segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Para torcedores, o debate teve goleadas. Para os analistas, deu empate.


Quase 24 horas depois do primeiro debate que antecede o segundo turno, entre Lula e Bolsonaro, o que mais temos são análises e análises.
Dentre elas, as que são feitas por torcedores.
E as que são feitas por analistas.
Nas que são feitas por torcedores, os candidatos de cada um, é claro, venceram. E de goleada.
Nas que são feitas por analistas, não há como escapar do inescapável: o debate foi equilibrado e, dificilmente, vai alterar o atual cenário que os institutos de pesquisas têm captado.
No primeiro bloco, Lula atropelou o oponente.
No segundo, prevaleceu o equilíbrio entre ambos.
E no terceiro, Bolsonaro saiu-se melhor, em boa parte porque Lula administrou pessimamente o seu tempo, deixando o candidato do PL livre para falar por quase seis minutos, com o direito de não ser interrompido.
Agora, é evidente que, mesmo no bloco em que o opositor esteve melhor, Lula mostrou-se, digamos assim, mais à vontade, até porque tem muito mais experiência em debates.
Ao contrário, Bolsonaro mostra-se sempre travado e tem enormes dificuldades em articular suas exposições. O que não é nenhuma novidade, porque em 400 anos de parlamento, ele nunca (nunca significa isto mesmo - nunca) pronunciou um discurso. Acho mesmo que Bolsonaro nunca chegou a sequer pronunciar-se em aparte a um colega de parlamento.
Também por esse motivo, tem passado os últimos quatro anos falando barbaridades, estando ou não medicado.

2 comentários:

Mirika Bemergui disse...

O grande problema em debater com o Boçalnaro é que ele nao trata o outro como adversário e sim como inimigo, aí fica difícil pro Lula, acho até que seja uma estratégia do Bozo já que nao têm a menor competência em desenvolver assuntos complexos ou importantes pto País , o tempo todo ofendendo e fazendo acusações mentirosas...Dificil ter um debate proveitoso com Boçalnaro...

Anônimo disse...

Quanta hipocrisia, até parece que esquerdistas tratam os que discordam deles como adversários também, e não na base do bloqueio e cancelamento, ou seja, como inimigos, mas o choro é livre, o que só confirma que o molusco não tem argumentos para se defender, pois continua sendo réu, e que o bozo ganhou o debate.