Vejam só, meus caros.
Alianças políticas são uma coisa. Conveniências, outra coisa, totalmente distinta da primeira.
No Planalto, o PMDB é aliado do governo petista.
Por aqui, o PMDB é aliado do governo tucano.
Por lá, o PMDB surpreendeu o governo Dilma, ontem, ao apoiar em peso uma CPI para investigar a Petrobras. São necessárias apenas 171 assinaturas. Já existem 199 apostas no requerimento apresentado - por quem? - por ninguém menos que um peemedebista, o deputado mineiro Leonardo Quintão.
Por aqui, não se pode dizer que o PMDB tenha surpreendido seus aliados - ainda o são? - tucanos ao propor uma CPI para investigar indícios de que dinheiro público do Detran, o maior órgão arrecadador do Estado, estaria correndo por leitos subterrâneos para molhar o pé da planta do Cuiarana, um time bancado pelo senador Mário Couto (PSDB).
Não se diga que por aqui haveria uma grande surpresa na propositura dessa CPI porque a conjuntura política aconselha que é conveniente um enfrentamento para marcar sua presença e cacifar-se para sair com candidato próprio nas eleições para o governo do Estado no próximo ano.
E por lá?
Por lá, pelo Planalto, também é a conveniência que dá o tom na deliberação dos peemedebistas em apoiar em peso uma CPI para investigar estatal do próprio governo que o PMDB apoia.
É que, durante a discussão da MP dos Porcos, ou melhor, dos Portos, descobriram-se muitos interesses - uns ocultos, outros nem tanto e outros escandalosamente escandalosos - escorrendo, escoando lentamente pelo leito de emendas e proposições que acabaram não vingando quando a matéria foi aprovada.
O PMDB, em sintonia e afinado com esses interesses, acabou lançando mão da CPI como um instrumento adequado para dizer ao governo Dilma: "Ei, olha eu aqui".
Sabe-se lá o que vai acontecer quando a presidente atentar para os que estão lhe chamando atenção.
Um comentário:
Ainda bem que os "apoiadore$ da governabilidade" são todos "disquerda"...
Dona Dilma nem pisca...
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