terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Amazonas faz bem ao encampar ideia do aqueduto
Do jornalista Francisco Sidou, por e-mail:
Veja que coisa interessante. O LIBERAL de hoje [ontem, dia 9] dá destaque para a seguinte matéria: Amazonas pode abastecer o Sudeste . E destaca a sugestão do governador José Melo, do Amazonas, de se levar a água que sobra na foz do rio Amazonas para abastecer os reservatórios secos de São paulo, do Rio de Janeiro e do Nordeste. A ideia do aqueduto da solidariedade foi divulgada no blog Espaço Aberto, salvo engano em janeiro de 2014. Foi também divulgada no Facebook, com base no seu registro no blog.
Não reivindico nenhuma paternidade no terreno das ideias, até porque se trata de uso de um bem público, que é a água da natureza. Apenas felicito o governador do Amazonas em levar adiante esse debate e fico satisfeito que o assunto seja amplamente debatido também com a sociedade. Mandei essa pauta também para o jornal O LIBERAL e TV Liberal, mas eles devem ter suas razões para não divulgar o tema antes que ele interessasse a alguma autoridade governamental.
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3 comentários:
Primeiro: onde esse governador do Amazonas foi arrumar sobra de água? O que ele entende de bacia hidrográfica e ecossistema?
Segundo: cinco mil quilômetros de aqueduto é uma piada num país que sequer conseguiu fazer a transposição do São Francisco e nem garantir a navegabilidade do Tocantins.
Terceiro: esse negócio de falar em solidariedade brasileira daqui pra lá é outra piada - porque não existe a de lá para cá. Pagamos as mais altas tarifas pela energia que fornecemos de graça; eles vem para cá feio nuvem de gafanhoto, estão destruindo nossas florestas e matando o Tapajós; dolarizando nossos peixes (pescada amarela mais cara que o salmão em Belém).
Quarto: usinas de dessalinização podem muito bem ser empregadas pela indústria do sudeste, deixando a água para o consumo humano. Nada demais, num país em que se paga mais juros que qualquer outra despesa.
Mas tem que avisar paulistas que não se varre a rua com água e economizar luz também é preciso. Nunca ninguém se preocupou com os nordestinos.
Os amazonenses são espertos e MUITO mais inteligentes. Vamos fazer o aqueduto tirando água da foz. Só que o Atlântico invade o riomar, então haverá salinidade e será inviável economicamente. Então adivinhem onde será o impacto ambiental? No Amazonas? Não, preclaros, no Pará. Depois ainda vão reclamar dos políticos paraenses. Lembrei do velho Gueiros com a história do lixo nuclear.
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