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| Waldez e J.Bosco: nas charges, a expressão dos sentimentos do mundo diante do atentado em Paris |
Literalmente.
J.Bosco e Waldez dividem muita coisa.
Dividem biscoitos (99% de Waldez), fofocas (quem não as compartilha?), histórias e ideias.
Dividem piadas. Muitas.
Mas não dividem seus talentos.
E ainda bem que não.
Cada um os conserva íntegros, inteiros. E monumentais.
Mas cada nos entrega - também por inteiro - seus talentos em trabalhos como os que vemos aí embaixo.
Nunca perguntei aos dois, mas tenho quase certeza de que, mesmo sentados cara a cara na redação, um não cola do outro. Um não sabe ao certo o que o outro publicará no jornal seguinte.
Podem ter colado na escola (rss), mas não nos cartuns, não nas charges.
As charges abaixo, de J.Bosco e Waldez, sobre as atrocidades contra o Charlie Hebdo, têm as cores, o traço e a expressão exatas dos sentimentos, das sensações que nos dominam.
O atentado espetou o coração do mundo.
O atentado enluta todo o mundo.
Paris, 7 de janeiro de 2015.
Je Suis Charlie!
Um comentário:
Fiquei chocado com a barbárie.
Acho que todos os órgãos de imprensa que acreditam na liberdade de opinião deveriam republicar as charges, mostrando a esses imbecis que eles perderam essa guerra faz tempo.
As religiões precisam se modernizar, se atualizar. Não podem ficar se pautando em livros que foram escritos há milênios e que não são passíveis de atualização, além de só ouvirem a opinião de alguns "iluminados", que em geral orbitam fora do nosso sistema solar.
Ademais, nem todos são obrigados a acreditar no que dizem, felizmente.
Ainda que as religiões tenham um viés retrógrado, o saber e a liberdade são tão sedutores quanto a segurança que as religiões prometem.
E a realidade da liberdade e do conhecimento é muito mais pungente que a fumaça em que se escondem as promessas religiosas.
Felizmente o qualificado exército de cartunistas, capazes de abarcar em um minúsculo desenho, sem quaisquer palavras ou explicações ,uma "metade" da Enciclopédia Britanica(para os antigos) ou um meio Google, continuará nas trincheiras, combatendo com seus lápis esses insanos .
E vencerão.
Kenneth Fleming
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