quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sub-relatores pedem investigação sobre dois ministros

Os sub-relatores de sistematização da CPI dos Cartões Corporativos, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), e de fiscalização de gastos, Índio da Costa (DEM-RJ), pedem em seus relatórios que o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União (TCU) investiguem as contas de dois ministros e de quatro ex-ministros do governo Lula.

O texto assinado em conjunto por Sampaio e Índio aponta irregularidades nos gastos com cartões corporativos dos ministros Altemir Gregolin (Pesca) e Orlando Silva (Esporte). É pedida ainda a investigação das prestações de contas da ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) e dos ecônomos responsáveis pelas compras dos ex-ministros Olívio Dutra (Cidades), Eunício Oliveira (Comunicações) e Benedita da Silva (Assistência Social).

Os deputados optaram por não usar a figura do pedido de indiciamento, mas sim o pedido de investigações. Eles afirmam no relatório que, se o MP confirmar as acusações feitas pela CPI, devem fazer a denúncia.

A decisão de incluir o pedido de investigação feito pelos sub-relatores no relatório final da CPI cabe ao relator, Luiz Sérgio (PT-RJ). O deputado já disse que não pretende pedir o indiciamento de nenhum dos servidores que tenham usado os cartões corporativos de forma irregular.

Sobre o ministro da Pesca, os parlamentares pedem investigação sobre um gasto dele com alimentação em Brasília (DF). Gregolin pagou um almoço de R$ 512,60 para uma comitiva de pesquisadores chineses em um restaurante na capital nacional.

Os sub-relatores querem ainda que o ministro seja investigado por ter feito um discurso pedindo votos para a reeleição do presidente Lula em um evento oficial no Pará. Os gastos da viagem foram pagos com cartão corporativo.

A assessoria de imprensa da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca informou ao G1 que os R$ 512,60 gastos em um almoço oferecido a uma comitiva chinesa que estava visitando o Brasil já foram ressarcidos aos cofres públicos. Isso ocorreu depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) determinou a devolução do dinheiro, por entender que o gasto não poderia ter sido feito com cartão corporativo.

 

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