Hehehe.
Vocês sabem qual é o assunto que domina as
atenções da humanidade?
Não pensem – não mesmo – que é o Re-Pa de
domingo, o que vai indicar o finalista paraense na Copa Verde.
Não pensem que são as retaliações mútuas entre
EUA e Rússia, engalfinhados
em meio à conturbada crise na região da Crimeia.
Não pensem – não mesmo – que é o imbróglio
diplomático por causa da recusa
de uma autoridade colombiana em trazer seu cachorro para o Brasil.
Não pensem – em hipótese alguma – que é a dúvida
sobre se houve ou não assédio na casa.
Não.
O que domina as atenções do mundo inteiro é o
seguinte: quem foi, afinal de contas, o pai da indicação do Cerveró?
É muito legal esse debate espantoso a que
estamos assistindo, em que o fisiologismo sobressai como um monstro autofágico que tem a
capacidade, digamos assim, de se renovar, de se reciclar.
Quando o fisiologismo é bom pra nós, vamu que
vamu.
Quando nos compromete, toma que é esse filho é
teu, porque o teu fisiologismo é podre; o meu, não.
Heehehe.
Reparem só.
Cerveró é Nestor Cerveró, o cara que aparecem na imagem acima.
Foi ele, quando diretor da área internacional da
Petrobras, que apresentou um parecer técnico dizendo que era um negócio bacana,
dos mais legais, a estatal comprar em 2006, por US$ 360 milhões, 50% de uma
refinaria em Pasadena, no Texas (EUA), que a empresa Astra Oil comprara
anteriormente por míseros Us$ 42 milhões.
Foi ele quem achou legal – e bacana – uma
cláusula que obrigaria a Petrobras a comprar os outros 50% do controle da refinaria, se
a estatal se desentendesse com a Astra.
Pois não é que as duas se desentenderam? E a Petrobras, em
obediência à cláusula – chamada put
option –, precisou desembolsar mais US$ 820,5 milhões, totalizando a
fábula de US$ 1,180 bilhão.
Pois é. Esse foi o parecer de Cerveró, aprovado
por todo mundo, inclusive por dona Dilma, que agora diz que foi induzida a
aprovar o negócio, quando comandava o Conselho de Administração da Petrobras,
porque o parecer era “falho”.
E aí?
E aí que todos querem saber: quem indicou
Cerveró para a diretoria da Petrobras?
“Eu fui consultado pelo governo por conhecer os
quadros da Petrobras, mas foi o Renan quem bancou o nome do Nestor. O Nestor é
uma indicação do Renan", entrega
o senador Delcídio Amaral (PT-MS).
E aí, Renan?
“O Delcídio deve estar muito preocupado. Não se
trata de saber se o Delcídio indicou o Cerveró ou não. O Delcídio tem que ficar
despreocupado, porque, certamente, ele não o indicou para o Cerveró roubar a
Petrobras. Ele deve ficar tranquilo, o Delcídio,” rebateu
Renan.
É isso, meus caros: quem é o pai da indicação do
Cerveró?
São vocês aí?
Tomem ele.
Tomem o Cerveró, que o Cerveró é de vocês.
Eu, hein!
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