Do blog do Estado:
Com o inverno amazônico, as chuvas são intensas provocando enchentes nos rios e a destruição das rodovias que ligam a região ao Mato Grosso e o Centro-oeste do país. Rodovia Transamazônica (BR-230) e Santarém Cuiabá (BR-163) e Transgarimpeira.
Em toda a extensão da rodovia BR-163 há mais de 100 pontos críticos que com as chuvas formam grandes atoleiros, impedindo o tráfego na rodovia. Na madrugada de sexta-feira (28) uma ponte caiu no trecho entre Santarém e Rurópolis deixando a cidade de Rurópolis isolada e a informação do 8º BEC é que "a rodovia será liberada" nesta segunda-feira.
As empresas de ônibus que fazem a linha desses municípios para Itaituba e Santarém decidiram suspender o transporte de passageiros até que cesse as chuvas e os locais considerados de risco sejam "arrumados".
Segundo um dos proprietários, "Além do preço abusivo para atravessar os atoleiros, os passageiros sofrem muito durante a viagem". "E quando não há trator para puxar os veículos a gente tem aguardar até que alguém venha nos socorrer e esse transtorno torna a viagem muito cansativa, tanto para os passageiros, quanto para os motoristas".
De acordo com o prefeito Ademar Baú, do município de Trairão, 50% da população do município está isolada devido às condições das estradas e vicinais.
Os deputados José Megale e Alexandre Von fizeram esta semana uma viagem ao longo de 180 quilômetros, onde foi possível ver filas com dezenas de veículos próximos aos atoleiros aguardando a liberação da pista, o que ocorre somente depois que todos os veículos arrastados por tratores nos locais de risco.
O deputado Alexandre Von, demonstrando revolta com a situação do povo e das estradas, disparou. "O ministro dos Transportes deveria sair do gabinete e fazer uma viagem pelas rodovias da região em seu automóvel para comprovar o sofrimento e dor deste povo. Nossa região não pode continuar abandonada, vamos nos unir a esses prefeitos, aos vereadores, ao povo, convocar os deputados federais e senadores do Pará e fazer uma marcha a Brasília em busca de solução".
Segundo os moradores das comunidades Caracol e Jamaxinzinho, existe uma empresa oriunda do Rio Grande do que ganhou a concorrência para recuperar aquele trecho da BR-163, mas nesse período os funcionários da empresa desaparecem.
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