Olhem só.
Sem brincadeira nenhuma.
Mas a presidente Dilma só pode ter pretendido
fazer de brinquedo a inteligência alheia quando, respondendo na entrevista
exclusiva à “Folha”, disse que o ex-presidente
Lula não vai voltar porque nunca saiu da política.
Hehehe.
Nossa querida,
repita-se, só pode estar brincando.
Porque o “Volta, Lula” não é um pedido de
retorno do presidente-adjunto
para a política, de onde, certamente, ele nunca saiu.
O pedido do “Volta, Lula”, minha querida, é para o Planalto do Planalto,
onde vossa excelência está há dois anos e meio.
O pedido do “Volta, Lula”, minha querida, é para que ele dispute a
sucessão de 2014 em seu lugar, no lugar de vossa excelência, que até agora, bem
entendido, é a candidata natural do PT a um segundo e continuado mandato.
O pedido do “Volta, Lula”, minha querida, é a senha maldisfarçada para
que vossa excelência, em queda livre nas pesquisas, desista de concorrer à
reeleição para abrir espaço ao presidente-adjunto.
É isso.
É básica e essencialmente isso que significa o
“Volta, Lula”, minha querida.
Aliás, por que Mônica Bergamo – excelente
repórter – não insistiu nesse ponto, quando nossa querida, pretendendo escapar à pergunta, deu essa resposta
enviesada?
Talvez não tenha insistido para que Dilma não a
chamasse, pela enésima vez, de minha querida,
termo ao qual sua excelência, em ótimo e casto dilmês, recorre em momentos de incomparável irritação.
O querida,
para a nossa querida, significa...
Deixem pra lá, como diria o Ancelmo Gois.
Ou então, queridos leitores, fiquem à vontade
com a inventividade de vocês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário