segunda-feira, 30 de junho de 2014

O gol de James Rodríguez. Uma obra de arte.

Vejam aí.
O gol de James Rodríguez.
O primeiro dele - que depois marcaria mais um - na vitória por 2 a 0 da Colômbia sobre o Uruguai, pelas oitavas de final na Copa do Mundo.
Esse não foi um gol.
Foi uma obra de arte.
Um gol de placa.
Um gol espetacular.
O mais espetacular já marcado nesta Copa do Mundo até agora (pelo menos na opinião do pessoal da editoria de Esporte do blog).

Rede de magistrados pede proporcionalidade no caso Suárez

Após o atacante da seleção do Uruguai Luis Suárez ser punido com uma série de sanções pela Fifa por morder o jogador italiano Giorgio Chiellini, em jogo na Copa do Mundo, a Red Latinoamericana de Jueces — entidade que reúne magistrados de 19 países ibero-americanos — declarou que a pena deve ser proporcional à falta cometida. Em nota divulgada nesta sexta-feira (27/6), a Redlaj afirma que nenhuma medida deve provocar discriminações e afetar outros direitos, como o de trabalhar e transitar pelo território de um Estado.
O jogador foi suspenso por nove jogos de seleção, deixando a Copa do Mundo, e foi proibido inclusive de ficar com a delegação uruguaia ou entrar em estádios de futebol quando o país jogar. Está ainda impedido de desempenhar atividades no futebol por quatro meses, o que o manterá afastado do Liverpool, time em que joga, na Inglaterra.
Ao aplicar a punição, considerada severa, a Fifa levou em conta que o jogador já havia sido afastado em 2010 e 2013 por outras mordidas em adversários. Para a Redlaj, penas devem analizar elementos ligados à falta em si, e não a características do jogador ou condutas anteriores. 
Leia a íntegra da nota, em espanhol:
La Red Latinoamericana de Jueces, entidad internacional con magistrados representantes en 19 países de América del Sur, Centroamérica, Caribe y México, con motivo de lo sucedido en la Copa del Mundo que se está desarrollando en Brasil, en la cual la entidad organizativa (FIFA) aplicó una sanción al jugador uruguayo Luis Suárez que incluiría la prohibición de asistencia a los estadios y concentraciones, y a reunirse con sus colegas, y en atención a los importantes aspectos jurídicos y sociales implicados, nos vemos impulsados a señalar algunas reflexiones, como operadores del sistema jurídico en cada uno de nuestros países:
1)  En toda pena debe respetarse la necesaria proporcionalidad entre la falta y la sanción, que la limite a la medida justa y que no provoque estigmas, discriminaciones o efectos que excedan el ámbito de incumbencia, afectando otros derechos ajenos a la propia competencia deportiva, a saber el derecho al trabajo, de reunión y a transitar libremente por el territorio de un Estado. Estas cuestiones están afectadas exclusivamente a la potestad jurisdiccional.
2) Toda sanción debe analizar la modalidad de realización de la falta, sin implicar aspectos propios de la personalidad o conductas anteriores del involucrado, caso contrario se estaría aplicando el írrito derecho penal de autor, en reemplazo del derecho penal de acto.     
3) Las realizaciones de eventos por entidades de carácter corporativo, deben ajustarse a las reglas jurídicas de índole general y someterse a las autoridades del país organizador, sin que el evento, por su carácter ecuménico, derivado de su enorme convocatoria e interés público mundial, permita realizar excepciones en el ámbito de los derechos fundamentales y garantías de la persona.
27 de Junio de 2014
Luis Roberto José SALAS
Presidente REDLAJ
Roberto Contreras Olivares
Vicepresidente REDLAJ
Roberto Pagés Lloveras
Secretario REDLAJ

Charge - Duke


Charge para o Super.

Mário Couto desiste de desistir


Batido o martelo.
Desfeito o mistério.
Desfeitas as expectativas de rachas, discursos bombásticos e revelações carregadas de nitroglicerina pura.
O senador tucano Mário Couto desistiu de desistir.
Desistiu de bater chapa com o governador Simão Jatene, conforme prometera, de forma tonitruante e ameaçadora, no início deste mês, quando chegou a confirmar ao Espaço Aberto que não apenas disputaria com Jatene o direito de ser o candidato do PSDB ao governo do Estado como deixaria o partido caso perdesse na convenção, por não vislumbrar mais condições políticas de permanecer no ninho tucano.
Mas tudo isso é passado.
Ontem à noite, o senador postou em seu perfil no Facebook a mensagem que vocês podem ler acima. Ele confirmou que estará presente, hoje, à convenção do PSDB no ginásio do Sesi e vai disputar novamente o Senado.
Mário Couto não disse na postagem, é claro, mas está convencido de que cometeria um suicídio político caso insistisse em abandonar o projeto de disputar a reeleição para disputar com Jatene.
Nas últimas três semanas, vários bombeiros entraram em campo para tentar demover Mário Couto de suas pretensões, digamos assim, dissidentes.
Mas a conversa decisiva foi com o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, que fez a Mário Couto ponderações sobre a importância de sua recandidatura ao Senado.
E em relação a Jatene?
Mário Couto, ao que apurou o blog, continua fulo da vida.
Fulíssimo, aliás.
Sabe que não contará com o apoio do governador, que in pectore prefere a eleição do atual vice, Helenilson Pontes, candidato ao Senado pelo PSD.
Mesmo assim, Mário Couto vai pagar pra ver, daí sua decisão de novamente concorrer a um mandato de oito anos no Senado.

PTB decide mesmo fechar com Jatene

Em sua convenção, marcada para hoje, o PTB vai aprovar o apoio à candidatura do governador Simão Jatene.
Duciomar Costa, com aval da direção nacional do partido, resolveu até a undécima hora articular alianças que viabilizassem o lançamento de seu nome ao governo do Estado.
Mas o ex-prefeito de Belém não conseguiu.
Sobraram pretensões e faltaram partidos suficientes para ingressar na mesma canoa de Duciomar. E o PTB acabou caindo nos braços dos tucanos.
E quanto à Duciomar, a qual cargo ele vai se candidatar?
A senador?
A deputado federal?
Estadual?
Ou a síndico de prédio?
Até ontem à noite, corria solta a informação de que o ex-prefeito, surpreendentemente, não se candidataria, acreditem, nem mesmo a síndico de prédio.
É esperar pra ver.

Acabou o ufanismo. Já não era sem tempo.

Júlio César é festejado após defender dois pênaltis. Mesmo assim, acabo o ufanismo. Que bom! 
Olhem só.
Vocês, leitores do Espaço Aberto, são testemunhas.
Vocês, que passam por aqui todos os dias, podem confirmar.
Antes mesmo do início da Copa, o blog fez o registro de que o ufanismo em torno da seleção brasileira não era ruim. Mais do que isso. Era péssimo.
Alertou-se, também antes de começar a Copa, que era muito, muitíssimo estranho, era estranhíssimo só o treinador Felipão achar que "está tudo errado".
Pois é.
Veio o primeiro jogo. Brasil 3 x 1 Croácia. O ufanismo tendia a aumentar.
Veio o segundo jogo. Empate com o México: 0 a 0.
Pronto. Bastou isso para o ufanismo começar a acabar.
Sim. Na terceira partida pela fase de grupos, 4 a 1 sobre a seleção de Camarões - que jogou já desclassificada, sem alguns de seus principais jogadores, com brigas no elenco etc. E o ufanismo, se não continuou em baixa, pelo menos não retomou a curva de ascensão.
Enfim, veio o jogo de sábado, o primeiro do Brasil pelas oitavas.
No tempo regulamentar: 1 a 1, com sufoco sobre o Brasil, sobretudo no segundo tempo.
Veio a prorrogação: 1 a 1.
No pênaltis: 3 a 2 para a seleção, num dos jogos mais nervosos, mais tensos do Brasil em Copas do Mundo.
Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo.
E aí?
O ufanismo acabou de vez.
Chegou ao chão.
Agora, pululam, brotam aos borbotões por aí, disseminam-se descontroladamente as críticas à seleção brasileira, mesmo que tenha passado às quartas.
Enfim, voltou o senso crítico do brasileiro.
Finalmente, coleguinhas, muitos deles também ufanistas, começam a dizer claramente que "está tudo errado". Repetem, exatamente, o que dizia o técnico Felipão, naqueles tempos recentíssimos, em que todos, dissentindo dele, verberavam de forma estranhíssima que estava tudo certo.
Acabou, repita-se, o ufanismo.
Quem sabe, agora, o Brasil não começa a caminhar, definitivamente, rumo ao hexa?
Tomara que sim.
Torçamos para que sim.
Mas sem ufanismos, é claro.

Digam aí: Felipão errou ou acertou ao convocar Júlio César?

Júlio César defende pênalti contra o Chile. E agora, quem dirá que ele não deveria ser o titular da seleção?
(foto de Manu Fernandes/AP)
Fora de toda brincadeira.
Fosse o repórter aqui o técnico Felipão, abriria mais ou menos a coletiva do último sábado, após a classificação do Brasil, nos pênaltis, para as oitavas de final da Copa do Mundo.
Diria assim:

"Boa tarde a todos. Antes que vocês me façam perguntas, eu faço uma para ser respondida por qualquer um dos jornalistas aqui presentes: eu errei ou acertei ao convocar o Júlio César e mantê-lo como titular da seleção brasileira?"

Seria uma dilícia, convenhamos, ver coleguinhas cheio de tartamudeios, gaguejando, enrolando em meio a tantos erres e efes, expelindo explicações e justificativas para dizerem, em tradução, que eles estava errados quando criticaram Felipão por ter convocado Júlio César, injustamente acusado de ser um jogador em fim de carreira e que, por isso, não deveria mais ser convocado e muito menos ser o titular.
Está aí.
Júlio César salvou a seleção brasileira da eliminação.
Defendeu dois pênaltis magistralmente.
Antes, na segunda etapa do tempo normal, já defendera, também de forma magistral, uma finalização de Aranguiz.
Como todo bom goleiro precisa ter sorte, a sorte o acompanhou duas - e decisivas - vezes.
A primeira, aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, quando Pinilla acertou o travessão, naquele que poderia ser o lance fatal para o Brasil, se a bola entrasse.
A segunda, no pênalti desperdiçado por Jara, que acertou a trave esquerda de Júlio César e acabou garantindo o Brasil nas quartas de final.
E vejam só.
Quanto terminou a prorrogação e definiu-se que a decisão da vaga seria nos pênaltis, Júlio César caiu no choro.
Mas longe de imaginar-se que ele estava se acovardando.
Longe de imaginar-se que estava apenas entrando na onda do chororô que domina a seleção brasileira (vejam a postagem abaixo).
Longe disso.
O choro do goleiro, parece, era apenas o combustível que faltava para torcê-lo naquele momento capital da partida.
E ele fez o seu papel.
Depois, aos prantos - e aqui sim, um choro dos mais justificados - disse assim ao repórter Tino Marcos:

Quatro anos atrás, eu dei uma entrevista, muito triste, muito chateado, emocionado. Estou repetindo hoje com você. Mas com felicidade. Só Deus sabe, e a minha família, o que eu passei e o que eu passo até hoje. Mas eu sei que a minha história na Seleção não acabou. Meus companheiros estão me dando muita força, pra chegar dentro de campo e dar o meu melhor. Faltam três degraus. Eu espero dar outra entrevista, de felicidade e com o Brasil todo em festa. Esse é meu grande sonho.

Grande Júlio César!
E então, Felipão errou ou acertou ao convocar Júlio César e mantê-lo como titular, hein?

Por que a seleção brasileira chora tanto?

Neymar chora copiosamente durante o hino, antes do jogo contra o México. Por quê?
Sim, meus caros.
Esta é a pergunta que não quer calar: por que a seleção brasileira chora tanto, hein?
Sem brincadeira.
O poster acompanha Copas desde a de 1970.
E pode testemunhar: nunca antes, jamais, em tempo algum, na história da participação do Brasil em Copas - pelo menos a partir da de 1970 -, jogadores brasileiros choraram tanto como agora.
Até então, choro mesmo só na conquista do título. Ou no jogo da eliminação da Copa.
Agora não.
Thiago Silva, o capitão  estava lagrimando antes mesmo de entrar em campo para a partida contra Croácia.
Na execução do hino, também neste primeiro jogo, Júlio César estava com os olhos vermelhos.
No jogo seguinte, contra o México, Neymar caiu no choro.
No jogo de sábado, choraram quase todos - antes, durante e depois da série de penalidades que acabou com a vitória do Brasil e a passagem para as quartas de final.
Por que esse chororô todo?
Por que essa emotividade tamanha?
É fragilidade emocional?
"Emocionalmente, o Brasil está abalado", aposta o ex-zagueiro Ricardo Rocha, hoje comentarista do canal fechado Sportv.
Mas abalado com quê?
A seleção não está, como poeticamente se diz, jogando nos braços da torcida?
Está.
A seleção, como ela própria tem dito, não está se sentido prestigiada, apoiada, acolhida pelo torcedor brasileiro?
Está.
A seleção não sente que inspira confiança no torcedor, apesar das falhas que todos temos visto desde a primeira partida?
Inspira sim.
Não está, mesmo com dificuldades, galgando os ditos "degraus" que poderão conduzi-la à conquista do hexa?
Claro que está.
O grupo não está unido, fechado?
Sim. Está.
Então, repita-se, qual o motivo do abalo?
Será a pressão que a equipe está sentindo porque joga em casa e acha que não pode, sob hipótese alguma, decepcionar ninguém?
Sabe-se lá.
Mas que há excesso de choro, isso é indiscutível.
O chororô é de chamar atenção.
É espantoso.
A equipe de Felipão precisa relaxar.
Até porque todos são jovens.
Ao que parece, todos desse grupo participam de sua primeira Copa. São novos. Mas são experientes. Inclusive Neymar, que tem apenas 22 anos, mas age com uma personalidade que o confunde com atletas dos mais experientes.
Não queremos jogadores entrando em campo com os dentes trincados, como se fossem para a última e decisiva guerra de suas vidas.
Mas convém compreenderem que um pouco mais de autocontrole nas emoções talvez os ajude a levar a Copa com mais, digamos assim, naturalidade.

O Brasil viu pênalti. Menos o juiz. E não foi pênalti.

Hulk no lance em que o Brasil inteirinho viu pênalti. Como pênalti, se a perna dele não voou pra longe?
Leiam aqui.

Anotem uma coisa, meus caros.
E fiquem de olho no seguinte.
Para que um árbitro marque um pênalti para a seleção brasileira nesta Copa do Mundo, só se uma perna, um braço ou uma cabeça de jogador do Brasil voar pra longe. Pra bem longe.
Depois daquela encenação do Fred, que levou na conversa o árbitro japonês Yuichi Nishimura na partida contra a Croácia, todos os árbitros vão ficar, como diremos,ispiertos para os pupilos do Felipão.
Porque, vocês sabem, jogador brasileiro já tem fama mesmo de ser malandro. Já tem fama mundial de ser, como se dizia antigamente, catimbeiro.
E agora, depois daquele pênalti, que se segure o time de Felipão porque os árbitros, na dúvida, jamais marcarão uma penalidade para o Brasil.
Jamais.

O Espaço Aberto assim escreveu em postagem publicada no dia 17 deste mês, intitulada Pênalti para o Brasil? Vai ser difícil. Muito difícil.
Pois é.
E assim tem sido.
No sábado, todo o Brasil e meio-mundo viram pênalti numa jogada no primeiro tempo, em que Hulk foi travado quando se preparava para finalizar na cara do goleiro Bravo, do Chile.
Mas o árbitro Howard Webb não viu.
E por que não viu?
Porque a perna do Hulk, felizmente, não voou pra longe. Muito longe.
Só se fosse assim o árbitro marcaria.
Só se for assim é que os árbitros marcarão pênalti em favor do Brasil nesta Copa.
Ah, sim.
O pessoal aqui da redação, os Arnaldos daqui não viram pênalti, entenderam?
Não viram mesmo.
Sim, o jogador chileno encostou no Hulk.
Mas não o suficiente para desequilibrá-lo.
Isso não.
Agiu certo o árbitro.
Mas todo o Brasil acha que não, né?
Faz parte das polêmicas do futebol.
Ah, e tem mais: foi acertadamente invalidado o gol que Hulk marcou no segundo tempo.
Vejam e revejam 950 mil vezes - como o poster já viu - o lance em que o árbitro marca toque do brasileiro.
Realmente, Hulk - claramente, inequivocamente, até mesmo escandalosamente - domina a bola na parte superior do brasil, perto do ombro, para finalizar de canela. Vejam na foto abaixo de Dylan Martinez/Reuters.
Outra vez, agiu certo o árbitro.
Certíssimo.


Os bolcheviques e o banqueiro marxista


As páginas da História estão sempre nos mostrando acontecimentos que jamais pensaríamos que pudessem ter acontecido. Além dos aspectos ideológicos, organizacionais e estritamente políticos, as revoluções precisam de recursos para serem bem-sucedidas. Dentre as vitoriosas, algumas conseguem se sustentar apenas com o apoio de militantes, enquanto outras captam recursos das formas mais variadas. Além dos aventureiros e revolucionários, o custeio de uma revolução é alto, e isso porque, além do fermento doutrinário, a derrubada de um sistema político exige recursos humanos e financeiros.
Por mais paradoxal que possa ser, os bolcheviques obtiveram recursos em Berlim para financiar os revolucionários russos com dezenas de milhões de marcos. Agindo na sombra e até ignorado, o banqueiro marxista Israel Helphand adotou o pseudônimo de Parvus, o “pequeno” ou o “pobre”, dupla ironia em relação à sua corpulência e à sua futura riqueza. Nasceu em 1867, no coração da Bielo-Rússia de Marc Chagall, seu primo mais afastado. Após os estudos secundários, partiu para a Europa Ocidental. Em Zurique, juntou-se ao grupo marxista no exílio, essencialmente a Pavel Akelrod e Gregory Plekhanov. Logo se tornaria jornalista na imprensa social-democrata alemã, dedicando-se às questões russas.
“Acusam-me frequentemente de ter feito a nossa revolução com o dinheiro alemão. Mas, em contrapartida, é com dinheiro russo que vou desencadear a mesma revolução na Alemanha”. Essa incrível declaração é de Lenin. O kaiser Guilherme II tentava enfraquecer o czar Nicolau II porque a Rússia concluíra em 1907 um pacto com a França e a Grã-Bretanha, a chamada Tríplice Entente, que literalmente fazia um cerco à Alemanha. Por intermédio de Parvus, que mantinha relações com os serviços secretos alemães e os revolucionários russos, um acordo secreto foi concluído.
Três anos mais jovem do que Parvus, Lenin encontrou-o em 1901 em Munique. Mais que o fundador do Bolchevismo, é com Trotski que Parvus manteria relações entre filiais e fraternais. Lenin permanecia fiel ao modelo centralizado e sectário do partido clandestino; Parvus e Trotski acreditavam na criatividade das massas operárias, no advento da liberdade e no nascimento de um partido social-democrata russo conforme o modelo alemão. Com as derrotas militares para a Manchúria em 1905, foi a visão ampla de Trotski e de Parvus que se impôs. Dirigiam juntos o Soviete dos operários de São Petersburgo, que não dava sossego ao poder czarista. Seria mais justo dizer que Trotski contribuiu com a sua retórica apaixonada e que Parvus-Helphand (que abandonara o nome de Israel) foi a cabeça estratégica: ele criou a noção da “revolução permanente” para justificar a ideia de que uma Rússia ainda feudal poderia realizar a sua revolução “burguesa” sem a direção de um partido operário.
Inteligente, continuou financiando o partido social-democrata russo. Em 1907, uma aguda crise financeira contribuiu para a exacerbação das lutas internas. Apresentava-se assim novamente o problema clássico dos fins e dos meios, que dividira gravemente, no seio do partido nascente antes de 1905, os bolcheviques de Lenin e os mencheviques (todos os demais). Os bolcheviques juntaram-se, principalmente no Cáucaso, aos bandidos para assaltar bancos e extorquir capitalistas. Essa operação assumiu, aos olhos de Lenin, uma dupla importância, já que liberava o partido da sua dependência financeira dos amigos socialistas alemães.
Em Copenhague dede a segunda metade de 1916, Parvus estabeleceu um instituto para servir de fachada aos serviços secretos alemães e que destinaria dezenas de milhões de marcos ouro da época aos bolcheviques, a fim de financiar a revolução e a sabotagem na Rússia. Obviamente, o dinheiro foi assegurado. Lenin e Parvus morreram em 1924, consumidos pelos excessos, alucinados pela terrível certeza do fracasso de suas quimeras.

--------------------------------------

SERGIO BARRA é médico e professor
sergiobarra9@gmail.com

O que ele disse


"Rejeitamos a trilha fácil da acomodação e conformismo. Rejeitamos a inércia e colocamos nossa indignação e sonho. Para continuarmos fiéis à nossa história tivemos que mudar e ter o compromisso de mudar junto com Marina. Escolhemos o caminho mais desafiador."
Eduardo Campos, ao ser lançado formalmente candidato do PSB a presidente da República, tendo Marina Silva como candidata a vice (os dois na foto de Pedro Ladeira/Folhapress).

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Charge - Sinfrônio


Charge para o Diário do Nordeste.

Um caos na Presidente Vargas. Por obra da prefeitura.

É brincadeira, gente.

Só pode ser.

O prefeito Zenaldo Coutinho poderia passar agora, neste exato momento, pela Ó de Almeida, entre Presidente Vargas e Frei Gil.

A Prefeitura de Belém resolveu, a esta hora, fechar uns buraquinhos que há no perímetro.

Não são buracões, não.

São buraquinhos.

O trabalho poderia muito bem ser feito, como se diz, na calada da noite. No sossego da madrugada. Quando não há trânsito.

Mas não.

A Prefeitura, esta heróica, resolveu fazê-lo agora.

E com um detalhe: a placa avisando sobre os serviços está num local em que os motoristas, quando percebem, já estão em cima do trecho em obras. Bem em cima.

Resultado de tudo isso?

Um caos, meus caros.

Um verdadeiro caos nas adjacências. Muitas adjacências.

O prefeito Zenaldo Coutinho precisa passar por lá.

Não se sabe, todavia, se chegará a tempo.

Porque o local está, repita-se, um caos.

Putz!

Punição exagerada. Chiellini, a vítima, é quem diz.

Leiam abaixo.

"Eu sempre considerei inequívoca as ações disciplinares dos órgãos competentes, mas, ao mesmo tempo, acho que a fórmula proposta foi excessiva."
[...]
"Dentro de mim agora não há sentimentos de felicidade, de vingança ou de raiva contra Suárez por um incidente que aconteceu no campo e acabou ali. Ficam só a raiva e a tristeza pela derrota."
[...]
"No momento o meu único pensamento é por Luis [Suárez] e a sua família, porque vão encontrar um período muito difícil."

Sabem quem disse?
Chiellini.
Quem sois?
É o zagueiro da Itália, gente.
Aquele mordido por Luisito.
Pois é.
Até Chiellini, a vítima, acha que a punição imposta pela Fifa foi exagerada.
E foi mesmo.
Só foi.

As capas

Olhem aqui as imagens da primeira página de hoje de alguns jornais do país.
A manchete do Correio é ótima.
A fonte é o Netpapers.



Duciomar está virando cômico. E ninguém vê.

Entre tucanos e petebistas - alguns, é claro -, foi recebida com uma gargalhada, sonora gargalhada, a informação de que o ex-prefeito Duciomar Costa, para incluir o PTB na aliança governista, teria estabelecido como condição ao governador Simão Jatene (PSDB) receber apoio exclusivo para sua candidatura ao Senado.
A percepção geral, diante dessa exigência, é de que Duciomar, das duas, uma: ou resolveu fazer uma proposta impossível apenas para vê-la rejeitada e ter a justificativa de que deve seguir em frente com seu projeto de candidatar-se ao governo, ou então se mantém iludido de tal forma nessa balela de que pode ser a terceira via que não consegue nem mais distinguir situações clamorosas que envolvem o próprio PSDB.
Como, por exemplo, o fato de que o senador Mário Couto está quebrando o pau no partido.
E por quê?
Porque, justamente, não conseguiu apoio exclusivo - o mesmo apoio exclusivo sonhado por Duciomar - do governador para ser candidato ao Senado.
Esse Duciomar!
Além de huno, está se tornando cômico.
Fora de brincadeira.
E com todo o respeito ao dotô, é claro.

Punição a Luisito é um exagero. É quase um banimento.


Olhem só.
Foi ridícula, condenável, violenta, antidesportiva e injustificável a atitude do jogador Luisito Suárez, do Uruguai, em aplicaruma mordida no jogador Chiellini.
Tão ou mais ridícula foi a atitude do próprio jogador, como a de seus companheiros – sobretudo o capitão Lugano –, negando a dentada ou, no máximo, considerando essa conduta uma transgressão menor, portanto não sujeita a punição alguma.
Anotem mais: impunha-se à Fifa aplicar, sim, uma sanção rigorosa ao atacante da seleção do Uruguai.
Muito bem.
A Fifa aplicou a punição. E se excedeu. E exagerou. E incorreu no ridículo de desprezar o princípio básico, universalmente consagrado em Direito, segundo o qual as penas para sancionar qualquer conduta devem ser proporcionais à gravidade das lesões provocadas.
Então, é assim: Luisito deveria ser suspenso por um ou dois jogos? É claro que não. Luisito deveria ser punido com rigor? Claro que sim.
É razoável que, além disso, fique proibido de praticar qualquer atividade ligada ao futebol por um período de quatro meses?
Não.
Sinceramente não.
Alega-se, como muitos estão alegando, que a mordida de Suárez precisa ser punida com todo esse rigor – senão até mais – porque configurou uma agressão estranha às agressões naturais num jogo de futebol.
Assim, se um jogador entrar propositalmente de bicuda na canela do adversário e seccionar-lhe a perna em 15 pedaços, isso seria conduta punível com maior complacência porque a agressão, como dizem, é do jogo.
Já aplicar uma mordida, mesmo que só deixe um vermelhão, como foi o caso da marca que ficou no ombro do lateral Chiellini, seria conduta sancionável com 9 novos e quatro meses sem praticar atividade esportiva, porque morder não é do jogo. Decepar a perna do adversário é; morder não.
Será assim mesmo?
Talvez não.
A punição aplicada a Luisito foi a maior, a mais pesada em todas as Copas do Mundo.
Em verdade, a punição a Luisito foi quase um banimento do futebol, se considerada a gravidade da mordida que ele deu.
Mesmo que seja reincidente?
Mesmo que seja, como estão dizendo por aí, treincidente?
Mesmo.
E pensar que a mesma Fifa que aplica essas punições exageradas é uma das entidades mais desacreditas e mais suspeitas em todo o mundo.
Que coisa!

A mordida de Suárez e a política brasileira

Ouçam.
Ouçam com atenção o comentário de Arnaldo Jabor.


Oi debocha de várias famílias em condomínio. “Oi?”


Sabem a Oi?
Está, como diríamos, arrupiando por aí.
Está se excedendo nas artes e desartes de tratar os clientes com desprezo e deboche espantosos, escandalosos, humilhantes. E criminosos.
Leitora aqui do Espaço Aberto, residente em condomínio horizontal na BR-316 estava há 50 dias sem internet.
Precisava ligar a cada 48 horas, pedindo que técnicos da Oi fossem à casa dela, para fazer os reparos necessários.
Foram quase dois meses ligando a cada dois dias, meus caros.
Aí, ela teve uma ideia engenhosa. E prática.
Exigiu o cancelamento do contrato, deixou passar alguns dias e contratou de novo os serviços da Oi.
Qual a lógica, qual o sentido desse procedimento? Esperava-se, dessa forma, que a Oi fosse tratar a cliente com maior atenção, com maior rapidez, uma vez que era um novo serviço que está sendo contratado.
E assim foi. Ou não.
Porque, no início desta semana, um técnico da Oi foi fazer as ligações devidas.
Chegou lá com uma tonelada de fiação.
Enfia pra cá, enfia pracolá e pronto: o sujeito deu o serviço dele por terminado.
E a internet, quedê?
Nada de intenet. O cara, que deixou quase toda a fiação toda espalhada e pendurada em ambientes da residência, disse que o sinal de internet só seria ativado na próxima semana.
Dito isso, rasgou do pedaço. Sumiu simplesmente. Desapareceu.
E o mais impressionante: deixou o telefone convencional funcionando e informou aos moradores da casa que o número do aparelho era, digamos, 2222-2222.
Mas não é. Descobriu-se que o número é outro, completamente diferente. Tipo assim, 4444-4444.
Resultado: na própria Oi, não identificam o número 4444-4444 como sendo o da cliente, mas de uma outra pessoa que ninguém sabe qual é?
Vocês entenderam essa parada toda?
Pois é.
A cliente já ligou para a Oi reclamando de tudo isso.
E a Oi?
A Oi, como aquelas criancinhas lindas que aparecem na propaganda, diz apenas “oi?”.
E tudo fica por isso mesmo.
E tudo continua como dantes.
E depois muita gente ainda duvida quando diz que essas operadoras de telefonia celular –sem exceção – são um caso de puliça.
Porque são, convenhamos, umas porcarias.
Todas. Sem qualquer exceção.
Ah, sim.
Pelo menos duas ou três outras famílias, no mesmo condomínio, estão enfrentando a mesmíssima situação.

Acusado de ofender Nordeste, jornalista ataca redes sociais

Do Portal Imprensa

O jornalista e escritor gaúcho Eduardo Bueno, conhecido como Peninha, rebateu as críticas que vem recebendo após uma declaração sobre o Nordeste no programa “Extraordinários”, da SporTV. Na última terça-feira (24/6), o comentarista fez críticas ao que considera uma “ditadura” das redes sociais. 

Crédito:Reprodução
Jornalista "declarou" guerra aos internautas que fizeram petição online contra ele
De acordo com o UOL, na semana passada Peninha falava sobre a presença holandesa no Nordeste brasileiro no século 17 quando soltou a frase polêmica. “A Holanda juntou o útil de ocupar a área açucareira do Brasil, porque todo o açúcar era refinado na área rica do Brasil – aquela bosta lá do Nordeste”, disse. “Isso é uma piada”, falou, na sequência. O comentário foi entendido por alguns telespectadores como preconceito, e gerou até uma petição pública pedindo um processo criminal contra o escritor por discriminação.

Após a repercussão, o jornalista desabafou sobre o assunto. “Eu tenho que falar um tema sério, sério de verdade. Não é brincadeira, é um pronunciamento. O negócio é o seguinte: eu quero declarar guerra! Guerra a nordestino babaca! Está cheio de nordestino babaca e eu conjuro e chamo todos os nordestinos verdadeiros que amam o Nordeste como eu”, declara.

Ao final, Peninha ressaltou sua relação com a região e pediu para seus críticos lerem publicações a respeito antes de propor o debate da questão. “O Nordeste que eu conheço. O Nordeste que eu adoro. O Nordeste que eu sei a formação geológica. Todos vocês que são babacas, f…-se as redes sociais. Se quiserem fazer protesto contra mim, façam. É o seguinte: chega dessa ditadura desses babacas de Twitter. Quer brigar comigo? Vem, mas leia quarenta livros e ame e venere o Nordeste como eu amo e venero o Nordeste. É isso aí! Tem uma petição pública querendo me processar. Pegaram o cara errado!”, concluiu.

Assista aos vídeos:



O que ele disse


"Eu digo sempre que a vaia e o aplauso é só começar que acontecem. Agora, aqueles palavrões me cheirou a coisa organizada, o preconceito, a raiva demonstrada. Possivelmente a gente tenha culpa. Vou repetir: que a gente tenha culpa de não ter cuidado disso com carinho."
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, admitindo durante entrevista ao “Jornal do SBT” que as vaias à presidente Dilma por ter origem no estilo PT de governar e de fazer política.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

E então? Mordeu ou não mordeu?

BB indenizará por "sumiço" de dinheiro ao encerrar conta

Uma cliente do BB será indenizada e receberá restituição de quantia depositada em sua conta poupança, fechada sem sua autorização devido à "falta de movimentação financeira". Decisão é da 6ª câmara Cível do TJ/PE, que manteve sentença do juiz de Direito Evaní E. Barros.
Segundo a autora, ela depositou em sua conta poupança valor correspondente à venda de um imóvel e manteve o dinheiro intacto, para colher os rendimentos. No entanto, quando procurou conhecer o quanto a quantia havia rendido, foi informada de que a conta havia sido encerrada por falta de movimentação.
Com o fechamento da conta, a cliente perdeu seu dinheiro. Diante disso, alegou ter sofrido grande perda material e moral e pleiteou a devolução dos valores depositados e indenização por danos morais.
Ao analisar a ação, o magistrado da 1ª vara Cível de Palmares/PE afirmou que não há dúvida que os valores foram depositados em conta poupança da instituição financeira e que estes desapareceram "fantasmagoricamente".
"Está suficientemente comprovado que a autora experimentou um verdadeiro transtorno e um desalinho em vida", concluiu o juiz ao condenar a instituição. O BB recorreu da decisão, mas a 6ª câmara Cível do TJ/PE negou provimento ao recurso.
  • Processo: 0000181-84.2011.8.17.1030

Confira a sentença.

PP do Pará mantém apoio à candidatura de Jatene

O presidente  regional do PP, Gerson Peres, ficou de chegar ontem à noite a Belém, após participar da tumultuada e confusa convenção nacional do partido que decidiu, segundo muitos ilegalmente, aprovar resolução transferindo à Executiva a competência de decidir, em nome dos convencionais, se a legenda iria ou não aderir à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT), em detrimento do apoio ao tucano Aécio Neves. A decisão da cúpula pepista, como se sabe, foi de apoiar a reeleição de Dilma.
Gerson conversou com o Espaço Aberto por telefone. Disse que ainda nesta quinta-feira deverá se reunir com os demais integrantes da direção do partido, para discutir com eles qual a posição que o PP regional vai adotar, depois da convenção nacional ocorrida em Brasília.
O ex-deputado avaliou que, no plano estadual, não deve haver qualquer alteração de rumo, mantendo-se a deliberação do partido, que já aprovou indicação a ser levada à convenção da próxima segunda-feira (30), favorável ao apoio da legenda à reeleição do governador Simão Jatene.
Maiores cautelas, acrescentou Gerson ao blog, precisam ser observadas em relação à postura do PP do Pará com relação aos candidatos à presidência da República. "Precisamos conversar com calma sobre isso, até porque não sabemos quais serão os desdobramentos do que ocorreu na convenção", disse o presidente do PP.
Ele preferiu não entrar em considerações sobre as consequências e os efeitos jurídicos do ato que delegou à Executiva Nacional, por meio de uma resolução, a competência de deliberar sobre as alianças no pleito para presidente.
Gerson admitiu, todavia, que uma das alternativas discutidas ontem mesmo, entre segmentos do PP reunidos em Brasília, seria recorrer da decisão ao Diretório Nacional do partido, uma vez que foi evidente o grande número de convencionais que, ostensivamente, se opuseram à alternativa encontrada pelo presidente nacional, senador Ciro Nogueira (PI), de fazer aprovar a resolução que será questionada, inclusive, no Poder Judiciário.

PSOL oficializa hoje suas candidaturas

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) oficializa amanhã, 26, as candidaturas de Marco Carrera ao Governo do Estado e Pedrinho Maia ao Senado Federal. A homologação vai ocorrer durante a Convenção Estadual da sigla, agendada para 18 horas, na Câmara Municipal de Belém. A legenda será a primeira a oficializar suas candidaturas aos cargos majoritários no Estado nas eleições de 2014.
O nome do candidato a vice-governador ainda não foi definido e depende de negociações que estão sendo estabelecidas com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU). Durante a convenção, será homologada, também, a chapa do PSOL à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa.
Entre os principais nomes do PSOL que estarão na disputa proporcional, estão o atual deputado estadual Edmilson Rodrigues e o professor de Santarém Márcio Pinto, que vão concorrer à Câmara, e os vereadores de Belém Marinor Brito, Fernando Carneiro e Doutor Chiquinho, que vão disputar uma vaga na Assembleia.

Marco Carrera
Estreante nas disputas eleitorais, Marco Carrera é natural de Belém, tem 47 anos e é sociólogo formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Casado com a engenheira Silvia Batista e pai de dois filhos, Carrera é professor da rede pública estadual e técnico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Atualmente, é coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Gestão Ambiental do Estado do Pará (Sindiambiental) e membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema).

Pedrinho Maia
O candidato do PSOL ao Senado, Pedrinho Maia, é formado em Letras e especialista em gestão de políticas públicas pelo Núcleo de Altos Estudos da Amazônia da UFPA (Naea). Natural de Castanhal, Pedrinho tem 41 anos, é casado com a pedagoga Simone Rodrigues e pai de dois filhos. Atualmente, coordena a rede Emancipa de cursinhos populares, que tem atuação em Belém, Marabá e Santarém, além de outras cidades do país. Pedrinho iniciou sua militância na luta pela meia-passagem em Belém e foi coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes da UFPA.

Fonte: Assessoria de Imprensa do PSOL

Toma a grana, Gana

Que coisa mais impressionante.
Quase inacreditável.
O Jornal Nacional mostrou ontem à noite, ao vivo e em cores, cenas de um comboio levando dinheiro.
Muito dinheiro.
Dinheiro vivo.
Em espécie.
Ao todo, US$ 3 milhões.
A dinheirama era destinada aos jogadores de Gana, que estavam ameaçando abandonar a Copa se não recebessem os salários que lhes são devidos.
E mais: só aceitavam o pagamento em espécie.
Exigência feita, exigência satisfeita pelo governo ganense.
Com comboio e tudo.
Que coisa!

Justiça Federal rejeita pedido de nulidade da licença para Belo Monte

A Justiça Federal considerou improcedente ação do Ministério Público Federal (MPF) pedindo que fosse declarada a nulidade de licença prévia emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, na região do Xingu (PA).
A sentença (leia aqui a íntegra), divulgada nesta terça-feira (24), foi assinada na sexta-feira (20) pelo juiz federal Arthur Pinheiro Chaves, da 9ª Vara, especializada no julgamento de ações de natureza ambiental. O magistrado também rejeitou pedido para que só fosse concedida a licença de instalação depois que a Norte Energia S.A. (Nesa), empresa construtora do empreendimento, cumprisse todas as condicionantes previstas em licença prévia emitida em 2010.
O Ministério Público alegou que o Ibama, ao conceder a Licença Prévia 342, em 2010, fixou 40 condicionantes gerais e mais 26 relativas a direitos indígenas, várias das quais não teriam sido atendidas antes da Licença de Instalação nº 795, expedida em 2011. Em alguns casos, segundo o MPF, as condicionantes foram apenas “parcialmente atendidas”. Já em outros, sequer tiveram seu atendimento iniciado, como no caso das obras referentes às áreas de educação, saúde e saneamento.
O juiz federal da 9ª Vara considerou que a Licença de Instalação nº 795/2011 não pode ser declarada nula por descumprimento das condicionantes da licença prévia, “uma vez que, quanto à questão indígena, a espeleologia e a qualidade da água não se evidenciam prejuízos concretos pelo início de implementação do empreendimento, afigurando-se possível a apresentação posterior dos estudos necessários ao integral atendimento das exigências ambientais.”
O Ministério Público argumentou ainda que as obras de saneamento nos municípios de Vitória do Xingu e Altamira, bem como a implantação do sistema de saneamento básico nas localidades de Belo Monte e Belo Monte do Pontal não se efetivaram antes do início da construção dos alojamentos. A sentença ressalta, no entanto, que de 2011 até agora, em 2014, grande parte das obras referentes à implantação dos sistemas de saneamento básico foi iniciada e finalizada, cumprindo-se parcialmente as condicionantes mencionadas na licença prévia.
O juiz federal Arthur Chaves cita memorando e pareceres técnicos do Ibama para destacar o início da construção de equipamentos nas áreas de educação e saúde. Como exemplo, é mencionada a implantação concluída de salas de aula nos municípios de Altamira, Brasil Novo e Senador José Porfírio, enquanto em Vitória do Xingu houve a instalação parcial das salas previstas, além de repasse de recursos para apoio na manutenção e funcionamento das escolas, transporte e merenda escolar.
Exploração - Sobre a alegação do Ministério Público, de que “ausência absoluta do Estado” e “exploração sexual de crianças” em Altamira configurariam grave violação de direitos humanos, a sentença ressalta que “os males apontados pelo MPF não podem ser debitados diretamente ao empreendimento, uma vez que tal situação, infelizmente, decorre de décadas de descaso com a população local por parte das três esferas governamentais: União, Estado e Municípios.”
Para o juiz federal, a simples suspensão ou declaração de nulidade da licença de instalação concedida em 2011 em nada contribuiria para a melhoria da situação da população, porque a paralisação do empreendimento não resultaria, automaticamente, na superação de tais questões sociais há muito carentes de solução.
“Ademais, é interessante registrar que o paralelo traçado pelo MPF entre a situação das hidrelétricas do Rio Madeira e do empreendimento Belo Monte não configura, por si só, comprovação da ocorrência de conflitos semelhantes, tratando-se de previsões carentes de comprovação objetiva”, afirmou Arthur Chaves.

UFPA ganha laboratório para pesquisar peixes da região do Xingu

A Ciência da Amazônia ganha um importante investimento para desenvolver os estudos sobre a imensa diversidade de peixes do rio Xingu e seus afluentes. Nesta quinta-feira (26/06), às 8h30, a Norte Energia entrega o Laboratório de Ictiologia para a Universidade Federal do Pará (UFPA). A solenidade será realizada no Campus da UFPA em Altamira.

O espaço abrigará uma coleção de cerca de 30 mil peixes e concentrará o trabalho científico de pesquisadores sobre a fauna aquática da região da Transamazônica. “É um marco importante na pesquisa científica da região”, explica o coordenador do Laboratório e professor da UFPA na Faculdade de Ciências Biológicas, Leandro Melo de Souza. O pesquisador detalha que o prédio entregue pela Norte Energia põe fim à falta de espaço no Laboratório de Zoologia, que abrigava a volumosa coleção de espécimes de peixes conservados para estudos.

Leandro explica que o Laboratório vai ajudar principalmente nas pesquisas de taxonomia, ou seja, na identificação das espécies da região, a grande maioria delas ainda desconhecida pela Ciência. A produção científica servirá também para orientar ações e políticas públicas para o setor pesqueiro e para a pesca artesanal, proporcionando o ordenamento da atividade no Xingu. “Vai auxiliar a conhecer melhor os peixes do rio Xingu e do rio Tapajós. Mas não só: será possível estudar a fauna dos pequenos rios da região Transamazônica e será um instrumento importante para o Mestrado de Biodiversidade e Conservação Ambiental, recém criado na UFPA”, comenta.

A Norte Energia investiu R$ 837,7 mil no Laboratório, que possui 230 metros quadrados. No prédio, há salas de estudos, de triagem, de reuniões e de acervo para  coleção, além de escritório de visitantes, dormitório, almoxarifado e copa cozinha. Totalmente equipado com mobiliário e instrumentos técnicos, o novo espaço é também refrigerado e conta com freezers de armazenamento de amostras coletadas para a pesquisa.

O investimento na UFPA integra o Acordo de Cooperação Técnico (ACT) entre Norte Energia e o Ministério da Pesca e Aquicultura firmado para melhorar a infraestrutura e promover o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do pescado. O acordo prevê aplicação de recursos na ordem de R$ 22 milhões para criar condições de trabalho e acesso aos mercados de consumo que os pescadores jamais tiveram. Dentre os benefícios da parceria está a implantação, em Altamira, do Centro Integrado de Pesca Artesanal (Cipar), com unidade de processamento de pescado, fábrica de gelo e mercado para comercialização. Em três anos, serão beneficiadas as colônias de pescadores de Altamira, Vitória do Xingu, Anapu, Senador José Porfírio, Porto de Moz e Gurupá com ações como construção e reforma das sedes das colônias.

O que ele disse


"Não vejo fundamento legítimo que justifique dar tratamento desigual aos condenados na ação penal 470 [conhecida como mensalão] ou, pior, promover um retrocesso geral no item e restringir as perspectivas já limitadas dos apenados pelo sistema."
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal e novo relator do processo do mensalão, defendendo o direito que os réus presos no regime semiaberto têm de trabalhar.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Paula Toller - Meu amor se mudou pra lua

O PT voltou

Por Marcos dos Santos Farias, no Observatório da Imprensa
No sábado (21/06), foi realizada em São Paulo a convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), na qual foi lançada a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Além dos discursos já esperados contra a oposição, a favor dos programas sociais e da presença ostensiva do ex-presidente Lula, o partido decidiu agradar seu núcleo mais à esquerda, trazendo um velho discurso da regulação da mídia e criando um ambiente conspiratório da imprensa contra o partido.
Já não é de hoje que o PT defende a regulação da mídia. Desde os primórdios do partido, quando o mesmo se assemelhava mais ao Partido Comunista do que à Social Democracia, essa era uma das pautas constantes. Porém, o que foi observado desde a campanha de Lula em 2002, foi uma mudança na divulgação de suas ideias, quando o ex-presidente assumiu uma posição mais ao centro, conseguindo, assim, acalmar aqueles que outrora tinham receio de ter um partido tão radical no poder.
Enquanto Lula estava no poder, o governo, vez ou outra, trazia a ideia da regulação à tona, porém essa sempre era sufocada desde o início, seja por pressão da mídia ou mesmo do partido, que, apesar de não abrir mão de suas convicções, tinha certo conforto no poder, podendo assim deixar de lado a agenda ideológica, para se focar na autoperpetuação.
Entretanto, após a entrada de Dilma no poder, o partido viu-se fragilizado pelos erros cometidos e a perda da popularidade, escândalos de corrupção e agora, com a chegada das eleições e as pesquisas cada vez mais desanimadoras, o PT resgatou suas origens, para tentar manter-se unido e resgatar o público mais ideológico, partindo para o ataque contra todos os que não compactuam de suas expectativas, incluindo neste cenário a oposição, a imprensa e todo aquele que fizer crítica ao governo.
Liberdade fundamental
O eco, antes transmitido apenas por determinados setores do partido, agora parte da própria direção do PT, a exemplo do pronunciamento (ver aqui) do presidente do partido, Rui Falcão, neste evento de lançamento de Dilma à reeleição, classificando a imprensa de truculenta e de direita, ou ainda, num caso mais categórico, quando o vice-presidente do partido Alberto Cantalice, em artigo publicado no site do PT (ver aqui), aponta os nomes dos jornalistas que devem ser considerados inimigos, por serem os divulgadores de mentiras e ajudarem a perpetuar o ódio contra o partido e a pátria.
O que podemos observar é que o PT não inova ao atacar a imprensa, porém agora já não faz esforço para esconder esse posicionamento. Pelo contrário, os próprios dirigentes do partido partiram para o ataque direto, deixando assim um alerta, pois um dos primeiros passos para a implantação de um regime autoritário é o ataque à imprensa livre.
O fator surpreendente desse fato é que, até o momento, nenhuma entidade da imprensa brasileira tenha se manifestado contra as declarações do partido. Apenas a organização Repórteres Sem Fronteiras emitiu nota em repúdio às declarações do partido, defendendo acima de tudo a liberdade de imprensa.
Não se pode afirmar se o discurso será posto em prática, mas a imprensa deve manter-se em alerta, pois ao observarmos a história vemos que existem várias formas de cercear essa fundamental liberdade – desde a falta de papel para imprimir o jornal, como na Venezuela moderna, até o envio para o Gulag, para trabalhos forçados, daqueles que Stalin ou o partido consideravam traidores da pátria.
-------------------------------------------
Marcos dos Santos Farias é analista de Logística, Campinas, SP

Charge - Mario


Charge para a Tribuna de Minas.

Charge - Duke



Charge para O Tempo (MG)

Copa tranquila surpreende órgãos de segurança

Setores de inteligência dos órgãos que monitoram todo dia, o dia todo, nas redes sociais, a movimentação de potenciais manifestantes estão agradavelmente surpresos com a a tranquilidade da moçada em Belém.
Até alguns dias antes de iniciar-se a Copa, havia a convicção de que protestos por aqui, se houvesse, seriam tímidos, pela razão natural e óbvia de que a cidade não foi escolhida para ser a sede amazônica da Copa, posto perdido para Manaus.
Mesmo assim, esperava-se que alguns protestos fossem pintar, muito mais para que determinados segmentos dos movimentos sociais marcassem presença, digamos assim.
Mas nem isso.
Não se viu sequer um protestozinho, nem que fosse para não deixar passar em branco a presença paraense entre as manifestações contrárias à realização da Copa.
Os órgãos de segurança é que estão adorando essa tranquilidade toda.
Melhor do que essa Copa, acham ele, só duas Copas.
Eita!

Um troféu à coerência

Vejam aí, meus caros.
Vejam abaixo essa postagem no Radar on-line, a coluna assinada pelo jornalista Lauro Jardim, de Veja.
O título da postagem é Quem te viu, quem te vê.
Traduz, exatamente, a coerência - fantástica, inacreditavelmente fantástica - que bafeja a política brasileira, em qualquer âmbito, em qualquer circunstância, em qualquer eleição, envolvendo gente de qualquer partida.
E pensar que eleitores ainda são chamados a chancelar coisas desse gênero.
E pensar que, chamados, os eleitores - muitos deles - chancelam coisas assim.
"É a democracia", bradarão os pragmáticos - ou cínicos.
É o tráfico de conveniências, dirão outros.
Leiam.

-------------------------------------------

Quem te viu, quem te vê

Críticas do pai (clique para aumentar)
Tal pai… (clique para aumentar)
Se palavra político geralmente não quer dizer muita coisa, o que dizer de suas postagens em redes sociais?
Cesar Maia e Rodrigo Maia, pai e filho agora embarcados na chapa de Luiz Fernando Pezão, que o digam. Até há pouco tempo o Twitter de cada um era cheio de petardos para cima de Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e a turma do PMDB-RJ.
Além de criticar o uso de helicópteros por Pezão e lembrar as relações entre Cabral e Fernando Cavendish, Cesar Maia ironizou até o Aezão, acordo que fez dele candidato ao Senado. Disse Maia, em 14 de junho:
– Afinal, esse apoio de parte do PMDB-RJ a Aécio se dá em base a que propostas?
Já Rodrigo focou seus ataques ao funcionamento dos sistemas de transporte e educação no Rio de Janeiro e, sem deixar de dar nome aos bois, chamou Cabral, Paes e Cia. de “trogloditas”.
– O Rio não precisa dos trogloditas do PMDB de Cabral e Paes e sim de governo de verdade com autoridade.
... e do filho (clique para ampliar)
… tal filho (clique para ampliar)