Antônio Carlos Nunes, presidente da FPF: por que o beija-mão a Del Nero, que foi quarto, sala e cozinha de Ricardo Teixeira, José Maria Marin et caterva. Afinal de contas, por quê? |
Alto lá, vocês aí, que já estão pensando em besteira.
Alto lá!
Comparar o coronel Nunes a Ricardo Teixeira não decorre de nenhum - mas nenhum mesmo - juízo de ordem moral ou ético aqui do blog em relação à figura do presidente da FPF.
Teixeira, sabemos nós, já acumulou ficha corrida, recentemente encorpada com seu indiciamento, pela Polícia Federal, por quatro crimes.
Em relação ao coronel Nunes, por sua vez, ninguém aqui está insinuando nada em relação à sua honorabilidade.
A comparação entre ele e Teixeira restringe-se à longevidade no cargo de presidente da federação, à falta de alternância nas funções, à capilaridade de sua influência.
Nunes está há cerca de duas décadas à frente da FPF.
Na próxima quinta-feira, ele estará em São Paulo, para um beija-mão em que outros cartolas de federações estaduais de futebol vão render homenagens a Marco Polo Del Nero, o sucessor de José Maria Marin, atualmente preso na Suíça à espera de ser extraditado para os Estados Unidos, em meio ao escândalo padrão-Fifa, que já resultou até na renúncia de Blatter.
Por que o coronel Nunes, um homem que forjou seu caráter sob os valores militares, se submete a cortejar o comandante de uma administração como a da CBF - apodrecida, carcomida, diluída em suspeitas, esfacelada depois de duas décadas sob as rédeas de uma casta que nada, mas nada mesmo, fez de bom pelo futebol brasileiro?
Por que o coronel Nunes - que, se achar conveniente, pode erguer em causa própria uma estátua pelo muito que ele próprio imagina ter feito pelo futebol do Pará - não evita render homenagens a um sujeito como Del Nero?
O atual presidente da CBF foi sala, quarto e cozinha de Teixeira e Marin, um e outro com suas reputações maculadas por fortíssimos indícios de propinagens de toda ordem. Por que Nunes ainda se dá ao trabalho de cortejá-lo?
Por quê?
Um comentário:
Mídia do sul diz que a mesada da cbf para as federações é 50 mil mensais e que teria aumentado mais 15 mil.
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