O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal em Santarém que impeça a realização de uma operação policial do governo federal, marcada para esta semana, nas proximidades da Terra Indígena Munduruku, onde está planejada a usina hidrelétrica São Luís do Tapajós.
A operação foi confirmada pela Fundação Nacional do Índio e pela Superintendência Regional da Polícia Federal. O contingente armado que se dirigiu na segunda-feira (25) para a região seria de 60 agentes da PF, Polícia Rodoviária Federal e Força Aérea Brasileira, de acordo com as informações iniciais, para garantir a realização dos estudos de impacto da usina.
Para o MPF, a operação, que está sendo chamada de Operação Tapajós, não pode ocorrer porque o licenciamento ambiental da usina está suspenso pela mesma Justiça por falta das consultas prévias aos índios. “A operação é patente violação à decisão da Justiça”, diz o documento enviado ontem para a apreciação do juiz federal de Santarém José Airton Portela.
Mas a maior preocupação do MPF é com o clima de conflito na região. “Há perigo de dano irreparável com a realização da operação ora noticiada, seja porque impera na região muita desinformação (até mesmo pela ausência da consulta prévia), seja porque a referida operação apresenta um potencial lesivo desproporcional”, diz o documento enviado à Justiça.
Os procuradores da República Felipe Bogado, Fernando Antônio de Oliveira Júnior e Luiz Antonio Amorim temem, com a operação, “a repetição de lamentáveis incidentes históricos como o ocorrido na Operação Eldorado, que culminou com a morte de um indígena, além de inúmeros feridos entre indígenas e agentes públicos”. Os procuradores são responsáveis pela investigação dos acontecimentos da operação Eldorado que deixou um indígena morto em dezembro do ano passado, na Terra Indígena Munduruku.
5 comentários:
Faz o seguinte: deixa o País apagar.
É anomimo ridículo! Tá bom de começares a cantar "pra frente Brasil"
Cláudio Teixeira
Blog, peço para excluir o comentário que chamou o comentarista de imbecil.
Não condiz com o controle de ofensas exercido por esse blog.
Uma coisa é chamar a opinião de imbecil; outra é chamar um anônimo de imbecil.
Obrigado.
Anônimo das 18:53, por que excluir?
Não ofendeu o blog, mas apenas o anônimo que foi chamado de ridículo.
E por ter sido publicado pelo blog é claro que reflete o exato pensamento do poster, pois do contrário não o publicaria.
É aquela máxima que no .... dos outros é refresco.
Quero ver se o comentarista acima tem coragem de chamar de ridículo o juiz que brilhantemente indeferiu o pedido do MPF.
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