Do Amazônia
Andar pelas calçadas de Belém há muito tempo deixou de ser uma tarefa simples. E para quem tem mobilidade reduzida (idosos, pessoas com deficiências etc), o desafio é ainda maior. Apesar de ser o dono da calçada, o proprietário do imóvel não pode dificultar ou alterar estes espaços indevidamente. No entanto, calçadas suspensas e lajotadas são comuns em toda a cidade. Também não é difícil encontrar carrinhos de lanche, mesas e até árvores dificultando a passagem. Na gestão de Duciomar Costa, um esforço foi feito para os problemas fossem regularizados, mas a resistência dos moradores e a onda de protestos foi tão grande que a ideia morreu em poucos dias.
Alguns dos exemplos mas problemáticos estão no centro comercial e no centro histórico de Belém. Por várias ruas do Comércio, trabalhadores informais e lojistas ocupam o passeio público sem serem incomodados, jogando os pedestres para o meio da rua. Em alguns trechos da João Alfredo, por exemplo, pedras arredondadas dificultam a passagem, além de buracos e do lixo que se acumula em todo canto.
Na rodovia Augusto Montenegro, mais problemas. Eliana Vinagre e o filho, Celso Vinagre, moram no quilômetro 11 da via, ao lado do conjunto Castro Moura. Nos quatro anos em que moram ali, aprenderam que para sair de casa é preciso enfrentar o mato e a lama que se acumulam no entorno e enfiar o pé no aguaceiro. Ao chegar à pista, mais problemas. Ali só dá para andar no meio da rua ou no canteiro. “Só tem piorado. Quando chove alaga a rua toda. O carteiro já nem vem mais aqui. Às vezes não tem jeito e a gente sai descalço e coloca os sapatos em outro lugar. O problema de calçadas, aqui na Augusto Montenegro, é geral”, diz Eliana.
Na Pedreira os problemas continuam. No bairro, a ocupação das calçadas e as irregularidades no nível são os principais obstáculos. Na avenida Pedro Miranda, a calçada sempre está repleta de barracas do comércio informal. Na Antônio Everdosa, rampas muito íngremes tomam conta dos espaços. Em algumas transversais das duas vias, as calçadas sequer existem. Nas demais, buracos e desníveis tornam impossível a passagem de cadeirantes, por exemplo.
“Até deixamos de usar o carrinho com nosso filho de cinco meses. É difícil andar por aqui em alguns trechos. Podemos tropeçar. Moramos na Barão do Triunfo e lá os carros estacionam nas calçadas. Tem trechos que são de blocos de concreto e que quebram fácil. Por isso muita gente acaba andando no meio da rua”, comenta Thiago Harrison. Ele e a esposa, Dandara Machado, caminhavam com a filha de um ano nos braços para evitar buracos e rampas.
Alguns dos exemplos mas problemáticos estão no centro comercial e no centro histórico de Belém. Por várias ruas do Comércio, trabalhadores informais e lojistas ocupam o passeio público sem serem incomodados, jogando os pedestres para o meio da rua. Em alguns trechos da João Alfredo, por exemplo, pedras arredondadas dificultam a passagem, além de buracos e do lixo que se acumula em todo canto.
Na rodovia Augusto Montenegro, mais problemas. Eliana Vinagre e o filho, Celso Vinagre, moram no quilômetro 11 da via, ao lado do conjunto Castro Moura. Nos quatro anos em que moram ali, aprenderam que para sair de casa é preciso enfrentar o mato e a lama que se acumulam no entorno e enfiar o pé no aguaceiro. Ao chegar à pista, mais problemas. Ali só dá para andar no meio da rua ou no canteiro. “Só tem piorado. Quando chove alaga a rua toda. O carteiro já nem vem mais aqui. Às vezes não tem jeito e a gente sai descalço e coloca os sapatos em outro lugar. O problema de calçadas, aqui na Augusto Montenegro, é geral”, diz Eliana.
Na Pedreira os problemas continuam. No bairro, a ocupação das calçadas e as irregularidades no nível são os principais obstáculos. Na avenida Pedro Miranda, a calçada sempre está repleta de barracas do comércio informal. Na Antônio Everdosa, rampas muito íngremes tomam conta dos espaços. Em algumas transversais das duas vias, as calçadas sequer existem. Nas demais, buracos e desníveis tornam impossível a passagem de cadeirantes, por exemplo.
“Até deixamos de usar o carrinho com nosso filho de cinco meses. É difícil andar por aqui em alguns trechos. Podemos tropeçar. Moramos na Barão do Triunfo e lá os carros estacionam nas calçadas. Tem trechos que são de blocos de concreto e que quebram fácil. Por isso muita gente acaba andando no meio da rua”, comenta Thiago Harrison. Ele e a esposa, Dandara Machado, caminhavam com a filha de um ano nos braços para evitar buracos e rampas.
Nova rede de drenagem deve reduzir alagamentos na Augusto Montenegro
A Prefeitura de Belém esclarece que está prevista a implantação de uma nova rede de drenagem ao logo da Augusto Montenegro, o que será realizado com as obras do BRT até Icoaraci. O edital para contratar empresa especializada já foi publicado na semana passada. As melhorias ao longo da via também compreendem implantação de calçadas e ciclovias em toda a extensão. Com relação à limpeza, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informa que tem realizado roçagem e capinação ao longo da rodovia, tendo, inclusive, executado este serviço recentemente no trecho do km 11 da via.
Sobre o alagamento existente no trecho onde mora a dona Eliana, a Sesan ressalta que a drenagem do local é feita por tubos interligados à drenagem do Conjunto Castro Moura. No entanto, após obras dentro do conjunto, os tubos da parte externa foram bloqueados e isolados. A administração municipal chegou a iniciar obras para solucionar o problema, mas os moradores do conjunto entraram com uma ação judicial para impedir que o trabalho fosse executado. O departamento jurídico da prefeitura está acompanhando o caso.
Sobre o alagamento existente no trecho onde mora a dona Eliana, a Sesan ressalta que a drenagem do local é feita por tubos interligados à drenagem do Conjunto Castro Moura. No entanto, após obras dentro do conjunto, os tubos da parte externa foram bloqueados e isolados. A administração municipal chegou a iniciar obras para solucionar o problema, mas os moradores do conjunto entraram com uma ação judicial para impedir que o trabalho fosse executado. O departamento jurídico da prefeitura está acompanhando o caso.
Segundo a Seurb, o espaço mínimo do passeio é de 1,70 cm
Para o pedreiro Carlos Castro, de 47 anos, a periferia é o local com piores calçadas. Ele é ciclista e está acostumado à falta de espaços adequados para tráfego de bicicletas. Porém, lembra que as calçadas são, muitas vezes, são transformadas em ciclovias. “Aqui na periferia, Guamá, Terra Firme, Cremação, Jurunas, é área esquecida. Ninguém cuida de calçada aqui e os pedestres precisam se virar e andar no meio da rua ou no meio da bagunça dos vendedores. Por exemplo, Perimetral, Barão de Igarapé-Miri e Bernardo Sayão, são umas ruas que não têm espaço para pedestre. O que tem é ruim”, critica.
Em nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) informa que a calçada é de responsabilidade do dono do imóvel onde a mesma se localiza, no entanto, deve obedecer o padrão definido pelo Código de Posturas do Município. Cada calçada deve ter pelo menos um metro e setenta centímetros (1,70 cm) liberados para a livre circulação do pedestre.
Atualmente existem 60 quilômetros de calçamento dentro dos padrões estabelecidos pelo Código de Postura. Vale frisar que as calçadas não podem ser derrapantes, ter degraus, sejam eles longitudinais ou transversais; também não podem ter inclinações acima de 0,8 centímetros por metro, e principalmente, toda calçada deve atender o deficiente visual e cadeirantes.
Em nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) informa que a calçada é de responsabilidade do dono do imóvel onde a mesma se localiza, no entanto, deve obedecer o padrão definido pelo Código de Posturas do Município. Cada calçada deve ter pelo menos um metro e setenta centímetros (1,70 cm) liberados para a livre circulação do pedestre.
Atualmente existem 60 quilômetros de calçamento dentro dos padrões estabelecidos pelo Código de Postura. Vale frisar que as calçadas não podem ser derrapantes, ter degraus, sejam eles longitudinais ou transversais; também não podem ter inclinações acima de 0,8 centímetros por metro, e principalmente, toda calçada deve atender o deficiente visual e cadeirantes.
Um comentário:
É a herança maldita de todos os prefeitos que geriram esta cidade. Salvo o DUDU que refez algumas calçadas de importantes vias, como a generalíssimo, Braz, Duque, etc.
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