Bolsonaro dirige-se a seu lugar na mesa, na solenidade de posse de Moraes: um peixe fora d'água, num momento de exaltação à democracia brasileira |
Um leitor do Espaço Aberto ligou-me há pouco.
- Vem cá, presidente da República não pode aplaudir numa solenidade? - ele indagou.
O cara não estava brincando, não. Ele falava sério, após assistir a um dos maiores espetáculos de constrangimento público de uma autoridade máxima desta República.
O constrangimento público - visível, incontestável, escancarado e histórico - foi protagonizado por ninguém menos que um presidente da República, no caso Jair Bolsonaro, durante a solenidade de posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do TSE, encerrada há pouco.
Bolsonaro ouviu, de corpo presente, Moraes ser aplaudido de pé, por duas ou três vezes, ao proclamar sua crença na democracia, na legitimidade do processo eleitoral brasileiro e na segurança das urnas eletrônicas, ao mesmo tempo em que fez uma vigorosa advertência sobre os que tramam contra a democracia, tentando desacreditar o próprio sistema eleitoral. Como tem feito, intensamente, fanaticamente, desmioladamente e criminosamente, o próprio Jair Bolsonaro.
O presidente não se juntou nem uma vez aos aplausos.
Estava como que robotizado, paralisado, visivelmente desconfortável e incomodado diante do contundente discurso de Moraes e dos aplausos que saudavam o novo presidente da Corte.
Moraes acabou consagrado. Ele e a democracia brasileira.
Bolsonaro acabou, mais uma vez, desmoralizado pelas consequências da postura que tem adotado, claramente afrontosa, irresponsável e debochada, com ameaças explícitas que põem em risco a democracia.
Um comentário:
Uma ABERRAÇÃO esse inquilino do Planalto...um perfeito VERME!!
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