Neste Pará, que as estatísticas nos apontam como um oásis de segurança, com índices de criminalidade que, dizem, estão beirando os da Islândia, se você reage, você morre; se você não reage, você também morre. E morre da forma mais brutal, mais vil, covarde e selvagem.
Santarém, onde me encontro, terceiro maior município do Estado e o maior do oeste do Pará, também você pode morrer, se reagir; e pode morrer, mesmo se não esboçar a mínima reação.
A cidade está sob o choque de um crime brutal, horrendo, selvagem, um latrocínio configurado que ocorreu nesta segunda-feira (10), em plena luz do dia, cometido por dois bandidos numa das avenidas mais movimentadas de Santarém, tendo como vítima o gerente de uma distribuidora de alimentos. E tudo isso para que lhe roubassem uma puseira e um cordão. Os detalhes, você pode conferir aqui, em matéria disponível no portal O EstadoNet.
Há vídeos circulando à farta em redes sociais, mostrando toda a dinâmica do crime. O Espaço Aberto não os publica por serem chocantes demais. Mas as imagens revelam que a vítima não esboçou qualquer reação diante dos dois bandidos que o abordaram numa moto. Mesmo assim, o comparsa que estava na garupa acerta-lhe um tiro à queima-roupa, o que provocou a morte, ao que parece, instantânea do gerente.
Nos comentários, às centenas, que acompanham as postagens dos vídeos, o tom é o mesmo: o medo da insegurança, a revolta contra a criminalidade que ceifa a vida de inocentes e a indignação contra a impunidade que permite a bandidos - muitos deles que nem são mais réus primários e com ordem de prisão expedida pela Justiça - continuarem matando dia sim, outro também por todo o Pará.
Um Pará que, como já dito, encaminha-se a passos céleres para se tornar a Islândia do Brasil em termos de criminalidade.
Então, tá!