Otávio Fakhoury: ele acha que a liberdade de opinião lhe permite disseminar mentiras e mensagens homofóbicas, como fez contra o senador Fabiano Contarato |
Otávio Fakhoury, um milionário que integra a horda de fanáticos bolsonaristas, está depondo na CPI da Pandemia.
Está sendo ouvido porque é suspeito de financiar a disseminação de informações falsas sobre a pandemia. Daí ser alvo de investigações no Supremo.
Além de disseminador de mentiras criminosas, Fakhoury também tem surtos de homofobia.
Há pouco, antes mesmo de o relator da CPI, Renan Calheiros (MD-AL), iniciar suas inquirições, o senador Fabiano Contarato (Rede) fez, cara a cara com o depoente, um desabafo comovente (vejam aqui).
Contarato, que é homossexual, casado e tem dois filhos, exibiu uma postagem odiosa, nojenta, cruel e de natureza homofóbica que Fakhoury fez contra ele.
Como era de se esperar, Fakhoury desculpou-se. Mas é uma desculpa, digamos assim, protocolar, forçada, hipócrita e mentirosa.
Uma desculpa esfarrapada, como se diz usualmente.
Porque eu, pelo menos, jamais vou acreditar que, depois de pedir desculpas, de proclamar que errou e que tudo não passou de uma, vejam só, "brincadeira", esse cidadão vai sair do plenário da CPI e virar uma espécie de ativista pela liberdade sexual.
Se você aí quiser acreditar nisso, acredite; mas eu, não.
O depoimento prossegue. E Fakhoury, o que tem surtos homofóbicos, já expôs, de forma assustadora, qual é o seu conceito de liberdade de expressão ou de opinião.
Para o depoente, essa liberdade implica dizer tudo o que lhe der na veneta, inclusive chamar uma vacina de lixo, como chamou a Coronavac, mesmo não sendo ele médico e não tendo, portanto, o menor conhecimento científico para disseminar um juízo como esse.
Fakhoury reconheceu que disse isso e justificou que o fez porque, simplesmente, tem o direito de emitir uma opinião. Qualquer opinião.
Está entendido.
Por isso é que Fakhoury fez um comentário homofóbico.
E agora vem pedir desculpas?
Quem acredita num elemento como esse?
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