Tomei conhecimento de toda essa torpeza protagonizada por Roberto Jefferson no início da tarde deste domingo (23), quando me encontrava num restaurante.
Desde então, e até o exato momento em que publico esta postagem, já ouvi várias denominações para a ordem do ministro Alexandre de Moraes, revogando a prisão domiciliar do sociopata e transferindo-o novamente para um presídio.
Já chamaram a ordem de ofício.
Também já chamaram de despacho.
De mandado.
De sentença.
De documento.
É uma dessas a denominação correta?
Ou todas as alternativas anteriores estão corretas?
O nome documento assinado por Moraes é apenas aquilo que se lê no topo do próprio: uma decisão (veja na imagem).
Apenas isso.
Nem despacho, nem sentença, nem mandado (ainda que a decisão, como diz o ministro, tenha a força de mandado, para acelerar os procedimentos), nem documento.
Somente decisão.
Na dúvida sobre essa questão, colegas jornalistas que se encontram nessa cobertura ao vivo deveriam apenas acionar o estúdio, e o estúdio, por sua vez, acionará trocentos mil especialistas do Direito que são ouvidos sobre os mais variados assuntos da área e, portanto, poderiam indicar qual a natureza da ordem de Moraes.
Esse detalhe não é tão banal, como muitos jornalistas poderão achar.
Porque telegrama (ainda tem?) é telegrama, carta (tem?) é carta, e-mail é e-mail, zap é zap, stories é stories, alface é alface, Jair é Jair e Lula é Lula.
Alguém chamaria zap de e-mail? Ou alface de batata? Ou Jair de um excremento?
Claro que não, né?
Portanto, despacho é despacho, sentença é sentença, mandado é mandado e decisão é decisão.
Transmitir com precisão detalhes como esse é necessário para que os telespectadores sejam corretamente informados.
Do contrário, continuaremos - como tantos continuam - achando normal jornalistas chamarem o Boulevard Castilhos França de Avenida Boulevard Castilhos França, ou de Avenida Doca de Souza Franco para a Avenida Visconde de Souza Franco.
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