A Justiça ouvirá pela primeira vez logo mais, às 9h, no Fórum Criminal de Belém, a viúva e uma filha do engenheiro Raimundo Lucier Marques Leal Junior, 59 anos, que também era professor da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Ele foi morto no dia 4 de agosto do ano passado, com três tiros, quando saía dirigindo seu carro de uma loja, localizada na avenida Duque de Caxias, entre as travessas Enéas Pinheiro e Pirajá, no bairro do Marco, em Belém.
Fátima Leal e sua filha deveriam ter sido ouvidas no dia 19 de agosto passado, mas a audiência foi transferida para hoje. Ambas foram foram arroladas no processo na condição de testemunhas do Ministério Público.
"Dizem que essa é uma forma de postergar as ações da justiça. Infelizmente, nossas leis não contabilizam o prejuízo de uma ação dessas que chega a ser até uma ofensa ao Poder Público. Imagine você o custo que é mobilizar pessoas, ocupar espaços, disponibilizar viaturas para transportar os acusados, envolver o tempo de um juiz que já é exíguo para tantos processos, usar o tempo de um promotor que poderia estar trabalhando ou estudando outras causas... Enfim, todo esse prejuízo fica impune pelo 'direito' que o assassino tem de matar e se usar da Justiça como bem quiser", disse Fátima Leal ao Espaço Aberto.
Um mês depois do assassinato de Lucier, um outro engenheiro, Carlos Augusto de Brito Carvalho, que era colega dele no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), compareceu espontaneamente à polícia e confessou ter sido o mandante da morte da vítima, com quem, segundo confirmou, tinha divergências. Carvalho permanece preso desde então.
Também foi preso o mototaxista Allan Franklin Ferreira Rego, 21 anos, que confessou a participação no crime, por ter dado fuga ao atirador, como também confirmou à polícia que o engenheiro Carlos Augusto Carvalho foi o mandante do homicídio. Edmilson Ricardo Farias, 22 anos, conhecido como “Juca” e apontado pela polícia como o autor dos três disparos fatais, até agora não foi encontrado.
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