Operação realizada no Pará na terça-feira, 14
de julho, cumpriu mandados de prisão contra acusados de desmatar ilegalmente o
projeto de assentamento Cururuí, em Pacajá, no sudoeste do Estado. As prisões
são preventivas e foram decretadas pela Justiça Federal a pedido do Ministério
Público Federal (MPF) em Tucuruí.
Foi preso pela Polícia Federal o chefe da unidade avançada do Instituto de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Tucuruí, Gilvan Ribeiro
dos Reis. Ele seria responsável, dentro do esquema, por passar informações
sobre possíveis fiscalizações do Incra, evitando que a quadrilha fosse
flagrada.
Também foi preso o representante da Federação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) no sudoeste do
Estado Roberto Elias de Lima. Segundo as investigações, Lima teria facilitado a
entrada de desmatadores nos assentamentos de reforma agrária.
A operação também cumpriu mandado contra Gelson
Gomes de Andrade, acusado de coordenar o envio de homens armados para
assentamentos do Incra, que negociavam com assentados a retirada ilegal de
madeira. Como Andrade foi preso no último dia 1º pela operação Crashwood, do Ministério Público do Estado
do Pará, Polícia Civil e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade, ele foi notificado no Presídio Estadual Metropolitano II, em
Marituba, sobre a nova ordem de prisão. Gelson Gomes de Andrade é foragido da
Justiça na Bahia e no Espírito Santo.
Todos os réus já foram denunciados pelos crimes
de constrangimento ilegal, desmatamento em terra pública e comercialização
ilegal de produto florestal. Gilvan Ribeiro dos Reis também responde por
violação de sigilo funcional.
Dois investigados continuam foragidos.
Fonte: Assessoria
de Imprensa do MPF no Pará
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