quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O Re-Pa da palhaçada. A palhaçada instantânea!


Olhem meus caros.
Precisamente no dia 15 de fevereiro de 2011, em postagem sob o título O torcedor paraense é um forte, o Espaço Aberto escreveu:

Mas que coisa!
Trinta e oito mil pessoas no Mangueirão.
O Mangueirão lotou, ficou teitei para ver Remo x Paysandu.
E ainda dizem que o futebol paraense está mal.
Isso não é verdade.
Os clubes é que estão mal.
Os dirigentes é que são de um amadorismo de arrepiar.
Os cartolas é que tratam o torcedor a pontapés.
Mas o torcedor resiste.
Na prosa de Euclides, o sertanejo é, antes de tudo, um forte.
É porque Euclides não conhecia o torcedor paraense.
Na crônica do futebol paraense, o torcedor é que é um forte.

Pois é.
Ontem, os cartolas de Remo e Paysandu estiveram perto, muitíssimo perto de proclamarem em alto e bom som, em pleno Mangueirão, que os torcedores paraenses, esses fortes, em verdade são uns idiotas, umas bestas, um bando de desocupados que ainda teimam em apoiar os dois clubes.
Ontem, os cartolas de Remo e Paysandu estiveram perto, muitíssimo perto do protagonizar aquilo que seria a maior palhaçada dos últimos 400 anos em Belém.
Eles, os cartolas, bem que tentaram, mas não conseguiram. Aliás, e pensando bem, conseguiram sim.
Esse heróis chegaram a cogitar fortemente a possibilidade de encerrar a partida no intervalo. Para tanto, chegaram a retardar em cerca de 30 minutos a volta ao gramado das duas equipes para o segundo tempo.
Sabem por quê?
Porque, parece, o cheio de calote estava no ar. Tudo indicava que as cotas prometidas a Remo e Paysandu não foram pagas.
Em protesto, vejam só, cartolas de Remo e Paysandu, deram ordens para que os dois times permanecessem nos vestiários, até se resolver a situação. E demonstravam disposição de mandarem os jogadores direto pra casa, caso a questão não se resolvesse.
Se o Re-Pa não continuasse, vocês podem apostar: os torcedores de Remo e Paysandu torceriam de mãos dadas pelo mesmo interesse, o de seus bolsos. Defenderiam os direitos que assistem aos consumidores, de fruírem integralmente dos bens e dos serviços que consomem. Defenderiam a dignidade de quem, como eles, torcendo por seus clubes, merecem ser tratados dignamente, e não como estorvos.
O simples fato de os cartolas de Remo e Paysandu cogitarem a possibilidade de suspender um Re-Pa em pleno andamento - repita-se, em pleno andamento, meus caros - já demonstra o desapreço dessa gente nada inocente pelos torcedores paraenses.
O Re-Pa de ontem, que terminou zero a zero no tempo normal e 5 a 3 nos pênaltis para o Remo, que decidirá a Copa Amazônia domingo, contra o Bahia, entrou para a história como o Re-Pa da palhaçada instantânea.
Sem tirar nem pôr.
Ah, sim: a postagem de quase quatro anos atrás está mais atual do que nunca.

Os clubes é que estão mal.
Os dirigentes é que são de um amadorismo de arrepiar.
Os cartolas é que tratam o torcedor a pontapés.
Mas o torcedor resiste.

É isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem são os "donos" desse amistoso afinal?
Falta divulgar o nome desses lisos também.