quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Ainda há humanidade entre os humanos. Ora, se há!
Olhem só.
Animais, os mais selvagens, nem eles são capazes de cometer tamanha hediondez como as que os humanos perpetram contra os da própria espécie.
Animais matam para comer ou para defender o território. Normalmente, só matam nessas circunstâncias.
Animais, ao contrário dos humanos, não se comprazem em maltratar, torturar, barbarizar.
Corre o Brasil, senão o mundo o inteiro, essa imagem aí, em que um monstro aparece barbarizando um cachorrinho no Rio.
Felizmente, há condutas que, pelo menos, revelam que o ser humano tem outras essências, mais condizentes com sentimentos marcadas, ora bolas, pela humanidade.
Jornalista, leitora aqui do Espaço Aberto, ao deparar-se com o caso envolvendo esse monstro, traz pra cá a história de sua neta, de apenas seis anos de idade
Na estreia da aula de religião, a professora perguntou à garota quantos irmãos ela tinha.
Empertigada - ou nem tanto -, a criança respondeu que tinha um, de oito anos, justamente o cachorro da casa, identificado na sala de aula pelo nome.
Daí, a professora retorquiu, dizendo:
- Ah, então você é filha única...
Mais tarde, a criança contou a história para o pai e completou:
- Concordei [que era filha única] só pra dizer, mas não aceito. Além disso, depois de mim, todos passaram a dizer para a professora que tinham um irmão cachorro também!
Vamos contar essa história à Pucca, a cadelinha linda, meiga, terna, hospitaleira e discreta que vive desfilando aqui pela redação e se colocando de barriga pra cima, em posição de receber um xamego.
É preciso que a Pucca, como o cachorro irmão da garota de apenas seis anos, saiba que ainda há sentimentos de humanidade entre os humanos.
Ora, se há.
Por mais incrível que pareça, ainda há.
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