sexta-feira, 29 de maio de 2015
Londres - Na Abbey Road, a faixa de pedestres que lembra os Beatles
Abbey Road foi o 12° álbum lançado pelos Beatles. Foi lançado em 26 de setembro de 1969, e leva o mesmo nome da rua de Londres onde situa-se o estúdio Abbey Road. Foi produzido e orquestrado por George Martin para a Apple Records. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
A capa do disco, famosíssima, mostra os quatro rapazes de Liverpool - John Lennon, George Harrison, Paul McCartney e Ringo Starr - atravessando a faixa de pedestres na Abbey Road com a Grove End Road. O local virou ponto de atração de turistas, que aproveitam os pouquíssimos momentos de trânsito leve para atravessar a mesma faixa.
As imagens e a edição são do Espaço Aberto.
A um ano das Olimpíadas, Turismo sofre corte de 69%
No ano que antecede os Jogos Olímpicos, o corte
de R$ 69,9 bilhões no Orçamento de 2015 atingiu em cheio os recursos
disponíveis para o Ministério do Turismo. O órgão, que contava com R$ 1,9
bilhão autorizados na Lei Orçamentária, teve o montante encolhido em R$ 1,4
bilhão. Restaram apenas R$ 584,1 milhões para serem distribuídos entre os
programas da Pasta.
O contingenciamento não atinge as despesas
financeiras e as obrigatórias do órgão, que englobam pagamento de sentenças
judicias, juros e amortizações de dívidas, salário e previdência social dos servidores.
Sendo assim, a Pasta terá que reduzir em R$ 1,4
bilhão apenas os recursos destinados às despesas primárias discricionárias (não
financeiras e não obrigatórias) e às emendas parlamentares individuais, que
juntos correspondem a R$ 1,8 bilhão do orçamento da Pasta.
Logo, será inevitável que o principal programa
do órgão, o “Turismo”, com dotação orçamentária de R$ 1,4 bilhão não seja
atingido. O programa apoia projetos de infraestrutura turística, faz promoção e
marketing do turismo no mercado nacional e no exterior, entre outras ações.
Mesmo com a restrição de 69%, o Ministério
garante que os projetos em andamento já estão com recursos assegurados em caixa
e que os investimentos estruturantes serão preservados. Ainda segundo o órgão,
a equipe técnica ainda está organizando a aplicação e distribuição de recursos
do orçamento 2015.
Independentemente do corte orçamentário, as
ações do Turismo já têm sido prejudicadas com a redução dos repasses, motivada
pelo atraso na aprovação da Lei do Orçamento e pelo ajuste fiscal promovido
pelo governo. Até o fim do primeiro quadrimestre, apenas R$ 110,6 milhões
haviam sido comprometidos em favor das iniciativas do órgão. O valor é inferior
à metade do empenhado nos quatro primeiros meses de 2014 – R$ 247,6 milhões.
Até abril, somente R$ 35,9 milhões do orçamento
de 2015 foram efetivamente pagos. Os outros R$ 173 milhões desembolsados se
referem a restos a pagar. No mesmo período do exercício anterior, os valores
foram de R$ 47 milhões e R$ 190,9 milhões, respectivamente.
Entre os programas executados pela Pasta, o mais
prejudicado foi o “Turismo”. No ano passado, R$ 149,2 milhões foram empenhados
para o programa e R$ 114,6 milhões desembolsados até abril, incluindo os restos
a pagar pagos. Neste ano, os empenhos foram de R$ 18,3 milhões e os pagamentos
de R$ 104,9 milhões (R$ 102,3 milhões relativos à quitação de restos a pagar).
A um ano das Olímpíadas, os recursos destinados
à ação “Promoção Turística do Brasil no Exterior” caíram 70% no primeiro
quadrimestre. No ano passado, R$ 32,6 milhões haviam sido destinados à
iniciativa até abril. Até o quarto mês desse ano, somente R$ 9,8 milhões foram
aplicados na iniciativa que prevê a promoção, marketing e apoio a
comercialização para a divulgação do turismo brasileiro no mercado
internacional, inclusive vinculada ao combate do turismo sexual.
A ação de “Promoção e Marketing do Turismo no
Mercado Nacional” também sofre com a baixa execução. Até o mês 04, R$ 5,7
milhões foram destinados à iniciativa, ante os R$ 14 milhões repassados em 2014. A rubrica tem por
objetivo a realização de campanhas de promoção do turismo interno para incentivar
o brasileiro a viajar pelo país.
Enquanto em 2014, R$ 48,2 milhões já haviam sido
empenhados para a ação “Apoio a Projetos de Infraestrutura Turística”, este ano
somente R$ 243,7 mil foram comprometidos para aplicações na iniciativa, a maior
do órgão, com dotação orçamentária de R$ 1,1 bilhão.
A rubrica tem por objetivo o desenvolvimento do
turismo nos municípios brasileiros, com recursos do Orçamento Geral da União e
contrapartida do tomador, principalmente por meio de estudos, projetos e obras,
para a adequação da infraestrutura turística de forma que permita a expansão
das atividades e a melhoria da qualidade do produto para o turista.
Em 2014, o Ministério do Turismo contava com
dotação de R$ 1,7 bilhão, dos quais R$ 728,7 milhões foram contingenciados.
Mesmo com o corte, a Pasta desembolsou R$ 765,4 milhões (incluindo os restos a
pagar quitados).
"Tenho medo. Eu já sofri 14 assaltos".
Quem disse que a violência não apavora?
Quem não disse que não estiola, que não parte, que não dilacera a nossa alma?
Quem disse que, sujeitos e expostos diariamente ao desamparo e à violência, conseguimos todos manter incólume a frieza que nossas profissões exigem?
Ontem, o Jornal Liberal 2º Edição, da TV Liberal, mostrou reportagem sobre o crime que tirou a vida do executivo israelense Gil Gottfried, 62 anos, morto a tiros quando chegava em casa, na travessa São Pedro, imediações do shopping Pátio Belém, área central da cidade.
A reportagem, que você pode conferir na íntegra aqui, tem exatos 2 minutos e oito segundos.
Lá no final, bem no finalzinho, o repórter colheu o depoimento de uma das médicas da equipe do Samu que tentou reanimar, infelizmente em vão, a vítima que acabara de morrer.
O que ela disse é estarrecedor.
Aos prantos, disse a médica Ângela Guimarães:
"Não tá fácil. Não é só a gente ver que dói, mas é saber que poderia ser qualquer um de nós. Eu tenho medo de sair na rua, entendeu? Eu já sofri 14 assaltos, então eu vejo uma coisa dessa e fico apavorada".
Quatorze assaltos, meus caros.
Quatorze. Nem um, nem dois - como aqui o repórter do Espaço Aberto -, nem três. Mas 14 assaltos.
Como não sentir medo?
Como não sentir pavor?
Como não se sentir inseguro?
Como não se sentir com a alma estiolada, quando vemos vidas sendo ceifadas e nada podemos fazer diante da carnificina que avança sem controle?
Como exigir que profissionais como os próprios médicos, de quem se espera sempre que tenham a frieza necessária para conduzir-se da melhor forma possível em situações extremas, como esperar, portanto, que eles não expressem os temores decorrentes da exposição diante do banditismo que assola Belém?
Como esperar de quem já sofreu 14 assaltos que não se veja atônito? Como?
Temos medo, sim.
Temos pavor, sim,
Sentimos insegurança, sim.
Tenhamos sido vítimas de um dois, três, quatro ou 14 assaltos - e milhares de pessoas nesta cidade de 1,5 milhão de habitantes já passaram pela experiência de ser alvo de assaltantes -, todos nós temos medo, pavor, horror da violência sem controle.
É assim.
Não deveria ser, mas é.
Pará é o terceiro no ranking dos homicídios dolosos
Espiem só.
A postagem abaixo, sob o título Ceará, o mais violento, entrou no Radar on-line, o blog do jornalista Lauro Jardim, de Veja, exatamente às 17h29 desta quinta-feira (28).
Mostra números recentes - e oficiais, para não dizer oficialíssimos - sobre os homicídios dolosos registrados no ano passado. Só os dolosos, ou seja, aqueles em que o autor teve a intenção deliberada de matar.
Ceará figura no topo do ranking.
Sergipe é o segundo.
E em terceiro? O Pará.
Leiam a postagem do blog.
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Dois estados do Nordeste, Ceará e Sergipe, encabeçam o ranking de homicídios dolosos registrados pelas autoridades policiais em 2014.
O Ceará foi o estado com a maior taxa de homicídios em 2014: 47,21 por 100 000 habitantes. Em números absolutos, foram registrados 4 144 assassinatos.
Em segundo lugar, vem Sergipe, com taxa de homicídios de 45,5 por 100 000 habitantes. O total absoluto no Sergipe é de 999 casos.
Em terceiro lugar, o Pará, com uma taxa de 40,48 por 100 000 habitantes. Foram 3 232 mortes ao longo do ano.
Santa Catarina foi o estado com a menor taxa de assassinatos em 2014: 8,95 a cada 100 000 pessoas, num total de 592 registros.
São Paulo vem em segundo lugar, com 4 294 assassinatos e uma taxa de 9,83 mortes a cada 100 000 pessoas.
Em terceiro lugar, vem Roraima, com taxa de 14,75 casos a cada 100 000 habitantes. No total, foram registradas 72 mortes.
Os dados foram repassados pelos estados ao Ministério da Justiça.
Blatter, o inacreditável. O cínico dos cínicos.
Inacreditável.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter - esse gigante das boas intenções aí ao lado -, é o cínico
dos cínicos.
Ele comanda a entidade mais corrupta do mundo. A
mais corrupta – sem tirar, nem pôr.
Comanda uma entidade que, de acordo com
investigações já processadas anteriormente a esta de agora, desencadeada pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, foi a origem de falcatruas que
envolvem bilhões – sim, bilhões – de dólares, por meio de lavagem de dinheiro,
fraudes fiscais, propinas distribuídas à farta e muito mais.
Pois vejam o que diz Blatter, o cínico dos
cínicos, sobre o novo mar de lama que brota dos porões, dos esgotos da excrescência
que ele dirige:
Devo
salientar que aqueles que são corruptos no futebol são uma minoria, como na
sociedade. Mas, como na sociedade, devem ser pegos.
Os corruptos no futebol são uma minoria?
Blatter, o cínico dos cínicos, não sabe o que
diz. Ou sabe – mas faz que não sabe.
Primeiro, porque os beneficiários de propinas em
negociatas que brotam dos porões da Fifa não são quatro ou cinco. São dezenas.
São centenas. Porque a corrupção nessa entidade podre, e em constante processo
de apodrecimento, não remonta há um mês, nem há dois anos. Remonta há décadas.
Segundo, porque, ainda que os corruptos da Fifa
fossem dois ou três, quatro ou cinco, dez ou 11, isso não vem muito ao caso. O
que importa são os valores envolvidos e o estilo corrupto, degradante, nojento,
asqueroso como a Fifa – e suas congêneres de escalões inferiores – como as
confederações e federações – comanda o futebol.
É assim.
Simples assim.
Mas Blatter, o cínico dos cínicos, faz que não
sabe.
Inacreditável.
Vale é condenada a indenizar trabalhadora atacada por onça em Carajás
Do TST
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho fixou em R$ 300 mil o valor da indenização por dano moral a ser pago a uma auxiliar de serviços gerais atacada por uma onça suçuarana numa mina de exploração de minério de ouro da Vale S.A. em Carajás, no Pará. A mineradora responderá solidariamente à condenação com a Topgeo Topografia e Serviços Ltda., empresa responsável pela contratação da empregada.
O acidente ocorreu no primeiro dia de trabalho da empregada, quando ela caminhava com uma colega até o refeitório. O trajeto, de cerca de 300 metros, ficava no meio da floresta e não havia cerca lateral ou qualquer tipo de proteção. Ela disse que pediu à supervisora um carro, mas, como no momento não havia nenhum disponível, seguiram a pé.
O ataque durou cerca de dois minutos, e atingiu cabeça, rosto, pescoço, costas e braços da empregada. A colega e um motorista que passava no local conseguiram afugentar o animal com gritos e buzinas, e a trabalhadora foi encaminhada ao hospital, onde recebeu os primeiros socorros e foi submetida a cirurgia.
Após o acidente, a Vale adotou medidas de segurança como a construção de grades de proteção e a determinação de que os trabalhadores não percorressem mais o trajeto a pé.
Ação trabalhista
Na ação trabalhista a trabalhadora pediu indenização por danos morais, materiais e estéticos, devido às sequelas do ataque, como cicatrizes e dores no rosto e dificuldade para movimentar a boca. Ela disse ainda que estava grávida e, por pouco, não perdeu o filho.
Condenada solidariamente a pagar R$ 700 mil de dano moral e R$ 300 mil por danos estéticos pela sentença da 1ª Vara do Trabalho de Parauapebas (PA), a Vale recorreu alegando que não poderia figurar na ação por não ser a empregadora da auxiliar. Sustentou ainda que não era responsável pelo ataque, já que a trabalhadora foi orientada a aguardar um carro para levá-la ao refeitório, mas preferiu seguir a pé, desrespeitando as orientações da empresa.
Segundo a argumentação da mineradora, como a via estava localizada em área de mata nativa, nenhuma medida paliativa poderia ter sido tomada para minorar ou evitar o risco. A construção das cercas laterais não foi feita antes do ataque porque qualquer obra na região depende de autorização prévia da autoridade pública federal, estadual e municipal.
A Topgeo destacou que o acidente foi um caso fortuito e que sempre observou todos os requisitos de segurança, fornecendo EPIs e treinamento e divulgando normas de saúde, meio ambiente e segurança do trabalho.
No TRT, ficou mantida a responsabilidade objetiva e a condenação solidária das empresas. Mas as indenizações por danos morais e estéticos foram reduzidas para R$ 20 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
TST
O relator do recurso da trabalhadora contra a redução, ministro Lelio Bentes Correa aumentou a indenização para R$ 300 mil. "A capacidade financeira da Vale, empresa nacionalmente reconhecida no segmento da exportação de minérios, e a gravidade da conduta de ambas as empresas, que só adotaram medidas preventivas após a ocorrência do ataque, autorizam a majoração, sob pena de resultar configurado um valor ínfimo e desproporcional," destacou. A decisão foi por maioria, vencido o ministro Walmir Oliveira da Costa.
O recurso que pedia a majoração da indenização por danos estéticos não foi conhecido por unanimidade devido ao impedimento da Súmula 126 do TST.
Colega da trabalhadora atacada também será indenizada
Em processo distinto, a colega da trabalhadora atacada pela onça também acionou a Justiça do Trabalho pedindo indenização por danos morais. Ela disse que presenciou o ataque à colega de trabalho, quase fatal, e tentou salvá-la, puxando-a para o lado contrário, mas se viu impotente para socorrê-la. "Terríveis cenas reprisadas a cada vez que fecho os olhos", firmou.
Nesse caso, o Regional reduziu a indenização de R$ 150 mil para R$ 10 mil. Em recurso ao TST, ela conseguiu elevar o valor para R$ 100 mil. "Não se pode desprezar a angústia e o sofrimento da trabalhadora que testemunhou o brutal ataque, lançando-se a esforço físico para evitar que a onça arrastasse sua colega para a mata e, com isso, provavelmente salvando a sua vida," salientou o ministro Lelio Bentes Correa, redator designado do acórdão.
A decisão foi por maioria, vencido o ministro Walmir Oliveira da Costa, que propôs aumentar o valor para R$ 50 mil, conforme sugerido na tribuna pelo advogado de defesa da Vale S.A.
Processos: RR-834-85.2012.5.08.0114 e RR-2319-84.2012.5.08.0126
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho fixou em R$ 300 mil o valor da indenização por dano moral a ser pago a uma auxiliar de serviços gerais atacada por uma onça suçuarana numa mina de exploração de minério de ouro da Vale S.A. em Carajás, no Pará. A mineradora responderá solidariamente à condenação com a Topgeo Topografia e Serviços Ltda., empresa responsável pela contratação da empregada.
O acidente ocorreu no primeiro dia de trabalho da empregada, quando ela caminhava com uma colega até o refeitório. O trajeto, de cerca de 300 metros, ficava no meio da floresta e não havia cerca lateral ou qualquer tipo de proteção. Ela disse que pediu à supervisora um carro, mas, como no momento não havia nenhum disponível, seguiram a pé.
O ataque durou cerca de dois minutos, e atingiu cabeça, rosto, pescoço, costas e braços da empregada. A colega e um motorista que passava no local conseguiram afugentar o animal com gritos e buzinas, e a trabalhadora foi encaminhada ao hospital, onde recebeu os primeiros socorros e foi submetida a cirurgia.
Após o acidente, a Vale adotou medidas de segurança como a construção de grades de proteção e a determinação de que os trabalhadores não percorressem mais o trajeto a pé.
Ação trabalhista
Na ação trabalhista a trabalhadora pediu indenização por danos morais, materiais e estéticos, devido às sequelas do ataque, como cicatrizes e dores no rosto e dificuldade para movimentar a boca. Ela disse ainda que estava grávida e, por pouco, não perdeu o filho.
Condenada solidariamente a pagar R$ 700 mil de dano moral e R$ 300 mil por danos estéticos pela sentença da 1ª Vara do Trabalho de Parauapebas (PA), a Vale recorreu alegando que não poderia figurar na ação por não ser a empregadora da auxiliar. Sustentou ainda que não era responsável pelo ataque, já que a trabalhadora foi orientada a aguardar um carro para levá-la ao refeitório, mas preferiu seguir a pé, desrespeitando as orientações da empresa.
Segundo a argumentação da mineradora, como a via estava localizada em área de mata nativa, nenhuma medida paliativa poderia ter sido tomada para minorar ou evitar o risco. A construção das cercas laterais não foi feita antes do ataque porque qualquer obra na região depende de autorização prévia da autoridade pública federal, estadual e municipal.
A Topgeo destacou que o acidente foi um caso fortuito e que sempre observou todos os requisitos de segurança, fornecendo EPIs e treinamento e divulgando normas de saúde, meio ambiente e segurança do trabalho.
No TRT, ficou mantida a responsabilidade objetiva e a condenação solidária das empresas. Mas as indenizações por danos morais e estéticos foram reduzidas para R$ 20 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
TST
O relator do recurso da trabalhadora contra a redução, ministro Lelio Bentes Correa aumentou a indenização para R$ 300 mil. "A capacidade financeira da Vale, empresa nacionalmente reconhecida no segmento da exportação de minérios, e a gravidade da conduta de ambas as empresas, que só adotaram medidas preventivas após a ocorrência do ataque, autorizam a majoração, sob pena de resultar configurado um valor ínfimo e desproporcional," destacou. A decisão foi por maioria, vencido o ministro Walmir Oliveira da Costa.
O recurso que pedia a majoração da indenização por danos estéticos não foi conhecido por unanimidade devido ao impedimento da Súmula 126 do TST.
Colega da trabalhadora atacada também será indenizada
Em processo distinto, a colega da trabalhadora atacada pela onça também acionou a Justiça do Trabalho pedindo indenização por danos morais. Ela disse que presenciou o ataque à colega de trabalho, quase fatal, e tentou salvá-la, puxando-a para o lado contrário, mas se viu impotente para socorrê-la. "Terríveis cenas reprisadas a cada vez que fecho os olhos", firmou.
Nesse caso, o Regional reduziu a indenização de R$ 150 mil para R$ 10 mil. Em recurso ao TST, ela conseguiu elevar o valor para R$ 100 mil. "Não se pode desprezar a angústia e o sofrimento da trabalhadora que testemunhou o brutal ataque, lançando-se a esforço físico para evitar que a onça arrastasse sua colega para a mata e, com isso, provavelmente salvando a sua vida," salientou o ministro Lelio Bentes Correa, redator designado do acórdão.
A decisão foi por maioria, vencido o ministro Walmir Oliveira da Costa, que propôs aumentar o valor para R$ 50 mil, conforme sugerido na tribuna pelo advogado de defesa da Vale S.A.
Processos: RR-834-85.2012.5.08.0114 e RR-2319-84.2012.5.08.0126
Cefet/PA deve indenizar aluna em R$ 10 mil por demora na emissão do diploma
Do TRF1
Consta dos autos que a autora da ação concluiu curso de graduação no segundo semestre de 2003. No entanto, em
Ao analisar o caso, o Juízo da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Pará deu parcial provimento ao pedido. “Embora não haja prazos normativamente estabelecidos para a expedição do diploma, o lapso superior a dois anos mostra-se excessivo. Além disso, observa-se que o atraso deve ser atribuído exclusivamente ao réu, porque, por conta e risco, criou cursos de licenciatura no interior do Estado, com base em interpretação que deu a alguns decretos federais”, diz a sentença.
Recurso – Autora e Cefet recorreram ao TRF1 objetivando a reforma da sentença. A primeira sustenta o direito à indenização por dano moral, “uma vez que o dano moral é a consequência de um abalo sofrido por alguém causado por outrem, que no caso em comento foi a não expedição do diploma logo após a conclusão do curso, conforme prometido pelo apelado, trazendo como consequência a dor moral”. Alegou também que a condenação pelos materiais deve ter como termo inicial a data de sua colação de grau.
O Cefet, por sua vez, ponderou que “não há como imputar responsabilidade civil à administração pública, no caso concreto, eis que não existe nenhuma relação de causalidade entre a ausência de diplomação por determinado período com a progressão salarial resultante de novo plano de carreira para o magistério no município de Redenção”.
Decisão – Para o relator, desembargador federal Souza Prudente, a parte autora tem razão quanto à existência do dano moral. “A morosidade injustificada nessa expedição, com reflexos negativos na vida social e profissional do aluno, como no caso, importa em responsabilidade objetiva da Administração e, por conseguinte, no pagamento da indenização correspondente”, fundamentou. E acrescentou: “Demonstrada, na espécie, a ocorrência do dano moral e material, impõe-se o acolhimento da pretensão, fixando-se a parcela indenizatória em R$ 10 mil”.
Nesses termos, a Corte, por unanimidade, negou provimento à apelação do Cefet e deu parcial provimento ao recurso da autora.
Processo nº 2005.39.01.001236-5/PA
Data do julgamento: 6/5/2015
Data de publicação: 15/5/2015
O que ele disse
"A Fifa dá, no mínimo, US$ 250 mil por ano para cada país investir em futebol. Na Europa esse dinheiro é irrelevante. Mas pense no Congo. Mauritânia. Tailândia. Esse dinheiro nunca é auditado. Por mais de 30 anos eu investiguei máfias, corrupção policial, corrupção política e crime organizado. Eles são amadores comparados com o que se faz na Fifa. Os líderes da Cosa Nostra enrubesceriam se soubessem das negociatas que rolam em Zurique."
Andrew Jennings, o maior jornalista investigativo sobre a corrupção na Fifa e autor de livros como Jogo Sujo, em entrevista há quatro anos.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Respeitem Marin. Respeitemos suas habilidades e apetites.
“Mesmo que você trabalhe honestamente, com
transparência e dignidade, como sempre foi feito aqui, eles falam. Uma meia
dúzia de jornalistas esportivos. Acho que é mais inveja e rancor, porque, no
fundo, eles querem profissionalização e sabem que trabalhamos bem.”
Vocês leram aí?
Sabem quem é o autor da frase?
J. Hawilla.
Disse-o em 2010, em reportagem do jornal O
Globo, intitulada O
dono do nosso futebol.
Mas quem é o
dono do nosso futebol?
Melhor dizer quem ele foi e em quê se
transformou.
J. Hawilla foi vendedor de cachorro quente. E se
transformou no dono da maior empresa de marketing esportivo da América Latina,
a Traffic, a ponta visível de um conglomerado de negócios que alcançou, nos
últimos anos, lucros superiores a US$ 500 milhões. Isso mesmo: mais de R$ 1,5
bilhão em valores atuais.
Por que aqui se põe em evidência J. Hawilla ?
Porque foi ele quem, digamos assim, deu o serviço para que o Departamento de
Justiça dos Estados Unidos identificasse o que autoridades americanas estão
chamando de corrupção sistêmica no
futebol mundial, inclusive, obviamente, o futebol brasileiro.
Réu confesso, Hawilla
dedurou meio mundo através do
instituto da delação premiada. Para tanto, concordou com o confisco de US$ 151
milhões (pouco mais de R$ 475 milhões, na cotação atual) de seu patrimônio –US$
25 milhões (R$ 78 milhões) deste total já teriam sido pagos no momento da
confissão.
Leram, meus caros?
Pois é isto: J. Hawilla, aquele que em 2010 disse trabalhar “honestamente,
com transparência e dignidade”, devolveu quase meio bilhão de reais do seu
patrimônio e ficou livre da prisão e de penas mais duras.
Mas o que ele contou valeu a pena.
Como valeu a prisão
de sete cartolas de projeção mundial, entre eles José Maria Marin,
ex-presidente da CBF, acusado de ter recebido R$ 2 milhões anualmente.
"Entre 1990 e 2009, a Traffic acertou uma
série de contratos com a CBF, a federação brasileira de futebol, para adquirir
direitos comerciais da Copa do Brasil, um torneio anual com clubes
brasileiros", diz o documento da investigação da Justiça dos Estados
Unidos.
"Durante esse período, Marin recebeu propina
na negociação da venda de direitos econômicos da Copa do Brasil. Como resultado
de um acordo alcançado entre CBF e Traffic em 22 janeiro de 2009, a Traffic detinha os
direitos de cada edição da Copa do Brasil para ser jogado a partir de 2009 até
2014."
Algum de vocês aí está espantado com essa
performance de Marin?
Pois tratem, meus caros, de se desespantar.
Porque um cara que foi flagrado
num vídeo embolsando – literalmente, enfiando bolso abaixo – uma medalha,
como não poderia receber um mimo de R$ 2 milhões por ano?
Respeitem Marin, cidadãos. Respeitem as suas
habilidades. Respeitemos os seus apetites.
As habilidades de Marin e os seus apetites vão
além, muito além do que embolsar medalhas, né?
Quem pensou que as aspirações de José Maria
Marin se esgotariam naquela medalhinha cometeu uma grave ofensa ao
ex-presidente da CBF, agora preso e em vias de ser extraditado para os EUA.
Meter no bolso uma medalhinha é coisa de
aprendiz.
Marin precisava mostrar como, onde e quando
meter a mão.
Ele sempre se escusou a revelar isso. Mas as
investigações que se processam nos EUA haverão de mostrar isso.
Ah, e vocês querem saber de mais uma coisa?
A corrupção, a sujeira, a imundície, a
patifaria, os desvios morais de toda ordem inundam e contaminam essas entidades
que dirigem o futebol - todas elas, todinhas, com as exceções que confirmam a
regra.
As
prisões de ontem, em Zurique, na Suíça, começam a revelar a extensão dessas
sujeiras e patifarias que remontam há décadas.
Pôr mais policiais nas ruas não acaba com a violência
De um leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Mais policiais nas ruas e operações de segurança intensificadas:
E se cai no mesmo erro: resolver problema social com mais polícia nas ruas.
Esse erro vem sendo cometido pelas autoridades por décadas. Não é a toa que a criminalidade urbana só aumenta.
A violência não aumentou de uma semana para cá, ela apenas atingiu as "pessoas de bem" (classe média branca). Enquanto ela fica restrita a periferia e interior, ok.
Mais polícia nas ruas - com essa polícia que temos hoje, com seus vícios e limites - significa aumento brutal da truculência contra cidadãos de periferia (sobretudo pobres, mestiços e negros) e máxima agressividade sobre os criminosos mais fáceis de serem pegos, ou seja, não se estará combatendo a violência, mas sim aumentando-a.
Enquanto não forem garantidos direitos mínimos a moradores de periferia, dando oportunidades econômicas com diminuição de desigualdade, continuará prendendo dois bandidos hoje e se criando quatro amanhã.
P.S.: Algumas afirmações foram retiradas de postagem do professor André Coelho.
Um aviso aos porcalhões que estão em qualquer lugar
Eis aí, meus caros.
Eis um apelo vazado em português claro, claríssimo.
Eis um apelo escrito em português de Portugal - e do Brasil - de forma objetiva, direta, sem rodeios, sem pruridos, digamos assim, estilísticos.
O recado foi colocado num muro de Santos, no litoral paulista.
Mas cabe em qualquer cidade brasileira. Qualquer uma. Belém - of corse - entre elas.
Porque é assim mesmo: os imbecis que emporcalham as cidades têm exatamente o status descrito no apelo que vocês leem acima.
E certamente os imbecis não se mostrarão sensibilizados porque estão sendo qualificados dessa forma. Não se tornaro, só por causa de avisos como esse, um exemplo de assepsia.
Mas é bom dizer-lhes o que são.
É prazeroso desabafar sobre o mal que fazem a uma cidade.
É bom qualificá-los em português - diretamente, objetivamente, sem rodeios.
A rua mencionada no aviso pode ser a sua - more você num bairro central de Belém, more você na periferia da cidade.
Porcalhões, te-mo-los, ou melhor, nós os temos em qualquer lugar.
Unamo-nos contra eles.
Semob abre licitação para linha fluvial Icoaraci-Belém
Será a falência do BRT?
A propósito,o jornalista Francisco Sidou vem insistindo na adoção do modelo fluvial desde o início da gestão do prefeito Zenaldo Coutinho. Será que sopra algum vento de oxigênio e bom senso lá pelos lados da Semob e do Palácio Antônio Lemos? A conferir.
É de Sidou, aliás, a seguinte postagem em sua página no Facebook:
Só para lembrar: reproduzo abaixo matéria veiculada em nossa página no Facebook, que foi reproduzida, por geração espontânea, no site Mobilie.com, de Brasília e com abrangência nacional, embora solenemente ignorada pela imprensa local (com exceção do Blog "Espaço Aberto", onde também escrevo e que tem como editor um jornalista dos bons, o Paulo Bemerguy), tendo alguns colunistas até torcido o nariz para não repercuti-la. É isso, nunca reivindiquei título de "pai" de qualquer ideia de alcance social ou coletivo. O importante é que seja adotada sem oportunismo eleitoral, vírus que atingiu e feriu de morte o Projeto BRT - Saudações.
Aleluia, finalmente algum sopro de renovação e de esperança de mudança em nosso defasado e sucateado sistema de transporte coletivo. Há muito venho pregando no deserto de que melhor seria a criação de uma linha fluvial urbana ligando Mosqueiro/Outeiro/Icoaraci/Belém do que insistir nesse mal planejado e pior acabado projeto do BRT. Resta saber se os donos de ônibus (que também se julgam os donos da cidade, por trem contribuído financeiramente com a campanha do prefeito eleito) não irão se rebelar contra essa medida.
A propósito,o jornalista Francisco Sidou vem insistindo na adoção do modelo fluvial desde o início da gestão do prefeito Zenaldo Coutinho. Será que sopra algum vento de oxigênio e bom senso lá pelos lados da Semob e do Palácio Antônio Lemos? A conferir.
É de Sidou, aliás, a seguinte postagem em sua página no Facebook:
Só para lembrar: reproduzo abaixo matéria veiculada em nossa página no Facebook, que foi reproduzida, por geração espontânea, no site Mobilie.com, de Brasília e com abrangência nacional, embora solenemente ignorada pela imprensa local (com exceção do Blog "Espaço Aberto", onde também escrevo e que tem como editor um jornalista dos bons, o Paulo Bemerguy), tendo alguns colunistas até torcido o nariz para não repercuti-la. É isso, nunca reivindiquei título de "pai" de qualquer ideia de alcance social ou coletivo. O importante é que seja adotada sem oportunismo eleitoral, vírus que atingiu e feriu de morte o Projeto BRT - Saudações.
Aleluia, finalmente algum sopro de renovação e de esperança de mudança em nosso defasado e sucateado sistema de transporte coletivo. Há muito venho pregando no deserto de que melhor seria a criação de uma linha fluvial urbana ligando Mosqueiro/Outeiro/Icoaraci/Belém do que insistir nesse mal planejado e pior acabado projeto do BRT. Resta saber se os donos de ônibus (que também se julgam os donos da cidade, por trem contribuído financeiramente com a campanha do prefeito eleito) não irão se rebelar contra essa medida.
O que ele disse
"Corruptos e ladrões que fazem mal ao futebol
foram presos, inclusive José Maria Marin. Ladrão tem de ir para cadeia.
Parabéns ao FBI. Infelizmente não foi a polícia brasileira quem prendeu".
Romário, senador (PSB-RJ) e ex-jogador de
futebol, festejando
a prisão do ex-presidente da CBF e de outros 10 cartolas em Zurique, na
Suíça, por determinação da Justiça dos Estados Unidos. A foto é de Pedro Ladeira/Folhapress.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
“Por que a morte da feirante não gera protestos?”
Deputado Coronel Neil: |
O deputado Coronel Neil (PSD) é policial
militar.
Sobre violência, não fala por teses e teorias,
portanto.
Não fala com base em especulações.
Sobre o tem violência, o deputado fala com a
experiência de quem já esteve, digamos, no teatro
de operações, se assim podemos definir esse cenário de guerra civil que
engolfa Belém, um cenário que, a rigor, está muito mais para uma carnificina
que se repete todos os dias, o dia todo, de forma horrenda, horrorosa,
trágica, assustadora.
Neil disparou por e-mail para muitos, inclusive
para o Espaço
Aberto , o que ele denominou de Carta Aberta às Pessoas de Bem do Pará.
O texto, em verdade, é um convite para a
audiência pública sobre a violência, marcada para 2 de junho, na Assembleia
Legislativa.
Mas a carta se oferece como uma oportunidade
para que o parlamentar faça reflexões pertinentes, inclusive sobre a
banalização com que a sociedade reage diante de crimes que vitimam,
diariamente, os pobres, os moradores dos bairros da periferia de Belém e de
outras cidades do Pará.
Leia, a seguir, a íntegra da carta.
-----------------------------------------------------------
CARTA ABERTA ÀS PESSOAS DE BEM DO PARÁ
Amigos, vivemos tempos de temor. Temos medo de
ficar em frente a nossas casas, de parar no sinal vermelho, de sair em
determinados horários, tememos até levar nossos filhos para festas infantis.
Eu, Neil Duarte de Souza, estou deputado estadual, mas sou pai, sou filho, sou
esposo, sou cidadão e também temo pela segurança dos que amo.
Eu não poderia vir aqui hoje e não
lamentar a morte dos jovens universitários, Lucas Costa e Lucas Menezes, mortos
sábado e ontem. Assim como não poderia deixar de lamentar a morte da Isabel,
feirante da Cidade Nova; a morte do Gabriel, morador da Sacramenta, ambos
assassinados durante o final de semana e tantas outras vidas perdidas. Lamento
ainda mais esta lógica perversa que faz com que a dor do pobre seja ignorada
pela sociedade.
Eu lamento muito. E tenho uma dúvida que
gostaria que meus amigos da imprensa me ajudassem a responder: Por que só a dor
da classe média comove a sociedade? Por que o velório do rico é destaque no
jornal? Por que a morte da feirante não gera protestos e indignação nas redes
sociais?
Dediquei 25 anos de minha vida a ser policial
militar. Acompanhei de perto momentos de luto de famílias que moram no centro e
nos bairros mais afastados. Presenciei a dor do rico e do pobre. Do preto e do
branco. E digo pra vocês, senhores, a dor do luto não faz distinção social.
Então, não vamos fazer.
Assim como também não faz distinção, a
violência. Estamos todos sujeitos a ser vítimas da violência. E é para debater
as causas desta violência e buscar medidas para a conter que eu propus uma
audiência pública que vai ser realizada no próximo dia 2.
Nas ruas, eu sempre montei a estratégia de
policiamento com base nas estatísticas da Segup e no clamor popular. Agora,
como representante do povo, eleito para ser sua voz dentro da Casa de Leis, não
poderia ser diferente. Por isto, aproveito a oportunidade para convidar a todos
a participar da audiência pública sobre a criminalidade na Região Metropolitana
de Belém, no próximo dia 2, às 14h30. No auditório João Batista.
Mais policiais nas ruas e operações de segurança intensificadas
Da Agência Pará
A partir desta terça-feira (26), os órgãos de Segurança Pública do Estado unem forças para intensificar operações já em andamento e iniciar outras planejadas nos meses anteriores. A intenção é dar à sociedade respostas à altura dos fatos atípicos que, durante o fim de semana, provocaram a inquietude de quem mora na Região Metropolitana de Belém (RMB), tanto pela quantidade de mortes registradas quanto pela brutalidade dos crimes cometidos. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva concedida, à tarde, por integrantes da cúpula de segurança pública do Estado. A Prefeitura de Belém participou do evento com representantes da Guarda Municipal e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob).
Entre as principais ações anunciadas está a realocação de policiais militares do setor administrativo para as ruas. O aumento do efetivo vai possibilitar, entre outras coisas, que rondas extensivas sejam feitas em maior quantidade e em vários pontos simultâneos da RMB, sobretudo em corredores de tráfego intenso e nas áreas definidas como “zonas vermelhas” pelas forças de segurança. “Esses pontos são identificados a partir dos números levantados pelo serviço de inteligência, mas permanecerão sob sigilo até que as operações sejam deflagradas”, explicou o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Jeannot Jansen. Por questões estratégicas, os horários das ações também não foram revelados.
As blitzen feitas por agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) na operação “Duas Rodas” contarão com o reforço da Polícia Civil e homens da Polícia Militar para, além de identificar e apreender motocicletas roubadas ou com documentação irregular, autuar o condutor, para que os responsáveis por esse tipo de delito também sejam responsabilizados. “É preciso entender uma coisa: alguém só rouba um telefone celular porque existe outrem para comprar o produto do roubo”, taxou o secretário Jansen.
Reforço – O comandante geral da Polícia Militar, coronel Roberto Campos, anunciou o retorno da operação “Cadê seu Filho”, que tem como principal objetivo coibir a presença de adolescentes nas ruas e em festas onde a permanência do público jovem é proibida. “A indignação sentida pela sociedade é compartilhada por nós, militares. Recentemente perdemos um colega, capitão da PM, que foi atropelado por um cidadão alcoolizado durante uma barreira feita para coibir a violência. Ou seja, o crime atinge a todos. Estamos agindo por toda a sociedade. Fazemos parte dessa sociedade”, desabafou Campos.
O conjunto de ações foi anunciado depois que 21 mortes foram registradas na RMB e outras 20 no interior, no último fim de semana, considerado “atípico” pelos órgãos de segurança. Entre os casos que mais chocaram estão a morte de uma criança, no conjunto Júlia Sefer, em Ananindeua, e o assassinato de dois estudantes universitários, um no sábado e outro na segunda-feira, ambos em Belém. Destes casos, o último, envolvendo a morte de um estudante na Avenida Centenário, segue com várias linhas de investigação. Os demais já contam com prisões, investigações adiantadas e inquéritos instaurados. Outra medida parte do setor de inteligência da Superintendência do Sistema Penal (Susipe), que vai fazer um levantamento minucioso para recapturar presos foragidos em todo o Estado.
Estatísticas – A cúpula da Segurança Pública do Estado deixou claro que, apesar da inquietude provocada pelo fim de semana atípico, os números relacionados a delitos e crimes registraram queda no primeiro quadrimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. A redução no número de homicídios em todo o Pará foi de 5,51%. Quando trazido para Belém, o percentual registra diminuição de 15%, no mesmo período e para o mesmo tipo de infração. “É importante registrar que, mesmo nos casos em que o delito acontece, a resposta da Polícia (Militar) tem sido rápida e eficiente. Nossos homens estão sempre apostos e a impunidade é algo raro de se ver em todos os casos registrados”, complementou o coronel Campos.
No mesmo período, a Polícia Militar informou que as ações executadas em conjunto com os demais órgãos de Segurança Pública resultaram na apreensão de 896 armas, 670 presos recapturados, 789 mandados de prisão cumpridos e 1,7 mil veículos recuperados (média de 14 carros por dia). O comandante geral da PM também fez referência à amplitude nacional pela qual passa o setor de segurança pública, no país. “Entre 1980 e 2012, o número de mortos por armas de fogo cresceu 380%, no Brasil. Quando a análise leva em conta apenas jovens, o aumento é de 465%. Em 1980, foram 4,4 mil jovens mortos. Em 2012, a quantidade de vítimas passou de 25 mil”, revelou.
Uso de moto deveria ser proibido a partir das 18h, defende leitor
De leitor do Espaço Aberto sobre a postagem Uma carnificina nos assola. Como escaparmos dela?:
Tá demais. Que horror!
Só soluções radicais para baixar a criminalidade.
Primeiro, como o problema social mostra suas consequências na violência, fazer imediata contratação de policiais militares com salários mais dignos. Descuidaram da educação e agora estamos sentindo seus efeitos...
Sugiro que a prefeitura/governo do Estado proíbam, em conjunto, o uso de motos nas cidades mais violentas, a partir das 18h, ou a utilização do carona na moto durante todo o dia, criando multa de R$ 1.000,00 pela infração e apreensão da moto. Deixar ao Judiciário resolver se a medida é contrária à ausência de legislação federal sobre o caso.
Mas o problema não está só no Executivo, onde se tem notícias de muitas fugas das cadeias durante o ano todo e que, para evitá-las, deveríamos imediatamente aumentar a segurança nas cadeias e penitenciárias.
O Judiciário também precisa fazer a parte dele, mantendo preso o infrator até a prolação da sentença. Se for absolutória, solta; caso contrário o sujeito permanece preso. Deixar que o STJ e o STF resolvam eventuais situações contrárias a sua jurisprudência. Inclusive, defendo Direitos Penal e Processual Penal desvinculados da competência da União para legislar, porque melhor refletiria a realidade de cada local. Os índices de violência daqui não são os mesmos que de Santa Catarina, por exemplo.
Patrocinador não entende mesmo nada de futebol
Olhem só.
O pessoal da editoria de Esporte daqui do Espaço Aberto não tolera o Luxemburgo. E a maioria do pessoal que acompanha futebol também.
Mas Luxemburgo é arrogante demais. Acha-se um dos suprassumos da humanidade. Fora as negociações suspeitas envolvendo jogadores.
É um bom treinador? É. Mas tem esses senões apontados acima.
Faça-se, todavia, justiça a Luxemburgo: ele deu um show na entrevista coletiva que concedeu ontem, para explicar sua demissão.
Não deixou pedra sobre pedra sobre esses patrocinadores que, mesmo não entendendo nada sobre futebol, se acham no direito de intervir em tudo no clube que patrocinam. Até na pasta de dente que os atletas vão usar.
É preciso dosar essa parada. É preciso equilibrá-la.
Patrocinador, só porque patrocina, sabe tudo? Pode tudo? Deve dar a última palavra em tudo?
É claro que não.
Os contratos de patrocínio configuram uma parceria.
O clube é remunerado por sua marca. A marca que o patrocina também se beneficia.
Ambos devem ganhar, e não apenas o patrocinador. Aliás, e a rigor, o clube é que deve ganhar. Do contrário, perdem o clube e o patrocinador. Simples assim. Muito simples.
Sobre isso, Luxemburgo disse o seguinte na entrevista:
A diretoria tem pessoas sérias, mas na relação de propostas ela é complicada. O Flamengo trabalha com grupo de gestor. Nós, eu e o Rodrigo Caetano, contratados, não somos ouvidos. O grupo resolve as coisas e não sabe nada de futebol. Podem ser competentes nas suas empresas. O Caetano fica de pés e mãos atados. Esse grupo veta tudo. Que experiência (os dirigentes) têm em futebol? Eles ganham prêmio, saem no NY Times, mas têm que ganhar prêmio no futebol, e o Flamengo é futebol.
E também isso:
O Flamengo tem melhor CT do Rio, mas acanhado demais para quem quer tocar futebol. O CT é o mesmo desde a Patricia. Vamos todos os dias lá, e o Conselho Gestor deveria ir lá e ver como funciona. Os jogadores se uniram agora para comprar uma borracha e colocar no vestiário. E o Conselho Gestor? O clube fez agora um convênio com o Nova Iguaçu, que tem CT melhor que o dos grandes. Convênio de um ano. Não participamos do contrato, nem eu e nem o Rodrigo. Foi o Fred Luz.
Quem aí discorda de Luxemburgo?
O pessoal da editoria de Esporte daqui do Espaço Aberto não tolera o Luxemburgo. E a maioria do pessoal que acompanha futebol também.
Mas Luxemburgo é arrogante demais. Acha-se um dos suprassumos da humanidade. Fora as negociações suspeitas envolvendo jogadores.
É um bom treinador? É. Mas tem esses senões apontados acima.
Faça-se, todavia, justiça a Luxemburgo: ele deu um show na entrevista coletiva que concedeu ontem, para explicar sua demissão.
Não deixou pedra sobre pedra sobre esses patrocinadores que, mesmo não entendendo nada sobre futebol, se acham no direito de intervir em tudo no clube que patrocinam. Até na pasta de dente que os atletas vão usar.
É preciso dosar essa parada. É preciso equilibrá-la.
Patrocinador, só porque patrocina, sabe tudo? Pode tudo? Deve dar a última palavra em tudo?
É claro que não.
Os contratos de patrocínio configuram uma parceria.
O clube é remunerado por sua marca. A marca que o patrocina também se beneficia.
Ambos devem ganhar, e não apenas o patrocinador. Aliás, e a rigor, o clube é que deve ganhar. Do contrário, perdem o clube e o patrocinador. Simples assim. Muito simples.
Sobre isso, Luxemburgo disse o seguinte na entrevista:
A diretoria tem pessoas sérias, mas na relação de propostas ela é complicada. O Flamengo trabalha com grupo de gestor. Nós, eu e o Rodrigo Caetano, contratados, não somos ouvidos. O grupo resolve as coisas e não sabe nada de futebol. Podem ser competentes nas suas empresas. O Caetano fica de pés e mãos atados. Esse grupo veta tudo. Que experiência (os dirigentes) têm em futebol? Eles ganham prêmio, saem no NY Times, mas têm que ganhar prêmio no futebol, e o Flamengo é futebol.
E também isso:
O Flamengo tem melhor CT do Rio, mas acanhado demais para quem quer tocar futebol. O CT é o mesmo desde a Patricia. Vamos todos os dias lá, e o Conselho Gestor deveria ir lá e ver como funciona. Os jogadores se uniram agora para comprar uma borracha e colocar no vestiário. E o Conselho Gestor? O clube fez agora um convênio com o Nova Iguaçu, que tem CT melhor que o dos grandes. Convênio de um ano. Não participamos do contrato, nem eu e nem o Rodrigo. Foi o Fred Luz.
Quem aí discorda de Luxemburgo?
Flávio Oliveira ganha Prêmio Fox de Literatura
Olhem aí.
O juiz aposentado Flávio Oliveira (na foto, de boné, com o escritor Salomão Larêdo), leitor assíduo aqui do Espaço Aberto, comemora um prêmio.
Em verdade, festeja um prêmio e um feito: o de ter sido o único vencedor do Prêmio Fox de Literatura, concorrendo com outros 20 autores.
É a primeira vez que a Fox institui esse concurso literário.
O livro de Flávio é um romance ficcional, com título ainda provisório Não quero brigar com o tempo.
A obra já está em fase de editoração, em São Paulo, pela editora Empíreo.
O prêmio do vencedor são 500 exemplares impressos. Lançamento programado para a segunda quinzena de outubro, na Fox.
Tão logo a obra saia do prelo, o blog vai divulgar pra vocês.
O que ele disse
"Não existe democracia sem partido político, e o distritão acaba com os partidos. Apenas o Afeganistão e mais outros dois países pequenos adotam esse sistema. Vamos pegar o Afeganistão como modelo?"
Deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), defendendo a rejeição do distritão, que acabou mesmo rejeitado pelo plenário da Câmara.
terça-feira, 26 de maio de 2015
Empregado pode usar o banheiro a qualquer momento
Empresas devem permitir que os empregados usem o banheiro a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e remunerações. Assim determina o item 5.7 do Anexo II da NR-17 do Ministério do Trabalho e Emprego.
A norma foi citada pela juíza Laura Balbuena Valente Gabriel, da 19ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, ao julgar o caso de uma empresa que limitava o acesso ao banheiro para os funcionários. Segundo a decisão, se o acesso lhes for negado, a empresa pagará R$ 1 mil de multa para cada caso relatado.
As denúncias contra a empresa paulista Interadapt Solution, que presta serviços de governança em Tecnologia da Informação (TI), partiram dos próprios funcionários que trabalham no Help-Desk (serviço de apoio de informática) implantado no Foro Central de Porto Alegre. Conforme os relatos que chegaram ao Ministério Público do Trabalho, os funcionários só têm acesso ao banheiro três vezes ao dia, coincidentemente nos períodos de intervalos, que duram 10 minutos. E, numa das vezes, com horário pré-estabelecido.
Segundo a Ação Civil Pública, assinada pelo procurador do trabalho Ivo Eugênio Marques, a situação piorou quando um dos coordenadores da equipe repreendeu publicamente dois colegas por se exceder alguns minutos no tempo de intervalo. Um deles, que ainda estava no banheiro, foi repreendido ao sair do local.
‘‘Decorrido o prazo que lhe foi concedido, a ré não se manifestou. Daí a necessidade de promoção da presente Ação Civil Pública, a fim de reprimir a prática ilegal e garantir ao conjunto dos atuais e futuros funcionários da ré que possam usufruir do benefício previsto no item 5.7 do Anexo II da NR-17 do MTE, benefício esse que se traduz em uma das muitas faces do direito social garantido constitucionalmente à saúde (artigo 6º da Constituição Federal)’’, escreveu na peça o procurador Marques.
Focada em ergonomia, a NR-17 estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Em caráter definitivo, o MPT gaúcho requereu a confirmação da liminar e a publicidade da decisão a todos os empregados, mediante recibo, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, reversível ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Clique aqui para ler a liminar.
Clique aqui para ler a inicial da ACP.
Uma carnificina nos assola. Como escaparmos dela?
Treze, meus caros. Um, dois, três, quatro... até
13. Isso tudo na Grande Belém.
É uma guerra civil?
Não pensem que é.
Não pensemos que é.
Porque não é.
A guerra – seja civil ou militar – consiste em
dois lados se enfrentando. Se há desigualdade, se há desproporção de forças, não importa. O que
importa é que são dois lados se confrontando.
Não é o que acontece nesta selva de violência que nos cerca, nos engolfa e nos assusta.
Estamos, de um lado, todos nós, cidadãos
indefesos, desarmados, amedrontados, apavorados.
Do outro lado, facínoras armados, cada vez mais
ousados, bárbaros e cruéis.
Se não temos guerra civil, temos o quê, então?
Uma carnificina, é evidente.
Uma carnificina - sem tirar nem pôr.
Não é chacina porque não existe uma ação
concertada (com “c” mesmo, não esqueçam), combinada, articulada, como a que
ocorreu em novembro do ano passado, quando
11 pessoas foram mortas em vários bairros de Belém.
Não é chacina porque a criminalidade é dispersa,
disseminada, não poupa ninguém – nem a classe média, que vive nas áreas mais
centrais da cidade ou em condomínios horizontais em locais mais afastados, nem
os mais humildes de bairros da periferia, que não podem sequer reunir-se com
seus filhos numa casa de recepções, sem que corram o risco de sair dali para
cemitério.
Entre as mortes do final de semana, registre-se
um traço comum em duas delas.
A primeira, do universitário Lucas Silva da
Costa, 19 anos, morto
na madrugada do último domingo, no Marco.
Olhem aqui o relator do professor Rafael
Boulhosa, que viajaria com os estudantes – entre eles Luca – no ônibus que foi
invadido pelos assaltantes: "Os jovens entregaram os celulares e seus
pertences. Os assaltantes já iam saindo, quando um deles voltou e baleou um
jovem que ia prestar esse tipo de atendimento à comunidade. Todos nós estamos
muito abalados por vermos pessoas que só querem fazer o bem para os outros em uma
situação negativa como essa”.
O outro caso chocante foi o de uma criança de
oito anos, apenas oito anos de idade, assassinada quando brincava com outra
numa festa infantil, em casa de recepções no conjunto Júlia Seffer.
O que sobressai num caso e noutro? O jovem e a
garota foram mortos cruelmente, sem esboçar reação, sem demonstrarem qualquer
intenção de enfrentar o bandido que empunhava a arma.
Sabem aquela primeira, básica e essencial da
lição dos manuais de sobrevivência que todos devemos seguir, na selva de
brutalidade em que nos encontramos?
A primeira, básica e essencial regra de conduta
prescreve o seguinte: não reaja, não esboce reação alguma.
Lucas não esboçou reação alguma.
A menina de oito anos estava brincando.
Eles foram mortos mesmo assim.
Foram cruelmente assassinados.
Como
eles, tantos inocentes que não sabem o que fazer para escapar da carnificina
que nos assola.Ah, sim.
E ontem à noite, mais um universitário foi assassinado. Também ele Lucas.
Lucas Batulevicios Pereira Menezes, 23 anos, estava a caminho de uma faculdade no centro de Belém quando foi baleado e morto dentro de seu próprio carro, na avenida Centenário, sentido avenida Júlio César.
O horror! O horror!
Olhem Floripa. Depois, olhem Belém.
Espiem bem.
As fotos acima foram mandadas para o Espaço Aberto , pelo fotógrafo Luiz Braga.
O texto abaixo também foi remetido pelo Luiz,
uma das excelências culturais desta terra, apaixonado por sua cidade e sempre
inquieto com o desprezo, com o abandono e com a violência aterradora.
Texto e fotos, fotos e texto dizem tudo. Leiam a
seguir:
Que
Florianópolis é uma das melhores cidades desse sofrido Brasil a gente já sabia.
Mas
sair da nossa torturada e esfolada Belém para cá é um choque agora maior ainda,
pois quando estive aqui, em 1998, Floripa era um lugar ótimo e quieto. Belém
ainda tinha uma razoável qualidade de vida.
Basta
veres hoje o estado da Praça da República e comparar com essa praça aqui em
Floripa, onde estou, para se sentir engasgado.
Solar da Beira caindo aos pedaços também,
assassinos agindo à vontade, enfim terra arrasada.
Conexão Brasil desconectado da rádio de deputado em Oriximiná
Max Hamoy: críticas à presidente Dilma custou a desconexão do Conexão Brasil da rádio de Júnior Ferrari, em Oriximiná |
Radialista com larga experiência, Hamoy comanda atualmente o programa Conexão Brasil, transmitido pela internet diretamente de Danbury, cidade do Estado de Connecticut (EUA), e reproduzido por vários emissoras do país, inclusive a Liberal AM 900, de Belém.
Pois foi pela Liberal AM, no início da madrugada de hoje, que o poster ouviu Max Hamoy sentar a pua baixar o sarrafo em Júnior Ferrari. É que a Rádio Sucesso FM 96,3, de propriedade do parlamentar, teria deixado de retransmitir o Conexão Brasil porque o radialista estaria carregando muito no tom das críticas que tem feito à presidente Dilma Rousseff e, por extensão, aos petistas.
"Eu não sabia que o deputado estava de conchavo com o PT", disse Hamoy, que ainda completou avisando que tem 45 mil seguidores no Facebook e poderá mobilizá-los para não votarem em Ferrari nas próximas eleições. "Com essa, o deputado Júnior Ferrari acabou de assinar um atestado para não se eleger a mais nada", reforço Nélio Pena, que apresenta o programa de Belém, coadjuvando Hamoy.
O curioso é que, no site da Sucesso FM, pelo menos até o início da madrugada desta terça-feira, o Conexão Brasil ainda constava da grade de programação, no horário de 1h às 4h da madrugada. Mas tudo indica que o site precisa ser atualizado, porque a rádio só estava tocando músicas - uma atrás da outra, de enfiada.
E nada de Conexão Brasil na parada.
E tudo por causa das críticas à presidente Dilma e ao PT.
MPF lança campanha internacional de combate à corrupção
Vinte e um países unidos no combate à corrupção.
Esse é o objetivo da campanha “Corrupção, Não!”, realizada pelo Ministério
Público Federal (MPF) em parceria com a Associação Ibero-Americana de
Ministérios Públicos (Aiamp). A ação visa ampliar o debate sobre o combate à
corrupção, além de conscientizar as pessoas sobre o papel do Ministério Público
no enfrentamento a este tipo de crime.
A campanha “Corrupção Não!” tem foco na internet
e visa atingir, principalmente, jovens de 16 a 33 anos. A ideia é explorar as redes
sociais com o uso das hashtags #CorrupçãoNão e #CorrupciónNo. A escolha do
público-alvo levou em conta o potencial mobilizador da rede e da indignação dos
jovens em torno do assunto.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pesquisas recentes da Transparência Internacional apontam que os jovens
são os mais incomodados com a corrupção. “Eles também são os mais dispostos a
encarar as mudanças culturais necessárias ao enfrentamento da corrupção”,
explicou. Ele ressaltou, ainda, que esta é uma oportunidade para reforçar o
papel do Ministério Público brasileiro no combate à corrupção nas esferas
cível, criminal e, ainda, na recuperação de ativos.
O lançamento da campanha, que terá versões em
português e espanhol, será feito em todos os países participantes. Para o
sucesso e o alcance do público durante os dois meses de duração, foram criadas
diferentes estratégias de engajamento. "Nosso objetivo é atrair o público
para, junto ao MPF, dizer 'não' à corrupção”, reforçou a procuradora da
República Anna Carolina Resende, do Centro de Comunicação Integrada (CCI).
Os Ministérios Públicos dos países que integram
a Aiamp têm forte atuação no combate à corrupção. A campanha foi um compromisso
de Rodrigo Janot na gestão como presidente da associação. Durante a 22ª
Assembleia-Geral da Aiamp, em novembro do ano passado, no Uruguai, ele
apresentou três propostas de campanha publicitária. Por unanimidade, foi
escolhida a opção de declarar "não à corrupção", considerada a mais
adequada em função da visibilidade e clareza da mensagem.
Engajamento – A campanha, que tem como foco a comunicação
digital, contará com um hotsite, uma fanpage no Facebook, conta no Twitter e
banners web. Entretanto, o suporte das mídias tradicionais é fundamental para
fortalecer a mensagem da campanha. Para isso, foram produzidos vídeos e spots
de rádio com duração de um minuto e de 30 segundos, mobiliários urbanos,
cartazes e adesivos de veículos.
Desvio de verbas
– O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) afirma que
a corrupção é o maior obstáculo ao desenvolvimento econômico e social no mundo.
A entidade estima que, a cada ano, pelo menos US$1 trilhão são gastos em
subornos, enquanto cerca de US$ 2,6 trilhões são desviados. A soma é
equivalente a mais de 5% do PIB mundial.
A campanha reforça que é preciso dizer 'não' à
corrupção, por menor que ela seja, em todos os lugares: em família, nas ruas,
nas conversas informais. Anna Carolina reforça que o sucesso do movimento
“Corrupção, Não!” depende da participação de todos. “É importante destacar que
comportamentos simples como furar fila, falsificar carteirinhas de estudante,
ou subornar um agente de trânsito, por exemplo, também são atos de corrupção.
Nosso objetivo maior é mostrar que a mudança ética em favor da sociedade começa
nas atitudes de cada um”, explica.
Para mais informações, visite o hotsite da
campanha: www.corrupcaonao.mpf.mp.br.
Fonte: Assessoria
de Imprensa do MPF no Pará
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