Sergio Moro exerceu por mais de 23 anos o cargo
de juiz federal.
Em boa parte de sua carreira na magistratura,
atuou como juiz criminal.
Esmerou-se, portanto, em saber como bandidos
agem, inclusive os da Lava Jato.
Não seria agora que iria fazer acusações tão
graves contra a maior autoridade da República sem dispor das provas necessárias
para não incorrer, ele próprio, em crimes vários, como os de calúnia e
denunciação caluniosa, entre outros.
É de uma ingenuidade atroz imaginar-se, como
estão imaginando bolsonaristas ingênuos, mas ensandecidos, que Moro não teria
provas das acusações
graves, gravíssimas como as que fez a Bolsonaro na manhã desta sexta-feira,
ao anunciar sua saída do cargo de ministro da Justiça.
Há pouco, o Jornal
Nacional exibiu duas provas enviadas por Sergio Moro.
Uma delas, para reforçar a acusação de que
Bolsonaro se mostrava irresignado com investigações da PF sobre deputados bolsonaristas,
ainda que Moro lhe explicasse que a Polícia Federal estava agindo por
determinação doe ministro do STF Alexandre de Moraes.
A outra prova, para demonstrar que ele, Moro,
rechaçou proposta indecorosa da deputado bolsonarista Carla Zambelli, de apoiar
uma eventual indicação do então ministro para o Supremo, caso ele permanecesse
no Ministério da Justiça e aceitasse a indicação do delegado Alexandre Ramagem
para substituir Maurício Valeixo na direção geral da PF.
Essas duas provas, ainda que relevantes e
contundentes, são apenas uma preliminar, são apenas um aperitivo do que Moro
certamente deve ter, para exibir no momento oportuno e no foro adequado.
Mesmo assim, há bolsonaristas acreditando que
Bolsonaro, um mentiroso compulsivo, não mente.
Mesmo assim, há bolsonaristas acreditando que
Bolsonaro é uma espécie de vestal intocada da nova política, logo ele, que, sabem
todos, é uma cria da velha, velhíssima política.
Mesmo assim, há bolsonaristas se recusando a
aceitar o fato de que Bolsonaro, como presidente da República, não tem respeito
nem pelo cargo que exerce e muito menos pelo Brasil, que ele desgoverna desde
1º de janeiro de 2019.
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