Do Comunique-se
Blogueiro e apresentador do 'Domingo Espetacular', da Rede Record, Paulo Henrique Amorim foi condenado a indenizar o diretor Geral de Jornalismo e Esportes da TV Globo, Ali Kamel. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, 28, em primeira instância. As informações são da Veja.
Ainda cabe recurso, mas, por ora, a decisão da 35ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro é que Amorim pague R$ 50 mil de indenização por ter escrito textos associando Kamel ao racismo. É o segundo processo em que o âncora da Record e editor do blog Conversa Afiada é condenado a indenizar o executivo da Globo.
Segundo o juiz Rossidelio da Fonte, da 35ª Vara Cível, que julgou o caso nesta quinta, jornalistas que divulgam fatos que não correspondem com a verdade precisam ser responsabilizados.
"Quando um jornalista como réu divulga fatos que não correspondem à verdade, ou envolve cidadão sem averiguar a procedência de suas fontes e a veracidade das informações, levando os leitores a concluírem que o autor é racista ou apoia práticas racistas, há evidente responsabilidade passível da obrigação de indenizar", argumentou o juiz.
Segundo processo. Segunda derrota de PHA
Em 2011, Paulo Henrique Amorim já tinha sido condenado, em outro processo movido pelo diretor global, a pagar R$ 30 mil a Kamel por danos morais. Em seu blog, o apresentador da Record afirmou que o profissional da Globo "escreveu um livro racista para dizer que não há racismo no Brasil", em referência à obra Não Somos Racistas - Uma reação aos que querem nos transformar numa nação bicolor, lançada por Kamel na época.
Em 2011, Paulo Henrique Amorim já tinha sido condenado, em outro processo movido pelo diretor global, a pagar R$ 30 mil a Kamel por danos morais. Em seu blog, o apresentador da Record afirmou que o profissional da Globo "escreveu um livro racista para dizer que não há racismo no Brasil", em referência à obra Não Somos Racistas - Uma reação aos que querem nos transformar numa nação bicolor, lançada por Kamel na época.
2 comentários:
Sou apreciador das obras do Ali Kamel. Interessante as suas origens e as suas relações: ele é filho de árabe muçulmano, com mãe brasileira católica praticante; e é casado com uma judia que professa o judaísmo. Seria difícil mesmo alguém nessa encruzilhada poder ser tachado de racista. Ele, em especial, demonstra em seus escritos ser bastante evoluído.
Estranha essa defesa da censura, não se pode mais ter opinião se um livro defende isso ou aquilo, expressa idéias de direita ou de esquerda, é conservador ou anarquista, tem viés homofóbico ou depravado, é racista ou defende um multiculturalismo relativista ? Imagine esse critério adotado aos blogs!! Mas calma, vitórias como esta da Globo no judiciário carioca são comuns, quando chega em Brasília normalmente são reformadas .
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