segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O anticlímax: Eduardo Ramos é o camisa 33


Então é isso.
Eduardo Ramos (na foto) é o camisa 33.
Sabem a história da montanha que pariu um rato?
Ninguém está chamando o profissional de rato. Longe disso.
O que se pretende mostrar é apenas isto: que Sua Excelência o presidente do Remo, Zeca Pirão, e seus marqueteiros, produziram uma espécie de anticlímax ao exibirem Eduardo Ramos como o camisa 33 do Remo.
Ele é um grande jogador. Sem dúvida que é.
Para os padrões paraenses, é um ótimo atleta.
Mas Eduardo Ramos foi jogador do Paysandu, rapazes.
No Paysandu - diziam, repetida e enfaticamente, os coleguinhas que militam na nossa heróica crônica esportiva -, Eduardo Ramos travou uma guerra de egos com Iarley.
Tudo porque, conforme se propalava, Iarley faturava R$ 70 mil por mês, jogando no máximo meio tempo - quando jogava -, enquanto Eduardo Ramos, tido como o maestro do time, faturava R$ 30 mil e uns quebrados.
A guerra de egos foi tolerada até o momento em que os mais crédulos - até eles - pararam de acreditar que o Paysandu conseguiria se sustentar na Segundona.
A partir daí, foi pau na moleira. Foi sarrafo comendo todo dia, o dia todo.
Nas sarrafadas, torcedores anônimos mandavam, para os celulares de coleguinhas, fotos de Eduardo Ramos divertindo-se, digamos assim, além da conta na noite de Belém.
O atleta, enfaticamente, sempre negou tudo isso - tanto a guerra de egos como as alegadas estripulias na noite.
Mesmo assim, seu rendimento caiu bastante, na reta final da Série B, justamente quando o Paysandu mais precisava dele.
Aí, o Remo contrata o cara. E, por cima de tudo, o exibe como o camisa 33, menção ao tabu de 33 partidas que o Remo passou sem perder para o Paysandu nos anos 90.
A prova de que não são apenas os remistas do Espaço Aberto que manifestam sua resistência a Eduardo Ramos são as vaias que ele recebeu de boa parte dos torcedores que estiveram no Mangueirão, ontem à tarde, para assistir ao amistoso entre Remo x Londrina-PR, que terminou em zero a zero.
Sinceramente, tomara que Eduardo Ramos emplaque no Remo. Tomara! Torçamos. Mas, pelos antecedentes, sabe-se lá se isso vai ocorrer.
E para piorar, ainda tivemos ontem uma pequena bola fora dos denodados marqueteiros do Remo.
O palco da apresentação de Eduardo Ramos foi armado, vejam só esse detalhe dos mais sutis, em frente à arquibancada do Mangueirão onde ficam as cabines de Imprensa e rádio.
Essa arquibancada é ocupada por torcedores do Paysandu, senhores. Do Paysandu.
É ali que ficam os torcedores do time adversário.
Eduardo Ramos chegou ao gramado de helicóptero.
Boa. Muito bacana.
O helicóptero pousou diante da torcida do Remo.
Boa. Muito bacana.
Depois de Zeca Pirão, que desceu de aeronave com pompa e circunstância, aparece Eduardo Ramos.
Boa. Muito bacana. Fim do mistério. Eis o camisa 33: Eduardo Ramos.
E o que faz o camisa 33?
Dá a volta no helicóptero e vai para o outro lado, onde está armado um palco para a sua apresentação, bem em frente à arquibancada que os torcedores do time rival ocupam.
Hehehe.
Com marqueteiros como esses do Remo, o Remo não precisa de inimigos.
Ops! Melhor dizendo, não precisa de marqueteiros.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ninguém da base vai ser aproveitado? Nem do Leãzinho? Preferm contratar um monte de velhos, é isso?

Anônimo disse...

Concordo que não foi o 33 esperado.
Mas não se pode duvidar da qualidade técnica do jogador; não é atoa que foi eleito o craque do campeonato paraense e teve, também, boas atuações no Brasileiro.
Penso que o erro do marketing remista foi propagandear a ilusão de que seria um jogador de muito maior destaque; as inúmeras especulações mostraram que seria padrão "de seleção".
E outra: é um bom meia armador; tomara tenha pra quem passar a bola e este que faça gol, senão...a barca vai furar cedo.
Saudações azulinas.
Torçamos.

Anônimo disse...

Acho que a imprensa criou que seria o messi com a 33. Que jogador quer vir pro Pará? Clubes com má fama, estado longe dos grandes centros entre outras coisas. Torcedor é pacional, não enxerga a realidade atual de seus clubes. O qus não se pode negar é que o principal jogador do rival no paraense passado foi para o remo. Isso é fato.

Anônimo disse...

O ideal para vestir essa camisa é o Messi (Barcelona). Afinal, o Remo é único time do mundo em que se trabalha 3 meses e folga 9. E para o Messi seria o time ideal. Folgaria uma gestação.