É uma grande ingenuidade, fora de brincadeira, imaginarem - como é o caso de muitos bolsonaristas - que o ministro Alexandre de Moraes teria, mais uma vez, extrapolado os poderes de que está investido ao ordenar uma operação contra oito empresários que apoiam Bolsonaro simplesmente porque, num grupo de WhatsApp, fizeram menções de apoiar um golpe.
Alguém dizer que apoia um golpe, como indicaram mensagens que o site Metrópoles revelou, é sem dúvida uma conduta escabrosa, mas não ensejaria uma operação nos moldes da ordenada pelo ministro, que mandou, entre outras coisas, bloquear as contas bancárias e as redes sociais dos investigados, além de determinar a quebra de sigilo financeiro deles.
Se Moraes, todavia, chegou a esse nível de rigor, é porque deve ter indícios robustos de que, muito mais do que simplesmente expressar opiniões, os suspeitos já poderiam estar naquilo que os criminalistas chamam tecnicamente de atos preparatórios, ou seja, as preliminares para a preparação efetiva do que golpe que defendem. Como as investigações estão sob segredo de Justiça, não sabemos o que Moraes sabe.
Mas em sua coluna, no Brasil247, o jornalista Mario Vitor Santos informa informa que que os elementos reunidos por Moraes, "conectados com a investigação de atos contra a democracia, configuram uma situação grave, envolvendo operativos, empresários e uma rede de relações que chega a altos escalões da República."
Altos escalões da República, repita-se.
Aguardemos!
Avante, Pátria amada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário