Fora de brincadeira.
Eu, se fosse Alberto Fernández, o candidato da “esquerdalha”
(na elegante linguagem bolsonarista) que nas prévias presidenciais argentinas
aplicou uma sova em Maurício Macri, viria correndo ao Brasil para suplicar que
Jair Bolsonaro, esse casocomprovadamente médico, continue com seus surtos verbais em apoio ao atual
presidente da Argentina.
Por quê?
Porque Bolsonaro, a cada surto verbal, que
acontece todo dia, o dia inteiro, acaba sendo o mais precioso, vigoroso e
eficaz cabo eleitoral de Fernández.
É que o Capitão, sabe-se, é um apaixonado por
ditaduras (como a que se inaugurou em 1964, no Brasil), por golpes militares
(como o de 1964) e torturadores, aos quais exaltava publicamente, quando era um
deputado medíocre e inexpressivo do baixo clero na Câmara, e aos quais exalta
ainda agora, na condição de presidente da República.
A questão é que, na Argentina, a ditadura
militar matou – de forma cruel, atroz, torpe e selvagem - entre 15 mil e 30 mil
pessoas.
E mais: a ditadura sequestrou centenas de bebês,
torturou milhares, começou uma guerra contra os britânicos pelo controle das
Ilhas Malvinas/Falklands e deixou como herança uma hiperinflação. Como se sabe,
os comandantes militares foram julgados e presos por seus crimes.
Vocês não acham que Bolsonaro é o cabo eleitoral
perfeito para ajudar Fernández ganhar definitivamente essa parada já no
primeiro turno eleitoral, em outubro?
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