quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Bolsonaro, logo, logo, vai dedicar seu tempo a substituir o guarda de quarteirão


Bolsonaro, como presidente, age como um perfeito e eficiente guarda de quarteirão, aquele que está na ponta de baixo de hierarquia.
Como presidente, além das declarações diárias – estapafúrdias, alopradas, irracionais, preconceituosas e amalucadas, não necessariamente nessa ordem -, Bolsonaro exime-se em exibir uma verborragia com a qual pretende reforçar sua autoridade.
Daí ficar dizendo que “eu sou o presidente”, “eu não sou um presidente banana” etc.
Se fica dizendo coisas desse jaez, é sinal de que não tem noção de sua autoridade, de suas responsabilidades e do decoro que o cargo presidencial exige.
Daí Bolsonaro descer com tanta frequência do pedestal de sua máxima autoridade, entretendo-se com questões que deveriam ser resolvidas por auxiliares subalternos, de ministros para baixo.
Quem já viu um presidente da República, antes desse, dar declarações públicas sobre um superintendente da Polícia Federal em qualquer estado?
Quem já viu um presidente da República, antes desse, dar declarações públicas sobre a troca de chefes da Receita Federal num município como Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio?
Questões como essa levarão Bolsonaro, rapidamente, a dedicar boa parte do seu tempo sobre a substituição de um guarda de quarteirão, como se mencionou no início.
Enquanto isso, ele vai promovendo um desmonte, uma razia, uma devastação nos aparelhos de estado encarregados de fiscalizar.
Agora, a bola da vez é o Coaf.
A MP que altera o Coaf abre a possibilidade para indicações políticas no órgão que o substituiu, a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), ao permitir pessoas de fora da administração pública em cargos de comando.
Essa possibilidade provocou reações sobre uma possível interferência política no órgão especializado na detecção de indícios de crimes financeiros.
A Medida Provisória assinada por Bolsonaro amplia o número de categorias que podem ceder servidores para a UIF e estende a nomeação mesmo para quem não é servidor público. Representantes das carreiras que tinham exclusividade para compor o Coaf e especialistas em transparência na administração pública avaliam que a abertura da UIF - agora subordinada ao Banco Central (BC) - pode pôr em risco a independência do órgão.
Bolsonaro diz que “a ideia é ser o pessoal concursado do Banco Central. Se tiver erro, a gente corrige”.
Essa declaração expõe Bolsonaro em seu melhor estilo: sem noção sobre o que faz, sem noção sobre sua autoridade, completamente perdido e enxovalhando a imagem do país que ele diz governar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Karma da República Federativa do Brasil? A data de 25 de agosto que se aproxima é apavorante para presidentes eleitos e que decepcionam a nação em tão curto tempo de mandato. Estão lembrados do doidão Jânio Quadros? Agora temos um outro há 8 meses no cargo, e em precário e perigoso estado mental.

Polistyca disse...

Moro é o melhor de todo esse governo atual. E essa verdade é clara e límpida, como a luz do Sol em um dia de verão, ao meio-dia de um céu límpido. E tem histórico ROBUSTO. Enquanto o PT é brega, barango, cafona, Ersatz, picareta, vigarista e Kitsch: nada disso, típico do PT, que o Sr. Sérgio MORO nunca o é ou será.