Braga Netto: critérios para liberação de verbas do Calha Norte seguem critérios eleitoreiros |
O Brasil, definitivamente, não é mesmo um país para principiantes. Com razão estava o genial maestro Tom Jobim, quando cravou essa máxima.
A nova edição da revista Crusoé traz uma reportagem mostrando que já se perdem nas brumas do passado aqueles tempos em que o Ministério da Defesa do Brasil - criado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso para ser comandando, de preferência, por um civil - deveria preocupar-se apenas de cuidar, ora bolas, da defesa do território nacional.
No governo militarizado e sectário de Bolsonaro, mostra a revista, o Ministério da Defesa, comandando pelo general Braga Netto, passou a mão no programa Calha Norte, assenhoreou-se dos seus cofres e passou a distribuir verbas a rodo, seguindo critérios meramente eleitoreiros e partidários.
Com isso, o Calha Norte, sob a gestão do ministério de Braga Netto, virou moeda de troca para adoçar a boca de políticos aliados do mitômano Bolsonaro. E tanto é assim que, de 2019 para cá, o programa, que atende 442 municípios de dez estados da Região Norte, além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão, teve seu orçamento turbinado de R$ 203 milhões para R$ 560 milhões.
É pouco ou querem mais?
Resultado: haja repasses de recursos para prefeitos construírem obras de viés eleitoreiro, como praças e arquibancadas de campos de futebol, em vez de priorizarem-se obras de infraestrutura. E haja superfaturamentos, que beneficiam empreiteiras ligadas as políticos diretamente envolvidos na liberação das verbas, que agora saem dos cofres federais por meio das tais emendas do relator.
Nessa toada, mas de 80% das prefeituras contempladas estão sob o comando de políticos ligados ao Centrão.
E viva a nossa Pátria amada!
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