E os R$ 47 milhões, quando virão?

Então é isso.
É mais quem está saltitando.
É mais quem está exultante com o anúncio feito ontem, em São João Del Rey (MG), pela presidente Dilma Rousseff, de que Belém será contemplada com uma bolada.
É dinheiro à beça.
Segundo a presidente, estão no gancho para serem liberados nada menos de R$ 47 milhões para a recuperação de pontos históricos da capital paraense.
As obras, que farão parte parte do PAC das Cidades Históricas, incluem a restauração do Palácio Antônio Lemos; a revitalização da Feira do Ver-o-Peso e do mercado de peixe; requalificação das praças Dom Pedro, do Relógio, do Carmo, Visconde do Rio Branco e do cemitério da Soledade; restauração do casarão do Fórum Landi, Teatro Municipal, Cine Olympia, Palacete Bolonha, Fundação Cultural de Belém, Arquivo Público e Capela Pombo.
E aí?
E aí, meus caros, que é bom ficar de olho naquilo a que chamam de cronograma de liberação das verbas.
E aí, doutor Zenaldo, convém ficar ligado, ficar atento para saber quanto e quando a dinheirama vai pingar nos cofres do erário municipal.
Porque ontem, mesmo, logo depois do anúncio da presidente, seu adversário na campanha presidencial do próximo ano, o tucano Aécio Neves, lembrou que Dilma Rousseff lançou o PAC das Cidades Históricas pela “quinta vez”.
A quinta, sem tirar nem pôr.
Vocês querem conferir o discursos de pré-candidatos?
Com a palavra dona Dilma, a candidata à reeleição.

“Não tenho dúvida de que nossas cidades históricas são uma extraordinária afirmação do Brasil, uma extraordinária autoafirmação do povo brasileiro, chamariz para o turismo, para viagens culturais, gerando emprego e renda para a população e receitas para os municípios.”
Mais:
“Sabemos que a beleza e a riqueza dos bens públicos são ampliados se a totalidade do sítio histórico for preservada, daí porque, junto com a preservação dos bens públicos, criaremos uma linha de financiamento para a recuperação de patrimônio privado de grande relevância cultural e histórica.”

Com a palavra Aécio Neves, seu adversário.

“É inacreditável até onde é capaz de ir o desrespeito do PT e da presidente Dilma com Minas e os mineiros. A presidente voltou a Minas, e sem ter o que apresentar, lançou como se novo fosse, o mesmo programa lançado diversas vezes pelo presidente Lula e por ela mesma, e que, até hoje, não se transformou em realidade.”
Mais:
"Por quatro vezes, em quatro momentos distintos, temos aqui as datas, ela esteve, desde o início do seu mandato em Minas, para anunciar as mesmas propostas. Acho que um estado que tem demandas tão graves e tão sérias, mais uma vez, assistir a esta encenação, é um desrespeito."

Esses são os pre-candidatos e seus discursos pré-eleitorais, não é?
Eles - e elas - dão o que falar.
Mas, pelo sim, pelo não, convém ficar atento para os R$ 47 milhões.