado pelo governo e que apresenta os dados sigilosos de gastos de FHC e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso compõe um dossiê, palavra que os governistas e a ministra Dilma Rousseff rejeitam.
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Parecer do TSE proíbe a busca de votos pela internet
Um parecer técnico da assessoria especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe que os candidatos às eleições municipais deste ano se valham das várias ferramentas da internet para angariar votos. O documento veda a publicação de blogs, o envio de spams com as propostas dos candidatos, o chamado e-mail marketing, a participação do político no Second Life, o uso do telemarketing, o envio de mensagens por celular e a veiculação de vídeos em sites como o You Tube.
A razão central para a proibição dessas tecnologias, de acordo com o parecer, é a falta de legislação específica para tratar do assunto.
“Certo é que, conforme senso comum, se algo não é proibido, em tese, deveria ser facultado. Contudo, se a lei não proíbe determinadas práticas de propaganda eleitoral, também não as autoriza”, diz o parecer. “No campo da propaganda eleitoral, o que não é previsto é proibido”, concluiu o documento do Tribunal Superior Eleitoral.
A resolução do TSE para as eleições deste ano define somente que o candidato deve registrar no tribunal uma página na internet para sua campanha. O endereço desse site deve conter o nome e o número do candidato. A lei eleitoral, por sua vez, trata apenas da campanha em sites mantidos por empresas de comunicação social e para eles dá o mesmo tratamento dispensado às emissoras de televisão, rádios e mídia impressa, como jornais e revistas. As multas para o descumprimento da lei são, inclusive, as mesmas para todos os meios - em alguns casos, pode chegar a R$ 106.410,00.
Sobre blogs, e-mail marketing e telemarketing não há legislação. Por isso, a manifestação do TSE poderá ser determinante. Mas, para que essas proibições tenham efeito, esse parecer, em resposta a uma consulta do deputado federal José Aparecido (PV-MG), precisa ser incluído na pauta do tribunal e aprovado pelos ministros. Ainda não há previsão quando isso será feito.
Se a consulta não for considerada pelo tribunal, por fazer muitas perguntas de uma vez ou porque uma resolução do próprio TSE tratou do assunto, mesmo que de forma superficial, os candidatos repetirão as práticas da campanha passada. Caso contrário, a propaganda na internet ficará restrita ao site oficial do candidato a partir de 6 de julho deste ano.
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Serra lidera disputa por 2010; contra Aécio, Ciro é o 1º
A dois anos e meio da eleição, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a disputa pela Presidência com pelo menos 16 pontos de vantagem sobre o principal adversário, o deputado federal Ciro Gomes (PSB). Segundo pesquisa Datafolha, Serra aparece como favorito nos três cenários em que é apresentado como o candidato do PSDB, com taxas que variam de 36% a 38% de preferência.
O PT fica em quarto lugar em seis diferentes cenários apresentados pelo instituto.
O Datafolha ouviu 4.044 pessoas de 25 a 27 de março.
Segundo a pesquisa, Ciro é hoje o mais competitivo da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contra Serra, tem 20% e 21% da preferência, variando conforme o cenário.
Ciro, porém, assume a liderança, com taxas que vão de 28% a 32%, nas três vezes em que Serra é substituído pelo governador de Minas, Aécio Neves. Em dois desses cenários, Aécio fica em terceiro lugar, atrás da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL). Em outro, está tecnicamente empatado com ela. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Sem chance
A pesquisa mostra ainda que o PT não teria chance de permanecer na Presidência se as eleições fossem hoje. No partido, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, é quem aparece como mais forte. Ainda assim, fica em quarto lugar, com 8%, quando Serra está no páreo. Nesse cenário, Serra tem 36%, Ciro, 20%, e Heloísa, 12%.
Mas, lembrando a popularidade de Lula, o diretor-presidente do Datafolha, Mauro Paulino, aposta numa mudança com sua entrada em campo. "O ator principal, que é o Lula, ainda não entrou no jogo. A partir do momento em que ele defender um nome do PT, esse tabuleiro tende a mudar."
Para a pesquisa, o Datafolha apresentou sete diferentes simulações. Em três delas, Serra é o nome do PSDB. Em outras três, é substituído por Aécio.
Pelo PT, são alternados os nomes de três ministros: Marta, Dilma Rousseff (Casa Civil) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social). Ciro e Heloísa estão em todos os cenários.
Com Dilma, Serra chega a 38% contra 20% de Ciro e 14% de Heloísa. A ministra da Casa Civil fica com 3%. Contra Patrus (1%), Serra mantém-se com 38%, e Ciro atinge 21%.
Marta chega a 11% no cenário em que Aécio substitui Serra. Nele, Ciro tem 28%, seguido de Heloísa (17%) e Aécio (14%).
Como os adversários são os mesmos, é possível comparar o desempenho de Serra ao de Aécio. Serra atinge até 23 pontos a mais que Aécio.
O Datafolha também elaborou um cenário em que os dois concorrem. Nessa hipótese -em que um deles teria deixado o PSDB- não há nome do PT. Com 34%, Serra tem larga vantagem sobre Aécio (11%).
Mesmo com diferença na composição dos cenários, é possível concluir que não houve variação significativa de Serra e Aécio desde a última pesquisa (novembro). Ambos se mantêm no mesmo patamar.
Aprovação a Lula atinge 55% e bate recorde desde Collor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou a maior popularidade em seus cinco anos e três meses de governo, atingindo índice que supera com folga o obtido por todos os seus antecessores desde Fernando Collor (1990-1992), pelo menos, mostra pesquisa nacional realizada pelo Datafolha. A aprovação de Lula é de 55%, apesar de a saúde ter sido eleita a área em que o governo apresenta seu pior desempenho.
Os números da pesquisa -feita entre os dias 25 e 27 com 4.044 entrevistados em 24 Estados, mais o Distrito Federal- indicam que a popularidade recorde do petista foi alavancada por uma recuperação da aprovação no Sul, tradicionalmente uma das regiões mais críticas a ele (aprovação subiu 11 pontos percentuais, para 52%), e pela ampliação do seu prestígio no Nordeste, onde alcançou 68% de avaliação positiva.
É o Nordeste a região mais atendida proporcionalmente pelo Bolsa Família -31,3% das famílias da região recebiam o benefício em 2006, contra média nacional de 14,9%. No Sul, um fator que pode explicar o desempenho de Lula é a recuperação do setor agrícola.
Em relação à última pesquisa Datafolha, de novembro, Lula obteve crescimento de cinco pontos percentuais em sua avaliação positiva (50% à época), o que mostra que a crise dos cartões corporativos não representou abalo na imagem do presidente ou do governo.
A desaprovação também é uma das menores em todo o governo: só 11% consideram seu desempenho ruim ou péssimo. O governo obteve nota média 7 dos entrevistados -melhor resultado desde quando assumiu.
Pesquisa do Ibope divulgada na quinta apontou igualmente índice recorde de aprovação do governo -58% contra 50% da anterior, de dezembro.
Antecessores
A análise do desempenho do governo Lula por meio das pesquisas Datafolha, desde sua posse (2003), mostra que o período em que a aprovação ficou mais ameaçada foi na crise do mensalão, no final de 2005, quando o seu índice de "ótimo e bom" atingiu o nível mais baixo, 28%, e chegou a ser superado pelos que consideravam o governo ruim ou péssimo, 29%.
Desde então, houve uma recuperação que tomou corpo na campanha eleitoral de 2006.
Em março de 2000, quando o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso completava também cinco anos e três meses, o Datafolha registrava só 18% de aprovação a FHC (e 43% de reprovação), um terço do que Lula alcança agora.
Na ocasião, FHC começava uma lenta recuperação da popularidade abalada por causa da crise econômica que se seguiu à desvalorização do real, em 1999. Ele deixou o governo, em 2002, com 26% de aprovação -o pico foi em 1996 (47%).
O antecessor, Itamar Franco (1992-1994), teve a mais alta popularidade justamente ao deixar o governo -41%. Fernando Collor, cassado sob acusação de corrupção, nunca atingiu índice superior a 36%. O Datafolha começou em 1990 a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo federal.
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TCU não pediu nem recomendou levantar dados sobre FHC
A justificativa que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresenta para o levantamento dos gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não resiste a uma visita ao endereço do TCU (Tribunal de Contas da União) na internet. As decisões (acórdãos) de três auditorias feitas em gastos com cartões corporativos -restritas ao governo do presidente Lula- não determinam nem sequer recomendam a recuperação de dados da administração tucana, conforme a Folha já havia noticiado.
O gesto mais próximo do que a ministra afirma foi a cobrança de maior controle das despesas com cartão corporativo no governo Lula. O tribunal recomendou que o Planalto contivesse esse tipo de gasto e limitasse a situações "excepcionais" os saques em dinheiro, cuja falta de transparência ainda é um alvo de crítica do TCU.
As três auditorias apontaram falhas importantes no uso dos cartões corporativos no gabinete da Presidência, como o uso exagerado dos cartões para saques em dinheiro ou para a aquisição de bens e serviços.
Na edição de terça-feira passada, a Folha noticiou que o TCU derrubava versão apresentada pelo Planalto para o dossiê. Mas anteontem, em Curitiba, Dilma Rousseff voltou a mencionar um dos acórdãos do tribunal para tentar justificar o trabalho de sua equipe.
O acórdão mencionado pela ministra no sábado se refere à segunda auditoria do TCU. Essa investigação apontou gastos "questionáveis" com a compra de bebidas alcóolicas e gêneros alimentícios refinados nos primeiros anos de gestão Lula. Como desdobramento dessa investigação, a auditoria seguinte do tribunal apontou irregularidades fiscais em 35% dos comprovantes de gastos com cartões analisados.
Os três acórdãos receberam os números 1.783, 230 e 470. As decisões foram aprovadas pelo plenário do tribunal, respectivamente, em 2004, 2006 e 2007. Todos podem ser conferidos no site www.tcu.gov.br.
“Na Venezuela há total liberdade de expressão”, diz Chávez
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, pelas iniciais em espanhol) encerrou ontem sua reunião de meio de ano, em Caracas, denunciando uma série de violações aos princípios de liberdade de expressão por parte governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Em sua declaração final, a SIP, entidade que reúne representantes de jornais e revistas de todo o continente, conclamou Chávez a levantar normas que restringem o exercício da livre imprensa e condenou a manutenção do fechamento da emissora RCTV - cuja concessão de emissão em sinal aberto deixou de ser renovada em maio - e o confisco de seus equipamentos. Também exortou o Estado a parar com a política de concentração dos meios de comunicação para fins de doutrinamento social e denunciou o assédio governamental contra os meios independentes.
Chávez, em seu programa dominical Alô, Presidente!, destacou a presença de alguns dos jornalistas que participaram de encontro paralelo de mídia pró-governo - incluindo o cubano Ernesto Vera - e rejeitou as críticas de falta de liberdade de imprensa no país. Sem fazer referência direta à SIP, ele qualificou de “um sucesso” a reunião chavista. “Aqui há plena liberdade de expressão”, disse. “Parece-me que uma das grandes batalhas da atualidade é a batalha midiática. Mais do que isso, é a batalha das idéias.”
O documento da SIP também apontou para os riscos à liberdade de imprensa em vários outros países, incluindo Cuba, EUA, México, Colômbia e Brasil. “Quando viemos à Venezuela, em novembro, para preparar essa reunião, fomos advertidos de que não éramos bem-vindos”, declarou ao Estado o presidente da entidade, Earl Maucker. “O fato de estarmos aqui demonstra nossa disposição de nunca retroceder nessa causa da livre expressão.”
A reunião da SIP, aberta na sexta-feira, ocorreu em meio a um clima de ameaças veladas e provocações por parte do governo de Chávez e seus partidários. De acordo com o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, o guatemalteco Gonzalo Marroquín, vários hotéis de Caracas recusaram-se a abrigar o encontro por temor de represálias. O governo venezuelano - que há anos acusa os meios privados de promoverem uma “campanha bestial” contra Chávez - organizou às pressas uma reunião paralela, a duas quadras do encontro da SIP, para denunciar o “terrorismo midiático”. No sábado, um grupo de chavistas realizou um protesto na frente do hotel onde estavam os representantes da SIP - sem ocorrências graves.
O evento chavista, o Encontro Latino-Americano contra o Terrorismo Midiático, também se encerrou ontem, com pesadas acusações à SIP, a qual definiu como entidade “a serviço do grande capital e da CIA (a agência de inteligência dos EUA)”.
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Tempo chuvoso em quase todo o Estado
Muitas áreas de instabilidade se formam sobre o Pará e deixam o tempo chuvoso em quase todo o Estado. No noroeste o sol aparece, mas o céu fica sempre com muitas nuvens. As pancadas de chuva podem acontecer a qualquer hora do dia.
As previsões são do Climatempo.
As manchetes da segunda
CPI dos Cartões terá dados que complicam ministros
JORNAL DA TARDE
PCC quer financiar campanha política
FOLHA DE S.PAULO
Serra mantém favoritismo para 2010
JORNAL DO BRASIL
Hospitais de guerra abrem hoje no Rio
O GLOBO (RJ)
Tribunais do tráfico desafiam a sociedade
CORREIO BRAZILIENSE (DF)
Câmara paga até enxoval para imóveis funcionais
DIÁRIO CATARINENSE (SC)
Preços dos remédios têm reajuste de 3,1%
CORREIO POPULAR (Campinas/SP)
Gestão e custeio desafiam o 'gigante' do Ouro Verde
CORREIO DO POVO (RS)
Preços dos remédios sobem hoje
ZERO HORA (RS)
Crescimento de comércio ilegal de trabalhos põe universidades em alerta
GAZETA DO POVO (PR)
TJ descumpre normas para a promoção de desembargadores
GAZETA MERCANTIL (SP)
Está na baixa renda a maior oportunidade para os bancos
VALOR ECONÔMICO (SP)
Captação no exterior se mantém, mas custo sobe
domingo, 30 de março de 2008
Águia bica o Papão e vai decidir com o Ananindeua
Há pouco, terminou o jogo em que o Águia derrotou o Paysandu por 2 a 1, de virada. O gol da vitória foi marcado aos 48 minutos do segundo tempo.
O grande enigma, agora, é quanto ao destino do técnico Givanildo Oliveira, do Papão. Ele saiu do estádio sem falar com a Imprensa. E quem o conhece, e também conhece a torcida bicolor, aposta que Givanildo não agüentará as pressões e pode deixar o barco o quanto antes.
O treinador, que costuma ser mal-humorado até nas vitórias, nas derrotas, então, torna-se intragável.
ATUALIZAÇÃO ÀS 18H59:
Givanildo, no intervalo do jogo, deu uma bronca aos berros nos vestiários. Berrou tanto que se fez ouvir por muitos que estavam do lado de fora. E no intervalo a partida estava empatada por 0 a 0. Imaginem, então, como ele deve ter ficado ao final da partida.
ATUALIZAÇÃO ÀS 19H35:
Mogi, o autor dos dois gols do Águia que despacharam o Papão, hoje à tarde, é de Marabá. Já atuou Juventus (SP), Corinthians (SP) e na Coréia do Sul. Não é qualquer um, portanto. E no Águia, é um dos destaques.
Lula chuta Carepa para escanteio
As águas turvas da Baía de Guajará escondem negociatas políticas que submergiram na Belém de 2006 e agora trazem à tona o preço de um naufrágio petista que o presidente Lula evitou com a ajuda do PMDB. Os acordos patrocinados pelo petista explicam o porquê de o famigerado e enrolado Jader Barbalho cobrar tanto o apoio do Planalto para o seu primo, o ex-deputado José Priante (PMDB). Enquanto parlamentar, Priante nadava de braçadas nas ondas tranqüilas dos rios que banham as cidades da bacia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Sua reeleição era garantida. Para minar a eleição de Almir Gabriel (PSDB) ao governo do Estado ainda no primeiro turno, Jader embarcou o primo numa canoa furada, mas que mudou os rumos da correnteza. Priante entrou na disputa pelo governo e tirou votos do tucano. Ficou em terceiro. Ana Júlia Carepa (PT), em segundo, viu Gabriel abrir 200 mil eleitores de vantagem, levando a disputa para o segundo turno. O PMDB virou a noiva da vez, poderia cair no colo do PSDB. Então Lula fez o segundo apelo a Jader e Priante. De olho nas benesses do Planalto, Jader fechou com Ana Júlia, e a aliança fez a petista virar o jogo. Só que Lula não pagou essa conta até hoje. Jader pediu a ele a presidência da Chesf para o primo. Não conseguiu. Priante ficou sem cargo e agora, como troco, quer o apoio de Lula para disputar a prefeitura de Belém. Lula não tem como negar isso à dupla. Foi isso que o presidente lembrou a uma consternada Ana Júlia, no gabinete presidencial do Planalto, quando ela foi lá semana passada pedir o apoio de Lula para a candidata do PT, uma deputada estadual. Na linguagem futebolística de que o presidente tanto gosta ao falar de jogadas políticas, Carepa levou um chute. E cairá aos pés de Jader, para marcar gol.
Obras no Judiciário alcançam R$ 231,6 milhões
O orçamento para este ano prevê 151 construções de novas instalações em todo o país, como edifícios-sede de tribunais, anexos, cartórios eleitorais, varas e fóruns trabalhistas, entre outras. Além disso, estão orçadas mais dez recuperações e modernizações de edifícios, cinco reformas e oito ampliações de prédios. Veja a lista completa das obras do Judiciário para 2008.
Entre as obras mais caras, estão a de modernização de instalações físicas da Justiça do Trabalho em Brasília (R$ 18,1 milhões), a construção do edifício-sede do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª região em Vitória, Espírito Santo (R$ 14,9 milhões) e a construção de edifício-anexo do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, em Salvador (R$ 12,4 milhões). O montante global das obras do Judiciário é três vezes superior ao orçamento total para este ano do CNJ, colegiado que Mendes agora preside.
Já a construção do edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília, por exemplo, que estava orçado inicialmente em R$ 80 milhões para este ano, não vai sair do papel. Depois dos cortes orçamentários sofridos no Congresso, não ficou um centavo no orçamento para a obra em 2008.
Em seu primeiro discurso no CNJ, na última quarta-feira, Mendes criticou a construção de novas sedes para o Judiciário e defendeu critérios para as obras. O ministro também afirmou que, em alguns casos, pode estar havendo excessos. “Tenho a impressão que este é um tema sensível. É preciso que encontremos critérios, diretrizes padrões para sabermos de fato se aqui ou acolá pode estar tendo excesso. Administramos um orçamento exíguo, com limitações. Em alguns casos, temos comarcas em que falta papel, questões básicas ligadas à informática. E em outros casos, verificamos às vezes um excesso quanto à construção de obras. É preciso que estabeleçamos um padrão adequado. Essas insinuações às vezes podem ser acusações legítimas”, destacou Mendes.
Será que alguém concordaria com o ministro e diria que “a reforma do Judiciário que o Brasil necessita não passa, necessariamente, pela construção de mais de uma centena de prédios?".
Fonte: Contas Abertas
Os sonhos de sorte dos migrantes
O levantamento que a jornalista fez sobre eles oferece um amplo painel sobre sonhos, planos, sobre a realidade e as circunstâncias que sensibilizaram gente humilde a deixar seus locais de origem para tentar a sorte na Amazônia.
Os depoimentos integram o projeto "Antônios e Cândidas têm sonhos de sorte", que podem ser acessados no site de Paula Sampaio. Vale a pena visitá-lo para saber detalhes sobre esses “sonhos de sorte”.
O silêncio e a calúnia
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Pergunto aos leitores: em qual país democrático e civilizado a saída de um jornalista do peso de Paulo Henrique Amorim de um portal da importância do iG seria ignorada pelo resto da mídia? Na imprensa, a notícia só mereceu uma lacônica nota na Folha de S.Paulo, no vídeo o registro pela TV Senado de um discurso do senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, a lamentar o episódio e solidarizar-se com Amorim.
E o episódio não somente é muito grave, mas também altamente representativo da prepotência dos senhores, acobertados pelos seus sabujos midiáticos. O espetáculo da tartufaria não é surpreendente. Não cabe espanto, sequer um leve assomo de perplexidade. Tudo normal, na Terra brasilis, tão distante, tadinha, da contemporaneidade do mundo. Porque não há país democrático e civilizado onde o abrupto afastamento de um profissional tão honrado e competente quanto Amorim não teria repercussão na mídia, imediata e profunda.
Não faltaria a busca das razões que levaram o iG a agir de forma tão violenta, ao tirar Conversa Afiada do ar sem aviso prévio, ao lacrar o computador do jornalista e enxotar o pessoal da equipe da sede do portal. Bastaria este comportamento para justificar a repulsa da categoria em peso e a investigação dos interesses envolvidos, necessariamente graúdos.
Pelo contrário, ouviu-se clangoroso silêncio, quase a insinuar que, se a mídia não o noticia, o fato não aconteceu. Que diria Hannah Arendt ao verificar que no Brasil há cada vez menos “homens dispostos a dizer o que acontece e que acontece porque é”, de sorte a garantir “a sobrevivência humana”?
Pois o fato se deu, e não se exigem esforços mentais einsteinianos para entender que os donos do iG (Brasil Telecom, Fundos e Daniel Dantas) decidiram abandonar Amorim ao seu destino. Não é difícil também enxergar como pano de fundo o projeto de fundir Brasil Telecom com Oi, a ser executado com o apoio do BNDES, e portanto do governo federal, a configurar mais um clássico do capitalismo sem risco de marca tipicamente brasileira.
Ocorre-me comparar o mutismo atual diante de um fato tão chocante com a indignação midiática que, recentemente, submergiu a campanha de ações movidas em juízo por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra a jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo, autora de reportagem sobre o êxito empresarial da Iurd. Não está claro até o momento se o Altíssimo acudiu o bispo Macedo e seus prosélitos, mas é certo que, se o fez, ou o fizer, terá de enfrentar a ira da mídia nativa.
Foi um coro de manifestações a favor da liberdade de expressão ameaçada, um rosário de editoriais candentes, de colunas vitriólicas, de comunicados de entidades representativas da categoria. A saber, Fenaj, ABI, ANJ, Abraji, sem contar a associação dos correspondentes estrangeiros (OPC). Ah, sim, a famosa liberdade de imprensa. A mídia verde-amarela não hesita em defendê-la, quando lhe convém. Permito-me concluir que, no caso de Paulo Henrique Amorim, não lhe convém.
Recordo episódio similar que me diz respeito. A minha saída de Veja em fevereiro de 1976. Vai às livrarias na segunda 31, lançado em Curitiba, um livro de memórias de Karlos Rischbieter, presidente da Caixa Econômica Federal no começo do governo do ditador de plantão Ernesto Geisel, depois transferido para a presidência do Banco do Brasil e enfim ministro da Fazenda de outro plantonista, João Batista Figueiredo. Ficou por um ano, saiu contestando as políticas que a ditadura pretendia levar adiante.
Escreve Rischbieter em um dos capítulos:
“No começo de 1975 deu entrada na Caixa um pedido de financiamento do Grupo Abril. O pedido era de um financiamento que equivalia a 50 milhões de dólares, para consolidação de várias dívidas, em grande parte em moeda estrangeira. O pedido foi analisado pelo pessoal competente, recebeu parecer positivo e foi aprovado pela diretoria. Mas faltava a aprovação do Governo. E Armando Falcão, ministro da Justiça e guardião dos “valores revolucionários” vetou o financiamento com o argumento de que a Veja, carro-chefe das publicações do grupo, e que tinha como diretor Mino Carta, era sistematicamente antigoverno. Em seu livro autobiográfico, O Castelo de Âmbar, Mino conta com detalhes o episódio que culminou com sua saída do Grupo Abril. Eu tentei, no meio da discussão, convencer o general Golbery a assumir o controle da situação e convencer o presidente a vetar o veto do ministro da Justiça. Mas foi em vão. O empréstimo só foi aprovado quando Mino Carta deixou a Veja no começo de 1976”.
In illo tempore colegas de profissão também silenciaram, com exceção do jornal do sindicato paulista. Em compensação, alguns insinuavam, quando não afirmavam, que eu prestava serviço ao chefe da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva, quem sabe em troca de vantagens financeiras. Tempos depois, em 1979, Figueiredo no poder, um célebre jornalista escreveu um texto na Folha de S.Paulo intitulado “De João a Mino, os donos do poder”. João Figueiredo, está claro. Apresentava-se ali a seguinte tese: “Lá na outra ponta do bonapartismo, em versão microscópica e virulenta, está o jornalista Mino Carta, mini-representante do mandonismo local, que apoderou-se da abertura política concebida e instrumentada pelo general Golbery do Couto e Silva, seu amigo e aparente protetor, para pontificar sobre o que é certo ou errado”.
Vinte anos depois, em 1999, outro jornalista de larga nomeada escreveu um livro para recuperar o tempo perdido e disse que eu fui demitido da Veja. Nada disso, esta é a versão do patrão. Eu me demiti, para não ter de levar as moedas da Editora Abril, e não seriam trinta dinheiros. Mas, desde a eleição de Lula em 2002, há quem sustente, periódica e inexoravelmente, que CartaCapital está a serviço do governo. Eis aí, inúmeros jornalistas nativos não conseguem imaginar um colega digno que não se porte igual a eles.
“Ora, a lei” tem versão muito nossa
Nesse conjunto caótico que deveria ser o ordenamento jurídico nacional temos leis que não pegaram e temos leis que foram para o limbo do esquecimento e que podem ser lembradas, mas que não são acionadas. Daí, talvez, a expressão que Getúlio Vargas usou em uma de suas manifestações públicas sobre a validade das leis: “ora, a lei”.
O “ora, a lei” de Getúlio Varas tem a nossa versão parauara: Magalhães Barata dizia que “lei é potoca”. Leia aqui o artigo completo de Hélio Bicudo.
TCU contradiz a madrinha do dossiê
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que já admitiu claramente ter autorizado a formação de um dossiê sobre os gastos do governo FHC – segundo ela, “um banco de dados” para acompanhar despesas com cartões corporativos -, disse depois que fez o que fez atendendendo a uma solicitação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Josias de Souza, em seu blog, conta que não é nada disso. O acórdão do TCU, segundo ele, não pedia que o registro eletrônico das despesas com cartões de crédito corporativos colhesse informações retroativas ao período FHC.
Leia aqui.
Uma voz dissonante sobre a ditadura de Chávez
O Anônimo deixou comentário no post Jornalistas conheceram um pouco da ditadura Chávez. Vale a pena abrir espaço a ele, para que tenhamos em destaque a única voz discordante até agora. Discordar é essencial para fazer o contraponto ao debate. A unanimidade é sempre meio insossa. Não dá graça. Com tempero, é sempre bem melhor. Confira aí embaixo o que ele disse.
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Sem querer defender Chavez, que é mesmo um caudilho da pior qualidade, pergunto aos coleguinhas anti-Chavez: quando voces investiram com igual virulência contra o capitalismo mais predador que dominou a Venezuela durante séculos? Quantos defenderam a liberdade de imprensa quando a imprensa venezuelana só dizia amém aos desígnios estipulados pelo poder dos petrodólares? Com essa posição, fica difícil acreditar em defesa dos verdadeiros direitos democráticos.
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Conforme o blog já fez registrar lá na caixinha de comentários, o mais alentador no comentário do Anônimo discordante é o que ele reconhece logo no início: que Chávez “é um caudilho da pior qualidade”. Ótimo. Ponto para o discordante. Caudilhos – melhor seria dizer ditadores – são repulsivos. Supõe-se, então, que tem rejeita Chávez. Ótimo.
Mas parece – repita-se, parece – que o Anônimo reconheceu isso num tom meio culposo e com a intenção muito mais visível de oferecer a ele próprio a deixa que o conduziu às colocações subseqüentes, nas quais critica a suposta omissão de coleguinhas que hoje fustigam a falta de liberdade de Imprensa na Venezuela chavista, mas teriam imposto a eles mesmos um cala-boca – mais do que o cala-boca que o rei de Espanha deu em Hugo Chávez – diante da virulência do “capitalismo predatório” no País e diante dos “desígnios estipulados pelo poder dos petrodólares.” Convém ao Anônimo definir, primeiro, o que é capitalismo predatório e qual o conceito que ele faz sobre o regime econômico que hoje impera na Venezuela. A evidência demonstra que o atual regime econômico da Venezuela pode ser qualquer um, menos o “capitalismo predatório” que tanta inquieta e enoja o discordante.
Se não é mais o “capitalismo predatório” que impera na Venezuela chavista, como se denominar, como se caracterizar, que tinturas ideológicas atribuir a um ambiente econômico em que falta papel higiênico, o que obriga os consumidores a fazer filas nos supermercados para comprar produto essencial como este, vendido de forma racionada? Como classificar um ambiente econômico em que o consumidor só pode sair de uma loja se apresentar documento de identidade, exigido dos venezuelanos, e de passaporte, para estrangeiros?
Este país não é imaginário. Este país é a Venezuela. Este país, Anônimo, é a Venezuela pós-capitalismo predatório – e aqui permita-nos aceitar, apenas como hipótese, sua tese de que, antes de Chávez, o que havia por lá era um capitalismo predatório ao qual a Imprensa dizia “amém”, mas agora não, seria outro tipo de regime ou de sistema econômico.
E aí? Quando o cidadão é obrigado a racionar a compra de papel higiênico, mas não tem como racionar a expulsão de seus humores intestinais que devem higienizados com o papel higiênico, como é mesmo que se pode chamar esse tipo de ambiente econômico?
Neste aspecto, Anônimo discordante, considere fator dos mais relevantes: ao contrário de Cuba, que sofre há décadas um embargo comercial dos mais selvagens, a Venezuela tem livres relações comerciais com todo o planeta, inclusive com os Estados Unidos, que Chávez odeia.
Tem mais. O “poder dos petrodóloares”, ao qual você se refere, não é privilégio do período em que ainda vigorava na Venezuela o tal “capitalismo predatório” referido em seu comentário. Vige ainda hoje, agora, em plena ditadura chavista. A Venezuela passou a ser, sobretudo depois da ascensão de Chávez ao poder, ainda mais dependente do petróleo. E veja só: no período pós-capitalismo predatório, a Venezuela chavista registra inflação de 21%, a mais alta do continente. A queda na produção de petróleo já despencou de cerca de 3 milhões para 2,5 milhões por dia. E a taxa do desemprego já aumentou 39%.
Isto, Anônimo, são números.
O que é menos pior – o capitalismo predatório pré-Chávez ou o populismo predatório da era Chávez? O que é menos pior – o capitalismo predatório em que o cidadão pode higienizar-se à vontade, pode fazer a assepsia pessoal sem limitação de rolos de papel higiênico, depois de usar o vaso sanitário, ou o populismo predatório, em que o cidadão precisa combinar com seus intestinos para que racionem a produção, sob o risco de que o dono dos intestinos venha a ficar sem papel higiênico para higienizar-se?
Temos que escolher, Anônimo discordante, temos que escolher. Então vamos escolher: o capitalismo predatório é uma porcaria – mais do que ficar melado depois de usar o vaso sanitário sem ter papel higiênico à mão; mas o populismo predatório como o de Hugo Chávez é bom? Escolha.
A outra questão, Anônimo, diz respeito ao seu comentário de que a Imprensa venezuelana teria concordado com tudo isso – ou por ação ou por omissão. Alto lá: é preciso não generalizar. Imprensa adesista existe em todo e qualquer lugar – existe até na democracia chavista, veja só! Imprensa chapa branca existe em todo lugar – existe, ora veja, até no reino chavista da “liberdade relativa”. Imprensa que senta no colo do poder e vai ao delírio ao sentar-se existe em todo lugar – inclusive no reino do respeito à liberdade de informação, como é a Venezuela. Mas essa Imprensa, Anônimo, não é Imprensa. É um arremedo dela.
É demais, todavia, desconhecer que na Venezuela, como em todo e qualquer país, ao lado do arremedo de Imprensa existe a Imprensa de fato, que está sempre ao lado da sociedade, na condição de auditora do poder, permanentemente vigiado para que se atenha aos limites possíveis – ainda que não ideais – de condutas que não afrontem valores caros a uma sociedade democrática, inclusive e sobretudo o valor exponencial da liberdade de expressão, de informação, de opinião.
É justamente esse valor – o da liberdade plena de informar, discordar, opinar e confrontar preferências -, Anônimo, que está destroçado, aviltado, agredido e vilipendiado na ditadura reinante na Venezuela.
Em relação à Imprensa, Anônimo, não se tem conhecimento de que na Venezuela, no período que você denomina de “capitalismo predatório”, os jornalistas que discordam dos governos de plantão sofressem até hostilidades físicas como as que ocorrem hoje, fatos sabidos e consabidos de entidades que representam os jornalistas em âmbito internacional.
Como anteriormente, também temos que escolher, Anônimo discordante, temos que escolher. Então vamos escolher: o capitalismo predatório é uma porcaria – mais do que ficar melado depois de usar o vaso sanitário sem ter papel higiênico à mão; mas pelo menos permitia a crítica. E o populismo predatório, que persegue, maltrata, ameaça jornalistas e fecha emissoras de televisão que se opõem ao governo, esse populismo predatório é bom? Escolha.
Para um comentário de 460 toques seus, Anônimo, o Espaço Aberto replicou com 6.461. Fica o convite para que você volta aqui, se quiser, e explique melhor suas razões no mesmos 6.461 toques. Aliás, fique à vontade para ir além. Fique à vontade para usar até 64.600 toques, se quiser.
O espaço está aberto pra você. Volte como Anônimo mesmo. Não há problema de não se identificar.
A propósito da ditadura de Chávez e suas relações com a Imprensa, clique aqui, aqui e aqui.
Bandidos fazem a festa na Braz. Sem grifes, mas com armas.
Ela falava ao celular. Sua distração facilitou o bote do larápio, que tentou assaltá-la. A senhora esboçou uma reação. O bandido passou a mão na arma e disparou-lhe um tiro. Há controvérsias quanto a este ponto. Uma versão indica que a bala não atingiu a vítima. Outra versão dá conta de que ela foi atingida de raspão.
Mas não há contestação no fato de que o alvo do tiro escapou, por milagre, de sofrer lesão grave ou quem sabe até perder a vida. Como também não há contestação no fato de que a Braz de Aguiar e transversais – Rui Barbosa, Benjamin e Doutor Moraes – tornaram-se ruas das mais perigosas do bairro de Nazaré.
Os motivos da insegurança são óbvios: são ruas onde se situam lojas de grife, colégios e edifícios elegantes e por onde residem ou transitam pessoas de classe média alta. Não apenas isso: a Braz de Aguiar e transversais não dispõem da segurança adequada.
Quem passa por lá, por exemplo, assiste a um cenário intrigante e curioso. Há policiais militares que andam em conjunto. E não são dois – quantidade que permite um poder de reação mais adequado em situações de risco. São três, quatro e às vezes até cinco PMs.
Pra quê tudo isso? Por que tantos PMs que se deslocam, sempre em grupo, para certos pontos da avenida? Se é possível disponibilizar seis PMs para policiar a Braz de Aguiar, por que não três duplas se distribuírem por três esquinas, por exemplo?
São perguntas às quais ninguém responde. Enquanto ninguém responde, os bandidos fazem a festa. Sem roupas e sapatos de grife, mas com armas na mão.
Marta sobe e divide liderança em São Paulo com Alckmin
Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Marta Suplicy (PT) subiu quatro pontos percentuais e lidera -empatada com o tucano Geraldo Alckmin- a corrida pela Prefeitura de São Paulo, revela pesquisa Datafolha. Até fevereiro em ligeira desvantagem, a ex-prefeita conta hoje com 29% das intenções de voto contra 28% de Alckmin.
O instituto ouviu 1.089 pessoas nos dias 25 e 26 de março. Em comparação à pesquisa anterior -realizada no dia 14 de fevereiro-, Alckmin sofreu uma oscilação negativa de um ponto. Marta, por sua vez, passou de 25% para 29%.
Nesse cenário, que inclui os ex-prefeitos Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina (PSB), o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tem 13% da preferência -uma variação positiva de um ponto em comparação a fevereiro.
Maluf tem 8% e Erundina, 7%. Votos nulos e em branco somam 7%.
Marta divide a liderança com Alckmin nos quatro cenários apresentados. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, em fevereiro os dois estavam tecnicamente empatados.
Agora, ressalta o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, "há um rigoroso empate entre os dois".
"Nas pesquisas anteriores, não era tão claro. Havia uma leve vantagem de Alckmin. Hoje, não existe mais", afirma Paulino, acrescentando que, "se a eleição fosse hoje, não seria possível fazer um prognóstico".
Segundo Paulino, a tendência de crescimento de Marta pode ser expressa na evolução da pesquisa espontânea (sem apresentação dos nomes dos potenciais candidatos).
Em novembro, ela aparecia com 7% da preferência, enquanto Kassab contava com 10%. Agora, quatro meses depois, ela tem 15% contra 11% do prefeito. Em comparação com fevereiro, ela passou de 10% para 15%. De novembro para cá, Alckmin passou de 4% para 8%.
Mais aqui.
Chávez x Imprensa
Maio de 2000 - Lei Habilitante: Após aprovação de medida, Hugo Chávez é acusado de ampliar seu poder de forma abusiva
Abril de 2002 - Greve na PDVSA: Chávez é acusado por meios de comunicação privados de tentar politizar estatal, após demitir diretores
Abril de 2002 - Tentativa de golpe: TVs culpam chavistas por 15 mortes em confrontos. Chávez fecha 4 TVs, acusando-as de abusar da liberdade de expressão.
Dezembro de 2002 - Greve geral: Manifestantes pró-Chávez atacam sedes de emissoras e jornalistas, que acusam governo de intimidação.
Agosto de 2004 - Referendo: TVs acusam Chávez de ter fraudado vitória no referendo que o manteve no poder
Maio de 2007 - Fim da concessão da RCTV: Chávez se recusa a renovar concessão da emissora, acusando-a de ter apoiado o fracassado golpe de Estado de 2002
Leia aqui.
A polícia voluntária que discrimina
Loucademia Carepa
A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), criou uma milícia maluca, a Polícia Militar “voluntária”. Sem concurso, com porte de arma e R$ 1,4 mil por mês. Ainda discriminou mulheres: só pode homem.
... E a viagem de núpcias acabou
O primeiro é que Antoin Rezko, rico especulador imobiliário que arrecadou 150 mil dólares para a campanha do candidato, e ao ajudar o amigo a comprar sua casa, adquiriu, numa operação até agora nebulosa, um lote ao lado da nova propriedade de Obama. Comentam nos arraiais políticos que Rezko cheira a enxofre de longe.
O segundo é o mais ferino até agora é o boato de que Obama também começou a experimentar o baque dos golpes abaixo da linha da cintura, quase sempre saídos da central republicana. Prosperam boatos de que Obama é muçulmano. Para reforçar, aparece foto dele com roupas tradicionais africanas e de turbante; nestas alturas, estava em viagem ao Quênia, terra natal de seu pai em 2006. A foto é verdadeira, mas a interpretação de que a vestimenta e seu portador são muçulmanos é uma parvoíce. Os trajes são típicos da etnia somali, e Obama é protestante.
O terceiro é que surge a denúncia de que um assessor econômico de Obama disse ao governo do Canadá que as críticas do candidato ao Nafta, o tratado comercial da América do Norte, não são para valer. Em Ohio, onde se acredita que o Nafta ceifou 250 mil empregos nos últimos anos, a acusação parece ter ajudado sua concorrente a vencer por um placar não muito elástico.
Finalmente, republicanos espalham que o pastor da Igreja de Obama em Chicago, Jeremiah A. Wright Jr., é conhecido por "violentas posições contra Israel". Não é verdade, mas na má política, lá como cá, o que conta é o estrago. Pela primeira vez desde que sua campanha pegou no tranco, há mais ou menos dois meses, Obama está agora na defensiva e dá entrevistas com um sorriso amarelo.
Vejam como são as coisas, pelo correspondente internacional André Petry de Houston, à revista Veja: "Barack Obama é a estrela da noite. Milhares de pessoas enfrentam um frio de mais de cinco graus para lotar o centro de convenções de Houston, no sudeste do Texas. A multidão queria vê-lo, ouvi-lo, aplaudi-lo e, se possível tocá-lo. No palanque, quem primeiro aparece é Michelle Obama, de terninho, recebida aos gritos de "primeira-dama". Ela fala pouco mais de quatro minutos e então anuncia: "É com prazer que apresento meu mariiidooo!". A musica aumenta, a multidão vai ao delírio, e Obama surge na passarela. Assume o posto."Boa noite, Houston!". A massa delira, a música zune, um mar de celulares o contempla. Trinta e nove minutos depois, ele desce da passarela para se inundar de povo".
No dia seguinte, a estrela perderia parte de seu brilho quando democratas de quatro Estados foram às urnas escolher o candidato presidencial - e, em três Estados, incluindo Texas e Ohio, a vencedora foi Hillary Clinton. Com a derrota, o político mais pop do momento foi apresentado à vida real: acabou sua lua-de-mel eleitoral, um estado de graça que se estendia aos adversários (que andavam com receio de criticá-lo), a boa parte da imprensa (que estava encantada com seu sucesso) e à maioria dos eleitores (que lhe deram 12 vitórias seguidas). Os golpes mais sentidos vieram de sua colega de partido. Diante da necessidade imperiosa de vencer no Texas e Ohio para manter sua candidatura em pé, Hillary, mostrou o fio de suas garras. Em um lance que pode ter sido eleitoralmente lucrativo, Hillary vitaminou sua campanha do medo, ressuscitando um anacrônico clima de guerra fria, e passou a apresentar-se como a mais equipada que Obama para governar num "mundo perigoso".
A ex-primeira-dama Hillary Clinton tem uma vantagem de sete pontos porcentuais sobre o rival, o senador Barack Obama, na preferência dos eleitores democratas em todos os Estados Unidos, segundo pesquisa do instituto Gallup divulgado esta semana. É a primeira vez que Hillary tem uma vantagem significativa desde a superterça, em fevereiro. Obama, no entanto, tem o maior número de delegados, segundo a contagem da Associeted Press. As prévias até aqui lhe garantiram 1.617 delegados, enquanto Hillary tem 1.499. Para garantir a nomeação do Partido Democrata, são necessários 2.025 delegados. Se (contrate este jogador) nenhum dos dois pré-candidatos atingir esse número, o que parece provável, a decisão ficará nas mãos de 800 "superdelegados" - membros da direção do partido, congressistas e governadores.
Por estas e outras, volto a dizer: ainda não me permito idéias de antecipação.
Sergio Barra é medico e professor
sergiobarra9@gmail.com