Boa Esporte, de Varginha (MG) tem
seu site hackeado, perde patrocinadores e vira alvo da repulsa nacional
depois de contratar o goleiro Bruno Fernandes, condenado por homicídio
triplamente qualificado no caso envolvendo a morte de sua ex-namorada Eliza
Samudio.
Bem-feito para o Boa Esporte.
Porque essa alegação de dirigentes do clube, de
que criminosos como Bruno Fernandes precisam ser ressocializados, é deveras
comovente, enternecedora, cativante e reveladora de enorme, edificante
generosidade humana.
Mas Bruno Fernandes deveria ganhar essa chance
depois de cumprir sua pena, não é? E ele ainda não a cumpriu. Aliás, a decisão
que o colocou em liberdade, da lavra do ministro Marco Aurélio Voto Vencido Mello, do augusto Supremo,
é provisória, portanto dependente de ratificação do plenário quando for julgada
no mérito.
Mas o certo é que, mesmo provisoriamente, e da
mesma forma com que estende as mãos da generosidade ao autor de uma crime
hediondo, por que o Boa Esporte não presta um auxílio à família da vítima de
Bruno?
Só o criminoso é que precisa de compreensão e
generosidade?
E a família da vítima de um crime horroroso,
não?
Ah, sim.
Em entrevista
coletiva nesta terça-feira (14), Bruno disse assim: "As pessoas
correm de mim pelo o que aconteceu no passado."
Sim. O pessoal da redação aqui do blog corre de
Bruno Fernandes.
Pelo menos por enquanto.
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