Vejam a imagem acima.
Está na na página A8 da Folha de S.Paulo, edição deste sábado (9).
Assinada pela repórter Thaís Oyama, a matéria
mostra os bastidores – ou, se vocês quiserem, as entranhas – da reunião de 22
de abril, em que Bolsonaro, numa demonstração evidente de interferência na
Polícia Federal, cobrou do então ministro Sergio Moro que substituísse o
diretor-geral da PF, Maurício Valeixo.
A reunião, narra a repórter, foi um barraco
geral.
E o linguajar, como é de se presumir onde
Bolsonaro esteja presente, foi de sarjeta – ou mesmo de latrina, se vocês
preferirem.
Para quem tiver dúvida, leia estes dois trechos
da matéria, que diz respeito especificamente a uma intervenção desse luminar da
educação, da elegância e da cortesia, o ministro da Educação, Abraham
Weintraub:
Mas
a frase mais potencialmente danosa dita na mesa não saiu da boca do presidente,
e sim do seu ministro da Educação.
Depois
de comentar medidas tomadas pelo STF que desagradaram o governo, Abraham
Weintraub afirmou que a corte era composta por 11 filhos da puta. Um deles é o
destinatário do vídeo. E ainda pode compartilhar com os outros dez o comentário
"sensível" do ministro.
Um dos ministros injuriados pelas palavras de
baixo calão do ministro da Educação é Celso de Mello, relator do procedimento
investigatório que apura eventuais crimes cometidos por Bolsonaro e Moro, além
de ser o destinatário da íntegra da reunião, que já lhe foi remetida pela
Advocacia Geral da União (AGU).
Ah, sim.
A repórter Thaís Oyama, para quem não se lembra,
é aquela a quem Bolsonaro
tratou de forma preconceituosa e debochada como “japonesa”, depois que
ela escreveu o livro Tormenta,
mostrando crises, intrigas e segredos dos primeiros meses do governo Capitão.
Aliás,
o Espaço Aberto recomenda essa obra,
que absorve inteiramente o leitor, levando-o quase a não acreditar quem um cidadão
como Bolsonaro tenha chegado à presidência do Brasil, mesmo sua eleição,
indubitavelmente, tendo sido legítima e democrática.
Um comentário:
A saúde mental do Bolsonaro e parte do seu ministério e secretariado está abaixo do mínimo normal. Mentes movidas a baixarias não pensam positivamente, distorcem fatos e questões críticas, decidem e partem em buscar do pior. Não é à toa que o governo não queriam entregar o vídeo na íntegra. Eles ofendem e demonstram que compostura é algo que não sabem o que seja. Os generais, que pensávamos que seriam os ajuizados e equilibrados, à medida que assistem e se calam estão demonstrando que também não passam de medíocres.
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