A parada é a seguinte.
Não há mais limites no uso criminoso das redes sociais.
Não há mais parâmetros reais, objetivos para se definir onde termina a brincadeira - de mau gosto, ou melhor, de péssimo gosto - e onde começa o crime - configurado, tipificado.
Anteontem, aconteceu com um alta - altíssima, para dizer melhor - autoridade de Belém.
Sua Excelência visitava obras num município aqui por perto.
Um circunstante, digamos assim, resolveu fotografar a autoridade.
Minutos depois, a fotografia de Sua Excelência estava por aí, circulando freneticamente numa rede social, enquanto se acrescentava que a dita foto era a última em que o personagem aparecia, antes de sofrer um atentado a bala.
Foi um auê.
Foi um angu danado.
Tudo por causa de uma mentirinha, uma brincadeirinha que cheirava a uma irresponsabilidade tamanha.
Quase um crime.
Ou senão um crime.
A questão central - e isso ainda precisa ser mensurado com muita precisão, com precisa metodologia - é que essas redes sociais, em verdade, estão se transformando num abrigo - espaçosamente infindável - de desocupados.
Literalmente, desocupados.
Como desocupados que são, só encontram tempo para disseminar coisas estapafúrdias - e não raro criminosas - por essas redes sociais, que estão, cada vez mais, tendo seu uso desvirtuado.
Completamente desvirtuado.
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