Esse infográfico aí, o Espaço Aberto pinçou-o da edição deste sábado, de O Globo.
Mostra de maneira didática os efeitos, as consequência da aprovação pelo Senado, na noite úlima quinta-feira (30), da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê gastos de R$ 41,2 bilhões em medidas para auxílio à população pobre e a algumas categorias profissionais.
O texto também estabelece um estado de emergência no país para viabilizar a criação de um voucher temporário de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos e um benefício para taxistas. Sem o estado de emergência, essas medidas poderiam ser contestadas na Justiça, porque a lei proíbe criação de benefícios sociais em anos eleitorais, salvo em casos excepcionais.
Eis o jeitinho brasileiro sob o selo do governo corrupto de Jair Bolsonaro, que nunca teve empatia com ninguém, mas agora, para reverter os prenúncios de sua derrota, ingressou no modo vale-tudo, mesmo que isso implique acabar de destruir com o País.
Mas a questão essencial é a seguinte.
Com essa PEC, Bolsonaro está quebrando ainda mais o Brasil, furando o teto de gastos e aplainando o terreno para um catástrofe fiscal, certo?
Certo. Certíssimo.
Então, se Bolsonaro está quebrando o Brasil, é óbvio que a oposição deveria se opor com unhas contra esse pacote de viés nitidamente eleitoreiro, certo?
Errado. Erradíssimo!
A PEC passou à quase unanimidade. A aprovação só não foi unânime por causa do voto contrário do senador José Serra (PSDB-SP), que disse o seguinte: "Ao final, é como se o Senado tivesse operado como o testa de ferro do governo. O governo poderá dizer: apenas cumpro o que o Congresso determinou."
Combinemos, portanto.
Quando a catástrofe vier, ninguém terá autoridade para apontar o dedo em direção a Bolsonaro.
Porque ele, sim, foi o artífice dessa proposta. Mas ela foi aprovada por todos, que agora igualmente passarão a ser responsáveis pelas consequências.
Agora, todos estão na mesma canoa de Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário