Bolsonaro, como presidente, age como um perfeito
e eficiente guarda de quarteirão, aquele que está na ponta de baixo de
hierarquia.
Como presidente, além das declarações diárias –
estapafúrdias, alopradas, irracionais, preconceituosas e amalucadas, não
necessariamente nessa ordem -, Bolsonaro exime-se em exibir uma verborragia com
a qual pretende reforçar sua autoridade.
Daí ficar dizendo que “eu sou o presidente”, “eu
não sou um presidente banana” etc.
Se fica dizendo coisas desse jaez, é sinal de
que não tem noção de sua autoridade, de suas responsabilidades e do decoro que
o cargo presidencial exige.
Daí Bolsonaro descer com tanta frequência do
pedestal de sua máxima autoridade, entretendo-se com questões que deveriam ser
resolvidas por auxiliares subalternos, de ministros para baixo.
Quem já viu um presidente da República, antes
desse, dar declarações públicas sobre um superintendente da Polícia Federal em
qualquer estado?
Quem já viu um presidente da República, antes
desse, dar declarações públicas sobre a troca de chefes da Receita Federal num
município como Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio?
Questões como essa levarão Bolsonaro,
rapidamente, a dedicar boa parte do seu tempo sobre a substituição de um guarda
de quarteirão, como se mencionou no início.
Enquanto isso, ele vai promovendo um desmonte,
uma razia, uma devastação nos aparelhos de estado encarregados de fiscalizar.
Agora, a bola da vez é o Coaf.
A MP que altera o Coaf abre a possibilidade para
indicações políticas no órgão que o substituiu, a Unidade de Inteligência
Financeira (UIF), ao permitir pessoas de fora da administração pública em cargos
de comando.
Essa possibilidade provocou reações sobre uma
possível interferência política no órgão especializado na detecção de indícios
de crimes financeiros.
A Medida Provisória assinada por Bolsonaro
amplia o número de categorias que podem ceder servidores para a UIF e estende a
nomeação mesmo para quem não é servidor público. Representantes das carreiras
que tinham exclusividade para compor o Coaf e especialistas em transparência na
administração pública avaliam que a abertura da UIF - agora subordinada ao
Banco Central (BC) - pode pôr em risco a independência do órgão.
Bolsonaro diz que “a ideia é ser o pessoal
concursado do Banco Central. Se tiver erro, a gente corrige”.
Essa
declaração expõe Bolsonaro em seu melhor estilo: sem noção sobre o que faz, sem
noção sobre sua autoridade, completamente perdido e enxovalhando a imagem do
país que ele diz governar.
Karma da República Federativa do Brasil? A data de 25 de agosto que se aproxima é apavorante para presidentes eleitos e que decepcionam a nação em tão curto tempo de mandato. Estão lembrados do doidão Jânio Quadros? Agora temos um outro há 8 meses no cargo, e em precário e perigoso estado mental.
ResponderExcluirMoro é o melhor de todo esse governo atual. E essa verdade é clara e límpida, como a luz do Sol em um dia de verão, ao meio-dia de um céu límpido. E tem histórico ROBUSTO. Enquanto o PT é brega, barango, cafona, Ersatz, picareta, vigarista e Kitsch: nada disso, típico do PT, que o Sr. Sérgio MORO nunca o é ou será.
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