Madame que atravessava o cruzamento da Avenida Braz de Aguiar com a Travessa Benjamin Constant, no início da tarde de ontem, foi abordada por bandido que vinha numa bicicleta.
Ela falava ao celular. Sua distração facilitou o bote do larápio, que tentou assaltá-la. A senhora esboçou uma reação. O bandido passou a mão na arma e disparou-lhe um tiro. Há controvérsias quanto a este ponto. Uma versão indica que a bala não atingiu a vítima. Outra versão dá conta de que ela foi atingida de raspão.
Mas não há contestação no fato de que o alvo do tiro escapou, por milagre, de sofrer lesão grave ou quem sabe até perder a vida. Como também não há contestação no fato de que a Braz de Aguiar e transversais – Rui Barbosa, Benjamin e Doutor Moraes – tornaram-se ruas das mais perigosas do bairro de Nazaré.
Os motivos da insegurança são óbvios: são ruas onde se situam lojas de grife, colégios e edifícios elegantes e por onde residem ou transitam pessoas de classe média alta. Não apenas isso: a Braz de Aguiar e transversais não dispõem da segurança adequada.
Quem passa por lá, por exemplo, assiste a um cenário intrigante e curioso. Há policiais militares que andam em conjunto. E não são dois – quantidade que permite um poder de reação mais adequado em situações de risco. São três, quatro e às vezes até cinco PMs.
Pra quê tudo isso? Por que tantos PMs que se deslocam, sempre em grupo, para certos pontos da avenida? Se é possível disponibilizar seis PMs para policiar a Braz de Aguiar, por que não três duplas se distribuírem por três esquinas, por exemplo?
São perguntas às quais ninguém responde. Enquanto ninguém responde, os bandidos fazem a festa. Sem roupas e sapatos de grife, mas com armas na mão.
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