sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dez razões pelo "sim" à criação do Estado do Tapajós

A empresária Vânia Pereira Maia, diretora executiva do Sistema Tapajós de Comunicação (STC), afiliado da Rede Globo na região oeste do Pará, está encaminhando a empresários e amigos dela em todo o Estado o e-mail abaixo, em que expõe razões favoráveis à criação do Estado do Tapajós.
Leiam os argumentos.

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Vejamos porque votar SIM (77) para a criação do Estado do Tapajós:

1. Nossa luta é legítima – Há mais de um século foi proposta a criação de um novo Estado, que englobasse a região do Baixo Amazonas, portanto nossa luta é legítima! Diga SIM ao Estado do Tapajós! A população que reside na região do Baixo Amazonas é na sua grande maioria formada por cidadãos que nasceram aqui ou que adotaram este rincão há mais de meio século, sendo, portanto, formada por gente daqui ou que chegou aqui há muito tempo. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

2. O Pará é geograficamente gigante – A falta de presença do poder público em áreas isoladas como o Oeste do Pará, trava o desenvolvimento econômico regional. Estados gigantescos como o Pará e o Amazonas são impossíveis de serem bem administrados. O EUA, sem o Alasca, tem área menor do que o Brasil e possui o dobro de números de estados. O Pará é quase do tamanho da região Nordeste é lá eles tem nove governadores para administrar nove estados. Não é a toa que o Nordeste é bem desenvolvido. A área geográfica é bem mais dividida, e isso facilita a gestão administrativa e todos os estados crescem, fortalecendo a região como um todo. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.
3. Projeto Estratégico importante - A criação do Novo Estado do Tapajós, na região Oeste do Pará, mais do que um projeto político, é um projeto de desenvolvimento estratégico de segurança nacional, econômico e social no Norte do Brasil. A Criação do Novo Estado do Tapajós servirá para solidificar a vigilância e a soberania sobre as nossas fronteiras, proporcionando desenvolvimento justo e mais rápido para o Norte do Brasil, gerando mais de 200 mil empregos. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

4. Distância da capital - Devido à distância que separa a Região do Baixo Amazonas da capital do Pará, o futuro Novo Estado do Tapajós, na prática, já se constitui uma unidade com vida própria. A distância da capital é mais de 800 km em linha reta, bem maior do que o território de vários países da Europa ou de vários estados do Nordeste. Essa distância inviabiliza a gestão administrativa. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77. 5.  O Novo Pará ficará com a maior parte da nossa riqueza – O Produto Interno Bruto (PIB) do Pará, que é a soma total das riquezas produzidas pelo Estado, é de R$ 58,5 bilhões (Idesp/PIB 2008), e esse valor aumenta a cada ano. Com a criação dos dois novos Estados, o Novo Pará ficará com 56% dessa riqueza (R$ 32,7 bilhões). Só de recursos do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o principal imposto arrecadado pelo Estado, o Novo Pará ficará com 66% do valor atual – hoje, fica com 50%, pois os outros 16% são distribuídos entre os municípios do Tapajós e do Carajás. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.
6. O Novo Pará terá mais dinheiro para investimentos – Com a divisão, o Novo Pará receberá R$ 300 milhões a mais de recursos do ICMS, e esse valor será maior ano após ano. Belém ficará com a metade desse valor, cerca de R$ 150 milhões. Com esse dinheiro a mais, o Estado poderá, por exemplo, construir 12 mil casas populares do programa "Minha Casa, Minha Vida", ou asfaltar 1.150 quilômetros de rodovias estaduais, ou 600 centros de saúde em Belém e cidades do interior. Sem a região do Tapajós, que é muito grande geograficamente, sobrará dinheiro para concentração de investimentos em Belém e demais municípios do Pará. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

7. A governança do Pará será mais fácil – O território do Novo Pará será menor: apenas 218,7 mil/km² (hoje é de 1,2 milhão de km²), distribuídos em apenas 78 municípios (hoje são 144). Também a população será menor: apenas 4,8 milhões de pessoas (hoje são 7,6 milhões). Isso facilitará muito o trabalho de gestão do Novo Pará pelos governantes, pois as demandas serão menores e de regiões mais próximas da Capital. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

8. Mais dinheiro para melhorar a vida dos paraenses – Com território reduzido, com população menor e mais dinheiro em caixa, o governo do Novo Pará poderá investir em obras de drenagem e pavimentação de vias urbanas e rodovias, de saúde e educação, de segurança e transporte público nos bairros da Capital e demais municípios. O povo sofrido das baixadas da região metropolitana de Belém, das regiões do Marajó, do Tocantins e do Salgado poderão ser mais bem atendidos pelo governo do Estado e pelas prefeituras. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

9. O serviço público de saúde de Belém vai atender melhor - Com a criação do Tapajós, novos hospitais e outras unidades de saúde lá serão construídos, novos e melhores serviços serão implantados. Hoje, milhares de pacientes do Tapajós vêm a Belém em busca de atendimento e ajudam a superlotar os PSM's da 14 e do Guamá, o Hospital de Clínicas, o Ofir Loyola e centros de saúde dos bairros da Capital. Com o Estado do Tapajós, isso deixará de existir ou será minimizado, deixando as unidades de saúde locais para os moradores de Belém e Metropolitana, das regiões do Tocantins e do Marajó, de Castanhal e de Bragança e demais municípios do Pará. O atendimento poderá ser muito melhor. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

10. O plebiscito é um processo democrático - Esta é a primeira vez que o povo do Pará é chamado para tomar uma decisão importante, decisão que pode mudar sua vida para melhor. Mas as elites políticas e empresariais de Belém não gostam disso. Tudo que pode ser melhor para o povo contraria a vontade dessas elites, acostumadas a mandar e decidir pelo povo, e a se dar bem com o dinheiro público. Esta é uma rara oportunidade que têm os paraenses para mudar o rumo da sua própria história e construir um futuro melhor para esta e futuras gerações. Não temos dúvida que a criação do Estado do Tapajós é bom para Belém e bom para o Novo Pará. Pena que os políticos de Belém só se interessam pelo plebiscito, como oportunidade para antecipar a visibilidade individual, visando às eleições do ano que vem, para as prefeituras e câmaras de Belém, Ananindeua, Castanhal e outros municípios. Acostumados à só pensarem em seus próprios interesses, pouco importa se vai ser bom para o povo do Novo Pará e do Estado do Tapajós. Só pensam em seus objetivos políticos e no que podem levar de vantagem pessoal na visibilidade em defesa do Não. Os políticos passam e a história fica.  Pense nisto! Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

6 comentários:

Anônimo disse...

Me repassaram isso:
Parte 1:
"
TAPAJÓS E CARAJÁS: FURTO, FURTEI, FURTAREI!
José Ribamar Bessa Freire
09/10/2011 - Diário do Amazonas

Essa foi a vaia mais estrondosa e demorada de toda a história da Amazônia.
Começou no dia 4 de abril de 1654, em São Luís do Maranhão, com a conjugação do verbo furtar, e continuou ressoando em Belém, num auditório da Universidade
Federal do Pará, na última quinta-feira, 6 de outubro, quando estudantes hostilizaram
dois deputados federais que defendiam a criação dos Estados de Tapajós e Carajás.

A vaia, que atravessou os séculos, só será interrompida no dia 11 de
dezembro próximo, quando quase 5 milhões de eleitores paraenses irão às urnas para votar, num plebiscito, se querem ou não a criação dos dois Estados desmembrados do Pará, que ficará reduzido a apenas 17% de seu atual território caso a resposta dos
eleitores seja afirmativa.

A proposta de divisão territorial não é nova. Embora o fato não seja
ensinado nas escolas, o certo é que Portugal manteve dois estados na América: o Estado do Brasil e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, cada um com governador próprio, leis próprias e seu corpo de funcionários. Somente um ano depois da Independência do Brasil,
em gosto de 1823, é que o Grão-Pará aderiu ao estado independente, com ele se
unificando.

Pois bem, no século XVII, a proposta era criar mais estados. Os colonos começaram a pressionar o rei de Portugal, D. João IV, para que as capitanias da região
norte fossem transformadas em entidades autônomas. O padre Antônio Vieira, conselheiro do rei de Portugal, D. João IV, convenceu o monarca a fazer exatamente o
contrário, criando um governo único do Estado do Maranhão e Grão-Pará sediado inicialmente em São Luís e depois em Belém.

Para isso, o missionário jesuíta usou um argumento singular. Ele alegava que se o rei criasse outros estados na Amazônia, teria que nomear mais governadores,
o que dificultaria o controle sobre eles. É mais fácil vigiar um ladrão do que dois, escreveu Vieira em carta ao rei, de 4 de abril de 1654: “Digo, senhor, que
menos mal será um ladrão que dois, e que mais dificultoso será de achar dois homens de bem que um só”.

N um sermão que pregou na sexta-feira santa, já em Lisboa, perante um auditório onde estavam membros da corte, juízes, ministros e conselheiros da Coroa, o padre Vieira, recém-chegado do Maranhão, acusou os governadores, nomeados por três anos,de enriquecerem durante o triênio, juntamente com seus amigos e apaniguados,dizendo que eles conjugavam o verbo furtar em todos os tempos, modos e pessoas.

Anônimo disse...

Parte 2:
"
- “Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os furtos. Esses mesmos modos conjugam por todas as pessoas: porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados, e as terceiras quantos para isso têm indústria e
consciência”.

Segundo Vieira, os governadores ”furtam juntamente por todos os tempos”.
Roubam no tempo presente , “que é o seu tempo” durante o triênio em que governam, e roubam ainda ”no pretérito e no futuro”. Roubam no passado perdoando dívidas
antigas com o Estado em troca de propinas, “ vendendo perdões” e roubam no futuro quando
“empenham as rendas e antecipam os contrato, com que tudo, o caído e não caído, lhe vem a cair nas mãos”.

O missionário jesuíta, conselheiro e confessor do rei, prosseguiu:
“Finalmente, nos mesmos tempos não lhe escapam os imperfeitos, perfeitos, mais-que-perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtavam, furtaram, furtariam e haveriam de furtar mais se mais houvesse. Em suma, que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar, para furtar.
E quando eles têm conjugado assim toda a voz ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles como se tiveram feito grandes serviços tornam
carregados de despojos e ricos; e elas ficam roubadas e consumidas”.
Numa atitude audaciosa, padre Vieira chama o próprio rei às suas
responsabilidades, concluindo:
“Em qualquer parte do mundo se pode verificar o que Isaías diz dos príncipes de Jerusalém: os teus príncipes são companheiros dos ladrões. E por que? São
companheiros dos ladrões, porque os dissimulam; são companheiros dos
ladrões, porque os consentem; são companheiros dos ladrões, porque lhes dão os postos e os poderes; são companheiros dos ladrões, porque talvez os defendem; e são finalmente, seus companheiros, porque os acompanham e hão de acompanhar ao inferno, onde os
mesmos ladrões os levam consigo”.
Os dois novos Estados – Carajás e Tapajós – se criados, significam mais governadores, mais deputados, mais juizes, mais tribunais de contas, mais mordomias, mais assaltos aos cofres públicos. Por isso, o Conselho Indígena dos rios
Tapajós e Arapiuns, sediado em Santarém, representando 13 povos de 52 aldeias, se pronunciou criticamente em relação à proposta. Em nota oficial, esclarece:
“Os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores da região nunca estiveram na frente do movimento pela criação do Estado do Tapajós, porque essa não era sua
reivindicação e também porque não eram convidados. Esse movimento foi
iniciado e liderado nos últimos anos por políticos. E nós temos aprendido que o que é bom para essa gente dificilmente é bom para nós”.

Anônimo disse...

Por que não dividir? Não e não. Sinto muito, mas os mocorongos vão penar mais 50, 100 ou 200 anos.

Anônimo disse...

Caro,

Encaminho trecho de um e-mail que recebi, onde o prefeito de Paragominas dá início a um elenco de consequências que poderiam acontecer com a divisão do Pará.

Adinan Dmachi (Prefeito de Paragominas)

DIVISÃO DO PARÁ

Amigos. Acredito que o debate sobre a divisão não deve ser de ordem emocional, mas de caráter racional, e nesse sentido, tenho estudado bastante as consequências que poderiam advir ao remanescente PARÁ, caso ocorra a divisão.

Vou no decorrer dos próximos meses enumerar uma série de motivos que me levam a pessoalmente votar contra.

1) Havendo a divisão, o Pará arcará sozinho com sua atual dívida, e Tapajós e Carajás começariam sem nenhuma dívida. Algumas pessoas dizem que o Governo federal assume essa dívida. Vejam o que diz o artigo 234 da Constituição Federal " É vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da criação de Estado, encargos referentes a despesas com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou externa da administração pública, inclusive da indireta." O dispositivo acima fala não somente da dívida, mas do pessoal inativo, ou seja, os funcionários do Estado que se aposentaram e mesmo que passem a residir no Tapajós ou Carajás, o Pará irá continuar pagando seus salários.

2) Alguém usa o exemplo do Goiás e Tocantins para justificar que foi bom para o estado de Goiás e que seria bom também para o Pará. Vejam o que diz a mesma Constituição Federal, no $ 7o. do art. 13 do Ato das Disposições Transitórias:- " Fica o Estado de Goiás liberado dos débitos e encargos decorrentes de empreendimentos no território do novo Estado, e autorizada a União, a seu critério, a assumir os referidos débitos." Ora, foi bom para o Goiás porque quando da separação com Tocantins, estava-se elaborando a Constituição e se inseriu esse dispositivo lhe beneficiando. As situações são diferentes. Posteriormente voltarei a tratar desse assunto, mas desde já, manifesto a minha posição de contra a divisão, pois caso ocorra inviabilizaria o Pará.

Ver publicação no Facebook http://www.facebook.com/#!/groups/143598702370540/

Anônimo disse...

Eis meu entendimento sobre as razões expostas:
1. Se assim o foi, "há mais de um século", eis um motivo para não mudar, pois todos sabem que não é viável economicamente esta mudança.
2. A administração é fruto de um planejamento. Se não o tiver, jamais irá alcançar as maiores distâncias de nosso Pará.
3. Solidificar a segurança não é parte de um projeto estratégico nacional. A falta de projeto estratégico no Pará é o problema da segurança.
4. A distância, com todas as tecnologias existentes, já não é mais impecílio para nenhuma pessoa. Agora, compararar com outros países e citar a arrecadação de recursos é afirmar que os políticos são incompetentes e a divisão não irá resolver este problema.
7. A governança de um Estado é feito com pessoas competentes e comprometidas e não com corruptos e ladrões de gravata.
8. Contraditórios suas opiniões, pois fala em arrecadação bilionária e mais dinheiro em caixa... sem comentários.
9. Novamente, o problema de saúde é feito com planejamento e valorização dos médicos, dando-lhes infraestrutura necessária. O problema é a incompetência da governabilidade.
10. Deixo de comentar o 10, pois é a elite falando de elite.

Af... Será que um dia nosso políticos serão melhores?

Anônimo disse...

Alô srs Anônimos, respeitem o povo sulparaense.
Quer dizer que um seculo sem mudanças é pouco? KKKKKKKKKKK.
Voces vão ver quem é quem dia 11/12
Parem de achar que o Pará se resume a Belem.
Aí não tem ninguem em condições de falar nada sobre nós, pois vcs não conhecem nossa realidade.
Ladrão são os politicos de vcs, que roubam tudo e não distribuem igualitariamente os recursos.
Precisamos ter nossa independencia pra melhor gerir nossos destinos.
Se um seculo de atraso é pouco pra vcs, para nós é muito.
CHEGA!!
A DIVISÃO JÁ EXISTE DE FATO!
Obs: sou nascida no dito "Pará Grande" não me venham com essa de forasteiro.