A Folha,
em sua edição desta terça-feira (13), traz uma entrevista com antigo aliado de
Bolsonaro, o senador Major Olímpio (PSL-SP).
A um questionamento do jornal, de que pessoas
próximas a Bolsonaro dizem que o presidente deveria se policiar, em suas
declarações – estapafúrdias, despropositadas, descontroladas e desequilibradas
-, porque ele acaba ofuscando a pauta positiva do governo, o Major respondeu o
seguinte:
Mas
ele não vai. Não adianta tentar policiar. Pessoas próximas a ele, se são
próximas de verdade, deveriam conhecer o estilo Jair Bolsonaro de ser. Ele
nunca foi o politicamente correto. Bolsonaro aposta muito
nesse feeling dele, de estar fazendo a comunicação direta. Não vai mudar. Ele
não se preocupa, de verdade, em ofuscar a pauta. Ele não poupa dar o recado
dele, mesmo sabendo que pode ter até, momentaneamente, um viés de contrariedade
de um segmento da população.
A percepção do Major, repetida à exaustão por
pessoas que se dizem próximas ao presidente, é correta.
Mas em tese.
Apenas em tese.
Porque, na prática mesmo, não se pode esquecer e
nem minimizar a importância do fato
seguinte.
O estilo Bolsonaro
Jair Bolsonaro de ser, como diz o senador, não criava nenhum problema ao
País quando o presidente era parlamentar.
Um parlamentar medíocre, como sempre foi.
Um parlamentar inoperante, como sempre foi.
Um parlamentar que só chamava atenção quando
escabujava seus recalques e preconceitos.
Um parlamentar desimportante.
Desconhecido nacionalmente.
Integrante do baixo clero da Câmara.
Agora, não.
Bolsonaro é o presidente da República.
É o dirigente de um País com 210 milhões de
habitantes.
O grande problema é que todos sabemos disso.
Todos sabemos que Bolsonaro é o presidente da
República.
Só ele parece não saber.
Daí imaginar que seu jeito Bolsonaro de ser não cria problema algum ao País.
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