sexta-feira, 3 de março de 2017
Tietagem de homicida repugna às nossas consciências
Olhem.
Essa foto aí corre o mundo virtual desde ontem.
Mostra o goleiro Bruno sendo tietado à porta do Fórum de Belo Horizonte, onde informou seu endereço por determinação de decisão monocrática (individual) do ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, que lhe concedeu um habeas corpus.
O cidadão é réu condenado por homicídio triplamente qualificado, no caso da morte de sua ex-namorada Eliza Samudio.
Um crime horrendo, como se sabe.
Enquanto ele está em liberdade, essa tietagem é que repugna às nossas consciências.
Ela, a tietagem, nos oferece a dimensão de acintes legais que levam à libertação de uma pessoa porque, conforme o argumento do ministro do STF, há demora no julgamento de seu recurso.
Bem feito para todos nós, que nos deparamos com cenas como essa.
Cena que um legalismo tortuoso enseja e propicia.
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Um comentário:
É lamentável que um homicida cruel, como é este senhor, demore a ser julgado e devido à demora o magistrado Marco Aurélio Melo se subsidie neste fato para soltá-lo.
Essas decisões propiciam que somente 30% da população brasileira venham a confiar na justiça, segundo pesquisa da FGV publicada em 2014.
Quantos presos sem o poderio econômico deste assassino, estão presos, há mais de sete anos e por não possuírem um advogado de defesa pago a peso de ouro continuam atrás das grades.
Os que o tietam são pessoas sem o menor senso do ridículo.
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