Em duas notas publicadas em sua principal coluna, na edição de hoje, o jornal Diário do Pará, de propriedade do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), confirma inteiramente informação divulgada com exclusividade pelo Espaço Aberto na última quarta-feira, dando conta de que o parlamentar extraiu um adenoma da hipófise, em procedimento ocorrido no Hospital Sírio-Libanês.
A nota informa que, em decorrência do procedimento cirúrgico, Jader não pode ainda viajar de avião, daí estar impedido de se deslocar até Brasília para a sessão de abertura da nova legislatura, neste domingo, quando também será escolhido o novo presidente do Senado. Como precisará continuar em tratamento em São Paulo por mais 15 dias, quem assumirá é o suplente Fernando Ribeiro, que será empossado nesta sexta-feira.
A hipófise é uma glândula situada bem no centro do crânio e tem a função de regular, por meio da produção de hormônios específicos, o funcionamento de diversas outras glândulas do corpo. Jader, conforme informou o Espaço Aberto, extraiu um adenoma do tipo benigno. A cirurgia a que ele se submeteu é classificada de mini-invasiva. Os médicos podem alcançar adenomas localizados na hipófise através de instrumentos que são introduzidos pelo nariz, daí ser necessária uma incisão no septo nasal.
O senador já sabia da existência desse adenoma há vários anos, mas não optou pela cirurgia porque o dignóstico era de que a formação seria de natureza congênita. Mas durante a campanha eleitoral do ano passado, durante exames feitos em Belém, detectou-se não apenas que o nível de diabetes de Jader havia subido assustadoramente como a formação na hipófise também havia crescido.
Os dois problemas - taxa glicêmica descontrolada e a alteração do adenoma para maior - criaram sérias limitações para a participação do senador na campanha do filho, Helder Barbalho, hoje ministro da Pesca e que foi derrotado por Simão Jatene (PSDB) na eleição para o governo do Estado. Fontes confiáveis disseram ao blog que Jader precisou ser atendido duas vezes emergencialmente em seu próprio escritório, nas instalações da RBA, sua emissora de televisão.
Exames posteriores feitos em São Paulo confirmaram os que haviam sido feitos em Belém e levaram os médicos a recomendar a Jader que a cirurgia era o melhor caminho. O senador viajou na segunda-feira da semana passada (19) para São Paulo, internou-se no Sírio-Libanês por volta de quarta-feira e foi operado na quinta-feira.
À beira do coma
No início de dezembro do ano passado, o Espaço Aberto divulgou com exclusividade que encaminhava-se celeremente para um estado de coma hiperglicêmico quando chegou ao Hospital Sírio-Libanês, no final de outubro, logo depois do segundo turno eleitoral, para submeter-se a um check-up.
Não foi possível apurar com precisão em que nível se encontrava a taxa de glicose do senador quando chegou ao Sírio, mas seguramente se encontrava acima dos 200 mg/dL (alguns chegaram a citar os 500 mg/dL), índice que tecnicamente caracteriza o estado hiperglicêmico.
Se demorasse um pouco mais a procurar o hospital, para submeter-se a avaliações em decorrência do mal-estar - caracterizado sobretudo por cansaço agudo - que vinhando experimentando desde meados de setembro, Jader Barbalho, com um nível de diabetes acentuadíssimo, poderia entrar num processo de hiperglicemia, em que a pessoa passa a apresentar sintomas como aumento da diurese, desidratação, confusão e torpor, entrando em coma e correndo até mesmo o risco de morrer.
Feito o check-up e constatado o alto nível do diabetes, os médicos que atenderam o senador iniciaram naquela mesma ocasião um tratamento de choque para afastar os riscos que já se vislumbravam. E o tratamento começou não apenas com a ministração de medicamentos, mas com a prescrição de uma rigorosíssima dieta alimentar que já fizeram Jader Barbalho perder pelo menos 10 quilos em três ou quatro semanas.
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