segunda-feira, 7 de julho de 2014

Veja o lance que tirou Neymar. Mas não caia nas ondas.


Olhem, meus caros.
De sexta-feira pra cá, o poster já viu umas 30 vezes - sem brincadeira - as imagens do lance em que o zagueiro colombiano Zúñiga aplica a joelhada que fraturou a terceira vértebra lombar de Neymar, tirando defintivamente desta Copa o maior jogador da seleção brasileira.
Duas conclusões.
A primeira: Zúñiga entrou maldosamente, ainda que seja admissível - e vamos, com um bom esforço, admitir essa possibilidade - acreditar-se que ele não tinha a intenção de quebrar nem a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a 56ª vértebra lombar do jogador do Brasil. Mas que o colombiano foi na jogada com base no tudo ou nada, isso foi. E sobrou, infelizmente, para Neymar.
A segunda: a arbitragem do espanhol Carlos Velasco Carballo foi péssima. Indiscutivelmente péssima. Mas o tipo, o jeito, as circunstâncias do lance não lhe permitiriam, sinceramente, aplicar cartão amarelo ou mesmo expulsar o jogador colombiano.
Por quê? Porque a jogada foi muito rápida, por causa do posicionamento do posicionamento do juiz em relação ao lance e porque o estilo de entradas como aquelas são comuns.
Prestem atenção no que se escreve: não se diz aqui que é comum um jogador entrar com o joelho no costado do adversário, seccionando-lhe uma ou mais vértebras.
Mas é comum jogadores, como se diz, entrarem por trás (e parem de pensar em saliência, por favor - hehe) para travar a jogada de qualquer maneira. Daí não ser possível, nem sempre, detectar o árbitro se houve falta nesse tipo de jogada e tampouco dimensionar, num átimo, num segundo, se a falta, uma vez marcada, justifica a aplicação de cartão amarelo ou vermelho.
Aliás, observem atentamente o lance em certos ângulos: num deles, o técnico Felipão, em pé à beira do gramado, nem sequer fica olhando para Neymar caído e berrando de dor. Felipão se concentra mesmo é na continuidade da jogada. Fica de olho em Oscar, que conduz a bola para o campo de ataque do Brasil. E mais: dos jogadores da seleção, apenas e tão somente o lateral Marcelo chega perto de Neymar para socorrê-lo. Os demais, talvez, achassem que aquilo não passaria de um baquezinho.
Por que, então, condenar-se o árbitro pela não marcação da falta e por não sequer aplicado o cartão amarelo?
Por fim, a terceira conclusão: não se diga, em benefício de Zúñiga, que o fato de ser um jogador disciplinado, com raros casos de expulsão em sua carreira, justificaria supor-se que ele realmente é inocente e que não cogitaria, nem de longe, rachar Neymar ao meio.
Esse argumento é uma bobagem. Porque o mesmo Zúñiga, na mesmíssima partida, entrou chutando, literalmente, a coxa esquerda de Hulk, que só não sofreu consequências mais graves porque é, vocês sabem, um atleta de compleições físicas, como diríamos, das mais avantajadas.
Enfim, não se caia na onda de achar que Zúñiga entrou apenas para travar a jogada.
E nem se caia na onda de achar que o árbitro fez vista grossa para um lance que justificaria a expulsão do colombiano.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com você pôster. Pelo que vi o jogador estava armado para bloquear qualquer ataque ou sua tentativa, independente de quem fosse. Infelizmente, o escolhido foi Neymar.