Assalto na Domingos Marreiros. É o horror da violência.

O horror!
A violência é um horror.
Uma senhora deixava, ontem à tarde, o prédio da Justiça Federal, na Domingos Marreiros, entre Generalíssimo e 14 de Março, no bairro do Umarizal.
Dirigia-se para entrar no seu carro, que estava estacionado nas imediações, mas no mesmo quarteirão, do outro lado da rua.
Apareceram dois bandidos.
Estavam numa moto (sempre ela, a moto).
Abordaram a pobre mulher e a assaltaram em segundos.
Feito isso, foram embora.
Foram em frente, em busca de novas vítimas para darem o bote.
Não houve nem tempo de a vítima esboçar alguma reação.
E felizmente não houve reação, porque reagir é a senha para a morte certa, uma vez que até mesmo quem fica passivo, rendido, submisso, subjugado completamente à selvageria de assaltantes está na iminência de levar um tiro, uma facada ou sofrer qualquer outro tipo de molestamento.
Essa senhora se inscreve entre as pessoas que, se já foram assaltadas, vivem atemorizadas diante de que venham, novamente, cair nas mãos de bandidos que sempre estão à espreita; se está entre as que foram assaltadas pela primeira vez, é quase certo que, daqui para a frente, não conseguirá evitar crescentes temores diante dos riscos de que venha a sofrer novos assaltos.
E assim as relações sociais, nesta cidade do medo, vão se esgarçando, vão se deteriorando a ponto de não mais conseguirmos cruzar numa mesma calçada com uma pessoa, sem que a vejamos como um bandido em potencial.
E amplia-se aquele cenário surreal, quase ficcional, mas real - realíssimo - na dramaticidade cotidiana que traduz: os bons, os inocentes, estão atrás das grades de suas casas; os facínoras, os maus, os assassinos em potencial, está livres.
Livres, leves e soltos.

ATUALIZAÇÃO ÀS 10H50:

Na última terça-feira, por volta das 21h, ex-esposa de leitor aqui do blog saída de uma academia de ginástica no bairro do Reduto.
Ao entrar no carro, foi apanhada por bandidos, que ficaram passeando com ela durante cerca de 1 hora.
Fizeram uma retirada de R$ 1 mil da conta da vítima.
E ainda lhe roubaram outro pertences, inclusive telefone celular.
Como também lhe roubaram a tranquilidade de se locomover por Belém.
É o horror!