Essa excelência, a presidente da Argentina,
Cristina Kirchner (na foto de Enrique Marcarian/Reuters/VEJA), é mesmo dupiru.
Se não fosse governante de um país do porte da
Argentina, ela seria apenas divertida. Como preside, porém, a pátria dos hermanos, é para ser levada a sério,
mesmo quando diz coisas que soam como brincadeira, mesmo quando fala coisas de que
até mesmo uma Cristina Kirchner duvidaria.
O governo de Sua Excelência está no olho de um
novo furacão, que atende pelo nome de Alberto Nisman.
Nisman, um valente promotor argentino, era o
furacão do governo argentina quando estava vivo, eis que comandava as
investigações sobre o acobertamento da Casas Rosada ao selvagem atentado
terrorista que matou 85 pessoas em Buenos, em 1994.
Nisman foi encontrado
morto no banheiro de seu apartamento na última segunda-feira. E agora
mesmo é que está jogando sobre o governo Cristina Kirchner o manto das
suspeitas e do desnorteio.
É que, num primeiro momento, Nisman era dado
como vítima de suicídio.
Agora, num segundo momento, Nisman é tido como
vítima de um crime: o suicídio induzido, que os códigos penais, daqui e
d’além-mar, costumam tratar como homicídio.
Quando se registra aqui o verbo dizer, em referência às alocuções da
presidente argentina, não se pense que é força de expressão, não. Muito pelo
contrário.
Cristina Kircher não usa interpostas pessoas.
Não usa porta-vozes. Não usa líderes de seus partidos. Nada disso.
É ela mesma, no em carne e osso, na cara (sempre
e muitíssimo maquiada) e na coragem, quem expõe suas teses diretamente nas
redes sociais, em textos a que chama de carta
ou seja lá o que for.
É ela mesma, diretamente, quem expende juízos
diversos sobre esse caso – um deles o que o “suicídio forjado” de Nisman seria
coisa de adversários que conspiram contra seu governo. Inclusive, vejam só, o Clarín, jornal que lhe faz oposição e
que Sua Excelência, dia e noite, noite e dia, tenta censurar, para não dizer
pulverizar.
Eita pau!
Cristina Kirchner está mais para P.D. James do que para
Cristina Kirchner.
Com todo o respeito.
Vish!
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