terça-feira, 30 de julho de 2013

Nossa querida Dilma brinca conosco

Olhem só.
Sem brincadeira nenhuma.
Mas a presidente Dilma só pode ter pretendido fazer de brinquedo a inteligência alheia quando, respondendo na entrevista exclusiva à “Folha”, disse que o ex-presidente Lula não vai voltar porque nunca saiu da política.
Hehehe.
Nossa querida, repita-se, só pode estar brincando.
Porque o “Volta, Lula” não é um pedido de retorno do presidente-adjunto para a política, de onde, certamente, ele nunca saiu.
O pedido do “Volta, Lula”, minha querida, é para o Planalto do Planalto, onde vossa excelência está há dois anos e meio.
O pedido do “Volta, Lula”, minha querida, é para que ele dispute a sucessão de 2014 em seu lugar, no lugar de vossa excelência, que até agora, bem entendido, é a candidata natural do PT a um segundo e continuado mandato.
O pedido do “Volta, Lula”, minha querida, é a senha maldisfarçada para que vossa excelência, em queda livre nas pesquisas, desista de concorrer à reeleição para abrir espaço ao presidente-adjunto.
É isso.
É básica e essencialmente isso que significa o “Volta, Lula”, minha querida.
Aliás, por que Mônica Bergamo – excelente repórter – não insistiu nesse ponto, quando nossa querida, pretendendo escapar à pergunta, deu essa resposta enviesada?
Talvez não tenha insistido para que Dilma não a chamasse, pela enésima vez, de minha querida, termo ao qual sua excelência, em ótimo e casto dilmês, recorre em momentos de incomparável irritação.
O querida, para a nossa querida, significa...
Deixem pra lá, como diria o Ancelmo Gois.
Ou então, queridos leitores, fiquem à vontade com a inventividade de vocês.

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