Vejam só como é a parada, meus caros.
E não é que a TAM tinha razão?
E não é que a voadora estava prenhe e plena de
razões quando alegava que a pista principal do Aeroporto de Val-de-Cans estava
inoperável em dias de chuvas, quando se formavam lagoas no local de pousos e
decolagens.
Todo mundo com ódio da TAM – inclusive
o blog -, e a TAM cheia de razão, recusando-se a operar durante quatro
ou cinco dias, turbinando a ira de trocentos
passageiros que se concentravam em frente a seus boxes.
Pois é.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu
razão à TAM ao determinar que a pista principal do aeroporto não deverá ser
utilizada por nenhuma aeronave em dias de chuva, quando a lâmina d’água estiver
acima dos padrões toleráveis e admissíveis.
E agora, fazer o quê?
Agora, é a Infraero tem que aterrissar na
transparência.
Precisa explicar se a empresa responsável pelas
obras na pista 06/24 do aeroporto de Belém será chamada à responsabilidade por
não ter executado direito os serviços para os quais foi contratada.
Deem uma olhadinha nas imagens acima.
Mostram a ata
da sessão pública do pregão que selecionou a Geoplan Engenharia Ltda.
para executar serviços de engenharia para recuperação parcial dos revestimentos
asfálticos e pavimento da pista de pouso e decolagem da pista principal do
aeroporto.
Valor dos serviços: R$ 5.670.000,00. Exatamente
isto. Sem tirar nem pôr.
Não é pouco dinheiro. Realmente não é.
Em seu site, a Geoplan
diz o seguinte:
A
pista de um aeroporto é diferente da pista de uma rodovia. A primeira exige uma
performance melhor do que a de rodagem. E fazer a manutenção da pista de
pouso/decolagem é o segredo para mantê-la em boas condições e adiar os reparos
tradicionais, muitas vezes mais caros. A Geoplan é referência nacional nessa
área.
Pronto.
“Referência nacional nessa área”, a Geoplan
deverá, acredita-se, dispor de razões convincentes para explicar por que motivo
os serviços na pista de Val-de-Cans não prestaram.
5 comentários:
Mas foi feito o serviço? Ou a Infraero enrolou?
Eu continuo com ódio da TAM. Eles deixam os passageiros jogados no aeroporto como se fôssemos lixo.
A companhia tem que tratar os clientes com respeito e informar o motivo de tudo.
Trabalhei por longos anos na COMARA-Comissão de Aeroportos da Região Amazônica Órgão do Comando da Aeronautica cuja sede é em Belém-Pa., e antes de a INFRAERO ser gerido por politicos era esta que fazia no passado a maioria das obras nas pistas de pouso, inclusive o prolongamento desta pista 06/24 e nunca deu problema nenhum. Agora gerido por ptralhas a Infraero certamente nem deve ter consultado quem tem capacidade para fazer estas obras. Por sinal houve fiscalização nesta "obra"? A TAM tinha razão e foi esculhambada.
Demissão dos responsáveis, já!
Paulo, não dá para voce descobrir quem foi o fiscal desta obra? Como a INFRAERO aprovou este serviço? Ai tem!
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