Em dezembro de 2021, o governo Edmilson Rodrigues informou, em notícia estampada na Agência Belém, sob o título Prefeitura de Belém realiza manutenção das calçadas da praça Batista Campos (clique aqui para ler), que estava recuperando o calçamento da praça a um custo superior a R$ 400 mil.
Diz o lead (abertura) da matéria (confiram na imagem ao lado): Os frequentadores e permissionários da praça Batista Campos acompanham o início dos serviços para corrigir os pontos danificados da calçada. O serviço realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), consiste na retiradas das pedras onde o piso está danificado e recolocação de novas pedras ou reaproveitamento, além de novo rejuntamento. A previsão de conclusão da obra, que tem o custo de R$ 434.405,70, é até o dia 15 de janeiro.
Os trabalhos não foram concluídos em janeiro, como previa a matéria, mas em fevereiro passado. Há menos de duas semanas, portanto cerca de sete meses após a conclusão das obras, leitor do blog que costuma caminhar na Batista Campos deu-se ao trabalho de contar o paliteiro em que voltou a se transformar a praça. Contou, bem contados, 287 buracos. E não só contou, como fotografou quase todos. Algumas fotos estão aí em cima - numa espécie de mosaico -, e só algumas, porque não haveria sentido em publicar todas.
Na mesma matéria disponível na Agência Belém, lemos um parágrafo dizendo assim: De acordo com a arquiteta da Seurb, Márcia Miranda, fiscal da obra, o trabalho é minucioso e artesanal, com a reposição de novas pedras, uma a uma, onde há falhas no calçamento do local. Depois de assentadas, as pedras recebem a aplicação de um tipo de argamassa para evitar que elas se soltem novamente.
Como se lê, o trabalho de recuperação foi feito de forma minuciosa e artesanal.
Vocês imaginem, então, como estaria a praça se o trabalho não tivesse sido feito assim.
Um comentário:
Há muito tempo, postei aqui nesse Espaço, a sugestão de que a Prefeitura deveria contratar ou enviar técnicos à Lisboa para aprender e apreender as técnicas para a elaboração e manutenção de uma calçada. Uma parte muito grande de Lisboa é composta por calçadas semelhantes às das fotos, e, lá, ao contrário daqui, é raríssimo ver-se um buraco sequer. Quando fazem, fazem com seriedade. Os lá chamados "calceteiros" sabem o que fazem. O que me intriga, é que não estamos a falar de uma máquina de tomografia, de alta tecnologia, ou de uma colheitadeira digital, idem. Estamos a falar da colocação de pedrinhas no chão, uma ao ladinho de outra, e depois de compactadas, da colocação de uma resina ou algo assemelhado que as deixarão ali, quietinhas, imóveis, a contemplar as belezas da Batista Campos. Tragam um técnico(pedreiro - mestre de obras ou engenheiro) lá de Lisboa, para treinar os nossos técnicos por aqui. Em uma semana ele explica como funciona a coisa. É inconcebível que uma empresa de engenharia não dê conta de aplicar umas pedrinhas no chão, receba por isso muita grana e, agora, o serviço terá de ser refeito. E repago, logicamente.
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